Finalmente!



Hermione discutia com Rony no corredor. Mas ela estava com raiva de si mesma. Por que seu coração dizia que gostava dele?
Achava que ninguém sabia disso, até uma conversa com Gina, alguns dias atrás.
__Por favor, Hermione, qualquer um que tenha olhos percebe que vocês se gostam! –As palavras da amiga martelavam em sua cabeça, toda vez que ela insistia em pensar naquele insensível, corajoso, bobo, maravilhoso... Ah, que coisa, Hermione!
Tudo bem, o jeito era admitir, ela gostava dele, e muito... Mas e se ele não sentisse o mesmo?


Rony pensava que só discutia com Hermione para não falar o quanto gostava dela. Ela era tão incrível, mandona, inteligente, chata...
__Rony, qualquer um vê que você gosta dela e vice-versa, só que vocês são cabeças duras, e não conseguem se acertar! –Fora o que Harry dissera antes, enquanto ele observava o teto, pensando exatamente em Hermione. Será que estava tão visível assim?
Ele se segurava, pois toda vez que avistava a garota, tinha vontade de agarrá-la, e cada vez era mais difícil de suprimir essa vontade, ela crescia espantosamente rápido.. Mas e se fizesse o que seu coração mandava? No mínimo levaria uma surra e ela não falaria com ele por alguns anos, talvez... Tinha que arriscar, contudo, porque e se ela arrumasse um namorado? Aí não restariam chances...
Em sua primeira viagem a Hogwarts, nunca passaria por sua cabeça que ao menos gostaria de Hermione, mas no segundo ano, vê-la petrificada, dera uma sensação de desespero inimaginável, só aí percebera o quanto ela era importante. E quando ela foi ao baile de inverno com aquele idiota búlgaro? Certo, isso acontecera porque ela tivera medo de convidá-la... Medo que ela recusasse e debochasse dele... Mas ele sentiu ciúmes, como nunca tinha sentido antes, de vê-la saindo com aquele que fora seu ídolo... E aquelas recaídas por Fleur... Bem, ela era uma descendente de veela, tinha certa magia para com isso, pois todos os garotos eram atingidos por isso, mas por alguma razão ele sempre fora mais. Quando ele e Hermione ficavam muito tempo sem se falar, depois de uma briga, ele tinha uma grande vontade de pedir desculpas o mais rápido possível, não agüentava ficar muito tempo longe dela, mas o orgulho falava mais alto.
Ele parou de pensar nisso e segurou fortemente nos braços dela que gesticulavam no ar, e puxou-a para mais perto de si, tocando lhe levemente os lábios.
Hermione estava em choque. Não esperava uma ação tão, tão repentina, tão perfeita... Porque era isso que ela tanto queria... Um beijo. Mas não um beijo de qualquer um, mas sim de Rony, que ela esperava há tanto tempo...Ela parou com os devaneios quando sentiu os lábios dele comprimiram mais os seus...


Rony já achava que ela iria socá-lo, já que ela parecia estática e não correspondia. Mas ela limitou-se a se livrar do aperto já frouxo em seus punhos, e passou os braços ao redor do pescoço dele, começando a corresponder o beijo.
_Hermione... –ele começou, tomando fôlego, um tempo depois. Mas Hermione cortou-o.
_Não... Não fala nada. Só me dê à certeza que isso está acontecendo de verdade e não é só mais um sonho. _Antes de Rony poder absorver suas palavras, ela num gesto que surpreenderia qualquer um, mas principalmente Rony, a garota puxou-o para mais um beijo, mais profundo que o primeiro, mas cheio de carinho e extremamente demorado, como se eles quisessem se redimir por esperar tanto. Eles só se soltaram quando se lembraram que eram seres humanos e precisavam respirar.


Gina subia as escadas que davam para seu quarto. Mas ficou estática quando percebeu seu irmão e Mione, se agarrando no corredor. Ela pedia com todas as suas forças para que nenhum deles avistasse-a enquanto voltava às escadas. Eles demoraram tanto tempo para se acertarem, que ela achava que se alguém os pegasse naquele momento, eles tentariam negar e isso provavelmente ocasionaria uma briga depois e sabia bem que não era bom quando alguém interrompia nessas horas.
Ela estava feliz por eles, mas estava cansada; afinal quem agüentava conversar por muito tempo com a Fleuma, quer dizer ficar ouvindo as baboseiras dela, já que a francesa falava pelos cotovelos? Desceu, então para o quarto do irmão. Sem mesmo bater, ela entrou, pois achava que não haveria ninguém, já que todos tinham quartos separados, menos ela e a amiga. Todo o rubor que adquirira por subir as escadas sumiu quando ela bateu a porta atrás de si e virou-se. Então toda a cor sumiu de seu rosto e ela ficou branca como cera.
Harry estava no quarto do amigo lendo uns livros que havia lá.
_Nossa Gina o que aconteceu? Parece que você viu um fantasma muito feio. _Harry observou, curioso.
Realmente, ela tinha visto, mas não era feio, pelo contrário, era muito bonito. E esse fantasma se chamava Harry. Não passara pela cabeça dela que Harry poderia estar lá. Ele poderia estar no quarto dele ou no jardim, mas por conta do destino estava lá, no quarto de Rony. Quando ela viu Harry é que se deu conta que eles não tinham conversado desde a última semana, depois do beijo...
_Eu... Eu vi... –Harry tinha saltado da cadeira e chegava alguns passos mais perto dela.
_O que você viu? –Ele estava bem próximo.
_O Rony e a Hermione, eles... –Ela até falaria de uma vez, mas do quê ela falava mesmo?
_O quê aconteceu com eles? –Os dois estavam perigosamente próximos.
_Eles... Ah, eu peguei eles... –Gina não conseguia mais pensar.
_Os dois se acertaram? –Ela só conseguiu menear a cabeça afirmativamente, seus rostos estavam separados por no máximo um fio de cabelo... Ela superou a proximidade entre eles e roçou seus lábios nos dele.
Harry deu um sorriso. Tinha conseguido o que queria: provocar um pouco a garota, causar aquela reação de anos atrás, quando ela ficava atrapalhada, perdia a fala... Não resistiu e a puxou para um beijo caloroso.
_Gina, eu queria te pedir desculpas. –Harry começou, logo que eles se soltaram.
_Por quê? –Ela perguntou, desconfiada, pois se fosse por causa daquele beijo maravilhoso, aí ela ficaria com raiva, e muita, porque ela havia começado com aquilo. Mas ela não podia estar mais errada. Harry não se arrependia nem um pouco de tudo o que estava acontecendo; se precisasse enfrentaria todos os irmãos Weasley para ficar com ela.
_Por não ter te notado antes, o quanto você é incrível, doce...
_Tudo bem, eu desculpo. –Gina ficava nas nuvens com aqueles beijos, aquele cheiro... E se deu conta que não conseguiria ficar longe dele por muito tempo...Ela podia ficar ouvindo elogios de Harry o dia inteiro, mas tinha uma pergunta em sua mente que não queria desaparecer. _Mas com uma condição. –Ela sentia como se seu coração fosse parar em sua garganta a qualquer segundo, quando ela viu Harry concordar com a cabeça._Que você namore comigo. –Ela tentou parecer displicente, mas sua voz saiu mais ansiosa do que outra coisa.
_Não. –Ele respondeu simplesmente.
_Não? –Gina repetiu.Ela estava indignada, nem tanto por ele ter negado, mas por ela ter notado um “quê” de diversão na voz dele.
_Não, porque quem devia perguntar isso, sou eu. –Ele apontou para si, e depois se ajoelhou de frente para ela._Ginevra Weasley, aceita namorar comigo?
Ela riu e ajoelhou-se também ficando na mesma altura em que ele estava. Ela fingia estar pensando na resposta.
_Aceito. –Falou finalmente, passando os braços ao redor do pescoço dele. Harry sorriu e colou seus lábios nos dela, colocou suas mãos ao redor da cintura dela, para puxá-la para mais perto dele. Agora que ele reparava em uma coisa em Gina: Como era fácil conversar com ela, até sobre sentimentos, que sempre fora um pouco complicado para Harry, e também como eles falavam tão naturalmente um com o outro, como se eles fizessem isso a muito, justamente o contrário de Cho, pois fora uma barreira só chamá-la para sair... Mas não iria nem queria pensar nela naquele momento e nem nunca mais, além disso, Gina pedia para que o beijo se aprofundasse...
Então eles escutaram uma batida na porta. Os dois se separaram e levantaram-se.
_Puxa, sempre tem alguém pra nos atrapalhar! –Gina observou divertida, depois que recuperou o fôlego.
_Acho bom nos acostumarmos.
Mas quem estava do outro lado da porta era insistente e aumentava a quantidade de batidas.
_Entra.
Hermione entrou no quarto e observou o estado dos amigos; lábios inchados e roupas um pouco amassadas... Ela não devia estar muito melhor, mas queria contar logo o que tinha descoberto na noite passada, até perceber que tinha atrapalhado algo, o que logicamente não demorou muito.
_Oh! Eu atrapalhei vocês! Desculpem-me, eu volto mais tarde. –Ela sentiu o rosto corar.
_Não, tudo bem. Qual o problema? –Harry sabia que a amiga ficara envergonhada. Mas ele não estava e percebia que Gina também não. Afinal, eles eram namorados não eram?
_Ah... Eu... Eu quero mostrar uma coisa que eu descobri. Está lá no nosso quarto...
Eles começaram a seguira amiga até o quarto, mas Gina não resistiu e acabou perguntando.
_E aí Mione, meu irmão beija bem?
_Ah, o quê? –Ela resolveu desconversar._Desculpem a indelicadeza, mas... Vocês estão namorando?
_Estamos. –Harry respondeu. Gina riu. Havia percebido a tática da amiga.


 Já no quarto de Rony, Hermione sentou-se na cama com o ruivo ao lado.
Harry e Gina se olharam e sentaram-se no chão, um pouco afastados um do outro.
_Ah, por favor, não precisam disfarçar. Eu não sou tão tapado assim. –Rony avisou sério.
_Como você descobriu? –Gina perguntou preocupada, resolveu não negar. Se outra pessoa também tivesse percebido...Principalmente se fosse outro de seus irmãos, ele não sairia da cola deles. Ela pensou.
_Aqui tem uma vista ótima do jardim, sabe? –Ele respondeu mais risonho.
_Não achei que essa seria sua reação quando soubesse Rony. –Harry estava realmente surpreso.
Ele deu um suspiro.
_Eu até concordo, mas, por favor, não fiquem se agarrando na minha frente ‘tá?
Agora até Gina estava surpresa com a atitude do irmão. Achava que ele explodiria, surtaria, sairia gritando, mas ele havia aceitado, muito bem, alias.
_Acho que o Harry é bem melhor do que o Dino ou o Miguel... –Falou ele pensativo.
_ Hermione, o que você queria dizer mesmo? –Gina cortou o raciocínio do irmão.
Ela virou-se, pegou um livro na cabeceira da cama e abriu-o numa pagina marcada.
_Está aqui! –Ela gritou. Virou o livro e mostrou ao casal. Era uma árvore cheia de nomes. Uma árvore genealógica.
_O que tem Hermione?
_Olhem o nome em cima da árvore e o de baixo. –Ela quase pulava de aflição.



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*Lumus*
Bem gente, um pequeno momento dos nossos casais perfeitos!
E aí, o que tem naquele livro? Mistério...
Eu tive que mudar um pouco meus planos, então tô mudando tudo, mas espero que gostem e comentem! Porque suas opiniões movem a história e autora!
*Nox*

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