O Torneio de Hogwarts



Os alunos tinham chegado à Hogsmeade. Fora uma longa viagem para Harry, Rony e Hermione e os demais alunos conhecidos. Entre eles, haviam várias caras novas, grupos de alunos que ingressariam no primeiro ano. Hagrid estava na plataforma escura segurando um grande lampião, esperava os novatos, mas quando viu o trio descendo do trem e foi logo cumprimenta-los.


- Olá Harry! Rony, Hermione! Como foram de viagem? – Disse animadamente.


- Foi ótima – Respondeu Harry. – E você, como está Hagrid?


- Estou muito bem, é claro!


Embora mostrasse boa disposição e a cara peluda escondesse os traços do gigante, era possível perceber que suas feições não eram como as de antigamente. Ele se aparentava mais velho e cansado.


Os três ficaram ali parados por um momento, enquanto Hagrid chamava os alunos novos para seus botes, olhando o castelo ao longe como da primeira vez, estava iluminado e parecia o mesmo de sempre.


- Admirando a paisagem? – Perguntou Hagrid com simpatia.


Nenhum deles respondeu, apenas olharam para o gigante e sorriram, o mesmo retribuiu e assim não foi preciso dizer mais nada.


Os segundos de silêncio foram de recordações e pura admiração. Enquanto direcionava os alunos, Hagrid foi contando das mais diversas aventuras que ele, Harry, Rony e Hermione passaram naqueles anos para os novatos. Apontava o trio quando falava e bem atentas, as crianças escutavam e observavam os mais velhos.


- Você tinha exatamente o tamanho daquele ali, com a cicatriz na testa! – Falou para um garotinho de cabelos pretos e aprontou para Harry. – E você, tão alto e desengonçado quanto aquele ruivo ali, exceto por essa cabeleira loira. – Brincou com mais um. – E você aí com esses livros? Será que conseguirá ser a melhor aluna de sua turma? – Ele olhou para Hermione Granger. 


- Sentirá nossa falta quando sairmos, não sentirá? – Rony perguntou num tom risonho.


- Mas é claro que eu vou sentir! – Respondeu Hagrid com a voz alta. – Mas do que estão falando? Ainda temos o ano todo pela frente, não é?


Os três concordaram sorrindo, mas Hagrid não conseguiu esconder a lágrima que escorreu do olho direito.


Nesse momento a cabine do trem foi aberta e saindo dela Draco Malfoy e o grupo de colegas atravessava pelo trio e por Hagrid. Sempre as graças, os sonserinos passaram por eles fazendo piadinhas, mas Draco nada disse e no momento em que passou por Hermione, lançou lhe um olhar tão frio que a garota estranhou.


Ao se distanciar, Hagrid se distraiu com os alunos novos e se virou para Harry, Rony e Hermione.


- Não gosto desse Malfoy – Disse olhando para o grupo que se afastava. – Sempre com o mesmo olhar arrogante, parece até o pai.


- Bom, ele é um Comensal, não podemos esperar muita coisa dele. – Disse Rony também fitando o grupo.


- Sendo assim ele só poderia ter vindo da Sonserina... – Agora Hagrid ajudava um garoto a se endireitar em um bote. – Oh, não meu jovem! – Disse ao perceber a cara de espanto do garoto que nada estava entendendo da conversa deles. – Não se preocupe! – Se você entrar na Sonserina pode escolher seguir um caminho diferente da maioria... Como o Prof Slughorn, por exemplo. – E deu uma risadinha tentando animar.


- Hagrid, esse é o último ano, você acha que Malfoy de repente mude? – Indagou Rony, a cara esquivou-se em uma careta torta.


- Não teria tanta certeza – Disse mais baixinho para que ninguém mais se espantasse, o rosto do gigante de repente assumiu uma forma assombrosa. – Afinal depois do que aconteceu...


Harry olhava Malfoy sumir na escuridão da vila com frieza. Por mais que tivesse presenciado o medo de Draco frente a frente com Dumbledore e uma varinha na mão, ainda não se conformava.


Hermione também não disse nada, ainda processava aquele olhar maldoso que ele havia lançado somente para ela. Não conseguia entender por que nem ao menos reparava em Harry e Rony. Carregava tanto ódio nos olhos que parecia uma fera analisando sua comida antes de devorá-la.


- Bom.. – rosnou Hagrid colocando agora o último aluno em seu lugar. – Só o que eu posso dizer a vocês é que esse ano será um ano de surpresas!


Ele se posicionou sozinho em um bote e se despediu dos três.


- Vejo vocês em breve! – Dizendo isso se afastou com o grupo. As vozes admiradas ecoavam sobre o grande lago.
 


***


 


- O que ele quis dizer com surpresas? – Perguntou Rony para Harry e Hermione na mesa da Grifinória.


O Salão Principal estava mais iluminado do que nunca. A organização mudara; ao invés de velas flutuantes, as bandeiras das quatro casas caiam como cortinas penduras no teto a uns cinco metros sobre suas respectivas mesas.


- Silêncio, por favor! – Bradou Minerva Mcgonagall quando atravessou o caminho entre duas mesas até o portão de acesso ao Salão. Quando se abriu, dezenas de rostos curiosos entraram acompanhados em fila atrás da nova diretora de Hogwarts.


Depois do incidente no ano anterior, a professora assumira o cargo antes que a escola pudesse ser posta em risco nas mãos de outra pessoa. Severo Snape continuava com o cargo de professor, ele havia revelado o porquê tinha tomado a frente de Draco e matado Dumbledore. A Penseira fora o lugar da qual ele mostrara toda a verdade para os professores, dizendo que Hogwarts corria perigo e que todos teriam de se unir para os acontecimentos que estavam por vir. Dessa maneira, eles compreenderam Snape, percebendo que a situação havia fugido do controle e que estavam mais perto do perigo do que já temiam.


Harry, Rony e Hermione e alguns alunos ainda sussurravam sobre a conversa que tinham começado depois que Rúbeo tinha dito que teriam uma surpresa este ano. A princípio haviam ignorado, porém quando depararam com a nova decoração não apenas do Salão Principal, começaram a discutir a possibilidade. A sala comunal da Grifinória havia ganhado uma “nova cara”; os sofás vermelhos tinham sido substituídos por verde musgo, as cortinas agora eram nas cores amarelo canário e os tapetes no tom azul marinho. As vestes por sua vez, permaneciam iguais, as gravatas com as mesmas cores de cada casa bem como os acessórios pessoais dos alunos.


- Ah, relaxem, vai ver que ela só quis mudar o visual de Hogwarts já que assumiu o novo cargo. – Disse Simas num tom baixo enquanto o Chapéu Seletor mandava um aluno para Sonserina.


Mas Hermione não estava convencida, estava sentindo que realmente algo mudaria em Hogwarts. Acompanhou o calouro com o olhar até seu lugar na mesa onde apenas alguns alunos o cumprimentavam.  Rapidamente passou por rostos conhecidos, como Pansy Parkinson, Crabbe e Goyle até deparar-se com Draco Malfoy. Estava sério como de costume e ao notar o olhar dela, o sonserino a encarou com ainda mais frieza do que na vila de Hogsmeade. Nunca mudara sua opinião em relação aos sangues ruins, especialmente Hermione, na visão dele, ela nunca deveria ter colocado os pés em Hogwarts, já que era uma nascida trouxa. Segundo Lúcio, outros como ela e mestiços, não eram só uma vergonha para o Mundo da Magia, mas uma ameaça, que o próprio Ministério, por vezes, não conseguia notar, assim, as decisões cabiam sempre a Dumbledore, a pior coisa que já acontecera em Hogwarts.


Percebendo que Malfoy não cedera, Hermione baixou a cabeça, olhando para os lados disfarçando. O Chapéu Seletor fora tirado da cabeça do último aluno que agora seguia para a mesa da Lufa Lufa. Então a diretora  Mcgonagall se posicionou na frente da grande mesa dos professores, ali estavam Severo Snape, na ponta, seguido pelos professores Remo Lupin, Fílio Flitwick e Sibila Trelawney.


- Sejam bem vindos alunos novos! Antes do banquete quero anunciar a todos que Hogwarts passará por mudanças esse ano, uma experiência incrível!


“Muitos concluirão o ensino mágico esse ano e antes da despedida, uma integração será feita em nossa escola. Como todos sabem, Hogwarts foi fundada há mais de mil anos por Godric Grifinória , Rowena Corvinal, Helga Lufa Lufa e Salazar Sonserina, os maiores bruxos da época. Juntos, eles construíram esse castelo com o objetivo de educar os jovens que apresentassem algum talento mágico. Todos tinham qualidades singulares e distintas, e justamente por isso  criaram as casas.  Entretanto, esse ano não serão Grifinória, Lufa Lufa, Corvinal e Sonserina, serão Hogwarts.” – Ela fez uma breve pausa e as sobrancelhas se ergueram após as palavras ditas.


- Pois bem – Continuou. – Esse ano vamos nos unir com o Torneio de Hogwarts! – A voz mudara para grave ao pronunciar essa última frase após uma leve batida de mãos, que fez com que as bandeiras, vermelha, amarela, azul e verde desaparecessem dando lugar a uma grande manta preta, agora no centro, sobre as quatro mesas, nela estava o brasão de Hogwarts com os símbolos leão, texugo, águia e cobra e o grande “H” no meio.


- O Torneio de Hogwarts basicamente se resume na união de dois membros de casas diferentes. A função de ambos será passar por duas tarefas das quais terão que se ajudar um ao outro para que se chegue à vitória. Se apenas um da dupla fizer o trabalho, automaticamente os dois serão desclassificados do Torneio. Formaremos duas duplas, sendo um(a) Grifinória com um(a) Sonserina e um(a) Lufa Lufa com um(a) Corvinal. Lembrando que somente os alunos do último ano poderão participar. Queremos que eles sirvam de exemplo para os demais, já que passaram por diversas experiências os anos que estiveram aqui e ano que vem não os veremos mais.


“Mas quero que saibam que a decisão não coube somente a mim. Houve uma reunião entre os professores de Hogwarts e pedida a opinião das escolas   Durmstrang e Beauxbatons que estiveram aqui participando do Torneio Tribruxo e dos mais experientes bruxos em Torneios Mágicos do mundo. Todos, sem exceção, concordaram com o método criado por Hogwarts esse ano, portanto é de extrema importância sendo atribuída como regra, a participação dos selecionados para cumprir tais tarefas.”


Nesse momento, Mcgonagall passou a palavra ao professor Remu Lupin que estava à sua esquerda.


- Boa noite a todos – Curvou-se ao cumprimenta-los. – É de muita satisfação falar com vocês sobre um evento importante que nos fará mais próximos um dos outros esse ano.  O Torneio de Hogwarts foi criado pelos professores presentes aqui, nessa noite, queira aplaudi-los, por favor.


E nesse momento Fílio Flitwick, Sibila Trelawney e Severo Snape assim como Mcgonagall se puseram ao lado de Lupin. Os aplausos soaram pelo Salão.


- Eu sabia! – Murmurou Hermione séria.


- Ela sabe de tudo! Como pôde saber disso também? – Perguntou Rony, fazendo com que todos a volta olhassem.


- A decoração... É claro que alguma coisa diferente iria acontecer – Disse olhando para os amigos. – Será que é algum teste?


- Está parecendo – Respondeu Harry. – Por qual motivo iriam querer unir os alunos, principalmente com Sonserina?


- A culpa é deles! Que não se dão com ninguém. – Falou Rony emburrado.


- Muito bem, muito bem! – Lupin ia falando antes mesmo de cessarem os aplausos. – Alguém tem perguntas? – Mas ninguém levantou a mão. Os alunos novos pareciam curiosos e apenas observavam. E embora estivessem sujeitos a participarem do Torneio, nenhum aluno do último ano se manifestou também. Apesar da curiosidade, ainda não conseguiam formular nenhuma pergunta.


- Esse Torneio irá nos unir nos transformando em uma única casa – Continuou Lupin. – Me digam Grifinória, por favor? Quantos de vocês têm alguma afinidade com a Sonserina? Han? Ninguém? E vocês, sonserinos? Como é a convivência de vocês com a Grifinória? – À medida que falava, ele olhava de uma mesa para outra. Os alunos de ambas as casas se olharam.


- E já que ninguém se manifestou em perguntar... Ah, pois não, Neville. – A mão de Neville de repente interrompeu o professor.


- Mas, qual o propósito disso tudo? Quer dizer, por que nos querem “unidos”? – Quis saber.


- Excelente pergunta, Neville! Estamos vivendo dias difíceis, esse Torneio irá nos ajudar a nos unirmos por um único objetivo, Hogwarts. Quanto mais nos aproximarmos e nos relacionarmos, mais preparados estaremos para enfrentamos as dificuldades que se aproximam.


“Eu espero que os escolhidos, além de se ajudarem nas tarefas, se conheçam, busquem se familiarizarem um com o outro, afinal é isso que Hogwarts tem sido para vocês todos esses anos, uma segunda família. Tenho certeza de que Dumbledore ficaria orgulho.”


- E no que consistem as tarefas? – Quis saber um aluno da Corvinal.


- Pois bem, levará o mérito os alunos que procurarem em seu interior os erros que cometeram no passado e a partir deles, dosarem com experiência e cumplicidade o dom do perdão. A união se tem com amor que nasce a partir de um coração que reconhece os seus erros e muda de perspectiva. Por isso, essas tarefas ajudarão os escolhidos a trabalharem juntos para o bem deles mesmos e de Hogwarts. Falaremos mais das tarefas para os selecionados, contudo todos assistirão ok?


“Muito bem, pode ser que no ano que vem não nos vemos, mas a dupla vencedora desse Torneio levará para o resto de suas vidas uma oportunidade única.”


Mas ninguém entendeu uma palavra que o professor disse. Então ele prosseguiu.


- Eu sei que todos vocês possuem propósitos distintos e sei que serão brilhantes naquilo que escolherem fazer depois que saírem daqui, mas o que Hogwarts propõe aos vencedores será de imensa gratificação.


“Os ganhadores do Torneio de Hogwarts terão a base do que tange ao compromisso e a integração com os demais, os tornando merecedores de tal prêmio. Assim, serão os novos (as) diretores (as) de suas casas!”


Houve pausa e os alunos começaram a cochichar, pareciam surpresos. Alguns alunos da Sonserina se mostravam “preocupados” com a ocasião se se juntarem a Grifinória, mas Draco Malfoy nada falou, com o maxilar duro e o olhar fixo para os professores desprezava as palavras de Lupin.


- Lembrando, que as tarefas são únicas, não há como quatro de vocês vencerem o Torneio, apenas uma dupla.  Então, vamos para a segunda Seleção dessa noite! – Dito isso, Lupin foi até a mesa dos professores e pegou um rolo de pergaminho comprido amarrado a uma fita preta. Desamarrou-a e desfez o rolo deixando-o cair no chão de tão comprido. Ali continha os nomes de todos os alunos do último ano.


Com uma das mãos ele segurou o pergaminho e com a outra a varinha.


- Revelarei o nome do aluno de cada casa em suas respectivas duplas, o escolhido ou escolhida, dê um passo a frente, por favor. Revelium Lufa Lufa – disse apontando a varinha para o centro do pergaminho.


Os muitos nomes escritos foram sugados, um a um, como tinta fresca que acaba de cair no papel, desaparecendo, deixando o pergaminho apenas com um único nome no centro. 


- Ana Abbott! – Disse o professor. A garota se levantou meio assustada, mas depois de receber os aplausos, conseguiu sorrir e caminhou para frente do Salão próximo aos professores.


Lupin repetiu o processo, mas agora ao invés de dizer Lufa Lufa, disse Corvinal. Os nomes desapareceram ficando apenas o de Marcos Belby que assim como Ana, foi aplaudido e se posicionou ao lado dela.


- O que Ana está fazendo em Hogwarts? Aposto que Neville não gostou nada do par dela. – Brincou Rony.


- Pelo que sei, os professores fizeram com que ela voltasse mesmo abalada depois da morte da mãe. – Disse Hermione.


- E conseguiram, olha só a cara dela, parece feliz. – Disse Rony.


Em contrapartida Neville olhava com certa raiva para Marcos que tinha a aparência nervosa, mas que parecia entusiasmado agora.


- Revelium Grifinória.


Os alunos da Grifinória fizeram silêncio absoluto, todos olhavam curiosos para o pergaminho na mão do professor, que aos poucos foi desaparecendo com seus nomes, apenas deixando um risco preto que era notado de longe por eles, mas o professor Lupin já sabia de quem era.


- Hermione Granger!  – Disse. O coração de Hermione deu um salto e o sangue desapareceu de sua face. Ela se levantou e todos da Grifinória aplaudiram, Harry sorriu para a amiga, Rony ficou boquiaberto, mas logo a cumprimentou. Ela se dirigiu aos outros dois alunos ao lado dos professores, os dentes batendo na boca por conta do nervosismo.


- Muito bem Srta. Granger! – Mcgonagall sussurrou para a garota que sorriu sem jeito.


Faltava apenas um. O processo foi repetido e quando o nome foi dito a escola toda parou, Hermione perdeu o chão e se segurou para não desmaiar.


- Draco Malfoy é o nosso ultimo escolhido! – Disse Lupin. A expressão no rosto de Draco foi imediata, ele se levantou, fitou Hermione de longe, o sorriso no rosto dela havia sumido. Ele olhou para Snape que percebeu o nervosismo do sonserino, prestes a explodir e saiu de seu lugar ao encontro dele, mas Draco já tinha deixado o Salão Principal. 









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Comentários (2)

  • Annabeth Lia

    Estou adorando a fic!!! É ótima e você escreve realmente bem :) Vou continuar acompanhando, bjsss *--* 

    2013-12-18
  • Flor do Inferno

    CARACA!!  É muita emoção!!!! Chega eu sentir a sensação de Hermione e Draco!!! Foi demaissss, vou ler o outro cap *__________*

    2013-12-18
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