A doninha descobre tudo



Draco estava sentado encostado numa árvore. Já era noite. Alguns minutos atrás ele estava fazendo sua ronda. Ou era pra estar. Não importava, não agora. E se fosse pego pouco se encontrava. Ele estava pensando em sua missão. Não acreditava que teria de fazer aquilo. E depois de fazer sumiria. De repente lhe ocorreu uma ideia absurda. De largar tudo e sumir. Pra não ser encontrado por ninguém. Ficar sozinha numa ilha deserta. Corrigindo. Ficar sozinho com Hermione numa ilha deserta. Ele deu um risinho debochado “Até parece que ela iria querer isso”, disse bem baixo e rouco, ainda rindo. Espreguiçou-se e tombou a cabeça pros dois lados, para frente e para trás. O estralou totalmente, colocando uma mão no queixo, e outra na orelha. Quando se virou pra esquerda, fazendo isso, viu um pergaminho, totalmente dobrado, grosso. O pegou com certa curiosidade e o abriu.


Se espantou ao ver aquela letra caprichada e miudinha. “NÃO PODE SER” gritou com seu próprio eu da cabeça:
- O QUÊ? “SETE COISAS QUE ODEIO NA DONINHA”? Ah, ela só pode estar brincando. Faz dois anos. DOIS. – disse totalmente enfurecido e começou a ler. A cada motivo ele se lembrava das coisas que tinham acontecido, e pensando se ela teria feito a mesma coisa ao escrever os sete motivos. Boquiabriu-se várias vezes, e depois de quinze minutos, tendo lido o pergaminho três vezes, ficou impressionado com os dois últimos motivos, principalmente o último.
Então ela gostava, estava apaixonada por ele. Um sorriso se alargou em seus lábios, e foi o único sincero em três meses. Dobrou o pergaminho e o enfiou no bolso. Começou a correr em direção ao castelo. Ele sabia que ela estaria lá, ele pressentia e não aquele bobão do Weasley. Seu coração deu um pulo ao virar um corredor e ver cabelos cheios e castanhos sumindo no outro corredor. E então ele correu, e quase a alcançou, mas ela estava com o ruivo, que ele tanto odiava. Parou, então, abruptamente e ficou andando de um lado pro outro pensando em como iria pegá-la desprevenida. Foi então que surgiu a ideia.
Ele sabia que o Potter sabia de passagens secretas. Mas não era o único. Por se tão atrevido, desde o primeiro ano, ficava andando pelos corredores de Hogwarts. Então calculou onde ela iria passar e qual era a passagem mais rápida. Foi até o quarto andar, e ficou de frente para uma armadura. Tocou a cabeça até achar um pino, onde o apertou e instantaneamente apareceu uma porta do lado esquerda da armadura. Abriu-a e adentrou-a rapidamente, e com o coração acelerando ainda mais. Chegando ao final da passagem ouviu passos e vozes, e sabia de quem pertencia. Abriu a porte bem devagar e ficou na escuridão. Sua roupa preta o ajudou muito, e também era perito em camuflar-se. Então Rony passou, mas, estava só. Como assim? Colocou a cabeça pra fora, mas só um pouco e viu ela parada, só olhando o Weasley.
- Não se preocupe Uon-Uon – e deu uma risada. A risada mais gostosa que ele já tinha ouvido.
- Ah! Cala essa boca Mione! – Rony disse sobre o ombro, e ela riu baixinho.
Draco pôs novamente a cabeça pra fora, se certificando que o Weasley tinha ido embora. Virou a cabeça e viu Hermione apalpando suas vestes à procura de algo. E se desesperou pelo que ele viu.
- Ai meu Deus! Onde está aquele maldito pergaminho! E se alguém pegou? Oh meu Deus – ela se desesperou mais ainda, e ficou andando de um lado para o outro – E se ELE pegou? AAAAAAAAH! – e saiu correndo, mas a mão de Draco passou por sua mão e a puxou para dentro da passagem.
- O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO MALFOY? – Ela disse tentando se desvencilhar dos braços fortes de Draco.
- Procurando isso? – disse balançando o pergaminho no alto. Ela tentou pegar mais ele ergueu o braço. Por ela ser mais baixa ele tinha essa vantagem.
- PÁRA COM ISSO MALFOY! – ela disse ainda desesperada, se erguendo nas pontas dos pés e se jogando totalmente em cima dele.
- Não precisa mais desse esforço para pegá-lo Granger. – ele parou de falar percebendo que, enquanto ela tentava pegar o santo pergaminho em cima dele, eles ficaram bem próximos um do outro. Recuperando a consciência ele disse quase num sussurro – Eu já li, Hermione. – ela ergueu a sobrancelha ao ouvir seu nome, mas ficou mais exaltada.
- Você não tinha esse direito, MALFOY! – a última palavra foi dita com certa repugnância na voz.
- Um dia, no quinto ano, eu tinha dito para você que eu te amava se lembra? – ela assentiu – pois é eu AINDA te amo Hermione, e não é mentira.
- Ah! Cala a boca Malfoy! Você só está dizendo isso pra eu dizer também, e depois jogar na minha cara que era mentira, e sair contando pra todo mundo. Ah vai, dá licença Malfoy que eu vou embora – ela disse se virando para ir embora, mas duas mãos quentes pegaram sua cintura descoberta e a virou rapidamente. Ela só pode ver dois olhos cinza se aproximando, porque os lábios de Draco já pressionavam os de Hermione, e instintivamente ela fechou os olhos.
ele a tocou cada centímetro que conseguia alcançar. Queria ela para somente. E somente para ele. Por toda vida. Não queria desgrudar seus corpos. Queria proteger a garotinha indefesa, que se machucava sempre que o idiota que ele era fazia ou falava algo estúpido. Ele se odiava por fazê-la tão infeliz e queria arrumar tudo isso naquele beijo. Queria transmitir todo o amor que ele tinha por ela, desde o quarto ano. Ele falaria tudo para ela no baile. Mas quando viu aquele búlgaro filho da puta tocando e beijando a sua princesinha, ele se odiou ainda mais por não ter contado antes.
Então, precisando de ar, devagarzinho, e puxando o lábio inferior dela, parou o beijo.
- Ah Draco... – ela sussurrou, mas não conseguiu falar mais nada. As palavras morreram em sua boca.
- Como é lindo meu nome – disse com o sorriso estúpido – ainda mais dito por sua voz doce, Hermione. – ele sorriu, como nunca, e a apertou contra seu peito, transmitindo que a protegeria de tudo. Que largaria tudo por ela. Que o amor da vida dele sempre foi ela, e mais ninguém.
Mas, sem mais nem menos, ela colocou suas mãos pequenas e frias no tórax do garoto, e o empurrou com força, fazendo com que ele batesse as costas na outra parede com força.
- Nossa Hermione! Nunca pensei que você gostasse de uma coisa mais selvagem, mas deveria saber. Você é uma leoa não é? – Draco brincou.
- CALA A TUA BOCA MALFOY – Draco se sobressaltou por essa alteração de humor. Num minuto atrás ela sussurrava seu nome, e agora ela gritava seu sobrenome.
- Hermione... – o garoto começou, mas foi interrempido.
- Não me chame de Hermione. Para você é Granger ou até mesmo Sangue-Ruim.
- Mas você odeia. Tava no perga...
- Eu sei o que eu escrevi nessa merda de pergaminho – ela se exaltou e bateu com o dedo no peito do garoto – Mas eu não me importo mais. Você é um estúpido, Malfoy! UM ESTÚPIDO!  NUNCA MAIS, OUVIU BEM? NUNCA MAIS OLHE, CONVERSE OU TOQUE EM MIM.
- O que? Mas eu pensei que você me amava. E esse pergaminho hein? - ele o mostrou.
- Foi um momento de fraqueza. E faz muito tempo tá bom? – mentiu – Mais uma vez: FIQUE LONGE DE MIM – as últimas palavras foram ditas entre dentes. Ela abriu a porta da passagem e saiu bufando, deixando para trás um Draco totalmente desnorteado, e confuso com tudo que acabara de acontecer com ele.
Como assim não amava ele? O pergaminho. Estava tudo lá. Ela dizendo que estava engolindo o orgulho para admitir que o amava. Não parecia que havia escrito há tanto tempo. Então ela mentiu, deduziu, mas por quê? Por que mentiu Hermione Granger?
- Ah! Essa garota acaba comigo. Daqui uns dias eu vou para o Hospital Saint Mungus. – disse para si mesmo.
Então saiu da passagem meio desnorteado, sem rumo, nem sabia por onde andava, só pensava nela. Na garota sangue-ruim sabe-tudo.
- Pensando em mim Draco? – Ele se assustou, não estava prestando atenção em mais nada. – Eu sei que estava Draquinho – Pansy Parkinson veio chegando perto de Draco, para depois se atirar para cima dele.
- Ei, ei! Que pensa que está fazendo Pansy?
- O que você acha Draquinho? – E de repente, a morena colocou seus lábios nos dele, e os pressionaram com muita sede. Mas o beijo foi interrompido pelo garoto.
- Eu não quero mais nada com você Pansy! Entendeu? N-A-D-A! Dá o fora daqui! – disse mal-humorado.
- Nossa Draco! Eu estou aqui lindamente para te seduzir e você...
- Não quero mais nada com você garota. Por que não entende que o que tinha acontecido com a gente já acabou? Aceite isso. E sai de perto de mim!
- Já sei! Tem outra garota na jogada não é Draco? – disse irritada – Quem é ela? Uma sonserina? Mais rica que eu? Mais linda? Responde Draco Malfoy! – se exaltou.
- Ai, ai Pansy! – desdenhou – Eu não devo nada da minha vida para você. – falando isso deu as costas para a morena e foi para as masmorras.

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N/A: Pois é, eu ia escrever só até esse capítulo, para acabar com tudo e tal, mas ai eu recebi meu primeiro comentário, e isso me animou muito *-* Obrigada leleu_mione pelo comentário. É por ti que eu to continuando. Eu não sei quantos mais capítulos que eu vou fazer, mas vai ser mais de 3 ou 4. Desculpa ser poucos capítulos, mas se eu tiver bastante animada é claro que eu continuo a escrever ainda mais. Como eu disse no about, eu tenho muita preguiça de terminar algo que comecei. Mas com incentivo talvez eu consiga. Então, se você está gostando comente, se estiver odiando, comente também. Vai ser bom pra mim. Thanks por lerem, bezo :* 

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