Falsas Profecias



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Ministério. Sala das Profecias – Dia seguinte. 2 Horas depois da Audiência de Bartô


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“Hummm. Bartô (pai e filho) foram condenados.” – pensa Harry sozinho.  – “O Filho de volta a Azkaban e beijado pelos Dementadores por tentativa de fuga. O pai, condenado a prisão perpétua! Isso vai funcionar muito bem. Agora, basta conversar com Neville e colocar meus planos em funcionamento. Quase tudo pronto. A pedra foi devolvida aos Flamels, e a coisa mais difícil foi convencer Perenelle a não fatiar Dumbledore. Mérlin que a mulher é daquelas bravas. Xingou por quase 10 minutos sem parar. Ela conhece tantos palavrões que me deu até medo!! Felizmente eles estão bem e ficarão bem. Eles ainda vão “morrer” conforme o plano, mas na verdade, vão apenas tirar férias no Pacífico Sul. Coisa boa que eles me deixaram a chave da casa. Vou ter mais um lugar para me esconder se for preciso. O ruim é que tive que contar algumas coisas para eles. Bem... nenhum mal feito.”


- Sr. Potter? – chama Amélia entrando na sala das Profecias.


- Aqui. – fala Harry em voz alta Vendo Amélia, Neville e sua avó Augusta se aproximando. – Estamos aqui. Ah, Neville. Bom te ver, meu amigo.


- Olá Harry. – fala Neville tímido ao lado de sua Avó. – Como tem passado?


- Estou melhor agora. – responde Harry sorrindo ao cumprimentar Neville. – Sra. LongBottom, é um prazer revê-la.


- O prazer é meu. – fala ela séria. – Por que fomos convidados aqui?


- Ah... direto ao ponto. Gosto disso. – fala Harry sorrindo ao ver o olhar de Algernon. – Eu quero mostrar algo a vocês. É importante.


- E seria? – pergunta Augusta.


- Você sabe por que meus pais foram mortos e por que os pais de Neville foram torturados até... bem... até que eles precisam do hospital??? – pergunta Harry sério vendo que Neville se encolheu um pouco.


- Presumo que você irá me dizer. – fala Augusta seca.


- Mais do que isso. – fala Harry sério. – Algernon, poderia colocar feitiços de privacidade, por favor?


- Está feito. – fala o Chefe dos Inomináveis girando sua varinha e colocando feitiços suficientes.


- Antes de eu e Neville nascermos, o Diretor Dumbledore foi entrevistar uma candidata a vidente para o cargo de professora em Hogwarts. Ao final da entrevista, ela foi contratada.  – fala Harry sério.


- Sibila, a charlatã, eu presumo. – fala Amélia seca.


- Sim. Ela mesmo. A Fraude. – fala Harry. – No meio da entrevista ela surtou e fez uma profecia. Essa profecia. – fala Harry apontando para um globo de vidro à sua frente. – Essa profecia é o motivo pelo qual Voldemort veio atrás de mim e seu pessoal foi atrás de você, Neville. Nossos pais, infelizmente, estavam no caminho.


- O que há nessa profecia, afinal? – pergunta Algernon sério.


- Bem, vamos ouvi-la, não vamos? – pergunta Harry sorrindo e pegando a profecia, e Algernon dá, sobre ela, um toque de sua varinha. Uma voz etérea logo falou.


"Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima...nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês... e o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece...e um dos dois deverá morrer na mão do outro pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver...aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar;..."


Todos ficaram em silêncio, apenas tentando interpretar o que ouviram. Algernon foi o primeiro a se recuperar.


- Como Voldemort soube dessa profecia? Se só Dumbledore e Sibila estavam no local, qual deles contou a profecia para Voldemort? – pergunta Algernon seco.


- Nenhum dos dois. – fala Harry calmo. – Um espião estava no local e ouviu a primeira parte da profecia. Ele foi impedido de ouvir o restante e contou a seu mestre.


- Quem foi o espião? – pergunta a Augusta.


- Não vou lhe dizer quem é. – fala Harry calmo.  – Mas posso te garantir que ele será punido.


- Esse homem é o responsável por meus pais estarem no hospital, Harry. – fala Neville com lágrimas nos olhos. – É meu direito saber quem ele é!!


- Neville... o espião não disse onde seus pais ou os meus se escondiam.– fala Harry sério. – Ele só contou um pedaço da profecia e quando soube quem eram os alvos, ele voltou para Dumbledore e lhe alertou de que os meus, e os seus pais estavam em perigo. Eles foram alertados com mais de um ano de antecedência. A culpa do que aconteceu com os meus e com os seus pais, não é do espião e nem mesmo de Voldemort. E sim, de Dumbledore. Você precisa ver a situação por um ângulo diferente.


- Qual? – pergunta Neville com raiva ao ver Harry colocar a profecia no lugar original.


- Era uma guerra. Pura e simples. Nossos pais estavam de um lado. Voldemort do outro. O que Voldemort fez foi tomar uma ação estratégica. Ele nos escolheu baseado no que ouviu do seu espião. E o que ele ouviu foi Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima...nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês... somente isso. – fala Harry calmo. - Aparentemente nossos pais estavam lutando contra ele e se recusaram a aliar-se a ele. Quando ele soube da profecia, ele imediatamente atacou aqueles que ele conhecia. Ele não foi o responsável pela morte de meus pais ou a tortura dos seus. Dumbledore foi.


- Como? – pergunta Augusta surpresa.


- Dumbledore manipulou os fatos para que Voldemort viesse direto até mim ou a Neville. Ele queria que a profecia se cumprisse. Eles estavam perdendo a guerra. Ele manipulou tudo para que a profecia se cumprisse. Não há outra explicação. – fala Harry sério. – Ele julgou que se mais duas famílias fossem destruídas para que Voldemort caísse também, era um preço justo a ser pago. Tudo pelo... Bem Maior!


- Por que Aquele que não deve ser nomeado foi atrás de você, pessoalmente? – pergunta Augusta séria.


- Por que um dos seguidores dele sabia o local onde meus pais estavam. – fala Harry seco. – Ele veio pessoalmente para mostrar que não tinha medo de uma profecia idiota. Ele veio e sem saber, acabou cumprindo a profecia. Caso ele conseguisse me matar, ele iria atrás de Neville. Um de nós deveria ser o “escolhido”. Aconteceu de ser eu. Ele veio a mim e meus pais em primeiro lugar, por que ele sabia onde eles moravam. Porque eles foram traídos por um amigo.


- Sirius Black. – cospe Augusta. – Maldito traidor.


- Não. – fala Harry calmo. – Sirius Black não traiu ninguém. Ele não era o guardião do segredo.


- Ele foi julgado e condenado! – protesta Augusta furiosa.


- Você está parcialmente correta. – fala Harry falando em voz baixa obrigando a Augusta a ouvir com atenção. – Ele foi condenado. Mas nunca foi julgado!


- Como é que é? – pergunta Augusta surpresa. – Ele está em Azkaban há pelo menos 10 anos!


- Quase 13, na verdade. E ele é inocente. Sempre foi inocente. – fala Harry calmo.


- Quem era o guardião do segredo, então? – pergunta Augusta.


- Pedro Petrigrew. – fala Harry calmo.


- Que Black matou, junto com 12 trouxas! – reclama Augusta séria. – Como conveniente, não é mesmo???


- Pedro está vivo. – fala Amélia seca vendo o espanto de Augusta. – Extra oficialmente Harry o prendeu há alguns dias.


- Como? – pergunta Neville.


- Lembra-se de Perebas?? – pergunta Harry.


- O rato de Rony? – pergunta Neville surpreso. – Ele estava chorando que o tinha perdido no último dia no Expresso. O que tem ele?


- Animago Ilegal. – fala Harry seco. – Eu o peguei e o trouxe aqui para Amélia. Oficialmente ele foi preso ontem, em uma tentativa de assalto a uma casa, e Amélia o prendeu. Foi reconhecido por ela e já foi interrogado com Veritasserum. Ele admitiu a traição, bem como ter planejado tudo de forma que Sirius fosse condenado por seus crimes. Admitiu ainda que foi ele quem matou os trouxas e não Sirius.


- E agora? – pergunta a Augusta sentindo-se fraca.


- Nós vamos convocar uma sessão de emergência da Suprema Corte amanhã de manhã. – fala Amélia séria. – Eu já retirei Sirius de Azkaban e o coloquei numa quarto seguro aqui no Ministério. Ele está sendo vigiado por Moody pessoalmente. 24 horas. Já passou por exames médicos e foi atestado que, apesar de magro e muito abatido pelo tempo prolongado junto aos dementadores, ele ainda está são da mente. Ele irá ser julgado logo após Petigrew e será libertado, junto com desculpas públicas, muitos milhões como indenização, e a guarda legal de Harry, uma vez que é seu padrinho.


- E você está me contando isso... por que? – pergunta a Augusta.


- Você deve assumir amanhã a Presidência da Suprema Corte. Estamos mantendo Dumbledore longe de tudo isso. Ele não pode atrapalhar, ou tudo dará errado. – fala Harry sério. – Sim, Senhora. Eu estou em guerra aberta com Dumbledore. Posso mostrar a ambos o motivo disso, mas por enquanto, eu peço que me ouçam atentamente.


- Fale. – pede a Augusta cansada.


- Precisamos remover Dumbledore do comando da Suprema Corte, assim como precisamos remover Fudge do Ministério. O ministério está uma bagunça completa. A corrupção está vergonhosa. Precisamos melhorar as coisas e agora temos a chance. – fala Harry sério olhando para Augusta. – Eu sei que você não me conhece o suficiente. Eu não posso exigir que faça algo por mim, mas posso pedir e lhe dar uma idéia dos meus planos.


- Que planos? – pergunta Augusta séria.


- Amélia está em “alta”. – fala Harry sorrindo. – A captura dos Crouch, impulsionou seu nome até o céu. Ela está sendo considerada pela imprensa como a “Paladina Defensora da Justiça”. Publicidade gratuita nunca é mau negócio. Agora, com a prisão de Petigrew, bem como o julgamento e absolvição de Sirius... O tempo está do nosso lado.


- Como? – pergunta Augusta.


- Há quanto tempo você conhece Amélia? – pergunta Harry sério. – E nesse tempo, ela fez algo que a desabone a seus olhos?


- Conheço Amélia há uns 20 anos. – fala Augusta séria. – E não, nunca soube de nada que a desabonasse.


- Com a captura de Pedro e a libertação de Sirius, Amélia será ainda mais fortalecida para desafiar abertamente o Ministro. Além disso... talvez eu possa ter uma lista de alguns subornos contra Fudge. Amélia não tem todos os votos ou o apoio necessário, ainda. Mas... – fala Harry e para.


- Mas se eu a apoiar abertamente, ela terá. – conclui Augusta.


- Sim. Você está no controle de um grupo de votos que digamos assim... são indecisos. – fala Harry sério. – Eu gostaria que você ficasse com o comando da Corte Suprema. Você sempre foi, segundo Amélia, uma pessoa altamente respeitável e com os maiores interesses do Mundo Bruxo em sua mente. Nós precisamos de você agora, para nos ajudar. Vamos expulsar Dumbledore e Fudge. Vamos assumir o comando. Vamos fazer o mundo melhor, dentro de leis justas e iguais para todos. Fazer com que todos tenham os mesmos direitos.


- Você deveria ser um político. – fala Augusta séria. – Por que está fazendo isso, Jovem Potter?


- Minha vida foi uma merda completa. – fala Harry sério. – Até mesmo em Hogwarts. Quero fugir dessa fama idiota que me fizeram.


- Achei que gostasse da história do Menino que Sobreviveu. – fala Neville sério.


- Besteira. Eu odeio tudo isso. Eu trocaria tudo isso sem um segundo de hesitação para poder ser apenas Harry. – fala Harry sério. - Diga-me Neville, quem são meus amigos em Hogwarts?


- Rony e Hermione. – fala Neville dando de ombros. – São os que eu me lembro.


- Rony foi pago por Dumbledore para ser meu amigo e agir como espião. – fala Harry sério. – Hermione recebeu uma proposta para fazer a mesma coisa, exceto que ela receberá livros e uma “ajuda” para se ajustar ao mundo dos Puros Sangue, e muito provavelmente será Prefeito da Grifinória no quinto ano. Belos amigos eu tenho, não é mesmo? Sem contar que Rony praticamente expulsa de perto de mim qualquer pessoa que tente conversar comigo. Sou praticamente isolado em Hogwarts, assim como sou isolado do Mundo Bruxo. Agora, eu quero minha liberdade.


- Você não está brincando, está? – pergunta Neville tão surpreso quanto os outros.


- Não. Neville... eu posso não ter sido o melhor dos amigos para com você, mas quero saiba que eu te respeito muito. Você levantou-se ao meu lado quando os outros recuaram assustados. Você tentou me parar, sabendo que eu iria entrar em apuros, mesmo sem ter todas as informações. Você nunca me julgou, nem mesmo tentou se impor sobre mim. Você sempre esteve lá, como um amigo. Eu não esqueço isso, Neville. Você é o cara mais corajoso que eu já tive a honra de conhecer. Se eu tiver que combater novamente um dia... – fala Harry sério colocando as mãos nos ombros de Neville. – ... eu só poderia pensar em você para lutar ao meu lado. Ninguém mais. Não confio em ninguém mais ao meu lado. Você é um em um bilhão, Neville.


- Harry... eu sou quase um... aborto. – fala Neville vermelho de vergonha.


- Mesmo? – pergunta Harry ironicamente. – E por que eu sinto que seu poder é tão grande quanto o meu?? Hum??? Eu sei que você usa a varinha de seu pai e ela funciona maravilhosamente para seu pai. Mas para você... ela não te permite mostrar tudo o que você tem. Ela não é um bom jogo para sua magia, assim como a varinha de meu pai não seria um bom jogo para mim.


- Você... acha que é por isso que eu não sou bom? – pergunta Neville em voz baixa.


- Neville...VOCÊ É UM GRANDE MAGO!!! PARE DE SE DEPRECIAR!!! Olha só!! Você está usando a varinha errada para você e ainda assim você faz melhor do a grande maioria do nosso ano!!! – reclama Harry exasperado e levantando as mãos para o céu. – Eu mal posso esperar até a hora que você tiver uma varinha personalizada!!! Você vai fazer maravilhas!! Mas tem mais uma coisa errada em você.


- O que? – pergunta Neville preocupado.


- Algernon... cheque ele. Tem algo errado na magia dele. Acho que ele tem bloqueios, assim como eu. – fala Harry preocupado.


- De fato. – fala Algernon depois de executar um feitiço de diagnóstico. – Ele tem bloqueios assim como você. Feitos pela mesma pessoa.


- Quem fez isso com meu neto? – ruge Augusta com a voz fazendo as paredes tremerem. – Quem bloqueou a magia do meu neto???


- Vou te dar algumas pistas. – fala Harry sorrindo. – Ele é velho, usa óculos, tem uma barba ridícula, acha que é o maior bruxo do mundo, anda por ai desfilando com algumas roupas ridículas, é o diretor de uma escola de Magia e acha que o mundo deve ouvi-lo a cada instante.


- Eu vou matar Dumbledore. – ruge Augusta tentando sair dali, mas Harry a segura firmemente.


- Não. O caminho não é esse. Vamos destruí-lo, mas vamos fazer isso lentamente, que é para doer mais. Dumbledore está me criando para ser uma arma contra Voldemort. Depois de usar a mim, eu serei descartável também. Eu me recuso a aceitar isso. – fala Harry sério. - Por isso, amanhã, assim que Sirius for inocentado, os documentos médicos irão provar que Sirius está são, eu e ele vamos cair fora. Só vamos esperar o tempo certo para que ele se recupere no hospital um pouco. Neville... o Departamento de Mistérios vai remover meus bloqueios. Você gostaria de ter os seus removidos também??


- Sim. Eu gostaria. – fala Neville sério.


- Algernon...  podemos fazer isso hoje ainda? – pede Harry sério.


- Vou preparar tudo. Não se preocupe. – fala Algernon sério.


- E depois disso? – pergunta Augusta.


- Depois e Sírius vamos cair fora. – fala Harry. 


- Cair fora? – pergunta a Augusta surpresa.


- Vamos ficar fora do controle de Dumbledore. – fala Harry sério. – Vamos fugir, pelo menos por algum tempo. Agora, a questão toda é, o que você vai fazer, Neville???


- Como assim? – pergunta Neville espantado.


- Dumbledore não vai mais ter Harry como arma. – fala Algernon serio. – Ele vai atrás de você. Para te usar assim como usou Harry. Vai criar histórias sobre você e vai desprezar tudo o que Harry já fez. Uma vez que Harry se rebelar... você vai ser o “menino que sobreviveu”!


- Eu não quero isso. – fala Neville sério. – Não quero ser parte disso.


- E quem diz que você terá uma escolha? – pergunta Amélia seca. – Harry não teve!


- Para onde você vai? – pergunta a Augusta séria olhando para Harry.


- Viajar ao redor do mundo. Conhecer outras culturas mágicas. Aprender magia do tipo que não o que ensinam em Hogwarts. Recuperar meu corpo das mazelas da vida entre meus parentes. Treinar com trouxas e bruxos. Eu sei que Voldemort vai voltar. E eu vou estar pronto, caso ele queira vir atrás de mim. Nosso próximo encontro será bem diferente. Pode estar certo disso.


- Posso ir junto? – pergunta Neville sério.


- Desculpe, Neville, mas não. – fala Harry sério vendo a decepção no rosto de seu amigo. – O que vou fazer, Neville é ilegal, imoral, engorda e causa cárie nos dentes, além de que, muito provavelmente vão me rotular como “Novo Lorde das Trevas” mais uma vez. Eu não me incomodo com isso, exceto pelas cáries. Mas isso não deve afetar você, meu amigo. – fala Harry sorrindo ao colocar as mãos nos ombros de Neville. – Você deve manter suas mãos limpas.


- Está tentando me proteger, Harry? – pergunta Neville sério.


- Você não precisa que ninguém te proteja Neville. – fala Harry sério. – Você terá outras coisas para fazer. Vou pedir que você faça certas coisas e elas devem ser feitas “á luz do dia”. Eu vou para as sombras. Não sou mais um “Mago da Luz”, Neville. Na melhor das hipóteses eu sou “Cinza”. Se você ficar em Hogwarts, é bem provável que Dumbledore tente dominar você para jogar você contra mim. Ele vai inclusive usar poções ou feitiços para te dobrar. Você precisa aprender Oclumência imediatamente. Além disso, posso lhe garantir que você terá outras preocupações. Antes de eu partir, ainda tenho algumas coisas para fazer. E vou te dar alguns presentes que você vai gostar, eu tenho certeza. Mas acho que você deveria se transferir para outra escola. Ouvi falar muito bem de uma escola na França. Sem contar que ela tem 15 meninas para cada menino. Que tal lhe parece a idéia? – pergunta Harry e vê que Neville fica vermelho.


- Você acha que eu posso fazer isso? – pergunta Neville incerto.


- Seu pai foi um grande homem, Neville. – fala Harry sério. – E você, meu caro, será 10 vezes maior do que ele. Você não tem a arrogância de um Grifinório. Você age quando tem a certeza de suas ações e suas conseqüências. Você será, Neville, dentro de uns vinte anos, O Maior Ministro da Magia de todo o nosso mundo. E, claro, será um fenomenal Herbologista. Eu sei, Neville. Eu acredito em você. E tenho certeza de que você irá fazer maravilhas por todos nós. Você será nossa bússola moral. Você irá nos apontar o caminho. Você irá nos liderar de forma eficaz. E no futuro, poucos vão se lembrar de mim. Mas todos vão se lembrar de você!


- E você? – pergunta Neville. – Vai fazer o que?


- Supondo que eu sobreviva a Voldemort? – pergunta Harry sorrindo. – Vou morar na praia, meu amigo. Sol, areia, mar,surfe,  garotas  e margueritas com um chapeuzinho em cima!! Namorar o dia todo e surfar!!


- Como você sabe que Voldemort vem atrás de você?  - pergunta Augusta sorrindo ao ouvir os planos de Harry.


- Ele já veio por duas vezes. Virá novamente. – fala Harry dando de ombros. – Posso provar a você isso.


- Prove.  – fala a Augusta séria. – Meu neto não ficará mais perto de Dumbledore. Não até que possa aprender a se defender de acordo. E vamos procurar uma varinha personalizada para você, Neville. Além de romper estes bloqueios sobre sua magia. E aulas de duelo, francês e oclumência durante as férias!!


- Venham comigo. – fala Amélia séria levando-os de volta a sua sala e mostrando as memórias que Harry já tinha lhe mostrado antes sobre os combates contra Voldemort.


- Prepare-se para o julgamento amanhã. Neville virá essa tarde para remover os bloqueios sobre sua magia. – fala a Augusta séria antes de sair, acompanhada por Neville. Harry notou pelo tom de voz de Augusta que o Ministro idiota, digo, Fudge, teria amanhã um dia infernal.


- Ahhh, Amélia. – fala Harry sorrindo como se estivesse lembrando-se de algo somente agora. – Tenho algo a mais para você. Você conhece Hagrid, por acaso?


- Sim. – fala Amélia retesando os músculos do corpo, como se preparando para uma bomba explodir perto dela. – Ele foi expulso quando da morte de uma aluna em Hogwarts, muitos anos atrás. Teve sua varinha quebrada. Foi contratado como Jardineiro da escola. Susan fala muito bem dele, assim como todos os alunos.


- Pois é. – fala Harry sorrindo. – Felizmente eu tenho provas de sua inocência. E no ano passado... Fudge disse textualmente ao ordenar a prisão dele: “...eu tenho que ser visto fazendo alguma coisa. Se ele não é culpado, será libertado em breve.” Bem... ele ficou muito tempo em Azkaban. E ele sempre foi inocente. Pensando nisso... eu tenho algumas sugestões. Isso não é legal???


- Sim. É sim. Muito legal de sua parte. – fala Amélia apenas balançando sua cabeça preocupada. Estar muito perto de Harry Potter poderia ser benéfico para sua carreira, mas com certeza iria deixá-la louca logo, logo. Embora a prisão arbitrária de Hagrid pudesse ser o prego final no caixão de Fudge. – Que sugestões você tem???


 


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Ministério da Magia. Departamento de Mistérios. Quarto de Recuperação.


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Sirius Black estava deitado em uma cama. A sala era clara e bem ventilada. Ele se recuperava lentamente de mais de uma década de Azkaban. Sua mente ainda processava tudo o que acontecera ontem.


Tudo começou quando dois homens entraram em sua cela em Azkaban.


{início Flashback}


- Olá, Black. – fala Moody entrando na cela. – Consegue me entender ou está completamente maluco?


- Ora, ora, ora. – fala Sirius levantando-se do chão e ficando de pé. – Que honra! Alastor Moody me visitando?? Quem é seu companheiro?


- Eu sou Algernon Corvina. Chefe dos Inomináveis. – responde o segundo homem.


- Uau!! Estou realmente honrado. Agora... Em que posso ajudar ambos? – pergunta Sirius sorrindo. – Eu iria oferecer um chá, mas infelizmente tal item não é fornecido pelas cozinhas de Azkaban.


- Não se preocupe. Estamos aqui para termos uma conversa que pode ser curta ou longa, depende de você. – fala Algernon sério.


- Oh, bem. Faz muito tempo que não converso com ninguém. – fala Sirius sorrindo. – Quer dizer, além dos fantasmas dos mortos.


- Interessante. – fala Moody sério. – Vamos aos fatos, Black. Curto e grosso, ok?


- Pois não? – pergunta Sirius curioso.


- Nós pegamos o Rato. – fala Moody seco e vê que Sirius abre a boca, como se tentando respirar. – Nós pegamos Pedro Petigrew. Vivo!! Ele está trancado numa cela dentro do Departamento de Mistérios com bloqueios para todos os lados. De lá ele não foge.


- Como... como o pegaram? – pergunta Sirius com sua mente ainda tentando processar tudo.


- Isso não é importante no momento. – fala Algernon sério.


- Como assim não é importante? – pergunta Sirius erguendo a voz.


- Preste atenção, Black. – fala Moody sério. – Nós o pegamos. Ele foi interrogado com Veritasserum e confessou tudo. Como ele foi preso, não importa no momento. Você será interrogado perante a Corte Suprema com Veritasserum também. Quanto menos informações você tiver, menor o risco de exposição, você entende?


- Existe um segredo, então? – pergunta Sirius curioso.


- Muitos segredos. – fala Algernon sério. – Alguns lhe serão revelados em alguns dias. Outros, vão demorar um pouco mais. A maioria dos segredos nós não podemos revelar, pois estamos sob juramento também. Você entende?


- Sim. – fala Sirius baixando a cabeça. – Eu entendo. Como faremos agora?


- Nós estamos te tirando daqui agora. – fala Moody e vê os olhos de Sirius se abrirem com a esperança. – Vamos te levar, incógnito, para o Ministério. Tem um conjunto de celas que está desativado, dentro do Departamento de Mistérios. É mais parecido com um quarto de hotel. Eu vou ficar no seu lado o tempo todo. Quero que confie em mim, Sirius. Alguns planos estão rolando e precisamos garantir sua segurança por alguns dias. Alguns médicos irão fazer exames físicos e mentais em você. Por favor, colabore. Em dois ou três dias você será levado a julgamento via Veritasserum perante a Suprema Corte. Comporte-se e tudo dará certo.


- E o rato? – pergunta Sirius com raiva.


- Será julgado antes de você. – fala Algernon. – Se tudo acontecer como previsto, ele será enviado para cá, para ser preso nessa mesma cela, exceto que vamos colocar alas anti-animago. Você concorda em sair daqui em nossa companhia? Sem dar trabalho e se comportando? Estamos arriscando tudo por você. Emprego, carreira, amigos, dinheiro... tudo. Você vai se comportar?


- Sim. – fala Sirius calmo. – Não vou dar trabalho e vou me comportar.


- Bom. – fala Moody pegando uma capa e entregando a Sirius que a coloca e puxa o capuz por sobre sua cabeça. Moddy pegou par de algemas e colocou-o nos pulsos de Sirius. – Apenas para manter as aparências, caso alguém nos veja.


- Sem problemas, Moody... e quanto a Harry? – pergunta Sirius preocupado. – Ele está vivendo ainda com Frank e Alice? Como ele é?


- Sirius... – fala Moody e vê que Sirius precisava saber daquilo logo ou tudo poderia explodir em breve. – Frank e Alice foram torturados por Belatriz, seu esposo, cunhado e por Bartô Jr., poucos dias depois da sua prisão. Eles estão no St. Mungus, desde aquele dia.


- E Harry? – pergunta Sirius sentindo um bolo na garganta.


- Harry foi criado por... Petúnia. – fala Moody com raiva.


- NÃO! NÃO!! NÃO!! NÃO! – grita Sirius. – É proibido pela Vontade de James e Lily. Está no testamento. Eu sei! Dumbledore também sabe! !


- Escute Sirius!!! – fala Moody irritado pegando no braço de Sirius e o acalmando. - Harry está vivo, Sirius. A vontade nunca foi executada. Dumbledore a bloqueou no mesmo dia e colocou Harry com Petúnia. – fala Moody tentando manter Sirius calmo. – Escute, vamos por partes, ok? Eu também perdi a confiança em Dumbledore. Tenho certeza de que ele nos traiu. Estamos jogando tudo isso fora do alcance dele. Vamos para cima dele assim que eliminarmos o Ministro do jogo político. Dumbledore vai cair e cair feio!!! Primeiro vamos limpar seu nome e depois vamos atrás de vingança! Consegue manter sua mente focada nisso? Consegue manter sua mente focada??


- Sim. – fala Sirius ainda irritado. – Eu consigo. Agora me responda, por favor. Como Harry está? Sem mentiras.


- Olha...  – fala Moody saindo de Azkaban com Sirius e Algernon. – Harry está... danificado mentalmente. Temos certeza de que ele sofreu algum tipo de abuso enquanto morando com Petúnia. Ele não confia em ninguém. Aqueles em quem ele confiou, o traíram. Ele só tem um elfo doméstico que era dos Malfoy e que ele enganou Lucio para libertar e sua coruja. Ele fala abertamente que confia apenas neles. Ele... Ele não expressa suas emoções, provavelmente por achar que seria visto como uma fraqueza. Ele é... mais paranóico que eu e isso quer dizer alguma coisa. Estou preocupado com ele, mas ele está se mantendo de pé.


- Mérlin! – fala Sirius baixinho. – Eu falhei com ele.


- Sim, falhou. – fala Moody duramente. – E eu também falhei. Na verdade, todo o mundo mágico falhou com ele. Nós aceitamos a palavra de Dumbledore e... Mas vamos resolver isso e ele ficará bem. Assim como você. Agora, foco em seus problemas. Vamos resolver uma coisa de cada vez, ok? Primeiro limpamos seu nome. Depois pegamos Harry. E daí, vamos pra cima  de Dumbledore. Consegue se manter nisso??


- Ok, eu consigo. – responde Sirius em voz baixa assim que a chave de portal os levou dali.


[Fim flashback]


Meia hora depois, os três estavam no Ministério, dentro de uma cela no Departamento de Mistérios. Sirius não foi reconhecido e nem falou com ninguém. Depois de mais de uma hora de banho quente em uma banheira, ele cortou seu cabelo e barba. Ele começou a se alimentar com alimentos leves. Dias depois, Alastor o levaria até a Suprema Corte, onde ele veria Pedro ser interrogado com Veritasserum.


*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-


Final do Capítulo.


 


Cirurgia do meu filho foi ok. Ele já está bem.


A mudança ainda não aconteceu e eu estou agoniado esperando o inquilino atual liberar meu apartamento.


Esperar é um saco.


Literalmente.


 


No mais... fico no aguardo de comentários.


E votos.


 


Até o Próximo capítulo.


 


Claudiomir


O Autor + Caçado da Feb!


 


 


 

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Comentários (17)

  • Prado Soares

    aaahhh claus... fico feliz pelo seu filho, de verdade xD e tb pq nao demorou umseculo pra nos deixar felizes *--* capitulo foi otimo! cara, tenho do do velho safado quando sirius encontrar com ele putz! vai ser foda!!! aaahh claus! espero que vc n demore mt para postar,vc nao tem ideia de como todos nos ficamos felizes quando vc aperce aqui!!! beijo imenso !!!

    2012-08-05
  • Gui_Hawk

    Fico feliz pelo seu filho,ainda bem que tudo deu certo, e que você não tenha demorado um mes para postar.Adorei o jeito da Augusta,retratou ela como aquelas esposas de coreneis de antigamente,mas com um pulso ainda mais firme, sem contar que cada vez mais a ficha do Dumbledore fica suja, e se o Olho-tonto ou o sirius cruzarem com o velhote,ele tá muito fudido,pq os dois vão querer arrancar  pele dele.

    2012-08-05
  • pamela sa

    Fico feliz pelo seu menino.  Parabéns por mais um capitulo. Estou realmente curiosa com o que vem a seguir. Porem prefiro manter a ansiedade em um nivel abaixo das formaduras de ulceras.   

    2012-08-04
  • Pedro Fattore

    Muito bom o episódio. Gostei de saber que harry vai se ausentar pro treinamento. Você pretende mostrar o treinamento linearmente na historia? ou vai avançar e ir usando flashbacks? acho a primeira opção mais interessante. e, como sempre, aguardando um pouco de ação, mesmo sabendo q talvez demore alguns capitulos ahah continue com o otimo trabalho

    2012-08-04
  • Milton Geraldo da Silva Ferreira

    Maravilha de capítulo. No aguardo do próximo...

    2012-08-04
  • Ellaine Snape

    Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Maravilhoso. Bom demais. Não abandone por favor.  Beijos e tudo de bom pra voce. 

    2012-08-04
  • Evandro Bernardi

    Carai.tu é um mago da escrita.humor e supense. e um toque de sadismo 

    2012-08-04
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