Lembranças



                                                


Cartas pra você lembrar


 


 


Draco Malfoy era um dos mais fieis e temido Comensais da Morte, não que ele quisesse ser mais ela amava muito seus pais, e era essa a condição deles ainda estarem respirando. Ele se lembrava muito bem da sua conversa com o Lord:


 


– Por favor, não o mate, foi um erro estúpido eu sei, mas...


 


– Draco pare de ser ingênuo, seu pai matou Greyback, um dos meus melhores comensais.


 


– Mas ele estava sendo dominado pela maldição Imperius... Todos merecem uma segunda chance.


 


– Você acha Draco que eu sou um bruxo de dar segundas chances? Até Potter resiste a essa maldição, essa foi uma perda lastimável, vamos pagar sangue com sangue.


 


Draco começou a se desesperar, quando Lord decidia matar não havia jeito. A não ser que...


 


– Eu fico no lugar dele. - Voldemort se virou interessado. - Eu o substituo.


 



A guerra acabou e Voldemort morreu, mas seus melhores comensais continuaram vivos, Malfoy não suportou o fato de ter se tornado um seguidor de Voldemort em vão, Ronald Weasley matou Lucius. Covardemente, Rony aproveitou seu momento de fraqueza, o momento em que curava Narcisa inconsciente no chão.


 


A Sra. Malfoy queria vingança, Draco queria vingança, então se tornou o líder dos comensais. E começou a perseguir os antigos membros da Ordem da Fênix.


 


*    *    *


 



– Olha quem temos aqui. - Disse o loiro apontando a varinha para três jovens, amarrados cada um em uma cadeira. Um deles continha uma expressão de pura raiva mistura com medo. A outra estava, triste, desapontada. O loiro continuou. - O trio de ouro, não foi difícil encurralá-los.


 


– ISSO É CULPA SUA HERMIONE! COMO PODE PENSAR QUE ESTE IDIOTA PUDESSE MUDAR?


 


A garota cuja culpa a sobrecarregava ficava em silencio, sabia que se não tivesse confiado em Malfoy, seus amigos não estariam ali.


 


– É Granger. Como foi pensar que eu pudesse mudar, estou diante dos assassinos do meu pai.


 


– Mas... Você me prometeu... - Falava a Hermione desabando em lágrimas.


 


– Sabe, eu realmente senti algo quando terminei de escrever aquela carta, me surpreendi comigo mesmo. Tem que ter muita criatividade para inventar aquelas palavras, você realmente pensou que eu desistiria de tudo. Só para ficar com você, uma sujeitinha de sangue-ruim?


 


– HERMIONE VOCÊ IA FUGIR COM ELE?!- Rony perguntou surpreso. - QUANDO SAIRMOS DAQUI, OS AURORES, VÃO SABER DISSO, DAI VOCÊ VAI PARA AZKABAN!


 


– Tai uma coisa que vocês não precisam se preocupar. Eu vou matá-los antes de amanhecer.


 


– Por favor, Draco, não nos mate. Não foi a intenção de Rony matar seu pai.


 


– Meu pai estava ajudando a minha mãe sobreviver!


 


O desespero tomou conta de Hermione, o amor de sua vida estava ali, apontando a varinha para ela, prestes a tirar sua vida, por um erro cometido por Rony inocentemente. E ela tinha uma parcela de culpa, não deveria ter confiado em Draco, mas sua carta era tão verdadeira, tão sincera:


 



Querida Hermione, sei que quando vê de quem é esta carta, vai querer amassá-la, mas antes quero te dizer o que eu deveria ter dito há muito tempo, e se não dizer agora talvez não tenha outra chance.


 


Desde aquela noite na sala precisa, não consegui descansar pensando em você, sai muito apressado e nem deu tempo de te dizer adeus. Por um lado eu estava certo, não era um adeus a palavra certa a te dizer, e sim um te vejo em breve. Foi difícil tomar aquela decisão, difícil me separar da mulher que amo. (que não é a Pansy, de quem você tinha ciúmes) e sim a minha sabe-tudo, eu fico com tanta raiva toda vez que te vejo ao lado daquela cenoura mesmo sabendo que o Weasley não tem e nem terá nada com você, porque você é minha, sempre foi.


 


Sei que tomei o lado errado da guerra, mais eu fui obrigado, queria ter a chance de te contar tudo o que aconteceu, e quando você ouvir os meus motivos. E se você me ama assim como eu venha me encontrar, e fugiremos os dois, para bem longe, onde nem Ordem e nem comensais nos encontrará. (se encontrar já sabe nosso destino não é?). Lutaremos juntos contra todos que tentar nos impedir de ser um casal feliz, não um felizes para sempre como nos finais de contos trouxas, e sim um por toda a eternidade.


 


Se ainda alimenta algum sentimento por mim, por favor, me encontre na casa dos gritos.


 



P.S: Leve seus chicletes (quer dizer aqueles idiotas com quem você anda), explicarei nosso caso para eles também (mas depois iremos estuporá-los, evidentemente eles não a deixaram ir comigo)


 



Com amor: Draco Malfoy


 


 


 


Mas Hermione também escrevera uma carta, que chegaria em breve.


 


A castanha sacudia Harry, que estava inconsciente ao seu lado, Draco estuporara os três logo quando pisaram na casa. Rony xingava Malfoy de todos os nomes mais horrendos que lhe viam a mente, Hermione fitava Malfoy com tristeza, enquanto lágrimas silenciosas escorriam pelo seu rosto aveludado. Mas ela era forte e iria continuar tentando convencer o loiro descontrolado.


 


– P-P-Por Favor, D-D-Draco, todos nós merecemos uma segunda chance...


 


– Granger eu não sou um bruxo de dar segundas chances.


 


– Mas...


 


– Vamos pagar sangue com sangues. AVADA...


 


Na mesma hora uma coruja entrou por uma janela aberta e largou um pergaminho e uma caixa bem em cima da cabeça do loiro, fazendo-o exclamar de raiva. Draco apanhou o pergaminho trazido pela coruja, e se afastou dos três sentados na cadeira. Abriu a carta com certo desprezo ao ver o remetente, quer dizer a remetente:


 



Não sei se ainda estarei viva quando você ler essa carta Draco, espero que sim, pois acreditei em você escrevi esta carta antes de ir me encontrar com você, tenho certeza de que suas palavras foram verdadeiras, sei que você não faria nenhum mal a mim, estou disposta a arriscar tudo por você, pelo nosso amor, por nossas lembranças.


 


Lembra quando estávamos na sala precisa. Quando você ainda tentava concertar aquele armário, foi uma noite bem estranha aquela não foi? Lembro-me claramente.


 



Draco sentou em uma cadeira, ainda com o pergaminho na mão, e como se tivesse entrado em uma penseira, vieram algumas lembranças em sua mente:


 



Flashback.


 


– Malfoy o que você esta fazendo aqui?-


 


– Granger?! O que você esta fazendo aqui?


 


– Tive a impressão de ter feito essa mesma pergunta.


 


– Vai embora daqui!


 


– Malfoy eu queria te pedir desculpas, por ter te acusado de ser um comensal da morte. Sei que não gostou.


 


– E não gostei. Pensei que você fosse diferente das outras sangues ruins, diferente daqueles babacas grifinórios.


 


– Não me chame de sangue ruim. Pensei que tivesse parado com isso!


 


– Não deveria ter te ajudado, deveria ter deixado Blazio de azarar.


 


– Mas você não deixou, por quê? Porque não deixou que ele acabasse comigo.


 


– Não queria que ele a machucasse. Pode parecer, mais não sou tão mal quanto vocês pensam.


 


– Não, eu não penso que você é mal, Harry e Rony pensam isso. Eu só te xingo Malfoy porque você me chama de sangue ruim.


 


– Te chamo de sangue ruim para não ficar diferente de meus amigos.


 


– Vamos deixar de lado nossas diferenças Draco, não precisamos ser inimigos por causa dos outros. - Disse a castanha se aproximando do loiro.


 


– É não precisamos. - Disse ele dessa vez se aproximando também. - Não precisamos, nos esconder atrás dessas mascaras.


 


Eles estavam a centímetros de distancia, tão próximos, tão invulneráveis, tão sinceros. Ele foi o primeiro a falar depois de minutos em silêncio, um silêncio comprometedor.


 


– Mas serio Hermione, você precisa sair daqui.


 


– Tá bom, podemos conversar mais tarde?


 



Malfoy então continuou a ler a carta.


 



Nunca pensei que fosse admitir, mais a partir daquele dia não consegui parar de pensar em você, eu me apaixonei por tudo, por sua inteligência, por suas habilidades, pelo seu caráter, até por sua arrogância, sua frieza era sua marca registrada, eu gostava disso. Algumas horas depois te encontrei na beira do lago, sentado olhando para o céu, refletindo sobre alguma coisa. Quando me aproximei vi sua surpresa, por acaso pensou que eu não fosse te encontrar?


 



A cada trecho lido na carta, Draco dava um sorriso e se lembrava da cena:


 



Flashback


 


– Draco?


 


– Ah! Oi Hermione.


 


– O que você estava fazendo.


 


– Boa noite para você também. - Disse ele rindo de Hermione que começou a corar. - Sabe Hermione, já faz um tempo que venho pensando nisso, e cheguei a uma conclusão.


 


– Sobre o que?


 


– Eu sei que você esta apaixona por mim - a castanha se exaltara. - Não se preocupe, eu não te culpo, só te culparia se não estivesse.


 


– Presta atenção no que esta falando. - Falou ela, ficando da cor dos cabelos de Gina. - Eu apaixonada por você? Hahahaha


 


– Eu sei quando uma pessoa sente o mesmo que eu. - Ele riu, Hermione se engasgou com a saliva.


 


– Em que ano você me chamou de sangue ruim pela primeira vez?


 


– No segundo. Por quê?


 


– Quando você entrou no time de quadribol da Sonserina?


 


– Também no segundo.


 


– O que aconteceu quando Rony tentou lançar um feitiço em você?


 


Draco começou a gargalhar, ao se lembrar da cena.


 


– Ele vomitou lesmas.


 


– Quando Zabini tentou me azarar?


 


– Porque esta me perguntando essas coisas?


 


– Responde.


 


– Semana passada na aula de Herbologia. Pode me responder agora?


 


– Era pra ver se não tinham alterado sua memória. Não precisa mentir. Não precisa dizer o que não sente.


 


– Nossa, vocês grifinórios são tão cabeças duras.


 


– Sei que você quer ouvir que eu estou apaixonada por você. Ai quando eu admitir "é Draco eu estou apaixonada por você", você sai correndo para contar a seus amigos. Nunca vou admitir isso. Nunquinha. Ops.


 



Draco se lamentou mentalmente, "poderia ter aproveitado mais esses momentos", mas esses tempos o que passou não voltarão mais, e como àqueles tempos eram bons, quando só precisava se preocupar em bancar o superior, mesmo escondendo de tudo de todos e de si mesmo o quanto amava aquela sangue ruim, aquela que sempre o superava em todas as matérias. Mas desses momentos só sobraram às lembranças e a carta que estava em sua mão.


 



Eu fico rindo até hoje, só de lembrar-se de como foi nosso primeiro beijo, e não vem você dizer que fui eu quem te agarrei.


 


Aquela era uma lembrança engraçada.


 



Flashback


 


– Você não teria coragem. Eu não sei...


 


– Então, Hermione fale duvido.


 


– D-U-V-I-D-O.


 


Draco segurou Hermione pela cintura, depois a jogou nos ombro, como um saco de batatas.


 


– Draco me põe no chão. Eu não sei...


 


– Você não disse duvido?


 


– Disse mais eu não pensei que você fosse realmente tentar fazer isso.


 


– Nunca duvide de um Malfoy.


 


– DRACO PARA EU NÃO SEI NA... - E sem aviso nenhum Draco a tacou no lago, os amigos de Malfoy que olhavam a cena correram para apreciar a cena.


 


– Cara eu não acredito que você fez isso. - Disse Zabini rindo de Hermione se debatendo no lago.


 


– O que você acha que ela queria dizer?- Perguntou Draco entre risos. Com a voz repentinamente alterada Blazio respondeu.


 


– Sei lá. Eu acho que ela queria dizer que não sabia nadar. Olha lá. - Zabini apontou para o lago, onde só se via a mão de Hermione batendo na água, e segundos depois só bolinhas vindo de dentro do lago, que logo cessaram. Draco se jogou na água com roupa e tudo, mergulhou e viu a menina tentando inutilmente voltar a superfície, mas quanto mais ela se debatia, mais afundava. Agilmente Draco mergulhou até ela, segurou-a e voltou a beira do lago. Hermione tossindo um pouco conseguiu falar:


 


– Eu não sei nadar.


 


– Percebi. - Falou o loiro.


 


– Nunca mais faça isso.


 


– Tá bom. E isso pode?


 


– Isso o que?


 


– Isso. - Disse ele envolvendo ela em seus braços fortes e a beijando.


 



Aquele beijo foi inesquecível o primeiro beijo agente nunca esquece (é, Draco eu e Rony tivemos nada). E você tem que admitir que o beijo foi bom (pelo menos foi melhor que beijar um Dementador. Concorda?).


 


E logo depois a idiota da Parkinson veio discutir comigo e dizer que você era um galinha e que logo me trocaria por outra, ou se não por ela, o jeito foi rir e usar uma azaração que eu acho "ilegal" porque pegamos de um livro cujo dono se auto intitulava-se Príncipe Mestiço. Vê se concorda comigo, que não devemos seguir conselhos de alguém desconhecido, que ainda por cima inventou aquele feitiço que o Harry lançou em você no banheiro.


 


Foi engraçado também, vê-la pendurada pelos calcanhares, fiz ela gritar desculpas bem alto, pena que você não viu , as desculpas eram pra você.


 


Mas como o tempo passa rápido, num momento estou te dando um soco na cara, no outros nos beijando e agora estou com medo de você não ouvir ou não ler o que tenho para dizer. E tenho que admitir, eu não confio muito na sua habilidade de perdoar e superar, e tenho certeza de que aquele ditado trouxa "Águas passadas não movem moinhos", não combina com você (me refiro ao assunto pendente entre você e Rony). Estou indo agora te encontrar (risos) minha mala já esta pronta.


 


Espero que você saiba que ninguém jamais amou alguém como eu amo você.


 



Com amor: Hermione Granger.


 


 


 


Uma lagrima teimosa escorregou pelo rosto pálido de Draco. Como Hermione, mesmo temendo o que a aguardava ao vim se encontrar com ele arriscou sua vida vindo atrás de uma pessoa que a tinha como "inimiga" ela escreveu aquela carta com medo de não poder mais dizer o que tanto queria. Draco sabia que era mentira quando disse a Hermione que ele inventara as palavras da carta. Ela sabia.


 


Como o Weasley pode dizer que ia mandá-la para Azkabam. Draco também sabia que parte da culpa pelo crescimento da inimizade entre Rony e Hermione, era dele. E Potter, estaria desacordado até agora? Ele ouviu um barulho.


 


Hermione se livrou das cordas que amarravam seu pulso e se levantou num pulo, quando se virou para Draco, este já estava com a varinha em mãos. Ela rapidamente se aproximou de Draco, e agarrou a mão que ele segurava a varinha, e apontou para sua própria cabeça.


 


– Vai Draco, me mate. Prove que o que tivemos juntos não te importa mais, que aquilo tudo foi uma farsa. Mate a sangue ruim que você tanto odeia.


 


Draco surpreso fitou Hermione nos olhos, que estavam muito vermelhos de tanto chorar. Por um momento ele se sentiu culpado, fechou os olhos e pensou "o que estou fazendo?". Ele não podia matá-la, estaria destruído um pedaço de si próprio. Uma vozinha em sua cabeça dizia "ela ficou do lado de quem matou seu pai, mate-os os três, vamos pagar sangue com sangue". Será que essa voz tinha razão? Outra já dizia exatamente o contrario "já parou para pensar nas circunstancias em que eles estavam quando o Weasley acidentalmente matou seu pai. E se você matá-la, você será feliz novamente? Será capaz de suportar tamanha culpa? Não se esqueça esta que esta na sua frente é a mulher que você ama". Com certeza a segunda voz venceu, ele realmente não suportaria o fato de ter matado a mulher da sua vida, e também não suportaria, vê-la chorando por seus dois melhores amigos mortos. Então decidiu que deveria cumprir o que escreveu na carta, fugir para bem longe podiam até morar numa cidadezinha trouxa (não, com certeza não), mas eles dois se virariam sozinhos, com a inteligência de Hermione e a habilidade com feitiços e azarações dele, seria fácil sobreviver.


 


Quando abaixou a varinha e abriu os olhos, viu um Rony se levantando, apontando a varinha para ele e gritando Avada Kedavra! E um lampejo verde, mas o feitiço não atingiu Draco, a castanha se pusera na frente. Hermione estava caída no chão morta.


 


...


 


– Vai Draco, me mate! - Gritou uma voz, mas seria Hermione? Ela tinha acabado de cair morta. De repente ele abriu os olhos, e viu um par de olhos vermelhos de tanto chorar o fitando esperando uma reação. Então a morte de Hermione não aconteceu era tudo imaginação sua, ou um aviso? - Prove que o que tivemos juntos não te importa mais, que aquilo tudo foi uma farsa. Mate a sangue ruim que você tanto odeia!


 


– Não posso fazer isso - Disse ele com a voz fraca, por medidas de segurança ele petrificou Rony e continuou. - Não tenho o que provar Hermione, eu te amo.


 


– Não caio mais nessa Draco. Acaba logo com isso.


 


Draco deixou a varinha cair no chão e segurou as mãos de Hermione e apertou-a contra seu peito.


 


– Esta ouvindo?- Perguntou ele. - Se o seu coração para de bater meu para também Hermione, eu não vivo sem você. Eu te enganei, mas me perdoe, por favor, eu não irei matar nenhum de vocês e também não deixarei que o Weasley te prenda em Azkabam.


 


– Eu...


 


– Não diga nada só me beije. - Disse ele depositando um beijo doce nos lábios de Hermione, que não excitou em retribuir. Eles se beijavam como nunca tivesse se beijado antes, a consciência de Hermione dizia para parar com aquilo e que Draco estava fingindo, mas seu corpo dizia completamente o contrario, ela precisava disso, Draco precisava disso. Depois do que pareceram horas, eles se separaram e se encararam por um tempo, Hermione foi a primeira a falar:


 


– Vamos embora?- Com um sorriso, o loiro confirmou com a cabeça, ela continuou. - É melhor apagarmos a memória deles.


 


Draco apontou a varinha para Rony e apagou sua memória. E disse:


 


– Acho que a do Potter não ira precisar, vai?


 


– Não.


 


Os dois de mãos dadas saíram da casa dos gritos e andaram a passos lentos pelas ruas desertas e escuras de Hogsmeade.


 


– Lembra quando eu e Rony estávamos ali perto da casa dos gritos, e você e seus amigos chegaram?


 


– Claro, como podia me esquecer.


 


– Foi o Harry que apavorou vocês. Foi engraçado. - Disse Hermione rindo.


 


– Eu sei. - Respondeu ele dessa vez rindo também. - Eu contei a Snape que ele estava lá.


 


– Então Draco, para onde vamos?


 


– Sei não, estava pensando no Japão, que tal?


 


– Ah não, japoneses são muito complicados.


 


– Alemanha?


 


– Tsc, tsc.


 


– Alasca?


 


– Pioro, sabia que lá é seis meses só dia, e seis meses só noite?


 


– Melhor não. Já sei! Paris.


 


– Maravilhoso. Vamos agora? - Disse Hermione segurando na mão de Draco e aparatando.


 


Quando chegaram, estava nevando eles esqueceram que faltava apenas duas semanas para o Natal. Draco teve que alugar um apartamento em um prédio Trouxa, mais prometeu para si mesmo que seria temporário.


 



A neve que estava nas roupas de Hermione se dissolveu deixando seu casaco e sua blusa completamente encharcados.


 


– Draco, você tem outra roupa ai?


 


– Hermione, você acha mesmo que eu trouxe alguma coisa pra cá?


 


– Não, mas... Eu seco com a minha varinha.


 


– Pode tirar a roupa se quiser. - Sugeriu Draco - Você vai continuar bonita, não se preocupe.


 


– Você me acha bonita pelada?


 


– Sim. Quer dizer não! Mas eu só to dizendo que... Você fica bonita de qualquer jeito... E que eu não vou me importar se você ficar... Sem roupa.


 


– Você é que não precisa se importar eu vou ficar com a roupa. - Disse ela num tom de malícia disfarçado de despreocupação. - E só tem uma cama. Que pena né? Você dorme no sofá boa noite. - Falou se virando, mas não deu um passo e braços fortes envolveram sua cintura. Ele se virou e encarou os olhos azuis acinzentados. Draco a olhou por breves segundos antes de beijá-la profundamente.


 


– A cama é de casal, você sabe disso.


 


– Eu deixo você dar um cochilo.


 


Entre os beijos os dois se direcionaram para o quarto. E lá tiveram uma noite da qual nunca esqueceriam.


 



Era véspera de natal, Hermione estava preparando o peru, Draco arrumando a mesa para uma pequena ceia quando a campainha tocou, ao abrir a porta Hermione deu um pulo para traz ao ver Harry Potter na sua frente.


 


– Não vai me convidar para entrar? - Ela deu espaço para que ele passasse então continuou- Rony não para de perguntar onde você esta isso é irritante.


 


– C-como você...


 


– O que você esta fazendo aqui Potter?- Perguntou Draco se pondo na frente de Hermione.


 


– Não se altere. Eu não vim brigar.


 


– Veio fazer o que então?


 


– Hoje é véspera de natal, não posso passar com minha amiga?


 


– Harry... Como você soube que estávamos aqui?


 


– Palpite. - Respondeu indiferente. - Queria te perguntar uma coisa. Posso?


 


– P-pode.


 


– Sabe Hermione, há alguns dias atrás eu acordei na casa dos gritos...


 


– E...? - Perguntou ela insegura.


 


– E que eu tinha certeza de que eu estava com você, antes de ser estuporado. Mas quando acordei Rony disse que eu estava delirando, você acha que eu estava delirando?


 


– S-sim, faz tempo que eu não vou à casa dos gritos. Harry.


 


– Eu não estava delirando, eu estava acordado. - Nessa hora Draco e Hermione se entreolharam tensos.


 


– Então você...


 


– Sim. Ouvi tudo.


 


– E acreditou?


 


– Bem... Não quero te ver triste Hermione, muito menos em Azkabam.


 


– Já que é assim também tenho uma boa noticia.


 


– Tem?- Perguntou Draco confuso.


 


– Estou grávida- Malfoy ficou em um silencio constrangedor, seguido de um grande abraço. - Descobri ontem.


 


– Porque não falou antes?


 


– Presente de natal - respondeu ela - Vamos jantar?


 


Aquela noite tinha durando muito, depois do jantar Harry e Draco começaram um duelo, que resultou em um grande desastre quando os feitiços ricochetearam, Draco ficou com a cabeça do tamanho de um pomo de ouro e Harry, com os pés do tamanho de um cabo de vassoura. Depois passaram a noite ouvindo o sermão de Hermione.


 


O presente de Harry para Draco foi um julgamento no ministério da magia, recorrendo à liberdade, que foi concedida, pois Harry testemunhou a favor de Draco.


 



13 anos depois


 



– Mãããeee! Olha o que Scott fez!- Gritou uma linda menina loira de olhos cor de amêndoa.


 


– O que foi que ele... - Hermione tapou a mão com a boca para segurar o riso. Em sua frente Mellody Malfoy, sua filha, segurava grandes tochas de cabelos. - Scott!


 


– Sim mamãe?- Perguntou um garoto de cabelos castanhos que caiam graciosamente em seus olhos azuis acinzentados. Scott olhou para irmã, que chorava muito, deu um sorriso bem cínico e perguntou. - Mel, belo penteado, quem o fez?


 


– Scott desfaça isso agora! E já falei pra você...


 


– "Nunca teste feitiços na sua irmã."- Imitou-o com uma voz extremamente irritante.


 


Quando Hermione virou de costas para sair da sala de estar Mellody tacou um livro na testa do menino, que revidou jogando uma colher. Mel era mais ágil e desviava de todos os objetos de Scott. Mas ele era mais esperto, tinha uma varinha e conhecia muitos feitiços.


 


– Parem vocês dois! Ou eu vou chamar o pai de vocês!- Mas suas palavras não foram ouvidas.


 


– Alguém me chamou?- Perguntou Draco Malfoy se desviado de um feitiço. -Algum problema?


 


– Olha só isso! - Gritou ela apontando para as duas crianças- Faça alguma coisa!


 


– Ah claro. - Ele tirou do bolso das veste uma varinha. - Mel pega aí. - Disse e jogou para a menina. - Problema resolvido.


 


– Draco! Aquilo é uma varinha?


 


– Não Hermione. Aquilo é um graveto para ela coçar o nariz


 


– Ela tem 10 anos, ainda é uma criança.


 


– Vai fazer 11 amanhã, não é mais uma criança. E vai para a Sonserina semana que vem.


 


– Isso foi o que você disse sobre o Scott, e olha no que deu um talentoso grifinório.


 


– Eu posso suportar essa vergonha, mas com a Mel vai ser diferente.


 


– Perai. Não mude de assunto, vá tirar a varinha das mãos dela agora!


 


– Hermione querida, Mel já sabe usar uma varinha, e também já esta bem grandinha, olha lá, está quase do tamanho de Scott.


 


– Ela esta um palmo mais baixa que Scott.


 


– Tamanho não é documento.


 


– Pensando bem, você está certo sabia?


 


– Sempre estive.


 


– Mel! Vem aqui rápido!- Gritou Hermione, Mellody com muita dificuldade chegou à sala de estar após estuporar Scott, Hermione ficou boquiaberta. - Mel lembra aquela conversa que tivemos sobre Alvo?


 


– Sim sei. - Respondeu a garota esperançosa por algum motivo.


 


– Então eu e seu pai acabamos de conversar, e concordamos que você pode.


 


Os lábios de Mellody traçaram um lindo sorriso, depois ela deu um forte abraço na mãe e depois em Draco. Logo após saiu correndo e bateu a porta. Draco fixou a porta por alguns minutos, se virou para Hermione e indagou:


 


– Pode explicar.


 


– Não é nada não. É que Mel disse que Alvo pediu para namorar ela, ai eu disse "minha filha você é muito jovem”, mas hoje esta mais que provado que ela não é mais criança.


 


– Espera, deixa-me ver se eu entendi. Você deixou Mellody namorar, sem a minha permissão?!


 


– Sim.


 


– Ela só tem 10 anos! Ainda é uma...


 


– Não. Ela não é criança, vai fazer 11 amanhã.


 


– Vá atrás dela e a impeça de fazer bobagem.


 


– Claro. Depois que você pegar a varinha de volta!!!


 


– Garotas.


 


– Sabe onde é a casa né? É ao lado da Toca. - Gritou Hermione quando Draco se virou é foi atrás da filha.


 



Mesmo depois de tantos anos Draco Malfoy nunca contara a Hermione sobre a "visão" que ele tivera na noite em que fugiram, não contou a ela que Ronald Weasley poderia tê-la assassinado. Isso nunca sai de sua cabeça, esse era um dos motivos para ele não brigar, não falar palavras horríveis no momento errado, ele pensava o quanto Hermione era importante, não só para ele, mas para Harry também que pode não ter contado, mas na noite em que estivera amarrado junto a Rony e Hermione, fora ele que fez Draco imaginar a morte de Hermione, para que ele percebesse que ela faria falta, para perceber que o que sentia não era ódio e sim amor.


 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (2)

  • Dark Moon

    Oii =D, Aqui estou eu rs! A historia é muito linda, muito linda mesmo *_*! Uma delicia de se ler e eu gostei muito. O desenrolar ficou muito bom. Mas como vc pediu uma avaliaçao vamos ser mais rigorosas. A fanfic precisa do se uns ajustes pra ficar mais q perfeita, uns ajustes na passada de tempo e da historia pra dar mais drama e mais emoçao pra cada parteee... sao so coisinhas que ajudaram ainda mais as coisas, mas o mais importante é fazer uma revisao na fanfic toda, pq qndo a gente ta escrevendo estamos tao concentrados em nao perder as ideias que nao ligamos pra pontuaçao e para os erros de português. Tem bastante erro de português e alguns de pontuaçao, mas nada assim tao grave. mas é importante se ligar nisso. M Mas no balanço geral sua ideia é muito boa, muito boa mesmo parabéns. E precisando de qualquer coisa estamos ai sempre pra ajudar. skype/msn: luana.cristina.paludo  [email protected] pode me add pra gente conversar. bjo

    2013-01-21
  • IsaBellatrix Black Malfoy

    Sniff...sniff.. Mto linda, amei amiga não podia ter sido melhor.Bjos IsahhP.s- ainda to emocionada com a fic 

    2012-12-18
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.