Fucking Paramore Notebook

Fucking Paramore Notebook



Narrado por Lily Evans.


   - Quem sabe a gente não faz uma rifa?


Olhares mortais. Ok, eu só estava tentando ajudar.


   - Sério, não tem como recuperar a bateria – reclamou Sirius – Obrigado, Marlene. Muito obrigado.


   - O que? Como é que eu ia saber que era sério? - questionou Lene.


Ah, de novo não. Eu, James e Remus suspiramos ao mesmo tempo, enquanto Josh revirava os olhos. Pelos meus cálculos, era a 294° que eles brigavam em três dias por causa dessa maldita bateria. Sirius queria matar Lene, e ela achava que estava certa.


Estávamos sentados no chão da sala de música, tentando decidir o que fazer com um bumbo cheio de suco de uva, e como faríamos para comprar uma bateria nova. Aquela estava detonada.


   - Não se faz não, ok? Claro que você sabia que eu tocava bateria, se não, não teria enchido ela de Tang.


   - Eu já disse mil vezes! Ouvi o professor Ronei falando que você tocava, e tive a ideia de me vingar. Ninguém mandou você trocar o meu perfume por aquela espuma nojenta.


   - Então quer dizer que deu certo – comemorou Sirius – Ou achou que eu ia aguentar sem fazer nada?


A garota estava abrindo a boca para responder, mas Josh a interrompeu:


   - Não interessa quem está com a razão, resolvam isso mais tarde! Já temos problemas suficientes, não precisamos de mais. Não acham melhor vocês se declararem de uma vez? Pra acabar com essa bobagem.


   - Eu não... - babulciou Sirius.


   - Nós não... éhh... - tentou a garota. Segure a risada, Lily. Segure a risada, se não vai sobrar pra você.


   - Tá, já entendemos – disse o professor – Não querem admitir – Eu e James caíamos na gargalhada. Os dois “pombinhos” olhavam para o chão, mais vermelhos do que um tomate. Quem é o foguinho agora? - Vamos continuar esse assunto amanhã; está muito tarde.


Sirius se levantou e saiu meio correndo da sala.


   - Professor, nossa “detenção” já terminou – comecei – Então que desculpa usaremos para nos encontrarmos todos os dias?


   - Eu estava pensando nisso também – caminhávamos pelos corredores em direção aos dormitórios (Josh até o estacionamento) – Não vamos conseguir ensaiar com tanta frequência; sinceramente, essas aulas todos os dias estão me matando.


   - Está a todos nós – disse James, que andava mais atrás – Ronei sempre perguntava porque ficávamos nessa área do castelo a essa hora todos os dias.


Josh bufou.


   - Esse cara uma hora vai nos incomodar – suspirou – Bem, desde que ele não descubra... - ele nos olhou desconfiado – Vocês nem ousem contar.


Juramos de dedo mindinho que não iríamos contar nada. Bem, se não tivéssemos contado para Lene, ela descobriria tudo sozinha, e faria um escândalo.


É, você já viu do que ela é capaz.


Só fico com pena da Dorcas. Ela com certeza não tem mentalidade suficiente para imaginar que estamos tocando Rock escondidos no meio da noite, então ela nunca descobrirá. Pelo o menos é o que eu espero.


Falando em Dorcas, o aniversário dela está chegando. Eu e Lene aproveitamos o tempo que ela está na Ala Hospitalar para planejar tudo.


Ou seja, ainda não planejamos praticamente nada.


Ainda bem que Remus se ofereceu para ajudar, se não estaríamos ferradas, e essa festa iria pro beleléu. Imagine organizar uma festa surpresa para sua melhor amiga, sem que os professores nem ela descubra. Não é tarefa fácil. Melhor começar com a base, e a parte mais legal:


   - Vou fazer a lista de doces – disse. Eu e Lene estávamos no domitório feminino. Tinhamos concordado que éramos péssimas amigas e que merecíamos ficar sem comer sorvete por um ano por não conseguirmos nem planejar uma festa direito. Mas aí chegamos à conclusão que tirar o sorvete era covardia por parte do ser lá do alto, então resolvems começar.


   - Não, eu acabei de terminar ela – falou Lene.


   - Já imagino. Barrinhas de cereal sem carboidratos nem gorduras trans para todo mundo!


Ela revirou os olhos.


   - Claro que não, né. Só o clube de matemática viria – a garota tirou uma mecha de seu cabelo castanho-perfeitamente-perfeito e apontou para a folha de papel em seu colo – É uma lista de coisas que eu chamo de comida de gordurisse.


Tomara que ela não tenha incluído banha de porco. “Gordurisse” para Marlene é quase a mesma coisa que 45 gramas de presunto magro.


   - Vou fazer a lista de convidados então – falei.


   - Ótimo! Depois vou revisar ela.


Fingi que isso não era um insulto à minha (não existente) popularidade. Como se só ela conhecesse as pessoas legais da escola.




É, eu não conheço nenhuma pessoa popular na escola. A não ser James, Sirius e ela mesma.


E Remus, que até é popular com as garotas.


Dorcas também. Ela tem fama de doidona, mas pelo menos é comentada.


E eu... OH MEUS DEUSES EU NÃO SOU POPULAR!


Garçom, uma arma, por favor. Perdi a vontade de viver. Meus amigos todos são populares e eu sou apenas conhecida como a ruiva do banheiro (uma longa história, incluindo uma privada fedida, carne seca, sabão em pó e algumas viaturas da polícia). Tenho que mudar isso. JÁ!


Começando por essa lista. Vai ver Kevin Willians, o cara mais gato da escola, vá nessa festa, e se apaixone por mim. Serei conhecida como Lily Willians, a namorada do cara mais gato da escola.


Maneiro, né?


 


LDCPASFSDDCOPECDCC (super sigla. Eu que inventei! Peraí, o que significa mesmo? Algo como Lista de Convidados Para A Super Festa Surpresa De Dorcas Com Os Prós E Contras De Cada Convidado).


 


Kevin Willians: Prós: Será o futuro marido da Lily. Contra: Um bando de passarinhos super bonitinhos podem entrar pela janela e começar a ajudar ele a limpar a festa, devido a sua incrível beleza.


Jamie Kelly: Prós: Dorcas gosta dela. Contra: Lily odeia ela.


Carl não-sei-o-sobrenome-dele: Prós: É legal. Contra: É da Sonserina.


Josh: Prós: Embora seja adulto, é legal. Contra: É adulto.


Professora McGonagall: Prós: Pode cair da escada. Contra: Pode atrair gorilas.


Um Palhaço: Prós: pode fazer animais de balhão. Contra: Pode sugar a alma dos convidados.


Um gorila: Prós: Pode acabar com todas as bananas do mundo. Contra: Pode atrair a Prof. McGonagall.


 


Bem, não é exatamente a lista de convidados mais perfeita do mundo, mas tá indo.


Ah, quer saber? Vou pedir para Lene terminar. Ela que é a popular daqui, não é? Vou é dormir que eu ganho mais.


 


Narrado por Zac Farro.


 


Por que, Deus? Por que? Eu devo ter atirado ovo na cruz, porque olha... Não se pode nem comer um Mc Lanche Feliz em paz. Estamos em um país livre, sabe?


Só Jenna que não sabe disso. Será que ela quer um pouco de batata frita? Devia ter oferecido um pouco antes de devorá-las...


Josh só assistia. Não o culpo, se ele disser algo é capaz de ser obrigado a dormir no telhado. Sua esposa falava algo que começa com “Blá” e termina com “Blá”.


   - Já faz três meses que você não paga o aluguel. Três meses! E ainda fica saindo todas as manhãs, e só volta à noite. Nem sei como você pode ser irmão do Josh, de tão irresponsável que... QUER FAZER O FAVOR DE PARAR DE BRINCAR COM ESSE RATO?


Larguei meu Pikachu em cima da mesa e fingi estar interessado no sermão dela.


   - Tenho emprego, sabe? - falei.


   - Só se for de vagabundo, porque olha...


Me levantei, e saí do apartamento.


Mas tive que voltar, porque havia esquecido meu Mc. Apertei o Pikachu na cara de Jenna, e o brinquedo soltou um “Pikaaaachuuuuuu!”.


Peguei minha van no estacionamento do prédio. 10 minutos depois estava em frente ao meu pub favorito de Hogsmead (na verdade é o único que conheço). Corri os olhos pelo bar e logo a vi: Helena.


Ela estava meio deitada em cima do balcão, e um copo de uísque de fogo pendia em sua mão. Me aproximei.


   - Hey.


Ela levantou a cabeça, e imediatamente percebi que ela não estava bem. Parecia Josh uma semana depois do seu casamento: triste e completamente bêbado.


   - Petty? - ela me observava meio vesga e com os olhos desfocados – Ah, é você Zac. Sabia que... Esqueci o que ia contar.


   - Vem, vou te levar para casa – peguei ela no colo e a levei para fora do pub. Quando estávamos quase entrando na van, ela se atirou dos meus braços e começou a rir.


   - Zac! Eu sou um hamster, Zac! - ela gritava rindo. Depois ela se virou e gritou para as pessoas mais próximas: - Ouviram? I'VE GOT THE POWER!


Eu tenho muita experiência com gente louca. Existe dois tipos de loucura: a loucura normal (a que faz as pessoas serem internadas), e a loucura feminina.


Loucura feminina é um tipo de loucura especial, por que você sabe que a pessoa provavelmente não é perigosa, mas também não consegue concencê-la o quanto é louca.


Uma pessoa louca normal, como alguém que pensa que é um hamster, pode ser convencida. Você pode pegar uma daquelas bolas em que os hamsters gostam de girar e dizer para a pessoa brincar com a bola. Uns vinte minutos depois, assim que ela não conseguir enfiar sua imensa cabeça humana na bola, vai acaber percebendo que não é um hamster.


Mulheres não escutam esse tipo de lógica. Uma mulher que acreditasse que é um hamster diria que a bola é que é defeituosa. Então, ela se ofereceria para ir até o pet shop mais próximo para comprar uma bola que funcionasse, sem jamais perceber que hamsters não dirigem. Nem compram coisas. Nem usam a palavra “defeituoso”.


Claro que Helena naquela hora estava bêbada. Mas uma pessoa louca sempre será louca, com ou sem influência do álcool.


Depois de finalmente fazer ela ficar quietinha no banco, fui dirigindo pela cidade, pedindo para ela me mostrar onde ficava sua casa. É claro que ela ficava apontando para lojas de doces, então tive que ver em seu cartão onde ela morava: em um subúrbio chique da cidade ao lado de Hogsmead.


Subúrbios. Eu odeio subúrbios. Já morei em um, e não importa quantas coisas você faz para tentar parecer diferente, sempre fica igual a todo mundo. Casas iguais, gramados iguais, banheiros iguais e até marido barrigudos iguais. Todos ricos, é claro.


Parei em frente à casa dela, e adivinhe: Era igual ás outras. Nada mais nada menos que um casarão branco com um jardim tão verde que quase cegava.


Carreguei Helena até a porta da frente e toquei a campainha. Mais ou menos depois de 5 minutos e 500 gritos de “EU SOU UM HAMSTER!”, uma garota de uns 17 anos atendeu a porta. Como todas as garotas riquinhas, parecia uma versão aumentada da boneca Barbie.


   - Mãe? - ela se surpreendeu ao ver Helena pendurada em meus braços. Opa, como assim? Essa garota é filha dela? Mas não eram pequenos?


   - Hey – a mulher respondeu, cansada. Mas abriu um sorriso – Ho, Let's Go! Sabe, a música? Ai, que desgraça...


Ela começou a rir sem parar e entrou na casa sem nem olhar para trás. Sua filha me encarou com raiva, com os cabelos escuros brilhando.


   - Quando eu a encontrei ela já estava assim – eu falei. Ela resmungou um “tanto faz” e bateu a porta na minha cara.


Ôô vidinha.


 


Narrado por Dorcas Meadowes.


 


WE ARE THE CHAMPIONS – MY FRIENDS


TAN TAN TAN


AND WE'LL KEPP ON FIGHTING TILL THE END


WE ARE THE CHAMPIONS


WE ARE THE CHAMPIONS


NO TIME FOR LOSERS


   - CAUSE WE ARE THE CHAMPIONS OH THE WOOOORRLLDD!


   - Dorcas, já entendemos.


Eita gentinha sem senso de humor. Deviam estar feliz por mim, não? Fique o final de semana todo naquela Ala Hospitalar e quando saio... cadê a alegria, cadê?


Parece até que alguém morreu. Sei que terças-feiras não são realmente a melhor coisa do mundo, são um saco na verdade, mas colaborem né. Não sei eles, mas eu estou com vontade de ficar cantando aquela bandinha de velho o dia todo. Aquela lá que foi feita para a rainha, Queen? É.


Outro motivo para minha animação: sexta é meu aniversário.


Claro que não quero ficar velha, mas mesmo assim. Sou a única da turma que ainda tem quinze anos, aí sofro bullyng.


Tá, ninguém pratica bullyng comigo. A não ser minha mãe, que me chama de “picurruxa da mamãe” toda a ver que eu a vejo. Mas isso não conta.


Seria legal envelhecer um pouquinho. Tipo uma semana.


O ruim é que vai cair em uma sexta feira, ou seja: sem passeios à Hogsmead nem final de semana em casa. Resultado: sem festa.


Tudo bem, não queria mesmo. Ter que ficar um tempão organizando, gastar uma grana preta e ainda ter que aguentar parentes chatos falando dos “namoradinhos” e gente de olho nos meus presentes.


Fazer o quê, é a magia dos presentes.


Nah, prefiro mais encomendar uma pizza da cozinha da escola e ficar a noite toda rindo e jogando Banco Imobiliário com os amigos.


   - Cadê a Lene? - perguntei. Era hora do café da manhã, mas só eu e Lily estávamos no Salão – Só espero que ela não esteje aprontando.


   - Você já vai ver; ela foi selecionada para os Tuesday News. Pelo que andam dizendo, Emmeline Vance teve um piripaque – Lily disse rindo.


   - Que legal! - exclamei – Quero dizer, sobre Marlene ter conseguido, embora eu odeie a Vance... Á que horas ela vai começar?


   - Daqui a pouco... Olha!


Começou a música brega do jornalzinho.


Mas quem falou não foi Marlene.


 


Narrado por Sirius Black.


 


   - Olá pessoal! Antes que vocês se perguntem, não, eu não vou apresentar esse treco ridículo Estou aqui para fazer uma denúncia.


Por que ninguém nunca me dissera o quanto é legal falar nesse microfone? Talvez para mim não ter ideias.


Dava para ouvir minha voz ressonando ao longe no Salão Principal. Essa era a hora em que mais estudantes tomacam café da manhã, provavelmente Marlene também.


   - Vou falar rápido antes que nossa querida McGonagall me pegue. Marlene Mckinnon não é a garota que vocês pensam que é: ela tem sentimentos. Isso mesmo, a garota mais “forte” e decidida da escola é insegura como uma menininha inpopular. Tenho provas, querem ouvi-las?


Um murmúrio passou pelos corredores, e eu aceitei isso como um sim. Peguei o caderno de Marlene que havia roubado na noite anterior e o abri.


   - Apresento a vocês o caderninho do Paramore de Marlene McKinonn.


 


Narrado por Lily Evans.


Isso não podia estar acontecendo. Não mesmo. Por que todo o azar do mundo é das ruivas?


Porque Marlene não tem um caderno do Paramore.


Mas eu tenho.


E Sirius estava lendo-o para a escola toda. Meus sentimentos, minhas emoções e dores. Eles estavam rindo disso.


   “Outro, outro: Talvez eu saiba, em algum lugar no fundo da minha alma, que o amor nunca dura. E temos que arranjar outros me ios de seguir em frente sozinhos, ou ficar com uma cara boa. Lene, você é até bem criativa!”


Se eu tivese uma pá, não exitaria em abrir um buraco no chão e me enfiar dentro.


   “Mantenha os pés no chão quando sua cabeça estiver nas nuvens. Adorei esse!”


Vários riam e faziam piadinhas sobre o que eu havia escrito. Claro que eles não sabaim que isso era meu, mas se descobrissem... Adeus vida.


   “Dentro de sua alma incansável, seu coração está morrendo. Isso não parece coisa da Marlene...”


   “Porquê não é.”
Ai, Jesus apaga a luz. E apaga todo o mundo também com um bom soco na cara.


Essa decididamente é a voz de Marlene.


   “Não?” perguntou Sirius.


   “Óbvio que não” ela respondeu “Eu não tenho tanta criatividade assim. Espera... O que você está fazendo com o caderno da Lily?”


Todos olharam para mim.


Ah, Jesus. Aproveita e dá o prêmio de estupidez do ano para Marlene McKinonn.

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Comentários (1)

  • Lana Silva

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Eu pirei pirei pirei eu sei que já tá chato eu dizendo que tô rindo, tô rindo, mas é que eu não consigo parar de rir serioooo Sirius é muito idiota e a Merlene meio que entregou a Lily kkkkkkkkkkkkkkk me acabei aqui.beijoos! 

    2012-07-04
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