Expresso - Parte 1



Alice Longbottom

 



Já no expresso de Hogwarts, Alice procurava um lugar para sentar. Porque todos os vagões tinham que estar ocupados? Afinal, onde estavam suas amigas, Lucy e Rosa? Era o primeiro ano dela em Hogwarts, e estava completa e totalmente perdida. Seu cabelo loiro só atrapalhava. Maldita franja tapa-olho. Muitos achavam seu cabelo bonito por ser longo, mas ela odiava essa característica, se fosse por ela, cortava.

 



- Ei, menina? - perguntou uma voz masculina, com um sotaque estrangeiro.

 



Alice não reconheceu, então virou para trás. No mesmo instante, seus olhos saltaram das órbitas. Aquele menino era encantadoramente bonito. A menina, envergonhada, se deu conta que estava encarando-o demais.

 



- Oi... - respondeu Alice, sem saber muito o que mais dizer.

 



Ela estava agindo como uma idiota, olhando fixamente para um desconhecido, que por acaso era bonito? Sim, mas não iria parar naquele momento. Ele era loiro e tinha olhos azuis, dois fatores que encantaram a menina.

 



- Oi. Eu estou um pouco perdido no Expresso, então... poderia me ajudar? Nunca entrei em um trem trouxa nem bruxo antes. - ele disse tudo aquilo lentamente, como se ela devesse absorver com calma.

 



A menina se surpreendeu. Ela realmente acreditava que o loiro era mais velho que ela por pelo menos 2 anos. Não só pela altura e faces maduras - o garoto tinha muito estilo.  Estava usando uma camiseta quadriculada por baixo do blazer azul masculino, tinha calças desgastadas, e tênis preto. Alice estava usando um vestido e uma sapatilha, ambos amarelos. Não estava feia, mas não chamava atenção entre as outras bruxas, que escolhiam quase sempre a mesma coisa, quando se disfarçavam de trouxas.

 



- Ah. Você é do primeiro ano? Nem percebi. Parece tão alto e bonito. - soltou Alice, corando.

 



Se repreendeu mentalmente na mesma hora. Ela tinha um cérebro?

 



- Ah... bem... eu também estou um tantinho perdida. Não consigo achar a cabine de minhas amigas, Rose e Lucy. Que tal as procurarmos juntos, se você está perdido? Elas não se incomodaram. - pigarreou a menina.

 



Suas amigas certamente não se incomodariam com a presença de um gato loiro em sua cabine. Na verdade, era mais provável que as duas estivessem em cabines diferentes, pois não se gostavam muito. O menino fez uma careta, percebendo o conflito interno em Alice.

 



- Tem certeza? Você não parece muito certa do que fala. É melhor procurarmos uma cabine rápido, pois quase todas estão cheias. E a você sabe andar por aqui... - contou o menino, sabiamente, ainda com o sotaque estrangeiro.

 



A Longbottom tinha certeza que ele estava certo, então concordou de imediato. Eles começaram a andar, procurando cabines vazias.

 



- A propósito, não sou do primeiro ano, como pensou. - ele começou - Sou do segundo ano, porém, fui transferido.

 



Alice ficou surpresa. Então ele realmente não era da Inglaterra? Sua sorte estava boa naquele dia, conversas com gatos gringos não eram diários na vida da menina.

 



- Da onde você é, então? Eu percebi seu sotaque, mas não consegui identificar seu país. - ela contou, ansiosa.

Espanhol, francês, alemão? Só restava esperar pela resposta.

 



- Inglês. - ele revelou. Ela ficou confusa. Ele não disse que tinha sido transferido? Talvez estudasse em uma escola menor.

 



- O que? Então você estudava em uma escola estrangeira, mesmo sendo inglês? Por que não foi para Hogwarts? - ela perguntou, intrometida.

 



Tecnicamente, a escola de magia era o sonho de qualquer criança bruxa inglesa, e de vez em quando estrangeira. Porque alguém desejaria não entrar nela?

 



- Insistência da minha mãe. Ela é francesa e se casou com meu pai, um inglês. Apesar disso, sempre amou sua pátria, e queria que todos os seus filhos estudassem em Beauxbatons. De suas 3 crias, apenas eu cumpri seu desejo. Bem, sou o filho bonzinho. - ele contou, sorrindo abertamente. - Mas minha família decidiu que eu deveria vir a Hogwarts agora, para conviver com meus primos. Quase todos entraram esse ano. - ele finalizou a história com uma risada contagiante.

Alice ficou impressionada. Mas tinha algo na sua mente que a intrigava. Já tinha ouvido aquilo antes.

 



- Veja, encontramos uma cabine, menina. Falando nisso, qual é o seu nome? - ele perguntou, puxando a garota para dentro da cabine vazia.

 



- Ah, céus. Qual é o seu nome? Responda primeiro. - ela falou rápido, torcendo para estar certa a respeito da identidade de seu parceiro.

 



Ele fez uma careta. Provavelmente não estava muito acostumado a pessoas como sua parceira.  Ela era incomum tanto para os padrões ingleses quanto franceses, então ela nem usou o "estrangeirismo" do garoto como desculpa.

 



- Como preferir. Meu nome é Louis Weasley. Tenho 12 anos, quase 13.  - ele contou, sorrindo.

Como ele não sabia quem ela era, esperou uma expressão de admiração ou surpresa, que de fato cobriram o rosto da loira.

 



- Ai, eu estava certa! Prazer, Alice Longbottom, amiga de quase todos os Weasleys e Potters mais novos. - ela apertou a mão do Weasley, que caiu sentado no banco.

 



Ela riu. Não esperava essa reação,  mas parece que Louis não esperava por aquilo.

 



- Você é a Alice?! Minha irmã Dominique te citou em suas cartas, algumas vezes. Sempre te descrevia como uma cabeça-oca,  apaixonada por plantas tão sem graça quanto você. Eu ria muito. - ele jogou a cabeça para trás, rindo.

 



- Nossa, hein. Dominique nunca gostou muito de mim. Você acredita que houve um dia em que eu e Lily Potter estávamos plantando uma árvore, então sua irmã chegou e simplesmente destruiu tudo? - o menino riu do relato. - Ela odeia plantas. Adora receber flores, mas plantá-las? Nem a pauladas. - terminou Alice, rindo.

 



Ela e Louis continuaram rindo por muito tempo.



Alvo Potter



Alvo estava, naquele momento, totalmente feliz. Que motivo haveria para não estar? Estava no expresso de Hogwarts! Nem conhecia conhecia escola, mas já a considerava tão importante como sua pátria, e olhe que Alvo defendi defendi Inglaterra com unhas e dentes, o que o deixava um tanto intolerante a estrangeiros. Não que matasse gringos ou algo assim, apenas tinha uma certa “precaução” com eles. Principalmente a gostarem de futebol, o esporte preferido de Alvo, ainda acima de quadribol.



Voltando a Hogwarts, o Potter andava pelos corredores como se fosse o rei da cocada preta. Estava procurando uma cabine, mais especificamente a azarada que guardava seu irmão mais velho, James, o ser mais irresponsável da Terra. Assim que entraram no trem, o incrível Jay deu um jeito de sumir, e deixar Alvo completamente perdido. Felizmente, o menino era esperto esperto já tinha andado em outros trens. Facilmente encontrou uma cabine, onde Rosa e Roxanne estavam. A primeira era branca, tinha cabelos encaracolados ruivos e olhos verdes. A segunda era negra,  tinha cabelos lisos castanhos e olhos castanhos.



- Olá, queridas flores hogwartianas! A vida é bela e gentil. - ele suspirou. Seu tom de poeta ruim fez suas primas caírem na gargalhada,  o que não fez o bom humor dele ir embora. Sentou-se, e riu junto a elas.



- Você está maluquinho hein, Al! Está felicíssimo há uma semana por causa de Hogwarts, e agora seu estado de artista de rua só piorou. - comentou Rosa, conseguindo parar de rir por um instante.



- Tem razão,  Rô! Nosso primo virou um artista de rua, e quando ver Hogwarts virará um dançarino de balé! - concordou Roxanne, causando uma nova onda de risos entre as meninas. “Roxy” como gostava de ser chamada, era a pura encarnação do riso, naquele momentos. Sempre era risonha, mas normalmente mantinha um grau básico de seriedade, “desonrado seu pai” como acusava seu irmão, Fred Weasley II. Quando lembrou dele, Alvo perguntou:



- Excelentíssima Roxy, onde está Fred? Não o vejo por aqui. Queria me divertir com suas magníficas piadas sujas sobre garotas.  - Seu tom de nobre  francês bastou para fazer as outras duas rirem de novo. Normalmente, Alvo não era um palhaço. Mas quando estava nesse nível de felicidade, virava um macaco de circo. Precisava se expressar de alguma forma, afinal.



- Bem… Provavelmente Fred está aprontando alguma junto de James. Esses dois… se aproveitam de já pegarem o Expresso há 4 anos e se esquecem de nós! - respondeu e reclamou Rosa, magoada. A garota era dramática desde que aprendeu a falar, e certamente não pararia agora.



- Não sabia que seu nome era Roxy, Rosie. - disse Alvo, sem se dar conta da besteira que acabou de fazer.



Rosa poderia ter aquela carinha de adolescente normal, mas todos sabiam que, quando ficava irritada, normal era tudo que ela não era. E tinha um emocional do tamanho de Hogwarts.



- O que disse, seu pentelho imundo? Não posso nem fazer um comentário ou observação que você já vem com isso?! - ela disse, num tom entre hiena engasgado e leão furioso.



- Não disse nada! - falou Alvo, tentando se proteger de um possível ataque.



Todos acabaram por rir, incluindo Roxy.



- Ah sim, claro! Assim como não fez nada quando acidentalmente pintou meu cabelo de verde, azul e amarelo com magia. - disse a filha de George Weasley, pondo a mão no cabelo, para intensificar sua reclamação.



- E branco! - completou Alvo, sem nenhuma vergonha, não poderia ser castigado por isso em Hogwarts, pois não tinha acontecido lá.



- Seu idiota! - falou Rosa.



Eles riram.



Lucy Weasley



Lucy já estava bem satisfeita, quando enfeitiçou o terceiro primeiranista. Porém, sentia um certo prazer em ver o medo nos olhos deles. Se sentia poderosa e dominante, como sua personalidade, então continuou azarado o quarto primeiranista. Porém,  como ainda era um ser humano decente, parava quando eles ficavam com muito medo. Até aquele momento, nenhum tinha mostrado mais que uma pequena angústia. E aquilo também era um teste: Os idiotas seriam perturbados até que ela se cansasse ao longo do ano, os legais ou gentios seriam poupados.



- Tudo bem, Lucy. Sempre soube que você tinha potencial para ser uma marota. - disse James Potter, rindo do primeiranista com chifres na testa.



Quando Lucy estava no primeiro ano, agora estava no segundo,  fazia várias travessuras e quase nunca ganhava detenções. Mas quando ganhava, sempre ouvia uma bronca dos pais, Percy e Audrey, por um berrador. Sempre quis fazer parte dos Marotos. A quinta integrante e única mulher da segunda edição de um time de 4 meninos. Revolucionário, não? Lucy era revolucionária. Queria mudar o mundo, acabar com os males do universo, e só deixar alguns poucos para a diversão. Tais motivos a conduziram para a Sonserina, a casa das cobras. Sua família? Ninguém se chocou, não depois de Dominique desfilar de verde e dourado por toda a Hogwarts, e ainda ter coragem de mandar um beijo para Libra Malfoy.



Porém,  James Potter, Fred Weasley II e os gêmeos Maxwel e Oliver Wood não permitiram, alegando que ela era uma menina e o time estava completo. Porém, Lucy Weasley nunca aceitaria um “não” tão esfarrapado. O ano inteiro ela agiu como um maroto, ou pior. Agora, se provasse ser digna dos Marotos até a metade do ano escolar, poderia fazer parte do grupo.



- Esse Martin é desprezível. O vi hoje machucando um menino menor, na estação. Ele merecia um bom castigo. - ela disse, cruzando os braços. Se negação a chamar a si mesma de valentona, pois sabia que não era uma. Era uma justiceira, isso sim. Fred aproximou-se.



- Tenho certeza que ele mereceu, Lucy. Falando em primeiranistas, Rose, Alvo, Roxanne, Alice e mais mil outros devem estar perdidos. Haha. Roxy mereceu, por ter mais feito de bobo ano passado. - disse Fred, infantil como sempre. Era 3 anos mais velho que a irmã, mas agia como se fosse 10 anos mais novo. Roxy sempre foi mais madura, mas Lucy raramente dizia isso, não queria perder a confiança de Fred. Era ousada? Sim. Mas também muito astuta, sabia o dizer e quando dizer.



- Haha, eu não diria antes da hora,

Ferdinando. Sua irmã é muito esperta, sempre tem um plano vingativo na manga. - avisou James, que era um pinguinho mais esperto que o amigo.



- Não me chame de Ferdinando, filhote de testa rachada. - debochou Fred. Era comum os marotos debocharem da cicatriz de Harry Potter. Eles eram inteligentes, mas as vezes a idiotice vencia. Isso nunca aconteceu com Lucy, a mais nova e esperta ali.



Max e Oliver entraram no vagão, gêmeos diferentes. Enquanto Oliver era negro, tinha cabelos castanhos encaracolados  e era alto, Max era de estatura média, tinha cabelos pretos e lisos e era branco, além de ter vários traços japoneses.



Lucy se dava bem com eles, pois eram inteligentes e livres de preconceitos contra a Sonserina, mesmo sendo da Grifinória. Eles tinham 13 anos, só eram 1 anos mais velhos que ela. Foram o que mais a apoiaram em seu sonho de marota, ainda que não tivessem concordado inicialmente.



- Olá, gatinhos! Porque demoraram tanto? - Perguntou Lucy, um tanto grudenta. Os gêmeos eram um dos únicos que ela realmente se sentia à vontade para ser romântica, doce e gentil, junto com Alice Longbottom, sua irmã mais velha Molly, sua mãe e Dominique Weasley. Ela tinha outros amigos, mas esses eram os melhores.



- Ah, eu estava fazendo pegadinhas com sua sua irmã, Molly. Me perdoe. - ele riu - E Max… acho que estava conversando com Marieta Chang-Young. - contou Oliver, rindo um pouco. Lucy também riu.



- Eu adoro a Young. Mas ela não te dá bola, Max. - decretou a menina, numa falsa cara de pena.



A Weasley realmente gostava de Marieta. Ela era uma menina da Corvinal, segundo ano. Era séria e rígida, muito preocupada com os estudos. Conquistou a amizade de Lucy após dar um fora em Kentin MacMillan, um grifinório terceiranista idiota que gostava de humilhar lufanos.



- Sei que não. Mas pelo amor, sempre vale a pena. - retrucou Max, rindo. Era óbvio que ele não amava a corvina, porém adorava curtir com a cara dela, que sempre ficava irritada quando estava estudando e alguém a interrompia. E ela estudava até no expresso de Hogwarts.



- Do que estão conversando, gente esquisita e estranha? - Fred chegou no papo, junto de James.



Os marotos riram e conversaram. E quando falo marotos, também me refiro a Lucy, pois ela já era parte daquela família, só precisava “oficializar”.



Lysander Scamander-Lovegood



Lorcan estava bem animado para as futuras aulas de Trato de Criaturas Mágicas, e não parava de falar disso. Falava do Professor Hagrid sem parar, como a ele fosse alguma espécie de divindade romana que merecesse toda a atenção.



Já Lysander, seu irmão gêmeo, estava bem irritado. Também estava animado para as aulas, porém as coisas não estavam a seu favor. Um irritante primeiranista derramou chá na sua roupa, e ainda teve a audácia de dizer que que culpa foi do próprio Lysander! Um porco sardento chamado Kentin MacMillan esbarrou nele e em Lorcan, para então começar a gritar para todo mundo: “os filhos  birutas de Luna Lovegood me machucaram!” que nem um cachorrinho. E agora todos estavam olhando de um jeito estranho para eles, exceto os nascidos-trouxas e alguns mestiços, que nem sabiam quem era Luna Lovegood, ou sua crítica ferrenha, Rita Mala Skeeter.



- Andy, cê num tá animado pras aulas? Ontem estava, ué. - Disse Lorcan, de seu jeito infantil  e animado.



As pessoas estranharam a fala do menino. É que ele não estava falando inglês, e sim português, e bem coloquial. Isso porque a família Scamander-Lovegood morava em um vilarejo de trouxas, mais especificamente no Brasil, Rio de Janeiro. O patriarca da família, Rufo, era um naturalista, e naquele lugar havia tantas plantas e animais para contemplar, estudar e descobrir! O pai deles já havia ganhado muitos prêmios por ter descoberto 10 espécies mágicas diferentes.



Eles só moravam lá há 1 ano, tempo suficiente para essas descobertas, a fluência em português coloquial de Lorcan, Lysander e Luna. Quando Lorcan o cutucou, ele percebeu que tinha que responder a pergunta do irmão.



- Não é que eu não esteja animado, é só que tivemos muito azar hoje! - explicou Lysander, em português.



Antes que o outro tivesse tempo de responder, dois garotos com cara de mal encarados entraram no trem.



- Veja só, pobres primeiranistas! Que tal curtirmos com a cara deles, Joes? - disse o primeiro menino, o mais alto e feio da dupla.



Lorcan olhou para eles com raiva. Odiava valentões,  principalmente porque vários deles implicaram com sua mãe quando ela estava em Hogwarts. O menino tinha um grande apreço pela família.



- O que querem, seus idiotas? - bradou Lorcan, o mais corajoso da dupla. E mais insensato também,  na opinião de Lysander. Apesar de estarem em números iguais, aqueles garotos eram bem maiores, provavelmente tinham 14 anos.



Os meninos ficaram bem irritados. Bem, agora que a merda já estava feita. Lysander só pôde se juntar a Lorcan no clube dos selvagens.



- Ah, estão irritadinhos? A mamãe

se esqueceu de dar a chupeta para os bebês sensíveis? - provocou Lysander.



Apesar da coragem aparente, quero a sair correndo dali e preparar uma armadilha mais astuta para os moleques. Porém, Lorcan não fugiria, e certamente Lysander não seria egoísta o suficiente para abandoná-lo com aqueles grandalhões.



- Gêmeozinhos irritantes. Mesma cara, mesmos sem-noção. Será que os bebezinhos aguentam uma azaração de cara-no-teto? - perguntou o tal Joes.



Lysander odiava azarações, principalmente quando eram direcionadas a ele e seu irmão. Porém, detestava ainda mais que todos pensassem que por terem “a mesma cara” os dois fossem iguais em tudo. Nada mais errado. Lorcan gostava da natureza pura, Lysander gostava das coisas materiais. Só essa característica já fazia os irmãos totalmente diferentes, embora fossem muito unidos.



- Pode apostar que sim, cara. Ninguém aqui é covarde, chicas. - respondeu Lorcan, com uma voz ameaçadora.



Naquele momento, Lysander se sentiu tão corajoso quanto Napoleão, pouco antes de ser destruído pelo inverno russo. Mas o filho cético de Luna não tinha medo do inverno, nem se fosse russo. Pelo menos não naquele momento, pois Lorcan tinha o dom da persuasão, animaria um exército de derrotados, se quisesse.



- Foram vocês que pediram, loirinhos. - disse o amigo de Joes, que Lysander preferiu apelidar mentalmente de Joel.



Rapidamente, o mais alto mandou uma azaração de língua - roxa para Lorcan, porém, como este era bastante ágil, conseguiu escalar do brilho da varinha de Joel.



- Isso, Lorcan! - eu incentivei.



Bem, ainda não tinham me atacado, então dei apoio moral para meu irmão. Joes também estava apoiando o amigo.



- Corra enquanto pode! - gritou Lorcan, para Joel.



Só entendi o sentido da frase quando meu irmão jogou uma azaração de pernas presas para o rival. Eu ri alto.



- Aargh…  - reclamou Joes, pegando sua varinha e pronto para me matar. Me armei, mas fiquei branco… e agora?


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