O aniversario de Harry



As aves piavam em um tom alto e o Sol nascia, revelando os belos gramados verdes, da cor de esmeraldas da rua dos Alfeneiros. Eram várias as casas que tinham esse charme, mas em uma delas, havia um garoto de dezesseis anos, de olhos muito verdes, óculos redondos, uma aparência de enfermo, de quem cresceu muito em pouco tempo e uma certa vida que talvez alguns não gostariam levar. Diferente de vários garotos de sua idade, Harry Potter gostava mais de ir para a escola, do que ficar com seu tios, Valter e Petúnia, e com o primo Dudley Dursley, mas conhecido como Duda.

Aquele era um dia especial para Harry, mas não para seus tios e o primo. Era seu aniversário. Para Valter, Petúnia e Duda, não era “especial” por ser o aniversário do parente que jamais desejaram ter, e nem por ele partir para Hogwarts, escola de magia e bruxaria qual ele freqüentava, que para Harry, era um paraíso, mas já para eles, era um manicômio lotado com gente fazendo anomalias e só. Na verdade, para eles era um dia qualquer.

– Parece que o moleque só está no quarto hoje – resmungava o tio Valter à esposa – Ah! Como eu fui dramático! Ele só está no quarto hoje, até parece que aquele anormal faria coisa tão assim! Com certeza de que esta aprontando...

– Disso eu não discordo – dizia tia Petúnia de nariz empinado e exibindo ainda mais o seu longo pescoço, duas vezes maior do que o de uma pessoa normal. – Se ele fosse pelo menos um pouco como nosso Dudiquinho...

E enquanto conversavam, Harry estava tentando fazer em seu quarto, o mesmo que os tios – assistir o jornal. Sua tentativa não dava muito certa.

Passavam-se as horas, e aquele garoto que passava dos dezesseis para ao dezessete estava muito cansado...

Eram nove horas. Ele persistia. Nove e meia. Pensava em desistir. Dez horas. O jornal acabou. Onze horas. Tentava dormir. Onze e meia. Ele acariciava a asa de sua linda coruja, Edwiges. Meia-noite. A ave dormiu. Meia-noite e meia. Harry quase dormia também. Uma da manhã. Duda volta de mansinho para casa, e seu primo percebia, mas preferia não falar nada e se concentrar em si só. Uma e meia... BUM! A sua cama explodiu.

Harry havia se levando rápido e no poucos segundos, ele sacou a varinha e apontou para o local onde ficava a sua cama.

– Desculpa! – dizia rapidamente uma voz de menina – Eu tava experimentando um feitiço... AH!

Demorou uma fração de segundos para ele se dar conta. Rapidamente, pegou um resto do seu lençol e cobriu o corpo despido.

– Ora, eu disse que era para se usar algo que se tivesse total certeza que funcionaria! – dizia Olho-Tonto se levando atrás da menina. Agora já dava para ver os olhos castanhos claros e os cabelos pouco ondulados que tinham a mesma coloração do olhar da menina.

– QUEM É VOCÊ? – perguntava Harry sem pensar.

– Calma! – dizia Tonks, uma mulher que podia mudar sua aparência quando bem entendesse. Naquele dia, estava com cabelos ruivos e olhos lilás, usando uma roupa de pele de dragão verde e um enorme chapéu azul-céu. – Ela não teve culpa!

Ele olhava fixamente para a garota, que o observava assustada. Para Harry, aquilo não fazia sentido. Aquela menina parecia ter só onze anos.

– Por que ela está aqui? – indagava Harry.

– Harry, – começava Olho-Tonto. – esta é Ivana Satherky.

Ele olhava fixamente á menina.

– E... Por que está aqui?

– Bem... Remo e muitas outras pessoas não puderam vir... – dizia Tonks meio desajeitada. – e trouxemos a garota.

– Mas ela é uma criança! – exclamou Harry.

Ele viu o rosto serio de Ivana quando ele disse isso. Sabia muito bem como ela se sentia, afinal, o jeito de falar o fazia parecer até Fleur Delacour, uma francesa que ele conheceu no quarto ano no Torneio Tribruxo.

– Mas ela é muito inteligente! – disse Tonks. – Não é? – e deu uma tapinha nas costas de Ivana, que e fez cair de cara no chão. – Ai, desculpa! – e se abaixou. – Eu te ajudo... – e deixou uma poção vermelha escura escorregar de seu chapéu azul e cair no ombro da menina, esta que soltou um berro de dor.

– Urre mais baixo, Srta! – sussurrava Olho-Tonto. – Agora já devem estar abrindo os olhos e vindo para cá!

– Então deixe comigo! – dizia Tonks animada pegando a varinha. – Incondeciérrta!

E uma espiral rosa-clara os encurralou. Harry tentava ver, mas ela era muito brilhante. Depois, ele caiu no chão sem forças desmaiado.




Onde Harry estará depois de acordar?


Se seus tios olharem, o que farão ao ver tantos bruxos?


Descubra lendo o próximo capitulo e...


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