Repercussões



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DMLE – Sala de Amélia Bones - Segundo Ano de Harry Potter em Hogwarts terminou há duas semanas.


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Ela odiava relatórios. E ela estava lendo e escrevendo vários nos últimos dias. Um mais estranho que o outro.


Tudo estava uma loucura há alguns dias.


Agora, por exemplo, ela estava estudando a tradução de um pergaminho antigo que fora encontrado na casa de Dolores Umbridge. O Departamento de Mistérios estava com o original em um local altamente secreto. Depois de muita insistência, Algernon Corvina lhe entregara uma cópia parcial do mesmo. Era uma mistura de Runas com algumas pinturas Maias e Olmecas. Uma tradução fora encontrada ao lado do cadáver horrivelmente mutilado de Dolores. Pelo que o Departamento de Mistérios e o DMLE entendera, Dolores tentara um ritual que iria obrigar a magia de cada um ser testada. Só os “dignos” teriam a magia. Considerando que ela era uma Sangue Puro radical, não era necessário pensar muito para saber “quem” ela considerava “digno”. O ritual parecia ter funcionado completamente errado, pois ela morrera com agonia horrível, seu corpo praticamente desfigurado, e nenhuma magia em seu corpo.  Essa tradução parcial era tudo o que sobrara no ministério. Todo o resto que havia no Departamento de Mistérios havia desaparecido.


Havia pânico no mundo bruxo, principalmente por que Rita Skeeter publicara a história há oito dias. Com o estardalhaço de sempre. O St. Mungus fora lotado de pessoas que sentiam qualquer sintoma de uma doença normal e achavam que estavam sob o efeito do “Julgamento da Magia”, como estava sendo chamado. Amélia tinha 30 aurores estacionados no St. Mungus, apenas para manter tudo calmo. Todo dia havia brigas. Uma loucura completa. Os Curandeiros estavam quase loucos de tanto trabalhar.


Lucio Malfoy e alguns “Sangue Puros” mais radicais deram uma festa cinco dias atrás para comemorar que a magia de todos seria testada e apenas os “Dignos” seriam capazes de executar a Magia. Todos os convidados vieram via Flú e boa parte deles era “ex-Comensais da Morte”. Durante a festa, fora feito um discurso inflamado, agradecendo o sacrifício de Dolores. Lucio também comemorava o fato de que seu filho Draco voltava a se comportar normalmente. Embora ele tivesse absoluto pavor de cobras. Seu olho direito se fora.


Amélia deixou o relatório de lado e pegou outro relatório sobre o roubo que havia acontecido na Casa do Ministro . O Ministro estava enlouquecido por que alguém roubara sua barraca de acampamento e em seguida, espalharam 12 toneladas de merda de porco pela casa. 


Amélia entendia o princípio das coisas. O roubo foi errado, é claro, mas a reação do Ministro era desproporcional. Não havia necessidade de chorar como uma criança birrenta de 3 anos de idade e nem sapatear ao redor dos aurores gritando como... como uma criança que teve seus doces roubados.


Amélia sentia que algo estava errado. Por que alguém roubou sua barraca de acampamento?? Havia muitos objetos extremamente valiosos na casa, e apenas a Barraca foi roubada. Quando o Auror falou isso para o Ministro ele literalmente “explodiu” em lágrimas dizendo que a barraca era muito valiosa e que devia ser uma prioridade do aurores para localizarem a mesma.


Os aurores apenas olharam-se entre si e riram baixinho. Muitos deles lamentavam em voz baixa que o Ministro tinha sobrevivido.


Agora enquanto lia o relatório, Amelia foi obrigada a rir da cena toda. Ela sabia que Fudge é um babaca idiota incompetente, que deveria ter sido sufocado no nascimento para evitar que a existência dele abaixasse o QI coletivo da humanidade.


O relatório sobre o que acontecera com Pucey fora concluído. As pesquisas indicaram que ele fora ferido no mesmo tipo de ritual por Borgin. Algo dera errado e ele sobrevivera. Borgin o libertara, pois ele enlouquecera. Infelizmente ele morrera na noite de ontem, dentro do hospital, incapaz de resisitir aos ferimentos. No dia seguinte, Terence Higgins fora submetido ao mesmo ritual e acabara morto. Borgin já tinha sido beijado pelos dementadores. Ambos os casos estavam encerrados e resolvidos. Uma prova do quão rápido e eficaz era a justiça do mundo bruxo.


Infelizmente tudo o que estava na loja de Borgin e que fora apreendido pelo Departamento de Mistérios desaparecera durante o ataque ao Ministério.


O que acontecera a Crabbe e Goyle foi considerado como um acidente. Segundo o que fora apurado nas varinhas de ambos, eles estavam treinando feitiços das trevas. Um feitiço mal feito e o fogo consumiu tudo, inclusive os dois. Não que Amélia ficou triste com isso.


O ataque a Malfoy e Parkinson ainda estava sob investigação. Infelizmente havia algumas centenas de suspeitos e a grande maioria deles era estudante de Hogwarts.


Um relatório interno estava por sobre sua mesa. E esse era muito mais grave. Era sobre o Ataque ao Ministério.


Ninguém tinha descoberto ainda o responsável por acionar todos os alarmes do Ministério, numa madrugada, há 10 dias atrás. Segundo o que fora apurado, os aurores que estavam no prédio foram nocauteados e levados para fora do prédio. O alarme que foi desencadeado e a assustara até quase sua morte. Prisioneiros da Câmara Inferior livres. Ela não sabia quem estava preso nas câmaras inferiores, mas os Inomináveis estavam beirando o pânico, então... NÃO ERA UM BOM SINAL!!


 O procedimento padrão foi de se manter o prédio bloqueado, até que um grupo de Inomináveis e outro de Aurores checasse todo o prédio. Só que algo dera horrivelmente errado.


Alguma defesa desconhecida havia bloqueado tudo!!!


Levaram dois dias para conseguir entrar no prédio!


Dois dias perdidos!!


Tudo paralisado. O prédio ficou impossível de ser acessado.


Os serviços de Controle de Transporte, Flu, Controle de Magia Acidental, Sede dos Aurores, Inomináveis... enfim, tudo tinha sido bloqueado. O ministério foi completamente inexistente durante dois dias.


O Ministério tinha sido virtualmente... paralisado. Ninguém entrava ou saía, não importa a maneira tentada. Nem mesmo a Fênix de Dumbledore conseguira.


Fora noticiado que tinha sido um erro no controle de segurança que controlava o prédio que tinha desencadeado os alarmes, bloqueando todo o prédio, mas, na realidade, ninguém sabia como isso tinha acontecido. Nem mesmo os Inomináveis.


Quando finalmente conseguiram entrar no ministério, as surpresas apareceram. Eles entraram fortemente armados, esperando um combate pesado, mas nada disso acontecera. Os prisioneiros, fossem quem fossem, ainda estavam presos. Tinha sido um alarme falso??


Papéis estavam espalhados por toda a parte. Parecia que uma horda de trolls tinha brincado por ali. O que não tinha sido destruído, tinha sido bagunçado. Móveis de escritórios que estavam no segundo andar, foram parar no sétimo andar. Os do oitavo, estavam no terceiro. O escritório do Ministro estava no Átrio do Ministério. E assim por diante. Uma bagunça completa.


Os controles climáticos dentro do prédio estavam completamente malucos. Em certas áreas, havia meio metro de neve. Em outras, chovia sem parar, em outras áreas, mini-tornados haviam destruído tudo. Havia ainda um deserto e três áreas pantanosas. Amélia nem estava contando que havia crocodilos dentro dos pântanos.


E ovelhas para todos os lados. Quase 1.000 ovelhas estavam espalhadas pelo prédio inteiro. Principalmente no saguão principal onde antes havia uma fonte. Até a fonte... Amélia apenas gemia quando alguém falava sobre a fonte.


A Fonte dos Irmãos Mágicos tinha sido removida e em seu lugar tinha sido colocado uma nova estátua.


Um palhaço trouxa.


Nariz com uma bola vermelha.


Maquiagem correta.


Sapatos gigantes.


Roupas berrantes.


Três metros de altura... enfim, um palhaço trouxa gigante.


Que jogava tortas de Melado Azedo em todos que passavam por ela.


Os Aurores atreveram-se a atirar alguns feitiços na estátua, mas não tiveram qualquer efeito. Seus feitiços atingiam a estátua e eram absorvidos por ela, que a tornavam ainda mais “animada”. E mais tortas eram jogadas! Com um nível de precisão e pontaria que fazia a inveja dos Aurores!!


No segundo dia que a estátua estava lá, ela começou a contar piadas cada vez mais... proibidas e de baixo calão. Amélia mandou os aurores parar de atacar a estátua antes que a estátua resolvesse revidar com algo pior do que “tortas” ou piadas. Desde que ninguém a incomodasse, ela não faria nada... destrutivo.


Isso era... quase verdade.


Quando o Ministro passava por ela, ela chamava os aurores aos berros para prender o corrupto e apontava para Fudge!


Quando Dumbledore passava ela o xingava de velho manipulador e traidor da luz. Ou de Dark Lord Dumbledore.


Quando Lucio Malfoy passou por ela, ela se ajoelhou e disse que estava cumprindo fielmente suas ordens.


Claro que Lucio Malfoy foi preso e acusado de ter criado a estátua.


Claro que ele negou!


Claro que ele foi interrogado! Não por Amélia, que queria mais que tudo, fazer o interrogatório. Não. Lucio foi interrogado pelo próprio Ministro.


Claro que “rolou” um suborno!


Claro que ele foi... “Inocentado” por Fudge!


Mas Lucio deixou de visitar o Ministério imediatamente!!


Inexplicavelmente divertido, na opinião de Amélia.


Pelo menos algo de bom tinha vindo desta estátua. Lucio Malfoy parou de aparecer no Ministério.


Depois de dois dias sendo chamado de corrupto e ladrão, Fudge perdeu a paciência e ordenou aos Inomináveis para que removessem a estátua, mas eles falharam vergonhosamente quando a estátua começou a jogar “bexigas” de água colorida neles. E as manchas coloridas não saiam!! Os Aurores riam sem parar.  Não importava o feitiço usado na estátua. Ela simplesmente absorvia tudo.


Por fim, os Inomináveis tiveram que engolir o orgulho e chamar Dumbledore.


Amélia resolveu tirar uma folga do seu serviço e acompanhar as ações de Dumbledore. Olhou em volta e viu que muitas pessoas estavam ali, observando.


Com toda a empáfia que podia, Dumbledore parou na frente da estátua e levantou sua varinha de forma solene, antecipando um espetáculo onde ele era o mestre de palco.


- Ora, ora, ora... – fala o palhaço sorrindo. - ... não é que o maior dos Dark Lords veio pessoalmente me ver? Sinto-me tão honrado!!


- Você é muito atrevido. – resmunga Dumbledore disparando uma seqüência de feitiços na estátua que nem se moveu, apenas absorveu os feitiços e sorriu. – Mas não é tão esperta assim como pensa.


- Ohhhhh! – fala a estátua num sorriso divertido. – Não se preocupe, Dark Lord Dumbledore. Tenho a certeza de que é para o “Bem Maior”.  Por falar nisso, tem visitado seu amante???


- Cale-se. – rosna Dumbledore iniciando uma nova seqüência de feitiços que atingem a estátua em cheio no peito, provocando algumas rachaduras.


- Ficou ofendido??? – pergunta a estátua sorrindo. – Vai me dizer que ninguém sabe que você e Grindewald eram amantes???


- Cale-se! – grita Dumbledore furioso ao disparar mais uma seqüência de feitiços que acabaram por arrancar um dos braços da estátua. O braço de pedra caiu no chão e se tornou areia.


- Ohhhh! Ele destruiu meu braço!! Como ele é poderoso!! – ri a estátua de forma sarcástica. - Conte-me Dark Lord Dumbledore... Você já descobriu quem matou sua irmã??? Não?? Vou te dar uma pista!! Não foi seu irmão! E nem seu amante!E ela te odeia!! Assassino!! DarkLord Dumbledore, o Assassino da própria irmã!Matou a própria irmã e acusou seu irmão! Assassino!!! Assassino!! – grita a estátua com força e raiva enquanto apontava o único braço para Dumbledore.


A única resposta de Dumbledore foi o disparo de várias seqüências de maldições que acabaram por destruir a estátua em vários pedaços que caíram no chão e se transformaram em areia.


- Finalmente! – resmunga Dumbledore coberto de suor. As magias cobravam seu preço.


- Não olhe agora, mas acho que isso não acabou. – fala um dos Inomináveis apontando para onde a areia tinha caído.


- Mas... 0 que? – pergunta Dumbledore ao notar que agora havia três estátuas menores sendo construídas pela areia que estava no chão.


A primeira estátua era de um Lobisomen jovem. Ele sorria de forma gentil.


- Eu sou um lobisomem. Mas sou um ser humano. Não uma “criatura das trevas”. – fala a estátua do lobisomem com amargura na voz. – Por que vocês me odeiam tanto?? Por que vocês não tentam me ajudar ao invés de me odiar? Você não vêem que me odiando eu só vou odiar de volta? Não sou um animal! Vocês me fizeram ser seu inimigo, quando eu só queria sua ajuda! O tempo do Julgamento está chegando. As mentiras serão reveladas.


A segunda estátua era a de um Veado com grandes chifres. Ele tinha uma coroa de flores ao redor de seu pescoço. Lirios.


- Confiamos em você, Dumbledore. E você nos traiu. Em breve... muito em breve... nós vamos nos encontrar. O seu julgamento já foi feito. Sua próxima grande aventura será no inferno dos traidores e manipuladores. – fala a estátua com a voz forte. – O tempo das mentiras está se acabando. Em breve... você será julgado por seres muito mais poderosos que você sequer sonhou. E eles têm o poder da verdade. Eles sabem o que você fez.


A terceira estátua era a de um cão preto de grande porte. Ele sorriu amargamente.


- Fui preso sem julgamento. Tudo pelo bem maior de Dumbledore. Estou morrendo onde estou, mas estarei forte o suficiente para ver você perder tudo. O tempo do Julgamento se aproxima Dumbledore. O tempo do Julgamento se aproxima. Você irá perder tudo, por que tudo o que você tem, foi roubado dos outros. – fala a estátua cansada. – Você pagará o preço maior. Existem coisas muito piores do que a morte Dumbledore, e todas elas estão preparadas para você. Você irá pagar por seus crimes.


Antes que Dumbledore tentasse responder qualquer coisa, as estátuas se reuniram no centro da sala e pegaram a coroa de Lírios no pescoço do veado e a colocaram no chão. Todos se aproximaram da coroa de Lírios e a olhavam com expectativa. Foi quando uma voz feminina veio em alto e bom som.


- Você usa os inocentes para pavimentar seu caminho de morte e destruição. Você segue os passos de Grindewald da mesma maneira que ele ditou. Você nos teme, por que nós sabemos a verdade. Você nos matou para que ninguém mais soubesse. Tantas famílias destruídas. Tantas vidas perdidas. Tanto medo e horror! Você poderia ter parado tudo isso, mas optou por não se envolver. – fala a voz feminina. – O Tempo do Julgamento está a caminho. O QUE VOCÊ FEZ COM MEU FILHO, DUMBLEDORE???? – pergunta a voz com angústia.


Dumbledore apenas olhou para as estátuas e partiu dali em silêncio sem responder a qualquer outra pergunta dos presentes que o olhavam chocados e espantados com as informações que as estátuas tinham divulgado.


As estátuas se tornaram areia e o palhaço trouxa gigante voltou.


Dumbledore tinha falhado.


Os Inomináveis tinham falhado.


Amélia sabia que tinha que parar de rir ao ver os Inomináveis correndo como um bando de galinhas sem cabeça. Mas era tão divertido ver. Logo eles que sempre foram... “misteriosos”!


Os Aurores, é claro, ajudaram nas buscas pelos culpados do ataque ao Ministério enquanto riam abertamente dos Inomináveis.


Era óbvio que alguém estava brincando com todos os Inomináveis.


O Departamento de Mistérios havia sido um dos maiores alvos do ataque do Ministério. Quando eles entraram em seu departamento... O que os Inomináveis encontraram não foi uma bagunça generalizada em seu departamento. 


Foi uma cena de roubo completa!


Todos os “Vira Tempos” haviam sumido, assim como vários objetos controlados pelo Ministério.


Armaduras de combate.


Capas de Invisibilidade!


Livros de pesquisa!


Livros de pesquisa secretos!


Que estavam completamente PROIBIDOS!!


Pesquisas revolucionárias!!!


Poções!!


Todo o estoque de poções!


E os ingredientes também!


Itens proibidos entre outros itens... extremamente sensíveis!!


Sem contar que a Biblioteca inteira dos Inomináveis tinha sido roubada.


Milênios de conhecimento tinha desaparecido!!!


E o Véu da Morte se fora. Como é que roubaram o Véu da Morte???


Ninguém sabia explicar.


Todas as tentativas de localizar o véu da morte resultavam em nada. Todas as leituras indicavam que ele continuava no mesmo lugar, mas era óbvio que ele não estava lá.


Mas todos sabiam que tinha que ser um “trabalho interno”. Tinha que ter sido alguém de dentro do Ministério. Logo, todos eram suspeitos.


As pesquisas feitas pelos aurores foram transferidas para os Inomináveis, que assumiram a investigação, deixando os aurores de fora.


Ninguém comentava nada, mas todos sabiam que quem quer que tenha efetuado o roubo, fugira com... “equipamentos e recursos” suficientes para vencer uma guerra.


O mistério sobre quem invadiu o Ministério persistiu até que os Inomináveis acharam a assinatura mágica do invasor.


Eram duas!


E elas batiam com a de Fudge e Dumbledore.


É claro que os dois foram presos e interrogados pelos Inomináveis. Na mesma hora. Dumbledore até resmungou um pouco quando 12 Inomináveis o trouxeram de Hogwarts a força e algemado.


Amélia apenas ria. Ela pelo menos estava se divertindo.


Para horror de ambos e divertimento de Amélia que apenas acompanhou de “longe” o interrogatório, que infelizmente, não foi, segundo os desejos de Amélia e dos Inomináveis, com Veritasserum. Uma pena, realmente.


Ambos se declararam inocentes, é claro, mas foi o suficiente para que os Inomináveis os “marcassem” como “Indesejáveis”.


E sua recusa em aceitar o Veritasserum tornou ambos “suspeitos favoritos” de todo mundo no ministério, especialmente dos Inomináveis.


Onde qualquer um dos dois fosse, os Inomináveis iam atrás. Literalmente... bem, o termo “carrapato” exemplificava a situação.


Havia boatos de que até mesmo a Fênix de Dumbledore havia sido interrogada pelos Inomináveis!!


Como eles tinham feito isso... bem... Amélia realmente não queria saber.


Agora, os Inomináveis queriam a cabeça de Dumbledore e do Ministro Idiota, digo, Fudge.


Dumbledore estava furioso com a espionagem dos Inomináveis e Fudge... bem... ele continuava chorando a perda de sua barraca!


Era bom saber suas prioridades.


O Ministério foi invadido, roubado e bagunçado e o Ministro Idiota, digo, Fudge, preocupava-se com o roubo de sua barraca de acampamento.


Amélia sabia que tinha algo de errado com essa história da barraca, mas não conseguia imaginar o que era. Sinais de alerta disparavam em sua mente, mas faltava uma peça importante, para “colocar” tudo junto.


Enfim... Foram necessários mais alguns dias até reativar tudo no Departamento de Mistérios.  Segundo o que Amélia soube, a única área não afetada no departamento, fora o Hall das Profecias. O resto... bem... alguém fez uma... limpa!


Agora, tudo funcionava bem novamente.


Ou... quase isso.


Não era raro alguém pegar o elevador e ao apertar o botão do andar desejado, levava uma torta na cara.  Amélia mesmo levara uma.


Sabendo que brigar seria inútil, ela levara de bom humor e ainda elogiara o sabor da torta.


Agora, ela era a única que recebia uma torta quentinha todo dia, na hora do almoço. A torta sempre aparecia por sobre sua mesa, juntamente com uma flor, para inveja do resto do Ministério.


Os inomináveis estavam... intrigados com aquilo.


Tradução: Algernon Corvina estava insano atrás de culpados!!


Quem reclamava em voz alta levava mais tortas ainda. Eles não conseguiam imaginar como as coisas estavam acontecendo. Nenhuma das barreiras mágicas erguidas funcionava. Alas de defesa, tão poderosas como as do Gringotes simplesmente falhavam. Era... inexplicável.


As tortas continuavam a fazer seus ataques.


Implacáveis.


Dumbledore, por outro lado, era o único que não levava tortas na cara.


Levava socos.


Uma... “luva de boxe”, segundo um auror nascido trouxa explicara depois de gargalhar por vários minutos.


A luva tinha aparecido do nada e acertara Dumbledore no rosto, o levando a nocaute, pouco antes de ele ter uma reunião com o ministro. Isso acontecera várias vezes. Mesmo agora, depois de ver isso acontecer durante vários dias... ainda era divertido para Amélia. Nem mesmo quando Dumbledore colocara sobre si um feitiço “não-me-note”. Era inútil. As luvas de boxe ainda o atingiam em cheio.


O fato de que Dumbledore tivera sua mandíbula quebrada várias vezes, ou que seu nariz estava praticamente deformado e seus olhos sempre roxos,  não deixou Amélia triste.


Ah, não!!


Esse era o ponto alto do dia!!


Havia até uma aposta no Ministério, onde o apostado era saber quantos passos dentro do Ministério Dumbledore conseguia dar, antes de ser nocauteado!!


Amélia, como funcionário Sênior do Departamento, e sob fortes reclamações de Dumbledore e seus superiores, avisou que as apostas deveriam acabar. Fez um discurso inflamado na frente de seus superiores e eles partiram satisfeitos.


Amélia sorriu abertamente e em seguida fez sua aposta diária. 5 passos.


Até agora ela havia vencido 3 dias. 5 passos, 3 passos, 7 passos.


Afinal... todo mundo precisa rir de vez em quando, não é mesmo?


 Às vezes Dumbledore conseguia erguer um escudo, parando a “luva de boxe” e começava a correr.


Apenas para ser atingido no segundo seguinte POR DUAS LUVAS DE BOXE vindo de lugares diferentes. Ao mesmo tempo.


Imediatamente Dumbledore pediu para verificarem se Sirius Black estava em sua cela.


Todas as pistas, segundo Dumbledore, apontavam para Black!!


Ele queria saber se Black ainda estava preso!


Ele queria que Black fosse testado em Azkaban, para saber se ele era ele ou se era um impostor no lugar dele.


Amélia fez o que ele pediu, embora de mau humor.


Não entendia como é que Sirius Black poderia ser culpado por qualquer coisa que estava acontecendo. Mesmo assim...


Um auror foi enviado para Azkaban e constatou que Black ainda estava lá.


Quem quer que tenha feito isso, não fora Sirius Black.


Ele continuava preso. Quando contaram a ele o motivo de por que ele fora interrogado, ele explodiu em gargalhadas.


Dumbledore ficara literalmente louco.


Amélia ria ainda mais ao ver a cara de Dumbledore antes que ele saísse do Ministério furioso para ir para o ICW numa reunião fechada. Alguém havia feito um feitiço por sobre Dumbledore, sempre que ele entrava no Ministério, aparecia escrito, acima dele, a frase: “Eu sou um idiota! Mas não conte para Ninguém!”


Era tão divertido para Amélia!


Claro que ela proibiu imediatamente que alguém contasse a Dumbledore sobre a frase.


Amélia deu um suspiro divertido ao terminar de ler o relatório.


Os Inomináveis estavam... furiosos, é claro.


Algernon Corvina – chefe dos Inomináveis - estava... ensandecido, querendo pegar os responsáveis, mas nada conseguira. Que alguém esteja violando a segurança do Ministério sem parar era impensável para ele. Ele estudara todas as proteções do Ministério e não conseguia imaginar como é que alguém poderia fazer isso.


Amélia apenas sorriu e desejou sorte a ele.


Um relatório a mais tinha sido terminado por seus Aurores dois dias atrás.


Mais roubos.


Na verdade... foram vários roubos.


Alguém roubara diversas Mansões de Sangues Puros. Todas elas pertenciam a “Comensais da Morte”, ou “simpatizantes”.


Coincidência???


Amélia duvidava disso.


Parecia que havia um jogador oculto, brincando com todos ali.


Inclusive com os Comensais da Morte.


O alvo era sempre o mesmo. O Roubo da “Biblioteca inteira”.  A Mansão Malfoy, assim como várias outras Bibliotecas de Famílias Sangue Puro foram levadas.


Nem mesmo um único livro ficara nas casas. Nada.


Lucio Malfoy e seus... amigos... estavam lívidos de ódio e queriam o sangue de alguém. Quando Amélia pediu para que ela e Moody fizessem uma varredura nos locais do roubo em busca de pistas, eles negaram o pedido. Amélia deu de ombros enquanto falava que não poderia investigar um roubo, se não tivesse acesso ao local do roubo. Como é que ela iria coletar... provas??


Lucio fungou de desprezo e disse que iria resolver aquilo sozinho.  Amélia desejou sorte e disse que o Ministério os ajudaria... desde que eles fossem permitidos periciar as casas. Malfoy saiu dali, mais pálido ainda.


Era óbvio para Amélia que ele escondia algo em sua casa, mas de nada adiantou insistir com o Ministro Idiota, digo, Ministro Fudge.


Ele não autorizou a revista da casa de Lucio Malfoy. Nem mesmo quando Amélia deu a desculpa de procurar pistas do ladrão de Bibliotecas.


Amélia deu um suspiro de irritação.


Um breve resmungo de seu estômago a informou que era hora de ir almoçar. 


Naquele dia, a torta não apareceu, por algum motivo.


Pegou o lanche que sua sobrinha, Susan Bones tinha feito para ela. Ela tinha chegado em casa há poucos dias. Férias de seu segundo ano na escola. E ela tinha começado a contar algumas histórias interessantes e confusas sobre Harry Potter.


Amélia sentia que havia algo ali, para ser investigado.


Depois de tudo o que Susan falara, Amélia ainda não se conformava com o abandono de Potter do mundo da Magia.


Se pelo menos Harry Potter pudesse ser encontrado para uma conversa. Amélia precisava falar com ele. Era simplesmente essencial que conversassem. Ele não denunciara seus parentes trouxas, então as mãos de Amélia estavam amarradas quanto a isso.


Abriu seu lanche e preparou-se para devorá-lo, quando a porta se abriu. Amélia deu um gemido de protesto. Cindy, sua secretária esta ali, acompanhado de um jovem garoto.


- Amélia? Temos um visitante... inesperado. – fala Cindy divertida ao ver Amélia guardar seu lanche. – Ele quer falar com você em privado.


- Quem é você e como podemos ajudá-lo? – pergunta Amélia sem reconhecer a criança e vendo Cindy fechar a porta ao sair, os deixando sozinhos. – Perdeu-se de seus pais?


- Meus pais estão mortos. Foram mortos no Haloween de 1981. – responde o jovem sério vendo que Amélia retesou seu corpo e olhou para ele pela primeira vez e o reconhecendo. – Meu nome é Harry James Potter. Filho de Lilian Poter e James Potter. Sou conhecido pelo apelido o qual eu odeio, como “O Menino que Sobreviveu”. Tenho outros nomes que odeio também, dados a mim pela imprensa estúpida deste país. Entre os quais, Novo Lorde das Trevas, Herdeiro de Sonserina, etc, etc, etc, etc.


- O que está fazendo aqui, Sr. Potter? – pergunta Amélia séria olhando nos olhos do garoto e não vendo humor nenhum neles. – Pensei que tinha desistido da sua magia e ido embora da Inglaterra?


- Vim pedir para que vocês corrijam um erro de vosso ministério. Tenho informações importantes para compartilhar com algumas pessoas. Depois disso... eu vou embora em definitivo. – fala Harry sério. – Para tanto, precisamos de privacidade por algumas horas, bem como, preciso que você chame algumas pessoas nas quais você confiaria sua vida a eles. No entanto, nenhum deles deve ser parte do... grupo de Dumbledore.


- E por que você quer que eu faça isso? – pergunta Amélia séria.


- Por que eu vim fazer você ser a próxima Ministra da Magia, se quiser. – fala Harry sério olhando nos olhos de Amélia e vendo um sinal de interesse. – E eu sinceramente espero que você faça as coisas melhor do que Fudge, embora ser pior do que ele... será muito difícil! Está interessada?


- Muito bem, Sr. Potter. – fala Amélia séria depois de alguns segundos. – Estou interessada. Continue, por favor.


Harry apenas sorriu.


Era hora de derrubar o Ministério. De dentro para fora.


 


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O Capítulo acaba aqui.


E a chantagem começa.


Autor movido a comentários e votos.
Quero muitos comentários!!! Kakakakakaka! 


Você sabe o que fazer.


 


 


OS: Procuro um Beta!! Interessados, favor se candidatar.


 


Claudiomir


O Autor + Caçado da FEB!!


07/07/2012


 

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Comentários (19)

  • Milton Geraldo da Silva Ferreira

    Nota 10 pela imaginação. Continua afiado como sempre. Por falar em afiado, alguma chance do Gabriel ou de sua "companheira" aparecerem para um papinho?!?!?!!? 

    2012-07-07
  • rosana franco

    Mesmo com tudo que as estatuas falaram o velhote não desconfiou do Harry.

    2012-07-07
  • cristina

    OMG ri muito com esse capitulo e interesadisima para leo o proximo 

    2012-07-07
  • pamela sa

    Eu sinto dor nas bochechas. Doi rir tanto.

    2012-07-07
  • Alysson Lima

    ótimo capítulo, ri demais, OMG, mas sério, Simplesmente cômico hahaha Mal posso esperar para ver o que Harry planeja hm. kk' Bem, posso betar se você precisar, acho que meu pt é razoável, De qualquer forma, no aguardo do próximo cap, se precisar que eu seja beta, meu msn: [email protected]

    2012-07-07
  • Pedro Fattore

    oq eu vou falar é apenas o meu gosto. Eu estou gostando da fic, num modo geral, achei esse capitulo muito "piada"..talvez tenha sido essa a intenção, visto que era meio que o ponto de vista de Amelia..se for esse o caso, otimo. Prefiro fics mais sombrias do que comicas. Enfim, aguardando o proximo capitulo PS: O que teria que fazer exatamente como beta??

    2012-07-07
  • Dyane Oliver

    Oi, Claus!!! Bem que eu gostaria de mim candidata mais infelizmente não tenho tempo... E também estou sei net em casa... Pelo menos até mês que vem... Por isso nesse meio tempo as Lan House estão ficado mais rico e eu...  Bem sei comentários... kkkkkkkkkkkkkkkkkk   Ps1: vamos para o que interessa... Meu próximo Comentário... kkkkkk... Ps2: eu sei... Sou sei noção!!! Ps3: ........  

    2012-07-07
  • LadyWhitie

    aaaaaaaaaaahhhhaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhaaaaaaaaaaaaaah!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! omg!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk fantástico o que Harry fez com dumbledore. e todos os outros. adorei! o capitulo ta fantástico! Ansiosa, há espera de mais! bj 

    2012-07-07
  • Nex nexus

    eu nem quero imaginar como o Harry fez pra burlar a segurança do ministerio.essas mensagens nas estatuas foram um soco certeiro no velho idiota ^^

    2012-07-07
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