Obliviate.

Já havia um mês que Draco e Hermione estavam no meio do nada, antes eles não haviam aparado para casa por causa do estado que Draco estava mas agora eles não faziam de propósito, estava tão bom somente os dois juntos que nem passava a ideia de voltarem para suas antigas vidas, os dois viviam como se estivessem casados, quase todas as noites faziam amor e não se soltavam nem um minuto se quer, era como se morassem juntos. Em uma tarde os dois estavam sentados em frente a fogueira comendo a última lata de sopa que eles tinham, havia apenas meia garrafa de água e todos os sacos de biscoito haviam acabado.
- Estamos sem comida Drac. - Hermione servia um pouco da sopa para Draco.
- Eu sei, precisamos encontrar algum ponto de civilização por aqui.
- Estava pensando, e se procurássemos uma casinha simples em algum vilarejo próximo. Poderiamos morar juntos e as pessoas achariam que desaparecemos como os outros passageiros do trem.
- O que ? Você pensando em algo assim ? Quem é você e o que fez com a Hermione certinha ? - Draco começou a rir.
- Seu bobo, o que estou querendo dizer é que não quero voltar. - Hermione deixou sua sopa e pegou na mão de Draco. - Estou feliz com você aqui e... - Houve um barulho vindo do meio das árvores.
- O que foi isso ? - Draco se levantou rapidamente. - Fique aqui, eu irei ver o que é.
- Draco não, pode ser perigoso. - Hermione o segurou pelo pulso.
- Calma morena, eu tomarei cuidado e qualquer coisa se eu demorar muito fuja daqui. - Draco tomou a direção para dentro da floresta, demorou cerca de dez minutos e Draco voltou correndo.
- Hermione! Hermione!- Draco estava gritando.
- O que foi ? - Hermione saiu de dentro da barraca assustada.
- É o pessoal do ministério, o ministro os mandou para nos buscar. - Draco se aproximou de Hermione e a abraçou.
- Que alegria, vamos voltar. - Hermione deu um sorriso falso.
- O que foi ? Não parece muito feliz. - Draco passou uma mecha do cabelo de Hermione para trás de sua orelha.
- Não é nada, irei arrumar minhas coisas. - Hermione foi para dentro enquanto os homens do ministério iam cumprimentar Draco.
- Senhor Malfoy. - Gregório, assistente de Draco lhe deu um abraço.
- Gregório, não sabe como me faz bem ver essa sua cara pálida de novo. - Draco riu irônico.
- Então o senhor ficará mais feliz ainda com a notícia que tenho para dar.
- O que foi Gregório ? - Draco levantou um sombrancelha intrigado.
- Sua esposa senhor, ela está grávida! - Foi um baque para Draco que cambaleou para trás.
- Astoria está...Grávida ? - Draco colocou uma mão na testa.
- Sim senhor, que ótima nóticia não ?
- Claro, eu serei pai. Gregório mandem os homens ir desmontando a barraca que eu iriei arrumar minhas roupas.
- Sim senhor, em alguns minutos o trem do ministro vem buscar vocês.
- Obrigado Gregório.
Draco entrou na barraca, Hermione estava usando um feitiço para diminuir os colchões, bancos e a mesa, ela não percebeu a presença de Draco ali apenas arrumou suas coisas e foi para fora esperar para ir ao trem do ministro.
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Trem do ministro.
Draco e Hermione estavam em uma cabine enorme com dois bancos que pareciam camas, uma mesinha de centro e um bar no canto com todas as bebidas que poderiam conhecer. Hermione estava sentada encostada na janela lendo e Draco estava bebendo um copo de conhaque.
- Hermione ? - Draco se sentou ao lado dela e colocou a mão em sua perna.
- Hum. - Hermione o olhou por cima do livro.
- Pode me falar por que está tão calada ?
- Estou lendo. - Hermione mostrou o livro a Draco.
- Não é de agora que você não fala uma palavra.
- Não é nada. - Hermione o beijou.
- Tem certeza ? - Draco acariciou seu rosto.
- Tenho sim. - Hermione lhe deu um sorriso de canto.
- Hermione tenho que lhe dizer algo. - Draco abaixou o olhar.
- Aconteceu alguma coisa ? - Hermione apertou a mão de Draco que voltou a olha-lá.
- Eu serei pai, Astoria está grávida.
- O que ? Você sabia disso antes de viajar ? - Hermione estava surpresa e assustada.
- Não, Gregório me contou hoje ela já está de dois meses. Eu não imaginava, nunca passou pela miha cabeça ela estar grávida.
- E agora ? O que será de nós dois ? - Os olhos de Hermione se enxeram de lágrimas.
- Hermione nós dois sabiamos que nada seria igual quando voltassemos, você vai se casar em dois meses e eu serei pai. - Draco respirou fundo. - Sempre vamos estar guardado em nossos corações, sempre nos amaremos mas somos adultos agora, você tem sua vida e eu tenho a minha e tem mais pessoas ligadas a isso... O que tivemos esse mês foi uma despedida definitiva que não podemos ter no passado. - Draco se segurou para não chorar.
- Eu te amo Draco. - Hermione o abraçou quando uma lágrima fugitiva escorreu de seus olhos.
- Eu também te amo morena.
Draco beijou Hermione lentamente, Hermione acariava a nuca de Draco e mordia devagar seus lábios, Draco a deitou devagar e acariciou sua coxas por baixo do vestido, era o último momento que os dois teriam juntos, para se amar depois seguiriam a vida que haviam deixado. Hermione abriu a camisa de Draco e distribuiu beijos do pescoço ao peitoral, Draco tirou o vestido de Hermione enquanto acariciava cada parte do corpo de Hermione, seria a última vez que poderiam saborear o prazer que cada um dava para o outro.
Os dois ficaram um tempo deitados abraçados até o maquinista avisar que chegariam na estação de King's Cross dentro de dez minutos, eles se vestiram e se abraçaram.
- Preciso que use o Obliviate em mim. - Hermione encarou Draco.
- Por que ? - Draco parecia confuso.
- Porque não poderei lembrar desse último mês, me assombrará pelo resto da vida. - Hermimone pegou nas mãos de Draco. - Por favor meu amor, faça o que te peço.
- Tudo bem, farei. - Draco pegou sua varinha e aproximou de Hermione que já estava com a varinha aposto. - Você fará em mim também ?
- Sim, será melhor assim. - Hermione sorriu para Draco que assentiu com a cabeça.
- Obliviate. - Os dois disseram juntos e todas as lembranças do último mes foi esquecida.

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