Você quer namorar comigo?

 

Eu não sei quanto tempo eu o estava beijando. Não estava contando. Só sei que eu precisava de ar. Urgentemente! Mas, parecia um pecado descolar os meus lábios dos dele. Eu queria é ficar eli para sempre, ao seu lado. O resto que se dane! Se ao menos tivesse algum feitiço eu poderia... Hermione, que coisa feia. Você tem o resto da vida para ficar com ele. Já se esqueceu que ele disse que te ama? Não sei porque eu ainda fico surpresa de não conseguir raciocinar com ele perto. Na verdade, muitas coisas que longe funcionam pifam por culpa do Rony. E vice-versa. Deve ser isso que chamam de amor.
 

Nos descolar foi algo no mínimo doloroso. A dor era igual a quando ele foi embora na busca pelas Horcruxes. Mas o ar agora passou do estágio de "precisar" para "quase desmaiando". Eu precisava do ar tanto quanto precisava do Rony para viver. Nossa, essa foi profunda.
 

O oxigênio entrava no meu pulmão muito pesado. E rápido. Eu estava mais que ofegante, estava cansada. Não pelo beijo em sí, mas pelo fato de ter beijado ele. Poxa, saber que a pessoa que você amou grande parte da sua vida, também te ama era, bem, ual (entanda como quiser esse "ual"). Sinceramente, eu acho que estava até levando isso numa boa. Pode apostar, tem pessoas que fariam pior.
 

Encostamos nossas testas e ficamos assim por um tempo. Apenas sentindo a respiração quente do outro e pele contra pele (não preciso nem dizer que eu estou adorando a sensação). Ele ainda estava com uma das mãos na minha cintura e a outra no meu rosto. Ele parecia não querer tira-las de lá e nem eu queria que ele tirasse. Bem, não preciso nem dizer que eu estava atônita, até para abrir os olhos. Ah, qual é? Sei que é infantil mas fazer o que? Pelo menos de olhos fechados eu sabia que poderia reagir a alguma pergunta dele. Ou a alguma declaração. O que viesse primeiro.
 

— Abra os olhos. Por favor.
 

O simples fato de ouvir a sua voz me fez perder completamente a linha do raciocínio. Fez meu corpo todo parar e prestar atênção no que ele dizia. Isso era algo que sempre acontecia. Mas, ele queria que eu abrisse o olhos. Isso era algo incrivelmente dificil, porém eu precisava abrir mas cedo ou mais tarde.
 

Quando abri, aquela imensidão azul me sugou impiedosamente para tão fundo que mesmo se eu quisesse escapar, o que eu não quero, eu não conseguiria. Ele me olhava tão intensamente. Estava claro o que ele queria que eu fizesse. Ou melhor,o que eu falasse. Ele queria saber o que eu sentia. Sério, será que dois beijos não são o suficiente para quebrar a barreira de tapado dele ,não? Como pode ele ainda querer uma comprovação? Ah, Mérlin, por quem eu fui me apaixonar? Calma, Hermione. Não vá perder a cabeça agora. Depois você briga com ele.
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— Eu também te amo, Ronald Bilius Weasley! — Falei o mais firme que consegui para ele não ter dúvidas.
 

Só por precauçãoo o puxei pelo colarinho da blusa e o beijei. Se isso não for prova o suficiente, bem, o livro "Hogwarts, uma história" é bem grosso e aposto 50 galeões com qualquer um que deve doer se for jogado em uma certa cabeça ruiva.
 

Acho que ele entendeu o recado. Até de mais. Nossa, se antes eu achava dificil respirar, imagina agora. O beijo estava ardente, cheio de desejo e mais desejo. E foi se aprofundando mais rápido do que o Harry em busca do pomo. Em questão de segundos, isso mesmo, segundos, o nosso primeiro beijo, que foi cheio de adrenalina, foi taxado de infantil. Entava incrivelmente intenço. E não era apenas minha boca estava recebendo essa "carga de eletrecidade". Meu corpo inteiro acompanhava em perfeita sintonia. Minhas mãos não estavam segurando o colarinho da sua blusa como eu me lembrava. Elas davam uma "voltinha" no seu peito, na sua barriga, nos seus braços, suas costas... resumindo, em todo o seu corpo. Elas não paravam. As de Rony não eram diferentes. Estavam tão inquietas quanto as minhas. Se moviam no meu tronco (em todos os lugares dele, sem excepção) nos meus braços, no meu rosto. Ambas, tanto as minhas quanto as suas, sedentas por conhecer a nova sensação do toque. Não abusando, claro. Indo apenas pelos lugares permitidos pela lei paterna.
 

Começamos a andar. Ele literalmente me guiando para algum lugar que eu não sabia qual. Mas, também, nem estava prestando atênção. Tinha outras coisas em mente com que se preocupar no momento. 

Então sentí que estava me apoiando em algo sólido e frio como pedra. Ele tinha me levado até a parede ao lado da chaminé. Ele estava me pressionando por ela intensificando o beijo mais do que já estava intenso, se isso for possível. Era como se dependessemos disso para viver. Eu pelo menos dependia. E muito.
 

Com batante esforço (e bota bastante nisso) nos afastamos o suficiente para respirar. Não sei como aguentei tanto tempo, mas agradeço por ter aguentado. Dessa vez, não fiquei de olhos fechados. Não precisava mais ter medo de o encarar. Então ficamos assim por pelo menos 2 minutos apenas se olhando. Instabilizando a respiração. Mas não o maldito coração que não parava de martelar com força no meu peito nem um minuto.
 

— Hermione, — ele chamou com aquela voz linda que só ele tem. — você quer namorar comigo?

 

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Juro solenemente não fazer nada de bom

 

 Sei que pedi 5 comentários mas eu simplesmente derreti pelo comentário da "Hogwands - Babi". Fazer o que? Não consigo me controlar. E acho que esse capitulo foi mais para mim do que para vocês. Então...

 

Mal feito, feito.

 

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