Prof° Lupin e ponto final



Era verão e, como sempre, estávamos na toca. Tinha sido um ano curto, curto até de mais pro meu gosto... Tinha sido meu sexto ano, logo seria sétimo, e quando menos esperar, estaria fora de Hogwarts. Não consigo me imaginar fora de Hogwarts! Mas continuando... Tinha sido um ano curto, a não ser pelas piores aulas da minha vida! As de D.C.A.T (Devesa Contra as Artes das Trevas). Óbvio, não? Eu até que gosto de D.C.A.T, se não fosse pelo trasgorento do Lupin dando aula, iria continuar gostando. Sim, Teddy Lupin dando aulas de Devesa contra as Artes das Trevas em Hogwarts! Como um imbecil daqueles, com apenas dezoito anos de idade conseguiu isso? Impossível! Talvez não tivesse ninguém para dar tal aula, e a nossa querida diretora teve que dar o cargo a ele... O pior disso tudo, é que o Boboca Lupin era (coisa que eu não aceito) meu “primo-postiço” e por isso, passava as férias na toca comigo e com o resto dos Weasley. Merlin, por quê? Ele é um Lupin e não um Weasley! Infelizmente, de qualquer forma eu tinha que atura-lo... Fazer o que?!


Lá estava eu, linda, loura, arrumadinha, limpinha e cheirosa, sentada no jardim da toca jogando pedrinhas no pequeno lago da Vovó Molly, em silêncio e tranquilidade... Claro, né? James, Lily, Roxanne, Alvo e Louis não estavam lá me atormentando. Isso era até estranho... Eles sempre vinham me encher a paciência; menos Domique, ela sempre fica na dela.


Ouvi alguns passos e quando olhei para trás, lá estava um garoto alto, com olhos castanhos cor-de-mel, um sorriso maroto no rosto e as mãos bagunçando cada fio curto e sedoso de seu cabelo azul, minha cor favorita. Um garoto tão perfeito... Espera, eu disse perfeito? NÃO! Victoire Weasley concentre-se, concentre-se! Mantenha a firmeza, mocinha! Revirei os olhos e bufei seguido de um longo suspiro. Em minha mente, contei até dez e disse, jogando pedrinhas e olhando para o lago, novamente:


- O que quer professor Lupin?


- Não precisa me chamar de professor fora da escola, muito menos de Lupin, Vic! – ele disse em tom sereno, sentando-se ao meu lado. Pegou algumas pedrinhas do meu montinho de pedras, e as jogou, uma por uma, no lago, assim como eu.


- Te chamo do que eu quiser! E não me chame de Vic. – Só um comentário aleatório, eu não sou orgulhosa!


- “Te chamo do que eu quiser” – perecia tentar imitar uma voz feminina, mas com aquela voz tão masculina e bonita, seria impossível!


- Ei, eu não falo assim! – resmunguei


- Você que pensa.


- Não falo assim não! – caímos, os dois, em risos altos, verdadeiras gargalhadas, daquelas de criança.


- Gosto da sua risada…


- Eu sei, é que ela é perfeita, assim como eu! – disse, me gabando.


- Eu quis dizer que ela é estranha e irritante, chega até ser engraçada... – ele riu


- Besta! – ri. Ficamos um tempo em silêncio e logo ouvi de sua voz algo que soou como “sua risada é perfeita, assim como você”. Fitei-o, sorrindo de canto e disse:


- Como? – me fiz de besta, eu tinha certeza do que havia acabado de ouvir.


- Eu não disse nada – falou um pouco assustado


- Então tá... Eai, nojentinho, como está sendo dar aulas?


- Nojentinho?


- Não... Nojentinho não, nojento! – ri.


- Não gostei, Vic. Sem graça.


- Dane-se!


- Grossa!


- Não sou grossa, só não nasci pra te agradar! – falei, irritada e séria. Teddy Lupin e James Potter eram os únicos seres da terra que conseguiam me irritar em apenas dois segundos


- Mais grossa ainda


- Vai se ferrar, Lupin!


Ele quer brigar? Tudo bem, vamos brigar. Talvez eu seja grossa, mas isso não é da conta dele.


- Por que você é assim?


- Assim como?


- Assim, grossa.


- Eu não sou grossa!


- Exatamente. Só é assim comigo, com os outros você é sempre um doce! Por que isso? Por que me odeia tanto?


- Porque odeio, oras!


- Nós éramos melhores amigos, Toire!


- Éramos!


- Eu quero voltar como era antes. – ele disse sério, fitando-me e cruzando aquelas pernas super-definidas.


Tinha acabo com o clima, ele sempre faz isso, impressionante! Eu juro que não estava usando meu charme veela para fazê-lo derreter-se todinho por mim. Ok, talvez um pouco, mas só um pouco! Eu não queria deixar tudo apagado e sem clima algum, então pensei em fazer algo divertido do gênero... Piscina! Me levantei e fui para trás dele, estávamos a beira do lago então meu plano seria infalível – PENSA RÁPIDO! – gritei, logo o empurrei para dentro d’água. Era hilário! Ele sempre pregava peças em mim junto a James, Alvo e Louis, mas dessa vez, foi diferente. Eu estava rindo feito uma louca, quando o repugnante Lupin prendeu suas mãos aos meus pulsos e tentou me puxar para o lago.


- Ninguém mandou me jogar aqui! – ele falava enquanto me puxava. Eu, em meio a risos, tentava tirar suas mãos de meus braços, mas era impossível. O trasgo era mais forte do que eu imaginava. Eu gritava algo do tipo “Me solta, seu imbecil! Eu estou limpinha, sa[aaaaaaaaaaaaaa]i!”. O maldito conseguiu, eu cai de barriga no lago!


- Idiota! – exclamei enquanto ria e esfregava os olhos, tirando a água deles


- Já que estamos aqui... Por que não apostamos uma corrida até lá? – ele apontou para um ponto distante


- Aceito! – apertei a mão molhada do garoto, que agora, estava com o cabelo alaranjado.


- No três! Um...


- Dois


- TRÊS! – mergulhamos e fomos até o ponto.


Fiquei um pouco em baixo d’água e cheguei depois dele, óbvio. Quando voltei a superfície, meu corpo estava grudado ao corpo de Teddy; ele havia me segurado pelos cotovelos e me puxado até ele. Quando me dei conta, meus lábios estavam grudados aos dele, era a sensação mais prazerosa que eu já tinha sentido em toda a minha vida.


- Desculpe, foi... F-foi sem querer – gaguejou, enquanto ia se afastando.


- Cala a boca e me beija! – o puxei de volta, e o beijei novamente.


PS: Olha, eu com certeza já beijei muitos e muitos garotos em toda a minha vida, mas nenhum outro beijo, foi tão bom quanto os dois de hoje, afinal, ele é Teddy Lupin! O professor mais bonito de toda a Hogwarts!

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