Cosmos



"Sala de aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Não são permitidas maldições."



 



-Imagina se fossem permitidas. – Caçoou Frank – Parece até que os professores dessa matéria estão dentro de uma.



-E por quê? – Perguntou Mcguire, parada em frente à entrada da sala.



-Desde o meu primeiro ano, sempre houve a troca de professor com o início de um novo ano letivo. – Explicou Frank, parado ao lado da amiga. – Sempre acontece alguma coisa para o professor anterior abandonar as aulas.



-Ainda bem que nós escolhemos outras matérias para darmos aula. – Mencionou Lizzie.



-Bem lembrado.  – Concordou Longbottom entrando na sala ainda vazia, em companhia de Elizabeth. – Ei, não esquece que hoje à meia-noite temos aula de Astronomia e que vamos te buscar lá no Salão Comunal da Sonserina, antes desse horário.



-E quais casas fazem essa matéria juntas? – Perguntou Mcguire.



-As quatro, fiquei sabendo que muitas pessoas não atingiram notas suficientes nas NOMs, por isso deu para juntar todo mundo. – Respondeu Frank.



-Mas é uma das melhores matérias. – Apontou Lizzie, sem acreditar no que havia ouvido.



-Pois é, mas por não usarmos magia nelas, algumas pessoas não acham tão importante. – Apontou o amigo.



-É por indiferenças como essa, que nascem grupos de pessoas que acreditam que a Terra é plana. – Afirmou Mcguire.



-Tem gente que acha isso? – Perguntou Frank, sem acreditar.



-Tem, você acredita? – Caçoou Lizzie.



-Bom dia, Mcguire. – Saudou Lilian, que ao entrar no local, se aproximou da dupla. – Bom dia, Longbottom.



-Bom dia, Evans. – Disse Lizzie, acompanhada do amigo que também cumprimentou a colega.



-Menina, estão falando por aí que você fez alguma coisa para deixar o Black quieto, é verdade? – Perguntou Alice, se aproximando deles.



-Bem. – Elizabeth olhou no sentido da entrada, para se certificar de que estavam apenas os quatro na sala – Eu lancei um feitiço, que vai deixar os dentes dele verdes por uma semana, e por causa disso ele está tentando não falar, para que não percebam. – Explicou fazendo as colegas rirem.



-Ele deve ter ficado muito bravo. – Afirmou Alice às gargalhadas.



-Você tinha que ver a cara dele, quando eu revelei que não tinha reversão. – Comentou Elizabeth, fazendo os colegas rirem novamente.



-Assunto encerrado, o quarteto chegou. – Avisou Evans.



-Bom dia. – Cumprimentou Lupin que ao se aproximar, recebeu uma resposta de todo o grupo de dentro da sala.



-Bom dia, linda Lilian Evans. – Cumprimentou Tiago sorridente.



-Bom dia, Potter. – Respondeu Evans, secamente.



-E você Black, não vai dar bom dia? – Provocou Elizabeth, recebendo em troca, um olhar de desdém do colega.



Quando enfim todos os alunos ocuparam a sala, o novo professor da matéria se posicionou à frente deles, para dar início à sua primeira aula com aquela turma.



-Bom dia, alunos, meu nome é Anthony Napier e eu vou lecionar a matéria de Defesa Contra as Artes das Trevas. – Se apresentou sucintamente – Para darmos início, peço que formem duplas, pois hoje eu vou ensinar a vocês a respeito de Feitiços não-verbais e já vamos começar a praticá-los. – Ordenou o professor.



-Que sorte a sua, Black, não vai precisar falar. – Provocou Lizzie mais uma vez, já se virando para encarar Frank, que seria a sua dupla.



-Essa aula é de extrema importância no aprendizado de vocês, pois com os feitiços não-verbais poderemos emitir encantamentos sem que haja a necessidade de dizermos o nome deles em voz alta, e em uma disputa isso se torna uma estratégia muito eficaz, sem contar que se estivermos dentro da água, não será possível falarmos, então a não verbalização se torna cem por cento útil. – Explicou o professor – Dessa forma, quero que fiquem um de frente para o outro, vamos começar o treinamento com o feitiço Expeliarmos.



 -Pronta para perder a sua varinha, Mcguire? – Perguntou Longbottom, provocando a amiga.



-Como? Assim. – Respondeu Lizzie, desarmando o colega.



-Nossa, mas como? – Perguntou o amigo, se abaixando para pegar a varinha.



-Eu treinei muito nas minhas férias com o meu tio. – Respondeu Elizabeth.



-Mas os alunos não podem usar magia fora da escola. – Afirmou Frank, confuso.



-Em Ilvermorny, podíamos. – Explicou Mcguire.



-É o que? – Perguntou Frank impressionado.



-Era a única coisa boa daquele lugar. – Desabafou a aluna.



-Agora eu quero que mentalizem o feitiço e se concentrem para desarmar o colega da frente.   – Ordenou o professor, percorrendo entre os alunos, a fim de acompanhar o desempenho dos pupilos.



-Vai Frank, mentaliza a cena da minha varinha saindo da minha mão junto com a verbalização do encantamento. – Lizzie deu a dica.



-Vou tentar. – Disse Frank, que seguiu as dicas da amiga e em alguns segundos conseguiu desarmá-la.



-Arrasou. – Parabenizou Lizzie, cumprimentando o amigo com um tapa em sua mão.



-Muito bem, sr. Longbottom, acertou de primeira. – O professor olhou para Elizabeth e pediu para que ela tentasse também, e após verificar que ela também conseguia efetivar o feitiço não-verbal a parabenizou da mesma forma – Que dupla incrível é essa, que eu tenho aqui. – Felicitou o mestre, satisfeito – Muito bem jovens, continuem praticando.



-Depois disso, ele vai pedir para um de nós emitir o Expeliarmos e o outro o Protego. – Mencionou Lizzie, praticando com o amigo a pedidos do professor, que estava parado ao lado de Pedro e Remus, os auxiliando com o treino.



-E como eu vou saber se o oponente está lançando o encantamento, se ele não vai falar em voz alta? – Indagou Frank.



-Meu tio deu a seguinte dica: fique de olho no comportamento físico do oponente, principalmente na mão que está a varinha. – Disse Lizzie, fazendo com que o amigo prestasse atenção nos alunos à sua volta. – Muitos ainda apontam para o adversário e os que não fazem, mexem a mão mesmo que inconscientemente.



-É verdade, eu mesmo apontei a minha varinha, mas você conseguiu manter ela ao lado de seu corpo. – Mencionou Longbottom.



-Isso porque eu treinei muito nas férias. – Explicou Elizabeth – Existem até bruxos que emitem encantamentos sem a varinha, apenas usando as mãos.



-É sério isso? – Frank perguntou maravilhado, nunca havia cogitado a possibilidade de transmitir magia sem uma varinha.



-Sim, meu tio me disse que os alunos da Escola de Magia Uagadou, que fica na África, são muito famosos por isso. – Informou a amiga.



-Seria muito útil para mim, porque às vezes eu acabo perdendo as coisas e isso inclui a minha varinha. – Mencionou Longbottom.



Após alguns minutos observando os seus alunos praticarem o feitiço requerido, Anthony iniciou a segunda parte de sua aula.



-Sr. Longbottom e srta. Mcguire, venham até a frente. – Pediu o professor – Agora nós vamos praticar um ataque e uma defesa, um de vocês vai lançar o Expeliarmos e o outro o Protego, entendido? – Perguntou Anthony, recebendo um sinal positivo de ambos.



-Você ataca e eu me protejo para começar, o que você acha? – Sugeriu Mcguire.



-Tá bom. – Concordou Frank, se concentrando para lançar o feitiço na amiga.



Assim que conseguiu se concentrar o suficiente, lançou o encantamento que fora interditado por Elizabeth.



-Perfeito, agora invertam. – Ordenou o educador empolgado.



Na primeira tentativa de barrar o feitiço da amiga, Longbottom não obteve sucesso, mas o educador insistiu para que o aluno tentasse novamente e assim que o fez, obteve sucesso.



-Muito bem, dez pontos para a Grifinória e dez pontos para a Sonserina. – Concedeu o mestre – Vocês foram muito bem, ainda mais você srta. Mcguire, nem ao menos mexeu a sua varinha, parece até que já treinou isso antes. – Felicitou Anthony – Agora quero que troquem de par com outra dupla, para treinarmos ainda mais, não esqueçam de revisar quem ataca e quem protege.



-Frank, Elizabeth, troquem com a gente. – Convidou Lilian, ao perceber a aproximação de Potter.



-Longbottom, não esquece de dar aquela dica para a Alice. – Mencionou Lizzie, tentando ajudar o amigo com a conversa que teria com a aluna Fortescue.



-Sempre que quiser fugir do Potter, estarei à disposição. – Mencionou Lizzie, fazendo Lilian rir. – Você também não gosta deles?



-Nós até nos dávamos muito bem quando chegamos em Hogwarts, mas eles já provocaram muitas brincadeiras sem graça com as pessoas daqui, com pessoas especiais para mim. – Evans respirou fundo – E eu sei que não são más pessoas, mas brincadeira tem limite. – Lilian fez uma pausa – O único que presta ali é o Remus.



-Acho que essa é uma opinião unânime. – Afirmou Mcguire.



-Olha lá, ele já vai aprontar. – Disse, olhando no sentido de Potter, que desarmou o aluno Severus, próximo a ele.



-Eu vou desarmar ele e quando eu fizer, você me desarma para parecer que estamos praticando e não arruinando os planos dele. – Planejou Elizabeth.



-Combinado. – Disse Evans empolgada, prestando atenção em Tiago, pois assim que fosse desarmado, ela deveria fazer o mesmo com a parceira.



E assim se fez, no instante que o feitiço foi lançado em Potter, Evans ligeiramente emitiu o encantamento Expeliarmos em Lizzie.



-Desarmada, Mcguire. – Apontou Evans, encarando a parceira com o olhar zombeteiro.



-Como eu fui me distrair dessa forma? – Debochou Elizabeth, fazendo a parceira dar risada.



Como se tratava de uma lição de extrema importância, o professor continuou observando com muito cuidado os seus alunos, já que não podia permitir que houvessem ali, estudantes que não conseguissem denominar aquele manejo tão importante.



-Na próxima aula nós vamos seguir com a prática dos feitiços não-verbais, então peço que revisem os feitiços aprendidos nos anos passados e pratiquem entre vocês. – Solicitou Anthony – Aula encerrada, alunos, podem ir.



-Que tal se nós treinarmos juntas? – Sugeriu Evans.



-Seria ótimo, podemos chamar a Raven, Henry e Frank. – Mencionou Mcguire.



-O Remus e a Alice também. – Citou Lilian.



-Nos encontramos todos na sala de estudos e lá decidimos um local para treinarmos. – Afirmou Lizzie.



-Combinado. – Concordou Evans, estendendo a mão para a colega, que retribuiu o gesto.



 



 



 (...)



 



 



Ao aconchegar-se para almoçar, Elizabeth percebeu uma nova leva de corujas que adentravam no Salão Principal, mas dessa vez não era a coruja de seu tio que trazia uma carta, e sim a coruja de sua mãe Katherine.



Assim que apanhou a correspondência e se despediu da ave, a garota posicionou o envelope na mesa, ao lado de seu prato, já que tinha dúvidas se abriria naquele momento ou se aguardaria chegar em seu dormitório, para ler o que a mãe havia escrito.



Afinal, não queria estragar a refeição caso lesse algo que a deixasse emotivamente desgastada.



-Você não vai abrir a carta? – Perguntou Ethan, que sentando ao seu lado, olhava para a correspondência.



-Eu prefiro abrir no meu dormitório. – Respondeu Elizabeth, se movendo para o lado para que o garoto se acomodasse.



-Mas deve ser dos seus pais, pode ser algo importante. – Insistiu o rapaz.        



-Você tem razão. – Lizzie concordou, não queria criar uma situação de tensão naquele momento e muito menos com aquele estudante em específico.



 



 



Querida Elizabeth,



Como está a sua adaptação em Hogwarts?



Ficamos sabendo que você entrou para a Sonserina, eu te disse para não se preocupar, mas como sempre, você não me ouve.



Eu e o seu pai ficamos muito amigos do Jefferson White, pai de seu colega de estudo, Ethan, foi ele quem nos contou da sua seleção. Ele é um bom moço, estávamos até pensando de passar o Natal juntos, acredita?



Por enquanto é isso, se comporte e tire as melhores notas.



Abraços de Katherine e Robert.



 



 



-Os seus pais se deram muito bem com o meu pai, estão até combinando em passar o Natal juntos. – Informou White, ao perceber que a colega havia encerrado a sua leitura.



-É, ela mencionou na carta. – Afirmou Lizzie, agora o encarando. – Mas você não acha que é muito cedo para falar de Natal?



-É sempre bom planejar as coisas com antecedência, ainda mais uma festa comemorativa tão importante como essa. – Afirmou o sonserino.



-Isso é verdade. – Concordou Elizabeth – Bom, vamos almoçar, porque essa é umas das melhores horas do dia.



 



 



(...)



 



 



Faltando cerca de vinte minutos para o início da aula de Astronomia, o trio de amigos já aguardava Elizabeth há um bom tempo na entrada do Salão Comunal da Sonserina, quando finalmente a aluna saiu do local.



-Desculpem a demora, é que eu cochilei e quase perdi a hora. – Justificou-se Lizzie, se apressando para chegar mais perto dos amigos. – Dormir é uma das melhores coisas que existem, e eu não consigo ter controle disso.



-Relaxa, ainda temos muito tempo até a aula começar. – Consolou Raven, se enrolando no braço da amiga.



-Te entendo completamente, eu sempre me atraso para essa aula por não conseguir controlar o meu cochilo da tarde. – Revelou Frank.



-Vocês estão dormindo demais, não acham que precisam se exercitar um pouco para ganharem energia? – Questionou Henry.



-Somos jovens e temos energia de sobra, não precisamos de exercícios. – Retrucou Raven.



-Estou vendo a energia na cara de cansaço de vocês. – Provocou Henry.



-Isso é a cara de estudantes aplicados, que passam o dia todo se dedicando aos estudos. – Contra-atacou Raven.



-Eu voto na Raven. – Declarou Elizabeth levantando uma das mãos, em companhia de Longbottom.



-Eu conheço vocês há cinco anos, sei muito bem da rotina que vocês têm. – Respondeu Henry.



-Mas você tem que entender que nós não somos capitães de quadribol, não precisamos nos exercitar como você. – Raven retrucou novamente.



-Eu ainda vou convencer vocês a terem uma vida saudável. – Declarou o lufano.



-Somos jovens e jovens não são saudáveis. – Afirmou Mcguire, encarando Henry.



-Eu voto na Lizzie. – Retribuiu Raven.



-Ei, mudando de assunto, o Black ainda não tentou nada pelo que você fez? – Perguntou Henry.



-Ainda não. – Respondeu Lizzie.



-Isso é um mau sinal, ele deve estar bolando algo grande para se vingar do que você fez. – Apontou Frank.



-Ou ele desistiu de mexer com você. – Opinou Henry.



-Um homem com o ego ferido não desiste tão fácil, meu amigo. – Afirmou Elizabeth.



-Sabe o que é engraçado? – Apontou Raven – Ele é o aluno mais aplicado em Astronomia e a professora sempre pergunta as coisas para ele. – A aluna fez uma pausa ao rir com os amigos –Quero ver o que ele vai fazer hoje, quando a professora perguntar alguma coisa.



-Também com o nome que ele tem, se não for o melhor aluno de Astronomia, seria melhor desistir dos estudos. – Considerou Lizzie, fazendo os amigos rirem novamente.



Dentro da Torre de Astronomia, a mestra já posta à frente dos estudantes ali presentes, cumprimentava os alunos com muito bom humor, em contraposição a muitos jovens que pareciam ter acabado de acordar.



Fato esse, que ia de encontro com a realidade, já que muitos estudantes despertavam poucos minutos antes daquela aula ter o seu início.



-Então vocês são os sobreviventes da minha matéria? – Perguntou animada, encarando os rostos de seus alunos, que mesmo sonolentos, sorriam para ela em resposta – Fico muito feliz em tê-los comigo por mais um ano. – A professora direcionou o seu olhar para Elizabeth – Srta. Mcguire, seja muito bem-vinda a Hogwarts e às minhas aulas, meu nome é Aurora Sinistra e eu serei sua professora de Astronomia pelos próximos dois anos – Cumprimentou a aluna com um aperto de mãos – Eu vi o seu histórico de Ilvermorny e suas notas são excepcionais, espero que continue com essa dedicação conosco.



-Pode deixar, essa é uma das minhas matérias favoritas – Respondeu Lizzie animada.



-Que bom, srta. Mcguire, fico feliz por saber disso. – Aurora sorriu gentilmente no sentido da novata – Sabe, no primeiro ano, quando eu estou conhecendo os meus alunos, eu sempre pergunto qual é o planeta favorito deles, poderia me dizer qual é o seu?



-O meu é o Urano, professora. – Respondeu Mcguire.



-Sr. Black, poderia falar para a classe quais são a características desse planeta? – Perguntou encarando o aluno da Grifinória, que sinalizou negativo com a cabeça, ao mesmo tempo em que segurava o pescoço com uma das mãos.



-É que ele está sem voz, professora. – Explicou Tiago, recebendo um sinal positivo do amigo.



-Que pena, sr. Black, desejo melhoras para a sua dor de garganta. – Disse sorrindo amigavelmente para o estudante – Alguém pode citar as características do planeta Urano?



Após o questionamento da mestra, os alunos Remus e Raven levantaram uma das mãos a fim de responder à pergunta disposta, e ao perceber a sincronia, Lupin deu a palavra a colega de sala e estudos.



-Obrigada, Lupin. – Agradeceu Raven, olhando para o colega – Urano é o sétimo planeta a partir do Sol e o terceiro maior em questão de extensão territorial, é também um dos quatro planetas gasosos do Sistema Solar e o seu movimento de translação que dura 84 anos.



-Srta. Taylor, para concluirmos o assunto, poderia expor para a sala, quais os gases de maior quantidade encontrados nesse planeta? – Perguntou Aurora.



-São os gases Hidrogênio e Hélio. – Respondeu a aluna de prontidão.



-Excelente, srta. Taylor, dez pontos para a Corvinal. – Gratificou a aluna – E cinco pontos para a Grifinória pela gentileza e companheirismo do sr. Lupin.



-Obrigado, professora. – Agradeceu Remus.



-Bom, hoje o tema da aula será: Princípio Cosmológico, mas antes de apresentar a teoria desse conteúdo para vocês, eu vou pedir para que se aproximem o máximo que puderem do bloqueio da torre e contemplem o firmamento estrelado acima de vocês. – A mestra fez uma pausa – Durante toda a aula, eu vou pedir que mantenham o campo de visão de vocês no espaço.



Os estudantes se aproximaram da barreira de segurança da torre e juntos contemplaram o céu por alguns instantes, até que a mestra iniciasse a sua dissertação a respeito do tema daquela aula.



-Agora, empenhem-se em imaginar o Universo afora, como se estivéssemos viajando a bilhões de anos-luz, o planeta em que vivemos está ficando cada vez menor e a nossa galáxia também. – Aurora projetou no céu uma representação do que havia enunciado anteriormente, figuras representando componentes do Universo apareciam no céu acima dos alunos, e a cada segundo que passava, esses mesmos elementos ficavam cada vez menores, o céu ficava cada vez mais uniforme em todas as partes da figura. – Isso o que eu estou mostrando a vocês é o cosmos em grande escala, o que nos permite concluir que ele é homogêneo e isotrópico.



-O que significa ser isotrópico e homogêneo, professora? – Questionou um aluno lufano.



-Ser homogêneo significa que há uma distribuição uniforme da matéria, veja a figura que eu criei, é possível perceber que não há elementos diferentes na figura, são todos iguais e estão distribuídos igualmente. – Aurora fez uma pausa – E ser isotrópico, significa que alguns meios ou materiais possuem as mesmas propriedades físicas em todas as direções, olhe para a imagem novamente, perceba que a aparência do universo é a mesma em qualquer direção.



-É como se o Universo tivesse a mesma aparência, visto por qualquer ponto do infinito? – Perguntou o mesmo aluno.



-Isso mesmo, mas lembrem-se de considerar essa percepção a uma grande escala. – A professora se aproximou mais dos alunos, mudando a figura que havia projetado, por outra – Se fosse possível carimbar a foto do espaço em uma folha de papel, cada centímetro quadro da folha teria exatamente a mesma aparência. O Universo se parece o mesmo não importando quem quer que você seja ou onde quer que você se encontre.



Após os esclarecimentos ao aluno, Aurora continuou suas explicações a respeito do tema, apontando quais seriam as observações qualitativas e citando nomes de estudiosos responsáveis por tais conclusões, além de apresentar quais seriam as contribuições daquele estudo à sociedade.



-Como leitura complementar, quero que aprofundem o conhecimento de vocês a respeito dos responsáveis por essa conclusão astronômica, ensinada hoje. – Aurora se certificou de que não haviam braços levantados e se despediu da classe. – Sendo assim, desejo uma ótima noite de sono para vocês. Podem ir.



Após à autorização de encerramento da professora, os alunos se retiraram do local lentamente, tomando cuidado para não tropeçarem em nenhum dos degraus da escada em espiral, que dava acesso à Torre.



-A didática dessa professora é incrível, eu amei ela. – Apontou Elizabeth.



-Ela é realmente muito boa, não sei como tantos alunos reprovaram nessa matéria. – Apontou Raven, que ao perceber o aluno Remus se aproximando, iniciou uma conversa com ele.



-Remus, muito obrigada pela sua gentileza na aula. – Mencionou a corvina, encarando o colega, que já estava ao seu lado.



-Que é isso, eu não fiz nada demais. – Disse Lupin, timidamente – E também, a minha resposta não seria tão completa como a sua.



-Eu tenho certeza que seria completa sim. – Retrucou Raven, fazendo o garoto corar levemente.



-E não é que você deu um jeito de não responder a professora, Black. – Provocou Elizabeth, ao ver que Sirius estava logo após Lupin.



Black se certificou de que não haviam outros alunos por perto, além dos dois grupos e contra-atacou Lizzie.



-Apesar da cor verde nos meus dentes, eu ainda consigo falar. Pode ser que na sua vez, você não tenha a mesma sorte. – Finalizou a provocação piscando para ela, ao se afastar do quarteto, com os amigos.



-Eu falei que ele não tinha desistido. – Apontou Lizzie.



-Espero que ele não estrague a sua ida a Hogsmeade e à cabana do Hagrid. – Declarou Henry, preocupado.



-É verdade, você precisa comer os doces da Dedos de Mel e os bolinhos de abóbora do Hagrid. – Informou Frank.



-Se eu for encontrada no Lago Negro, vocês já sabem quem foi. – Dramatizou Mcguire.



-Credo, menina, não fala isso. – Reprovou Raven, dando um tapa no ombro da amiga.



-Você tem razão, eu não posso morrer antes de ver o casal mais fofo do mundo juntos. – Falou Lizzie, se referindo à Raven e Remus.



-Vocês viram, ele corou. – Mencionou a corvina, feliz.



-Cara, ele tá tão na sua. – Disse Lizzie, fazendo os amigos rirem.


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