O Correio-coruja



Lumus!


Olá leitores!


MEU MERLIN EU TO TÃO ANIMADA COM ESSA TEMPORADA!


Eu sei que Prisioneiro de Azkaban é o livro preferido da maioria dos leitores (eu mesma tenho um amor maior por Enigma do Príncipe, e maior ainda pela sétima temporada dessa fic aqui considerando os planos que eu tenho pra ela), mas se tem algo que não se discute é que, preferido ou não, Prisioneiro de Azkaban é um livro MARAVILHOSO. Vou tentar de pés juntos não ferrar com nada essa temporada porque eu odiaria estragar uma história tão maravilinda 3


Bom, babação de ovo à parte, eu espero que gostem das coisas que planejei pra essa temporada. Não se esqueçam de favoritar e comentar, por favorzinho, ok?


Boa leitura,


Gaby Amorinha




Capítulo 1 - O Correio-coruja


Harry ergueu a cabeça de seu livro pela quinta vez.


O garoto não estava na melhor das posições. Deitado sobre a cama, debaixo das cobertas como se em uma cabana, tentando ler seu livro de História da Magia e escrever sua redação para o Prof. Binns: "A queima de bruxas no século XIV foi totalmente despropositada — discuta".


Ele olhou para o lado, pensativo. Ash não era nenhuma Hermione Granger, que escrevia quase sempre dois rolos além do esperado, mas tinha uma notável facilidade com estudos que ele não tinha, especialmente em poções e transfiguração. Embora Ash sempre passasse com dificuldade em feitiços, seu gosto por leitura acabava a dando uma boa margem de facilidade no restante das matérias... Especialmente em escrever redações compridas e enfadonhas como aquela.


- Ash. – Harry chamou, em um murmúrio. Não podia fazer muito barulho, afinal, se os Dursley desconfiassem de que eles estavam fazendo o dever de casa estariam em sérios problemas. No começo das férias de verão, os tios dos Potter tinham trancado todo o material de escola deles no armário sob a escada, e apenas em uma tarde na qual eles estavam fora os gêmeos conseguiram arrombar a fechadura e pegar as coisas de volta, usando uma técnica que aprenderam com Fred e Jorge Weasley e usando grampos para cabelo.


Agora precisavam fazer os deveres de casa na calada da noite, sob as cobertas, tomando todo o cuidado do mundo para que não caísse tinta nos lençóis e atentos ao menor ruído. Se os tios acordassem na madrugada e os encontrassem fazendo o dever de casa... Teriam problemas.


- O quê? – ela respondeu, nervosa. Não gostava de conversar de madrugada. E se um dos Dursley estivesse passando pela porta pra ir ao banheiro?


- Me empresta sua redação de História da Magia?


- Até empresto Harry, mas se você der uma olhada em "Wendelin", no índice do livro, vai achar coisa melhor que meu texto.


Harry deu de ombros e vasculhou o livro atrás de Wendelin, onde de fato, havia um texto bem inspirador.


"Os que não são bruxos (mais comumente conhecidos pelo nome de trouxas) tinham muito medo da magia na época Medieval, mas não tinham muita capacidade para reconhecê-la. Nas raras ocasiões em que apanhavam um bruxo ou uma bruxa de verdade, a sentença de queimá-los na fogueira não produzia o menor efeito. O bruxo, ou bruxa, executava um Feitiço para Congelar Chamas e depois fingia gritar de dor, enquanto sentia uma cocegazinha suave e prazerosa. De fato, Wendelin a Esquisita gostava tanto de ser queimada na fogueira que se deixou apanhar nada menos que quarenta e sete vezes, sob vários disfarces."


- Um pouco maluca ela, não acha? – ele perguntou, começando seu texto. Ash já tinha terminado a maioria dos deveres há um bom tempo e estava penando com o de feitiços há dias.


- Vai saber. Talvez seja mesmo agradável. E depois, ela não deve ser conhecida como "a Esquisita" à toa.


Harry soltou uma risadinha. Parecia um raciocínio justo.


Os irmãos se mantiveram em silêncio por algum tempo, ele escrevendo sua redação com muito cuidado para não deixar cair tinta nos lençóis, ou os Dursley os matariam. Ash por outro lado murmurava seu feitiço o mais baixo possível, ambos sempre atentos a qualquer ruído vindo do lado de fora.


Por vezes pensavam ouvir alguma coisa, mas em todas eram apenas ilusão. Não custava se prevenir, no entanto. Desde que Rony ligara para eles, todo cuidado se tornara pouco.


Basicamente, por mais que Harry tivesse ensinado o Sr. Weasley a fazer uma ligação, ele não prevenira sobre os detalhes do uso do aparelho, pois quando Rony ligou foi uma tragédia. E foi Válter quem atendeu.


- Alô. – o Sr. Dursley atendeu.


- ALÔ! EU. GOSTARIA. DE. FALAR. COM. O. HARRY. POTTER!


Harry e Ash até tinham corrido para atender o telefone, mas era tarde, e só queriam enfiar a cara no chão e afundar para sempre ao ver a tragédia que fora a ligação.


- NÃO TEM ESSA PESSOA AQUI! – Válter gritou de volta. – FIQUE LONGE DA MINHA FAMÍLIA!


E depois disso, obviamente, Válter ficou muito irritado pelos gêmeos terem ousado dar o número deles para "essa gente", e os gêmeos não tiveram mais notícias dos amigos. Provavelmente Rony dissera a Hermione que era uma má ideia ligar para os dois, o que era uma pena pois ela era nascida trouxa e certamente saberia usar o telefone, além de ter o bom senso de não dizer que era de Hogwarts.


Para piorar, Harry e Ash não podiam mandar cartas para os amigos. Tinham custado a convencer os Dursley a deixar que soltassem Edwiges e Morgana à noite, e só conseguiram por que os tios estavam irritados com o barulho que as aves faziam enjauladas à noite. Além disso, a permissão viera com a promessa de não utilizá-las para enviar cartas.


Ash chegara a pensar em escrever bilhetes bem pequenininhos e enrolar na pata de Morgana. Os Dursley não iam nem ficar sabendo, certo? Mas Harry a convenceu de que era melhor não arriscar. E agora os dois estavam ali, sem notícias e terminando seus deveres de casa às escondidas.


Levou um tempo até que Harry terminasse sua redação. Ele enrolou o pergaminho e se levantou em silêncio, soltando uma tábua do assoalho e começando a esconder tudo lá dentro. Ash fez um biquinho, mas devolveu a varinha para o irmão, que a guardou junto com as outras coisas.


Ash também insistira, por algum tempo, que os Dursley nem notariam se ela mantivesse a varinha dentro da bota, ou algo do tipo, mas mais uma vez Harry a convenceu do contrário.


Desde o final do ano, algumas coisas tinham mudado entre os dois. Era estranho ela ter exposto a ele (e a toda a escola) que poderia ter ido para a Sonserina, mas de certa forma, aliviante. Frequentemente Ash tinha pensamentos que sabia serem um pouco auto preservativos demais, mas agora não mais os escondia. Havia quem dissesse que ela estava se tornando má, ou egoísta, mas ela não se importava. Era exatamente a mesma pessoa que sempre fora, agora só estava tudo às claras.


O que estava estranho, porém, era que Harry não dissera a ela, e achara que nunca diria a ninguém, que o Chapéu também tivera dúvidas sobre ele. Harry se lembrara de Dumbledore dizendo no fim do ano anterior que Voldemort deixara um pedacinho dele em Harry através da cicatriz, quando tentou mata-lo, o que explicava porque Harry era ofidioglota. O simples pensamento de ter um pedaço de Voldemort dentro de si, por mais que justificasse o Chapéu querer leva-lo à Sonserina, era assustador, e assim o rapaz decidiu esconder tudo e guardar para si mesmo.


Ash não era burra. Sabia que Harry estava um pouco mais introspectivo que o normal desde a conversa com Dumbledore no fim do ano anterior, mas tivera o bom senso de não fazer perguntas.


Depois de guardar tudo, o garoto se deitou, preparando para dormir, e Ash também. Harry se virou para falar com a irmã e olhou para o relógio.


Uma hora da manhã. Os dois tinham feito aniversário e nem notaram.


- Ash. – ele chamou, baixinho. – Feliz Aniversário.


- Hã? – ela se virou, olhando para o relógio. – Nossa! Feliz Aniversário, Harry!


Treze anos. Desde seu primeiro ano em Hogwarts, ambos tinham crescido um bocado. A maioria das roupas deles não estava tão comprida mais, apesar de algumas ainda serem bem largas. O cabelo de Ash estava bem maior, quase no meio das costas, e muito repicado. Era o que acontecia quando ela tinha que cortar o próprio cabelo.


Os dois estavam cansados e com os olhos pesados. Iam dormir muito tarde e acordavam bem cedo, todos os dias. Não sabiam como os Dursley ainda não tinham notado que viviam exaustos. Ambos já deviam ter dormido, mas faltava um detalhe: Edwiges e Morgana ainda não tinham voltado.


Não precisaram, no entanto, esperar demais. Logo as corujas apareceram no horizonte, acompanhadas de mais duas, uma voando ao lado das corujas deles. Edwiges e Morgana carregavam uma quarta coruja e entraram no quarto com certa dificuldade. Ash e Harry se levantaram de um salto, correndo para ajudar a descarregar a coruja desmaiada.


- Harry! – Ash sussurrou. – É Errol! – ela disse, pegando a coruja dos Weasley nos braços e colocando na gaiola de Morgana. A coruja se apressou a beber a maior quantidade de água que poderia. Ash pegou o pacote que Errol vinha trazendo e deixou em cima da cama.


- Isso é uma boa surpresa. – Harry murmurou, estendendo a mão para fazer um carinho em Edwiges. – Errol parece cansado.


- Errol não devia nem fazer viagens mais, pra ser sincera. – Ash comentou. – Está muito velho! Precisa se aposentar.


Harry não podia discordar. Ele estendeu a mão para o pacote em cima da cama da irmã, que Errol trouxera, e o abriu.


Caíram um pacotinho de presente dourado e um envelope. Harry e Ash se olharam, surpresos. Era o primeiro cartão de aniversário de suas vidas.


Harry abriu o envelope e tirou dois papeis. O primeiro era um recorte de do Profeta Diário:


FUNCIONÁRIO DO MINISTÉRIO DA MAGIA
GANHA GRANDE PRÉMIO


Arthur Weasley chefe da Seção de Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas no Ministério da Magia, ganhou o Grande Prêmio Anual da Loteria do Profeta Diário.
A Sra. Weasley, encantada, declarou ao Profeta Diário:
"Vamos gastar o ouro em uma viagem de férias ao Egito, onde nosso filho mais velho, Gui, trabalha para o Banco Gringotes como desfazedor de feitiços."
A família Weasley vai passar um mês no Egito, de onde voltará no início do ano letivo em Hogwarts, escola que cinco dos seus filhos ainda freqüentam.


Embaixo do texto havia uma foto. Os gêmeos abriram um sorriso ao vê-la e dar de cara com oito dos nove Weasleys ali: Sr. e Sra. Weasley, Gina, Rony, Fred, Jorge, Percy e um outro que não conheciam e, deduziram pelo texto, era Gui. Não dava para dar uma boa olhada nele pois o ângulo da foto não favorecia, mas Ash podia jurar que ele tinha o cabelo um tanto quanto comprido.


Ela enfiou a mão no envelope, pegando o outro papel. Era uma carta de Rony.


Caros Harry e Ash,


Feliz aniversário!


Olhe, estou muito arrependido daquele telefonema. Espero que os trouxas não tenham engrossado com vocês. Perguntei ao papai e ele acha que eu não devia ter gritado.


O Egito é incrível. Gui nos levou para ver os túmulos e você não ia acreditar nos feitiços que os velhos bruxos egípcios lançavam neles. Mamãe não quis deixar a Gina ver o último. Só continha esqueletos mutantes de trouxas que violaram o túmulo e acabaram com duas cabeças e outras esquisitices.


Nem consegui acreditar quando o papai ganhou a Loteria do Profeta Diário. Setecentos galeões! A maior parte foi gasta nesta viagem, mas eles vão me comprar uma varinha nova para o próximo ano letivo.


Estaremos de volta uma semana antes do ano letivo começar e vamos a Londres comprar minha varinha e os livros da escola. Alguma chance de nos encontrarmos lá? Não deixe os trouxas arrasarem vocês!


Faça uma força para ir a Londres,


Rony.


P.S. Percy agora é monitor-chefe. Recebeu a carta de nomeação na semana passada.


- Bem, ele estava mesmo precisando de uma varinha. – Harry comentou, se lembrando de tudo que dera errado com a varinha quebrada do amigo.


- Estou mais preocupada com Percy. Minha nossa, ele vai estar insuportável. Aposto minha mão como nem a namorada dele vai aturar por muito tempo. – ela comentou, abrindo o presente. Havia um objeto e um bilhete de Rony.


Harry e Ash — Isto é um "bisbilhoscópio" de bolso. Dizem que quando tem alguma coisa suspeita por perto, ele acende e gira. Gui falou que é porcaria que vendem a bruxos turistas e que não é confiável porque ontem, durante o jantar, ficou acendendo o tempo todo. Mas ele não percebeu que Fred e Jorge tinham posto besouros na sopa dele. Tchau, Rony.


Os gêmeos olharam curiosos para o objeto. Parecia um pião pequeno de vidro. Harry o colocou sobre a mesa de cabeceira e eles observaram um pouco o objeto parado ali.


- Será que ele gira se os Dursley estiverem chegando? – ela perguntou.


- Eu espero que não. Se Válter abrir a porta e achar uma coisa girando em cima da mesa de cabeceira não vai ficar muito feliz.


- Podemos colocar debaixo da cama. – ela sugeriu. Harry pegou o pião e colocou debaixo do lençol, onde o objeto continuou parado.


- Eles não precisavam ter se dado ao trabalho. Uma carta já estava bom. – Harry comentou. Os Weasley não tinham muito dinheiro, eles sabiam disso e pensar que tinham gastado com um presente...


- O que mais recebemos? – ela perguntou, afastando seus pensamentos (e os de Harry, que eram os mesmos).


O garoto estendeu a mão e chamou Edwiges, que foi até ele e entregou uma carta e um pacote grande. A primeira coisa que ele fez foi abrir o pacote e ver que eram dois pacotes menores juntos, um com o nome dele e um com o de Ash. Entregou o da irmã para ela e pegou a carta, a abrindo.


Caro Harry,


Rony me escreveu contando o telefonema que deu para o seu tio Válter. Espero que você esteja bem.


Estou de férias na França neste momento e não sabia como ia mandar o meu presente para vocês — e se eles abrissem o pacote na alfândega?—, mas então a Edwiges apareceu! Acho que ela queria garantir que você recebesse alguma coisa no seu aniversário, para variar comprei o seu presente pelo reembolso coruja; vi um anúncio no Profeta Diário (mandei entregar o jornal no meu endereço de férias; é tão bom continuar em dia com o que está acontecendo no mundo dos bruxos).


Você viu a foto de Rony com a família que saiu no jornal na semana passada? Aposto que ele está aprendendo um monte de coisas. Estou com inveja — os bruxos do Egito antigo são fascinantes. Aqui também tem histórias de bruxaria locais interessantes. Reescrevi todo o meu trabalho de História da Magia para incluir algumas coisas que descobri.


Espero que não fique grande demais — são dois rolos de pergaminho a mais do que o Profº. Binns pediu. Rony diz que vai a Londres na última semana de férias. Você também vai poder ir? Será que sua tia e seu tio vão deixar? Espero realmente que possa. Se não, a gente se vê no Expresso de Hogwarts no dia 1º de setembro!


Afetuosamente,


Hermione.


P.S. Rony contou que Percy virou monitor-chefe. Aposto como ele está realmente satisfeito. Quem não parece ter gostado é o Rony.


- Como é possível? – Ash comentou, lendo a parte na qual Hermione dissera que a redação dela ficou com dois rolos de pergaminho a mais. – Eu mal consegui o tanto que precisava!


- Você não precisou aumentar a letra, precisou? – Harry perguntou, com um sorrisinho irônico. Então eles abriram seus pacotes, e ambos ficaram de queixo caído.


Hermione comprara a mesma coisa para os dois, o que não era uma surpresa uma vez que o presente atendia a ambos muito bem. Eram estojos para manutenção de vassouras, com verniz para polir o cabo, tesoura para cerdas, bússola para viagens e um manual de manutenção. Por vários segundos os gêmeos foram incapazes de dizer alguma coisa, e então perceberam que não precisava dizer nada. Colocaram seus estojos de lado temporariamente e Ash desejou com todas as forças que Rony e Hermione estivessem ali, só para poder abraça-los com bastante força. Ou agradecê-los, no mínimo.


- Eu sinto falta deles.


- Eu também, Ash. – ele respondeu. Pegou então os últimos envelopes, da coruja parda. A coruja soltou um pio e foi embora, seguida por uma Errol ainda um pouco cambaleante.


Aqueles envelopes eram bem reconhecíveis: suas cartas de Hogwarts. O que era surpresa era o pacote enorme que viera junto, com garranchos igualmente reconhecíveis no papel.


Presentes de Hagrid.


O garoto estendeu a mão para o que parecia um livro e, para sua surpresa, o embrulho fugiu.


Fugiu pelo quarto, correndo pelo chão, fazendo uma quantidade razoável de barulho e se escondeu debaixo da cama.


Harry e Ash se olharam surpresos. Tinham certeza de que tinham visto mandíbulas no objeto, e se perguntaram, sinceramente, se o presente era perigoso. Não que Hagrid fosse querer ferí-los, longe disso, mas a noção dele de "seguro" era um pouco deturpada.


A garota se sentou em cima de seu presente, tentando impedí-lo de fazer o mesmo que o de Harry fizera, e Harry pegou um sapato e um cinto de couro no armário. Entregou o sapato para ela.


- Atraia ele. – Harry pediu. – E eu vou prender.


- Certo.


Os dois se posicionaram com cuidado sobre suas camas. Esperaram um tempo, até ouvirem o ronco de Válter e terem certeza de que ele estava dormindo. Então trocaram um olhar e Ash soltou o sapato no chão.


O objeto era, na verdade, um livro, e saiu abrindo e fechando a mandíbula (que eram a capa e a contra-capa) pretendendo morder o sapato. Harry saltou da cama como um gato, tentando não fazer barulho e prendeu o cinto em volta do livro.


- Mas o que raios é isso? – Ash perguntou. Depois que Harry controlou seu livro, que ainda se movia, ele foi ajuda-la com o dela. A menina pegou um de seus lenços de cabelo e, assim que Harry abriu o pacote, começou a tentar amarrá-lo.


Foi complicado. O livro tentou (e conseguiu por muitas vezes) morder as mãos a todo custo, e então, depois de um esforço coletivo, ela amarrou o lenço em volta dele.


Ambos levantaram a tábua do assoalho e enfiaram os livros lá dentro, torcendo sinceramente para que não fizessem barulho nenhum.


- Ok. O que foi isso? – ela perguntou, novamente, agora sentada cansada na cama.


- Eu não sei. Foi coisa do Hagrid.


- Não me diga!


Os gêmeos olharam para os livros no buraco aberto no chão. Tinham capas peludas, muitos olhos e uma mandíbula traiçoeira.


- Parece até um bicho. – ela comentou.


Procurando respostas, Harry pegou o bilhete de aniversário de Hagrid.


Caros Harry e Ash,


Feliz aniversário.


Achei que isto pudesse lhes ser útil no ano que vem. Não vou dizer mais nada aqui. Conto quando a gente se encontrar. Espero que os trouxas estejam tratando vocês bem.


Tudo de bom, Hagrid.


- É, muito bom saber que um livro que morde vai ter utilidade. – Ash comentou, irônica. Harry apenas colocou o bilhete de lado e pegou sua carta de Hogwarts, entregando a de Ash a ela.


Prezado Sr. Potter,


Queira registrar que o novo ano letivo começará em 1º de setembro. O Expresso de Hogwarts partirá da estação de King‘s Cross, plataforma 9 e ½, às onze horas. Os alunos de terceiro ano têm permissão para visitar a aldeia de Hogsmeade em determinados fins de semana. Assim, queira entregar a autorização anexa ao seu pai ou guardião para que a assine. Estamos anexando, nesta oportunidade, a lista de livros para o próximo ano.


Atenciosamente,


Profª. McGonagall


Vice-Diretora.


Harry leu sua carta e percebeu que Ash fazia o mesmo. Ambos pegaram o tal formulário no envelope e sentiram o estômago dar uma volta.


- Harry. – Ash chamou. – Como vamos convencer os Dursley a assinar uma coisa relacionada a Hogwarts?


- Eu não sei. – ele respondeu, com a mesma preocupação em mente. Ambos se olharam, pensativos, e decidiram guardar tudo por hora. Enfiaram os presentes no buraco no assoalho, devolvendo a tábua pro lugar, e ficaram com os formulários sobre a mesa de cabeceira.


Eram duas horas da manhã agora. Harry e Ash se olharam, com sono mas animados demais para querer dormir. Aquele era o primeiro aniversário no qual ganhavam presentes e cartões de verdade. O primeiro no qual sentiam que alguém se importava com eles.


Não poderiam estar mais felizes.




E as notas finais!

Primeiro um aviso não tão legal: a Floreios e Borrões tá cheia de problema e se não forem corrigidos, eu vou apagar minha conta aqui. Eu posto fanfics em mais três sites então vocês vão poder continuar acompanhando, mas esse site já não me dá muito retorno e tá me dando muito estresse. Avisando agora pra não ter problema depois. 


Gente, temporada nova é uma coisa tão animadora 3 Eu mega me empolguei escrevendo esse capítulo.


Espero que tenham gostado!


Beijos e abraços,


Gaby Amorinha


Nox!




Gostou desse capítulo? Confira aqui algumas de minhas outras fanfics!


Os Gêmeos Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter - 1ª temporada de "Gêmeos Potter", encerrada):


http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=42935


Os Gêmeos Potter e a Câmara Secreta (Harry Potter - 2ª temporada de "Gêmeos Potter", encerrada):


http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=44968


Destino (Naruto):


https://www.fanfiction.net/s/8804800/1/Destino


Don‘t Stop Believin (Glee, interativa, co-autoria com Sufilena. Disponível apenas no socialspirit):


https://spiritfanfics.com/historia/dont-stop-believin--interativa-6553263


The Children Of Fairy Tail (Contos de Fadas, interativa, co-autoria com Sufilena. Disponível apenas no socialspirit):


https://spiritfanfics.com/historia/the-children-of-fairy-tales--interativa-6773955


E confira aqui minha página no facebook:


https://www.facebook.com/autoragabyfraga


Um conto que participou de um concurso no watpadd (ganhou menção honrosa. Fiquei emocionada):


https://www.wattpad.com/story/59821909-a-guerreira-de-zhorel


E links para comprar meus contos originais na Amazon!


[+18] Os Contos de Will e Richard - 1. Antes:


https://www.amazon.com.br/Antes-Contos-Will-Richard-Livro-ebook/dp/B01FK6SW44


[+18] Os Contos de Will e Richard - 2. Sete Anos:


https://www.amazon.com.br/Sete-Anos-Contos-Richard-Livro-ebook/dp/B01J4GLDOM



Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.