Estúpido coração



Hermione


 


 


 Atravessei o quadro da mulher gorda na esperança de o encontrar aqui. Caramba, esse garoto é difícil até de achar. Fui em todos os lugares em que lembrei de procurar: torre de astronomia, campo de quadribol (o que restou dele), vestiário, os banheiros não destruídos... até na biblioteca eu fui. Mas ele simplesmente fez puf, desapareceu. Será que ele está usando a capa de invisibilidade ? Se ele estiver, será um Weasley morto. Principalmente se contar pelo fato de eu estar precisando falar com ele sobre, você sabe, o beijo. Estou tendo pesadelos com isso e olha que ainda nem fui dormir. E se ele só tivesse feito aquilo como coisa de momento ou até quem sabe por pena. E se ele não me amasse ? Foi o que perguntei para o Harry, mas ele apenas perguntou como eu podia ser inteligênte para coisas tão difíceis e burra para coisas tão óbvias. Lógico que dei um belo de um tapa nele. Eu não tenho mais o direito de sentir medo? Bem, ele levou as coisas a sério depois (ainda bem) e disse:


  — Mione, a coisa mais importante que eu aprendi com essa guerra foi lutar pelo o que quero.


 Não precispo nem dizer que depois dessa eu fui. Afinal o que eu queria era o Rony e eu iria lutar por ele. Mesmo que comigo mesma. O problema agora era encontra-lo. Mas não era novidade. Sempre havia algum problema quando se tratava de Rony.


 Por incrível que pareça o salão comunal estava do mesmo jeito que me lembrava. Nem parecia que tinha tido uma guerra lá fora. Estava tão perfeita. Ela continuava com seu ar majestoso, com as mesmas poltronas que a muito tempo sentavam um Harry, uma Hermione e um Rony diferentes. Que na qual sua maior preucupação era terminar os deveres de casa. Parecia outra vida. Mas algo estava estranho. Tinha um barulho que tornava todo o ambiente sem graça e triste. Parecia muito com o choro de uma criança. Era choro.


 Na poltrona mais distante e menos iluminada, um garoto ruivo, cheio de sardas alto chorava. E muito. Seus braços abraçando as pernas com sua cabeça deitada nela. E ele soluçava igual, como eu disse antes, a uma criança. Soluçava bastante e seus soluços entravam no meu ouvido dolorosamente. Parecia tão frágil. Mas também, se eu que não sou da família estou triste pela morte do Fred, imagina o Rony que é irmão. Não, melhor não imaginar. Dói muito.


 Me aproximei dele devagar. Pé sobre pé. Eu não queria que ele me escutasse me aproximando. Não estava pronta para olhar para seu rosto marcado pela dor.


 Quando finalmente cheguei perto dele já estava chorando. Era como se uma parte de mim estivesse destroçada. Primeiro, por causa das pessoas que morreram que eu amava como o Remo, Tonks, Fred... Em segundo, por ve-lo sofrer. Parecia que eu estava ligada de algum jeito a ele e sentia tudo o que ele sentia. É estranho, eu sei, mas fazer o que? Nada a fazer.


 Fiquei o observando chorar por muito tempo. Mais do que quero admitir para mim mesma. Minhas lágrimas rolavam a cada soluço dele. Eu não podia mais aguentar. Doia muito. Eu tinha que dizer alguma coisa. Ah, Mérlin, eu não mereço essa vida.


  Rony. — Eu o chamei. Na verdade sussurei. Foi a única coisa que conseguiu sair da minha boca. Na verdade, fiquei até surpresa pelo fato de ter saído. Mas felizmente (ou infelizmente. Vocês escolhem) ele ouviu.


 Quando levantou sua cabeça veio uma fisgada muito forte no meu peito. Estava pior do que imaginava. Seu rosto cheio de sardas, geralmente zombeteiro, estava inchado e todo manchado de lágrimas que ainda saiam. Seus olhos azuis que eu tanto amo estavam vermelhos e até a cor desbotou. Odiei ve-lo assim e tomara a Deus que minha mãe nunca saiba os palavrões que xinguei Voldemort.


 — Há quanto tempo está aqui ? — Ele perguntou. Sua voz tão distorcida pelo choro que cheguei a olharpara o lado para ver de quem era.


 — Não tem muito tempo. — É lógico que menti. Imagina eu contando para ele que o estva o observando ?


 Ele assentiu com a cabeça e ficou queto. Nunca antes em toda a minha vida, amaldiçoei tanto o silêncio. E piorava com o fato de ele não parar de me olhar. Pelo menos não chorava mais. O que é um alívio


 — Te procurei por todo lugar — Quebrei tanto o silêncio quanto o contato.


 — Por que não veio aqui antes ? — Mesmo sofrendo ele não perdeu o tom óbvio que tanto me irritava (e que secretamente eu amava) na sua voz


 — Harry me disse que não te viu aqui


 — É claro que não. — Um sorriso malandro tomando o lugar. — Gina também estava e ele só tinha olhos para ela.


 A compreênção veio e não aguentei o riso. Na próxima terei que me certificar se nenhuma ruivinha está atrapalhando o raciocínio lógico dele. Essa eu com certeza vou contar para Gina. Ela vai amar.


 Felizmente, Rony também estava rindo (o que é um verdadeiro colírio).


 — Senta. Ele pediu me dando espaço


  É apenas para uma pessoa. Nunca vou me perdoar pelo tom de voz que falei


  Hagrid caberia aqui, Mione. Senta!


 Eu não queria sentar. Eu sabia que se eu sentasse algo incrivelmente constrangedor aconteceria. Mas, desobedecendo meu instinto de mulher, sentei.


 Como eu disse, a poltrona era apenas para uma pessoa e ele exagerou sobre o Hagrid. Ele mal caberia aqui fazendo regime. Então, para caber tivemos que ficar virados um de frente para o outro (o que foi o suficiênte para o meu estúpido coração correr mais rápido que qualquer Firebolt. Ah, Mérlin, que ele não ouça.


 Nóis ficamos assim por pelo menos 5 minutos. Apenas um olhando para o outro. Adorando a proximidade. Quer dizer, eu estava. Eu não sei ele.


  Quer saber? Que se dane! — Em um impuso me abraçou.


 Seu coração também estava batendo forte no peito me imitando. Ou será que era meu coração que batia pelos dois ?


 Tudo que eu posso dizer sobre o abraço era que eu enstava amando. Era incrivelmente gostoso ter pele contra pele, sentir o cheiro dele, o calor que ele emitia. Nesse momento, nada mais importava. Eu não queria nada a não ser ele. Para mim, Ronald Weasley era o centro do universo. Do meu universo. Na verdade, sempre foi.


 Devagar, ele começou a entrelaçar minha cintura. Parecia que estava com medo da minha reação. Na verdade não posso culpa-lo por isso. Até eu estava.


 Quando ele fez finalmente o que queria, meu coração já tinha ido para no pé. Tomara que ele não saiba o que faz comigo se não estou ferradinha.


 Meio que nesse "contato" todo eu me deixei levar pelo momento (algo que pelo jeito está virando costume) e encostei minha cabeça no peito dele e como se não bastasse o abracei também.


 De repente ele empurra minha cintura me afastando o suficiene para me olhar. Seu rosto ainda manchado manchado pelas lágrimas derramadas


  Mione, eu te amo


 Eu devo estar morta porque nem nos meus melhores sonhos ele falaria isso. Isso é que é o paraiso? Porque já gostei. Cala essa boca e se concentra nele!


 Ele se levantou e ficou de frente para mim (que ainda estava sentada atônita) e estendou sua mão para mim segurar. Estendi lentamente a minha mão aceitando (e amando) o convite. Quando finalmente estava na frente dele, estávamos tão próximos. Dava até para ouvir seu coração.


 Então com uma das mãos ele segurou minha cintura nos aproximando ainda mais um do outro e com a outra segurou meu rosto limpando as lágrimas secas da minha bochecha. Eu fechei os olhos. A sensação da mão dele na pele do meu rosto era tão, como eu posso explicar, gostosa e quente que não sei se iria aguentar os tremores que aconteciam se eu estivesse de olhos abertos.


 Eu não aguentei e tive que me segurar nele para não cair, literalmente. Foi então que seus lábios encostaram nos meus. Eu abri a boca o aceitando e quase que imediatamente ele entrou sua lingua. Começou a me estudar devagar. Ele queria ver o que aconteceria. Esse com certeza foi bem diferente do primeiro. Bem mais calmo sem toda aquela adrenalina. Mais apaixonado.


 Sua mão me apertava a cintura precisando de ainda mais proximidade. E eu, bem, me segurava como podia. Mas estava meio difícil com a boca dele clada na minha. Não que eu reclame.


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 Juro solenemente não fazer nada de bom (desculpe se copiei, mas eu amei. E o que amamos é para copiar)


 Bem, aí está o primeiro capitulo da minha primeira fic. E devo já avisar que terá outros. Pretendo só acabar de postar quando o Rony e a Hermione forem levar a Rose para o Expresso daqui a dezenove anos. Mas eu preciso de uma ajudinha, tudo bem? Preciso de pelo menos 5 comentários. Pode ser até comentários falando que está uma droga. Eu não ligo. Mas por favor, para agradar o meu coração? Bem então é isso. Eu tenho que voltar a arrumar a casa. Fazer o que? Vida de trouxa não é fácil.


 Mal feito, feito!


 


 




 


 


 


 


 


 


 


 


 

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