CONVERSAS



Harry observou o quarto de Rony por alguns instantes. Continuava igual ao que sempre fora. Toda a parede coberta pelos pôsteres desbotados dos Chudley’s Cannons, o time de quadribol favorito do amigo, que diferente dos pôsteres trouxas, esses se mexiam e saiam da folha.


Um silencio sufocante permaneceu no quarto até que a porta se abriu e revelou a mais nova dos Weasleys com a cara amarrada.


_Mamãe disse que o almoço está pronto. – Disse a ruiva emburrada.


Harry estava tentando arrumar coragem para perguntar o que tinha acontecido, mas Hermione foi mais rápida.


_Que aconteceu Gina?


_Ela. – Foi a única resposta da garota. Mas Hermione parecia pegar tudo no ar. Ela recebeu a resposta e alguns segundos depois uma sombra de compreensão perpassou o rosto da garota.


_Que ela fez agora?-Ela perguntou solidária.


_Ela me trata como se eu tivesse três anos!- Gina falou, indignada.


_Eu sei... Ela é tão sebosa!-Completou Hermione.


_Não falem assim dela. - Rony defendeu.


_Ah vai, defende, todos sabemos que você não se cansa dela!


Harry não sabia de quem os amigos se referiam, mas seria muito estranho se fosse da Sra. Weasley...


A porta se abriu e a resposta apareceu na porta.


Uma moça esguia, e com os cabelos dourados que se movimentavam quando ela andava e parecia flutuar adentrou o quarto.


_Arry!  Faz tante tempe!- Disse Fleur Delacour com a voz gutural. Agilmente ela se abaixou e deu um beijo em cada bochecha do garoto. Parecia que o lugar onde ela encostara os lábios ficara mais quente. - Lembrra de minhe irrmã Gabrrielle? – tendo a confirmação de Harry ela continuou- Desta vez ela non veio, mas non para de falarr em você. Molly non contou a novidad?- Ele negou, ela se abalou um pouco, mas continuou. - Eu e Gui vamos nos casarr!


_Ah, parabéns... - Foi o que Harry conseguiu responder.


_E Molly pediu parra dizer que o almoço está pronte!- Então ela saiu e fechou a porta atrás de si. Hermione fazia cara de quem ia enjoar Rony ainda olhava a porta fechada como se Fleur fosse aparecer de novo a qualquer instante e Gina, Harry podia jurar que ouvira a garota murmurar algo como um “Tchã” quando Fleur saiu.


Era uma situação um pouco complicada. Se ele ficasse do lado das garotas, Rony não iria gostar e se ficasse do lado do amigo, elas ficariam furiosas. Então resolveu ficar quieto mesmo.


Gina, vendo que o irmão ainda olhava a porta fechada, não perdeu a chance de curtir com a cara dele.


_Roniquinho, o que você quer fazer, um buraco na porta?


Rony desgrudou os olhos da porta e observou a irmã.


_Ah Gininha, até parece que você não fazia isso.


_Exatamente irmãozinho, eu FAZIA, entende? Passado. - Falou, corando um pouco. E desceu pisando firme.


Fred e Jorge também vieram aproveitar o delicioso almoço da Sr.ª Weasley. Depois Rony chamou Harry para jogar xadrez de bruxo, as meninas subiram, os gêmeos voltavam para a loja de logros de que eles tanto falavam e Fleur foi para o trabalho de meio período no banco bruxo, o Gringotes.


_Rony, você acha que poderemos visitar a loja de Fred e Jorge?


_Acho que sim. Mas papai anda dizendo que o Beco Diagonal está meio perigoso.


Após algumas partidas Harry alegou para Rony que ia se deitar um pouco, mas estava mesmo cansado de perder para o amigo. Quando passou pelo quarto das garotas ouviu vozes. Ele não queria ouvir, mas seus pés não obedeciam. Então Harry acabou escutando mais do que deveria.


Ele ficou atordoado com o que escutou. Pensou que não conseguiria dormir, com todas aquelas perguntas que afloravam em sua mente, então desceu até os jardins sem ninguém ver e ficou bastante tempo na sombra de uma árvore, pensando em Voldemort e agora isso. O que será que sentia? Será que realmente sentia algo? – Bem, já estava na hora de descobrir. - Murmurou ele a si mesmo.


Alguma coisa se mexeu ao lado de Harry e imediatamente ele levou a mão ao bolso do jeans, onde guardava a varinha. Mas parou a caminho do bolso. Era Gina que agora se sentava na grama ao seu lado.


_Aconteceu algo, Gina? – Perguntou receoso.


_Não. Rony só subiu até nosso quarto e perguntou se você estava por lá, respondi que não, ele disse algo que eu não ouvi, mas Hermione sim, e...


_Me deixa adivinhar. Eles começaram a discutir e você resolveu descer- Completou ele.


_É isso mesmo. Quando será que eles vão admitir que se gostam? Está escrito na cara deles.


Harry olhou-a. Ela tinha a voz séria, mas mostrava um sorriso enorme e deslumbrante.


_E você Gina? De quem gosta? – Era uma pergunta ousada. Mas Harry muito bem sabia que haviam duas respostas e que Gina provavelmente daria a que ele agora sabia que era a errada.


_Eu... Eu estou namorando com o Dino, não sei direito o que acho dele... Quer dizer, ele é legal e tudo... – Ela disse meio ruborizada.


Dessa vez Harry abriu um sorriso enorme na direção oposta da garota, porque aquela era a resposta errada. Ele poderia estar observando Bichento, que era o gato de Hermione, correr atrás de um gnomo que entoava palavrões a esmo, provavelmente aprendidos com Fred e Jorge, mas sabia que uma pergunta se fixava na cabaça da ruiva, e ela também tomava coragem para fazê-la.


 


_Eu não estou saindo com ninguém, e Cho era muito triste desde que Cedrico morreu, então acabamos nos distanciando. -Ele tomou a palavra e podia jurar que uma onda de alívio perpassara o rosto da linda ruiva por alguns segundos. Era incrível como ela mudara. Não ficava mais constrangida por falar com Harry, aliás, falava com uma naturalidade extraordinária. Ela era muito interessante, bonita... Harry não acreditava que pensava assim da Gininha, irmãzinha de Rony...


Depois da “conversinha” com Gina o fim de semana passou voando, às vezes literalmente, porque eles jogaram muito quadribol no quintal, o que dava um pouco de insegurança em Harry, pois no último ano fora expulso do time pela megera da Umbridge.


A segunda chegou e com ela a ansiedade de Harry aumentava. O sol já baixava quando Fred e Jorge apareceram cansados e dizendo que os comensais atacaram o Beco Diagonal e ainda conseguiram matar pessoas inocentes, quando disseram isso os olhos de Molly se encheram d’água e ela começou a dizer do perigo que eles correram quando foram ajudar os outros lojistas e clientes. No fim os dois foram embora no começo da noite, depois do jantar e Harry ainda não saíra, ou seja, nada de Dumbledore. Até agora. 


Dos jardins ouviu-se um CRACK e logo Alvo Dumbledore estava entrando na cozinha da’ Toca.


_Creio que estou atrasado! Sinto muito, houve um imprevisto no Beco Diagonal. Já está pronto Harry?


_Claro senhor. – Foram em silêncio para o jardim. 


_Harry, queria lhe pedir um favorzinho.


_Claro, pode pedir.


_Queria que me acompanhasse até o povoado de Budleight Babberton. - Vendo a cara de duvida ele completou – você vai entender quando chegarmos lá. Vamos aparatar. Segure no meu braço. E deixe a varinha à mão. - com esse comentário provocou uma pequena expressão de desconfiança no garoto. -Mas acho que você não vai precisar.


_Mas não tenho permissão para usar magia. . .E, porque não vou precisar?


_Se for necessário, lhe dou permissão e não vai precisar, porque estará comigo.


_Professor?


Dumbledore deu um sinal positivo com a cabeça indicando que estava ouvindo.


_Eu não tenho licença para aparatar.


_Certamente que não. Então segure bem firme no meu braço.


 Depois de um CRACK Harry sentiu o braço do diretor escorregar entre os seus e dobrou a força com que segurava.


Tudo ficou escuro e ele teve a sensação de ser puxado em todas as direções e de o ar faltar aos seus pulmões, que estava sendo apertado contra algo, suas órbitas eram empurradas para o fundo do crânio. Então. . .


O ar fresco da noite adentrava seus pulmões novamente, mas ele se sentia tonto e parecia que havia passado por uma mangueira apertada e finalmente percebeu que não estava mais no jardim dos Weasleys, mas sim numa praça de um pequeno povoado. Ele havia aparatado pela primeira vez na vida... E não fora nem um pouco agradável.


_Então senhor, o que viemos fazer?


_Quero que me ajude a tirar um colega de sua aposentadoria.


_Mas como posso...


_Você verá. Como foram as férias até agora?


_Normais. Fiquei bastante tempo sozinho. Percebi que não é bom ficar me isolando de tudo e todos. Sirius não gostaria. – Harry fez uma pequena careta, ao dizer o nome.


_Sei que não.


Harry resolveu mudar de assunto.


_O senhor recebeu as cartilhas do ministério contra os seres das trevas?


_Sim. Eu particularmente não o achei muito útil. A propósito, você não deveria ter perguntado qual meu sabor favorito de geleia?


_Hum... – Harry lembrava que uma das cartilhas recomendava à população inventar senhas entre eles, como o sabor favorito de geleia.


_Acho que se alguém quisesse se passar por mim, teria o cuidado de saber minha preferência para isso não? E para o caso de perguntas mais tarde... É de amora. – Disse ele dando uma piscadela por baixo dos óculos de meia-lua e um sorriso maroto e virando uma esquina.


_E o que são inferi?- O sorriso de Dumbledore vacilou.


_São mortos-vivos que foram despertados por bruxos das trevas e obrigados a fazer o que forem ordenados.


_Ah... E alguém já os avistou?- Eles viraram na igreja do povoado.


_Aqui à esquerda, Harry. Por sorte ninguém os viu ainda.


_E madame Bones? Estão acontecendo muitos crimes por aí. Nem as pessoas protegidas pelo Ministério estão seguras.


_É verdade, uma perda notória. Ela era muito boa. Nesses tempos ninguém está seguro. É aqui, Harry. Meu Merlin! O que houve aqui... - Dumbledore parou abruptamente e Harry trombou em seu braço estendido. - Harry, talvez você precise da varinha.


O garoto olhou na direção da casa. O jardim era bem cuidado, mas ao olhar na direção da casa seu coração apertou. A porta estava escancarada e as luzes apagadas.


Os dois entraram na casa e o professor acendeu a varinha. Havia um grande corredor á frente dos dois, que entraram na primeira porta. Era uma sala de estar ou deveria ter sido, antes de ser destruída.


O carrilhão do relógio do lado oposto ao pêndulo, o piano estava virado, as teclas espalhadas, o recheio das almofadas espalhado pela sala e um líquido espesso e vermelho até a metade das paredes, uma grande cadeira, que parecia mais recheada que o normal, tombada. Dumbledore chegou mais perto dessa e a cutucou, com a varinha, no encosto da poltrona.


Onde um segundo atrás havia uma poltrona agora havia um homem baixo, gorducho, careca e com uma bigodeira que parecia de leão marinho, que massageava o peito.


_Ah! Alvo, não precisava apertar com tanta força. Como soube que a casa não foi atacada por comensais?


_A marca negra.


_Sabia que estava esquecendo-me de algo. - O homem entortou o bigode.


_Horácio, o que acha de arrumarmos esta bagunça? –O outro fez um sinal positivo com a cabeça.


Eles ficaram de costas um para o outro e com um floreio de varinha por parte de cada um tudo começou a voltar para o lugar, às molduras de prata se consertaram e o líquido vermelho voltou a um potinho de cristal, as almofadas se encheram de novo, o piano se ergueu, suas teclas voltaram ao lugar e o relógio voltou à posição original.


Se Harry não conhecesse o tal Horácio, acharia que a casa era de uma senhora exigente e rica.


_Quanto tempo teve para preparar tudo, Horácio?


_Eu estava no banho quando ouvi o alarme e ajeitei tudo em menos de dois minutos.


_Impressionante!


_Seria melhor, mas já estou velho... Ele chegou perto do vidrinho, que estava em cima do piano, e o examinou. - Hum, um pouco de borra, mas acho que ainda está bom. - Pegou-o e guardou no amplo roupão.


_A propósito, que tipo de sangue é?


_De dragão. E está bem caro ultimamente.


_Claro, mas por que achou que éramos comensais?


_Nunca se sabe, ainda mais agora, porque eles andam me procurando a mais de um ano, não fico em uma casa mais de uma semana. . Os donos desta estão nas ilhas Canárias. – Foi aí que ele notou Harry e passou a examina-lo de cima a baixo coçando os bigodes.


_Ah, que grosseria a minha! Harry, este é Horácio Slughorn e Horácio este é Harry.


_Oho. Prazer Harry- Falou dirigindo-se a Harry- Mas se você o trouxe aqui para convencer saiba que não conseguiu.


_Horácio, posso usar o banheiro? – Perguntou Dumbledore, como se não escutasse Slughorn.


_Claro! Segunda porta a esquerda. Dumbledore saiu, deixando os dois meio constrangidos naquele silêncio. Slughorn, sem saber direito o que fazer, andou em direção à lareira acesa e virou-se de costas para ela, para esquentar seu grande traseiro. Ele começou a olhar Harry novamente com seus olhos lacrimejantes.


_Você se parece muito com seu pai. Exceto os olhos, você tem...


_Os olhos de minha mãe, eu sei. O garoto já se aborrecia com esse comentário, de tanto que o escutava.


_Hum-hum. Um professor não deveria ter seus favoritos, mas ela era um deles. Sua mãe. Completou ao ver o olhar confuso de Harry. – Era muito inteligente, viva, sabe. Encantadora. Costumava dizer que ela deveria ter ido para a minha casa, mas ela costumava me dar respostas petulantes.


_Qual era sua casa?


_Eu era diretor da Sonserina.  Ah! Não deixe que isso o influencie contra mim. Pela sua cara – Ele apontou o dedo em riste para Harry- Você é da mesma casa que ela, a Grifinória, não? É, está no sangue, geralmente. Mas às vezes não. Já ouviu falar de Sirius Black? Deve ter. Morreu a algumas semanas. Lecionei ao irmão dele, Régulo, mas preferia ter o feito para a família toda. Sirius também era da Grifinória.


Era um grande amigo de seu pai.


Falar de Sirius e seu pai de uma vez? O mesmo que arrancar as entranhas, para Harry, dar nós e colocar de volta. Resolveu olhar para o outro lado para disfarçar seu desconforto. Sua atenção prendeu-se em algumas fotos no console da lareira. Horácio virou o traseiro, mas sem se mexer, para aquecer toda a região e acompanhou o olhar de Harry até as molduras.


_Oho! Estes são alguns dos meus alunos favoritos, todas com dedicatórias. Barnabás Cuffle, editor do Profeta Diário, ai na frente, sempre gosta de ouvir o que acho a respeito das edições; Ambrósio Flume, da Dedos de Mel, uma cestona de doces todo aniversário! Mais atrás está a Guga Jones, capitã do Harpias de Holyhead, ingressos grátis sempre que quero! Comentou sorrindo.


_Todos eles sabem onde encontrar o senhor?- o sorriso do velho desapareceu tão rápido quanto veio.


_Não, é claro que não!- Protestou- Há um ano não tenho contato com ninguém. Parecia que Slughorn se chocara com o que ele acabara de dizer, por um segundo.


_Entretanto... Um bruxo prudente não deixa a cabeça de fora nesses tempos. Dumbledore diz o que quiser aceitar um cargo em Hogwarts é o mesmo que dizer que pertenço à Ordem da Fênix! E seu índice de mortalidade não me agrada.


_O senhor não precisa pertencer a Ordem para trabalhar em Hogwarts. A maioria não pertence e nenhum foi morto... Exceto Quirrel, mas ele servia a Voldemort. - Slughorn tremeu a menção do nome- Imagino que os funcionários estarão mais seguros que a maioria das pessoas enquanto Dumbledore for diretor. Afinal ele é o único que Voldemort teme, não?


_Bem... Aquele-Que-Não-Deve-ser-Nomeado nunca procurou duelar com Dumbledore, é verdade. – Ele coçava os bigodes, pensando seriamente- Ah! Você ganhou! Tenho que começar já a preparar as aulas, então. Algumas poções demorem mais de mês para ficarem prontas! – Virou-se e pegou alguns frascos numa cristaleira, conjurou caldeirões, uma mesa e usou um feitiço convocatório para vários potinhos que apareceram voando um tempo depois.


Ele suspirou e abriu um dos potinhos. Mesmo sendo um pote pequeno ele encheu a sala, com o pareceu a Harry cheiro de torta de caramelo, resina de madeira em cabo de vassoura e... Não, não podia ser...


_O que tem nesse frasco, senhor?


_Uma das poções que vou usar nas aulas. Chama-se Amortentia, é a poção do amor mais forte do mundo. Você sente os aromas que mais gosta no mundo.


Nessa hora Dumbledore adentou o cômodo.


_Horácio! Vejo que mudou de ideia!


_É... É mudei Alvo, eu largo a aposentadoria, mas quero um aumento e a sala da professora Marythout, não aquele armário de vassouras.


_Claro, Claro! Vamos Harry, já abusamos de mais de Horácio! Ah, será que posso levar essa revista de tricô?


_Pode. Vemo-nos na escola!


Os dois saíram em silêncio, mas Dumbledore logo o quebrou.


_Harry, sinto muito em falar nisso agora, mas é necessário. Sirius lhe deixou a casa e um bom dinheiro, mas temos dois problemas: Monstro e Bicuço.


_Eu não quero Monstro. – Ele sentia uma raiva descomunal daquela criatura. Era por causa dele que Sirius morrera. Eles viraram e voltaram a fazer o mesmo caminho da ida.


_Se Monstro não ficar com você, ele vai ficar com Bellatriz, e ele sabe muito sobre a Ordem, mas se me deixa dar uma opinião pode manda-lo a cozinha de Hogwarts. Quando chegarmos na’ Toca mande-o para lá.


_E Bicuço?


_Ele está com Hagrid desde que Sirius...


_Professor, ele está bem lá, deixe-o com Hagrid.


_Então é melhor chama-lo de Asafugaz, caso o Ministério volte a incomodar. Eu também achei que fosse deixa-lo com Hagrid. A torre da igreja do povoado soou meia-noite.


_Aqui já está bom, se você puder Harry...


_Claro senhor. Harry segurou no braço do velho diretor e aquela sensação terrível voltou.


Chegando ao jardim da Toca Harry fez o que Dumbledore sugerira e Monstro lutando, esperneando e se debatendo foi mandado para a cozinha de Hogwarts.


_Harry preciso falar um pouco com você, mas em outro lugar, talvez... - Dumbledore caminhou até o barracão de vassouras, Harry seguiu-o e eles se apertaram no pequeno cômodo depois que Dumbledore acendeu a varinha.


_O que você achou de Horácio, Harry?- Dumbledore começou.


_Ããh... Por que o senhor me levou lá?


_Horácio gosta de conforto e da companhia de famosos, bem-sucedidos e poderosos e podemos dizer que você já é essas três coisas, é claro que ele adora dar festinhas, de um pouco de luxo e Hogwarts pode oferecer isso a ele. . Também gosta de sentir que influencia as pessoas, não de ocupar o trono, mas ficar em segundo plano, onde pode se espalhar mais. Escolhia seus favoritos a dedo, por ambição ou inteligência, outras por seu encanto ou talento, ele tinha uma habilidade incrível de prever quais seriam os melhores em seus campos. Digo isso para não indispor você contra Horácio, ou como devemos chama-lo a partir de agora, professor Slughorn. “Você seria “o diamante da coleção dele,” O Eleito”. E espero que me perdoe por isso, Harry, mas estou contente e até orgulhoso com seu comportamento depois do que aconteceu no Ministério. Permita-me dizer que Sirius teria sentido admiração por você. - Harry não aguentaria discutir sobre Sirius, sua língua parecia ter travado._ Foi muito duro – Isso fora a única coisa que Dumbledore dissera a respeito. - No Profeta Diário, muitos fizeram suposições sobre o que vocês faziam no Ministério, e alguns acertaram.


_Quer dizer que...


_Não, ninguém sabe, de verdade. E eu acho que você não contou para seus amigos o que continha a profecia, não é?


_Certo.


_Não acho que seja bom você guardar isso só para si.


 _Na verdade eu também não acho. Então devo contar para meus amigos?


_A escolha é sua, mas se o fizer só conte para pessoas de sua inteira confiança. Ah, mais uma coisa, este ano quero lhe dar aulas particulares.


_Particulares, com o senhor?


_Sim.


_O que vai me ensinar?


_Uma coisa aqui, outra ali. – Disse o diretor vagamente. - Ah e leve sempre a capa da invisibilidade com você, mesmo em Hogwarts.


_Claro.
_Já esta tarde, vou lhe deixar aos cuidados de Molly novamente. - Dumbledore o acompanhou até a casa e bateu uma vez.
_Quem é?- Uma voz fraca veio de dentro da Toca.
_Somos Harry e Alvo.
_Professor... Harry! Entrem. –Disse a senhora Weasley abrindo a porta.
_Não Molly, já tenho de ir. Boa noite.


Ele entrou na cozinha bagunçada, fracamente iluminada pelo lampião.
_Está com fome, Harry querido?
_Não, senhora Weasley. E deu um pequeno bocejo.
 _Cama!- Disse sem rodeios.
_Boa noite.
_Boa noite querido!

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