A sala precisa



Havia amanhecido um dia frio e nevoso, estava chegando a véspera de Natal.
Ela precisava encontrar Abeforth.
Ela e Marta desceram para o café da manhã. Ainda apreciando as escadas se movendo na descida, as duas foram conversando:
-Imagina a reação do retardado do Alvo quando não achar sua varinhazinha! - debochou Marta. E as duas deram altas gargalhadas. Ela continuou:
-Quero ver um escudo que cubra 5 pessoas agora!
Minerva, ainda rindo, debochou:
-Diretora Lúcia, minha varinhazinha sumiu, e agora? Buaa!
As duas desceram o último nível de escadas e viraram à direita para o Salão Principal.
Quando entraram pela porta e foram em direção à mesa dos alunos da Grifinória, logo avistaram, sentado, com cara de espanto, Alvo. As duas foram rindo em direção à ele, sentaram-se no bando, uma de cada lado dele, falando, sincronizadamente:
-Oi Alvo! Aconteceu alguma coisa? Você parece tão triste...Foi a sua varinha? - E começaram a rir tão alto que chamaram a atenção de todos na volta.
-Foram vocês?! Pensei que Abeforth tinha feito aquilo! - disse Alvo, parecendo surpreso.
-Pode conjurar aquele escudo denovo pra mim ver? - disse Minerva, em ar irônico.
-Que tal se nós fôssemos saír com os alunos da Corvinal e você fingisse que eu não estivesse ali?! - continuou Marta, em um tom misturado de raiva e deboche. Minerva continuou a falar, agora não irônicamente, mas seriamente:
-Você viu por onde anda o seu irmão. Se é que você deu conta de que ele não apareceu na aula ontem. Você enlouqueceu ele de inveja! E sabe disso! Fez ele se isolar... FAZER ISSO COM UM IRMÃO... E NEM SEUQER SENTIR UM POUQUINHO DE CULPA!
Ele se levantou, saiu caminhando apressadamente do salão. Elas o seguiram, pegaram suas varinhas e gritaram, juntas:
-STUPEFY
Alvo foi atingido por dois raios de luz vermelhos e voou para trás, batendo com um estrondo na porta de entrada do castelo. Elas continuaram a fazer isso pelo pátio da entrada, foram levando-o pela ponte suspensa, e continuaram fazendo isso por uns 5 minutos, até atirá-lo  contra a parede do corujeiro.
Já virara atração. Alunos de todos os anos assistiam à cena rindo, e ninguém tentou impedir, por exceção do professor Hargues, de Herbologia, que elas haviam conhecido faz um dia:
-O QUE É ISSO?! NÃO VÊEM QUE ELE ESTÁ SANGRANDO? - explodiu Hargues com sua voz irritante após ver os ferimentos no rosto de Alvo causados pelas batidas que ele havia levado no caminho todo de mais ou menos uns 500 metros. - DEETEENÇÃAO! MINHA SALA! OITO HORAS! NOITE! SEGUNDA!
As duas voltaram rindo para o castelo, acompanhados de alguns dos alunos que estavam assistindo, que também riam. Elas rumaram para o sétimo andar, para a sala de Hargues, que não ficava na estufa de herbologia, pensando no quanto elas precisavam encontrar Abeforth, passaram duas colunas, dobraram à esquer...
-SHHHHHHHHHHH! -Um barulho que lembrava uma chaleira no fogão chamara a atenção das duas, e um quadro aparecera em uma das paredes. Elas voltaram e o quadro abriu a sua porta automaticamente, antes de ela perguntar se ela precisava de uma senha.
Elas passaram por um corredor escuro, e saíram por outro quadro.
Ele dava na biblioteca. Na seção restrita!
Elas seguiram andando e, lá estava Abeforth, lendo um livro de feitiços.
-Abeforth! Nós sabemos sobre sua inveja com Dumbledore! - disse Marta, e foram correndo em direção à ele, que fechou o livro e olhou-as com atenção.
Elas contaram tudo, dês da varinha até o rosto coberto de sangue de Alvo.
Elas viram Abeforth se divertir pela primeira vez, na metade do ano.
Convenceram ele a voltar para a sala comunal depois de ficar sem jantar e sem tomar café da manhã.
Voltaram pelo quadro, e quando chegaram de volta ao sétimo andar, Abeforth falou:
-A sala precisa! - no momento em que o quadro foi desaparecendo no mesmo barulho de uma chaleira.
-A sala o quê?! - Marta perguntou.
-Se você passa pelas duas colunas anteriores concentrados em uma coisa que vocês precisam muito fazer ou encontrar, algo que iria te ajudar aparece naquela parede. Se você está com vontade de ir no banheiro, ela vira um. Acabei de ler sobre ela no livro de Segredos do Castelo.
-Uau! Enfim, vamos para a detenção - disse Marta à Abeforth - Vejo você no jantar.
Elas seguiram para a sala do professor Hargues, entraram na sala e lá não estava o professor Hargues, mas sim o professor Lionel, junto com Alvo.
-Olá, meninas! - falou ele, simpáticamente, como se elas fossem convidadas.
Elas se entreolharam, com cara de surpresa. Por quê ele não estava brabo com elas?
-Sentem-se!
Elas se sentaram.
Ele mudou seu tom de voz e se virou para alvo:
-Você não tem vergonha na cara de deixar isso aocntecer?! VOCÊ APANHOU PARA MENININHAS!
Alvo falou, se defendendo:
-Elas esconderam a minha varinha quando eu estava fora da sala comunal!
-Me humilhando na frente de alunos da Corvinal! - disse Marta, em tom ameaçador.
Lionel olhou curioso:
-O que ele fez com você?
-Primeiro ele me desarmou, depois começou a transformar o meu nariz em uma tromba! Eu fui pedir para ele parar e ele me deixou cega!
Alvo falou, meio rindo:
-Ah, não seja boba! Só usei o feitiço Conjuctivictus por um tempinho e...
-E DEPOIS PEDIU PRA TODO MUNDO ME EMPURRAR E EU NÃO SABER ONDE EU ESTAVA!
-Eu não pedi, eles fizeram por que quiseram.
-AH, A CULPA É DOS ALUNOS DA CORVINAL AGORA?
-CHEGA! - gritou Lionel, fazendo os dois se calarem imediatamente. Minerva estava calada observando a discussão - Marta e Minerva, não deviam ter machucado Alvo. E você - falou, virando-se novamente para Alvo - não devia ter humilhado Marta na frente de alunos das outras casas - e completou em voz baixa com um sorrisinho - muito menos apanhado para menininhas.
As duas saíram junto à Alvo, rindo e olhando para ele. Foram para o Salão principal, jantaram e voltaram para a sala comunal.
Era a última semana antes das férias de Natal. Marta e Minerva iriam passar juntas na casa da mãe de Marta.

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