Parte 4



- Ela estava aqui. – o garotinho apontava para a poça de sangue no corredor.
- E onde ela está agora? Uma grávida sangrenta não some assim. – Rony disse se aproximando perigosamente do menino.
- Devem tê-la levado. Eu encontrei com o ex-marido dela e outro casal e avisei, eles saíram correndo. Devem tê-la encontrado e levado para algum lugar.
Todos se entreolharam.
- Se separem e procurem pelos corredores, sabe-se lá Merlim pra onde a levaram. – Minerva mandou.
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Draco e Blaise deitaram Hermione com cuidado em um dos leitos.
- Pronto, já fizemos nossa boa ação de hoje. Agora vamos embora.
- Deixe disso Draco, nós sabemos que você quer ficar. – Blaise segurou o ombro do amigo que estava de costas para onde a castanha estava.
- Já tem muita gente pra cuidar de uma grávida só. – respondeu frio sem encarar o amigo.
- Mas isso não diminui sua preocupação pela grávida em questão não é? – Pansy disse e o loiro bufou. – Detesto admitir, mas ela não está tão feia grávida. – tentou distrair o amigo.
- É... Continua linda, mesmo grávida. – Draco disse amargo. – Grávida de outro. – o loiro cerrou os punhos sentindo as unhas cravarem na pele.
- Preferia que ela estivesse grávida de você? Achei que ninguém em sã consciência iria querer ter um filho com ela. – Pansy repetiu o que o amigo disse no outro dia.
A porta da enfermaria se abriu num rompante antes que Draco pudesse responder.
- Finalmente Potter. – Blaise reclamou. – Suas pernas são curtinhas ou você é lerdo mesmo?
- O que fizeram com a Hermione?
- O que fizeram com a Hermione? O que fizeram com a Hermione? – Pansy repetiu imitando a voz de Harry. – Nem sempre sonserinos são os vilões.
- Harry. – Hermione gemeu, os sonserinos haviam esquecido que ela estava ali ouvindo. – Ele está morrendo, eu o estou perdendo Harry.
- Fique calma Hermione, respire que nem o medi-bruxo te ensinou.
- Isso não é um parto testa rachada. – Blaise debochou. – Onde estão seus amiguinhos?
- Isso não é da sua conta! – Harry respondeu grosseiramente e se voltou para a porta lançando um sonoro em si mesmo. – PROFESSORA MCGONAGALL, MADAME PROMFREY, ELA ESTÁ AQUI.
- Rápido Harry, eu não posso perdê-lo.
- Não pode perder o pote de ouro não é? Se perder o mestiço como vai arrancar dinheiro do trouxa do pai não é mesmo? – Draco disse virando de frente para a castanha.
- CALE A BOCA MALFOY! VOCÊ NÃO SABE DO QUE ESTÁ FALANDO! – Harry gritou da porta, ainda não havia retirado o feitiço.
- Não brigue com ele Harry. – Hermione pediu cansada tentando normalizar a respiração. – Dói muito. Está doendo muito Harry, ele vai morrer. – voltara a chorar desesperadamente.
Gina e Madame Pomfrey entraram na enfermaria e Draco apressou os passos saindo de lá o mais rápido possível.
- Vai atrás dele Blás, eu fico pra ver como ela vai ficar. – Pansy disse baixo e o moreno saiu atrás do amigo.
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Draco estava furioso pelos corredores, andava sem ver direito para onde ia, só dobrava cada corredor que via.
- Draco! Draco! – Blaise gritava correndo atrás dele.
- Você viu como ela estava desesperada porque vai perder o filho de algum idiota? Ela ama e quer o mestiçozinho do amante dela. – dizia sem parar de andar nem olhar para trás.
- Tem certeza de que é mesmo de outro idiota? Não acho que outro sonserino se envolveria com ela, e qualquer outro idiota com quem ela tenha estado não iria deixa-la sozinha sabendo que poderia ser o pai. Isso é muito estranho. – o moreno disse ofegando alcançando o amigo.
- Eu vi a barriga dela Blaise, era muito pequena, estávamos separados a... – Draco fez uma pausa pra contar. – Mais ou menos quatro meses, e ela parecia estar perto dos três meses de gravidez. E aposto que ela já estava com o sujeito enquanto ainda estávamos juntos... Ela está esperando um filho de outro Blás, e está super feliz por isso. – Draco parara e se encostara à parede.
- É claro que ela o quer e o ama, ela é mãe dele. É o filho dela Draco, não é crime ela estar feliz por isso.
- De que lado você está?
- Estou tentando te ajudar, não vai adiantar nada ficar irritado e muito menos eu mentir pra que você se sinta melhor.
- Pra você falar é fácil, não é a Pansy que está grávida de outro, que sequer está com ela. É bem feito, o idiota a usou e a abandonou com um filho nas costas.
- É diferente, a Pansy não me enganou e eu não me separei dela sem sequer esperar alguma explicação.
- Eu ouvi toda a explicação, da boca dela, falando tudo com o Cenoura Ambulante. Ela só brincou comigo, querendo o meu dinheiro.
- Esquece isso Draco, vamos voltar para as masmorras. – Blaise apoiou o amigo e seguiram na direção do salão comunal da Sonserina.
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Madame Pomfrey e Minerva cuidava de Hermione, Gina, Harry, Luna, Rony, Roger e Pansy estavam do outro lado da enfermaria olhando em silêncio. As vezes ouviam Hermione chorar ou gemer de dor, mas ao que parecia, o sangue já havia estancado. Depois do que pareceram anos, mas só haviam se passado poucas horas, Minerva se aproximou dos adolescentes com as mãos cheias de sangue.
- A Hermione está bem? - Gina foi a primeira a perguntar.
- Acho que sim. Ela está muito fraca, já é a segunda vez que ela perde sangue. Isso não seria bom para uma pessoa normal, muito menos para uma grávida fraca como ela.
- E o bebê está bem?
- Graças a Merlim sim Sr. Potter. Não sei como ele é tão forte pra aguentar as traquinagens da Srta. Granger.
- Podemos falar com ela? - Rony perguntou.
- No momento não. O medi-bruxo recomendou repouso absoluto e também que a mantivéssemos sedada até amanhã.
- E o que causou o sangramento professora Minerva? Ela até que estava bem.
- O medi-bruxo disse que ela está abalada emocional e psicologicamente, e que isso afeta ao corpo e consequentemente ao bebê. Stress, preocupações, medo e coisas do tipo estão prejudicando a reta final da gravidez já complicada dela.
Minerva se afastou novamente, dessa vez para limpar as mãos sujas de sangue, todos se entreolharam em silêncio e depois miraram uma Hermione pálida deitada de lado abraçando protetoramente a barriga.
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Depois de mais três dias na enfermaria, Hermione foi liberada, permaneceu sedada boa parte do tempo e não se sentia tão cansada. Agora só saía do dormitório para as aulas e refeições, e a obrigavam a descansar o resto do tempo e o ritmo de estudo havia diminuído para o desespero da castanha. Além de ser acompanhada e vigiada vinte e quatro horas por dia, mas tentava ao máximo não se exaltar ou qualquer outra coisa que prejudicasse seu filho. No momento estava almoçando no salão comunal, umas das raras saídas, que agora deixavam a castanha radiante.
- Gina, sabe o que cairia bem agora? - Hermione sorriu.
- Hum... - respondeu se tirar a vista do seu almoço.
- Um sanduíche. - a ruiva levantou o rosto para encará-la.
- Agora Hermione?
- Meninos, lembram quando eu meio à guerra comemos aquele sanduíche de presunto com queijo com alface e maionese naquela lanchonete trouxa? E tinha também aquele milk shake de morango que estava uma delícia. E vocês lembram daquela batata frita como era sequinha e crocante? Ela vinha acompanhada de um refrigerante de uva que me dava vontade de repetir.- Hermione dizia com ar sonhador, quase babando enquanto Gina suspirava cansada.
- Você comeu quase tudo no seu prato, o que é um milagre, você vai aguentar?
- Nós achamos essa lanchonete depois de passarmos semanas sem comer algo decente. Comemos pra caramba. - Rony disse se lembrando. Hermione mordia o lábio inferior.
- Eu tenho certeza que ela vai aguentar Gina. - Harry disse prendendo o riso.
- É tão gostoso Gina, e eu estou com taaanta vontade. - disse manhosa.
- Vamos procurar a McGonagall. - Gina se levantou sendo imitada pelo irmão, namorado e amiga grávida sorridente.
- Eu já disse que te amo? – Hermione disse e Gina apenas bufou.
O quarteto seguiu para a sala da diretora, e depois de Hermione praticamente implorar, Minerva permitiu que Gina, Rony e Harry aparatassem para a lanchonete. A castanha permaneceu esperando por eles na sala da professora.
- E então? - Minerva perguntou quebrando o silêncio.
- E então o quê?
- Como se sente?
- Com fome, e a senhora?
- Quero saber se está bem Srta. Granger.
- Estou, mas também estou com fome. – a diretora rolou os olhos.
- A srta. Weasley e o Sr. Davies me disseram da intenção da senhorita em dar sua cri...
- Desisti. - Hermione a cortou.
- Desistiu? Fácil assim?
Hermione levantou e se dirigiu a janela mais próxima antes de responder.
- No dia em que eu sangrei, percebi que jamais conseguiria deixar o meu filho. Ele é o único pedaço do Draco que terei, e eu amo meu bebê.
- Então reconsiderou a perspectiva de futuro que havia citado para seus amigos?
- Minha perspectiva não mudou, só sei que não suportarei dar meu filho, ficar afastada dele, por isso mesmo que passemos por dificuldades, eu vou ficar com ele.
- Entendo. E o que pretende fazer já que mudou de decisão?
- Eu não sei ainda.
- Bem senhorita, como vários alunos perderam muito anos letivos com a guerra e agora que voltaram a faixa de idade é mais alta do que o de costume, temos muitos alunos de maior idade ainda terminando os estudos.
- Assim como eu, que estou terminando o último ano com 21 anos, entendi.
- E assim como a senhorita, outros alunos em breve também irão se casar e ter filhos.
- Está dizendo que Hogwarts vai se transformar numa creche?
- Eu estava tentando não pensar por esse lado. - Minerva riu de leve. - Só pensei que se a situação se repetir, ou mesmo que não se repita, teremos que ter um estoque das poções necessárias.
- Não estou entendendo aonde a senhora quer chegar.
- Que precisaremos de alguém para fazer essas poções, o professor Slughorn já é bastante ocupado para se preocupar com mais este afazer.
- Ainda não estou entendendo.
- Estou lhe oferecendo um emprego. - a boca de Hermione se abriu alguns centímetros. - E claro que, como todo funcionário, a senhorita morará aqui e terá suas próprias acomodações com o laboratório necessário para fazer as poções, se aceitar o emprego claro.
- Oh Merlim! Como eu recusaria professora? É a minha salvação. - Hermione se aproximou abraçando a professora. - Oh, muito obrigada.
- Como a senhorita estará com uma criança nova, acho que poderia reformar a cabana de Hagrid e viver lá, uma vez que com o fim da guerra ele fora viver com Madame Maxime, tinham um afeto recíproco. - Minerva disse lamentando a perda do guarda-caças, professor e amigo.
- Oh, muito obrigada mesmo professora, não sei o que seria de nós se não fosse pela senhora.
Hermione e Minerva ainda ficaram conversando por um tempo até que Gina, Harry e Rony voltaram, pareciam cansados, estavam um pouco descabelados suas roupas estavam amarrotadas, mas estavam com duas sacolas plásticas, e foi exclusivamente para elas que Hermione olhou com a boca quase salivando.
- Olha Hermione, se você não fosse minha amiga e se não estivesse grávida, você apanharia agora.
- O que houve Srta. Weasley?
- A tal lanchonete, que na época da guerra estava deserta, estava reinaugurando hoje. – Rony respondeu.
- E mais lotada que a plataforma 93/4. – Gina completou se soltando numa cadeira próxima.
- Foi difícil para entrar?
- Muito professora, e quando conseguimos finalmente chegar ao balcão, nos lembramos que o dinheiro bruxo não serviria...
- Vocês querem? – Hermione perguntou entre uma mordida e outra e os seus amigos a fuzilaram com o olhar.
- Então tivemos que sair, aparatar sem sermos vistos, trocar o dinheiro, aparatar de volta e enfrentar toda a multidão de novo. – Harry disse como se Hermione não tivesse lhe interrompido.
- E os trouxas não são muito amigáveis quando se trata de comida.
- Você não é muito diferente irmãozinho. – Gina zombou.
- Não vão começar a brigar agora, vocês fazem isso amanhã. Estou morto e quero descansar. – Harry dizia e puxava a namorada abraçando-a.
- Ai. – Hermione exclamou segurando a barriga.
- O que foi Srta Granger? Está sentindo alguma coisa?
- Chutou. Meu bebê chutou.
- Ele pode ser um jogador de futbol hein Mione.
- O quê? Jogador de quê?
- Nada Ron, amanhã lhe explico. – Harry riu.
- Ah, calem-se vocês dois. – Gina reclamou. – Ele chutou de novo Mione?
- Sim, sintam só. – Hermione puxou a mão de cada um dos presentes pousando-as em sua barriga, em alguns segundos sentiram outro chute. – Vocês sentiram? Vocês sentiram?
- Sim Mi, é lindo.
- É fantástico senti-lo se mover aqui dentro Gi.
- É Srta. Granger, mas a senhorita precisa descansar. Está liberada das aulas da tarde.
- Obrigada professora, dessa vez não farei objeção. – Hermione sorria feliz.
- Vamos Mione, eu te acompanho até o dormitório e depois vou pra aula. – Rony ofereceu.
- Tudo bem, vamos então. Até mais professora.
O quarteto saiu da sala da diretora e cada casal seguiu por um caminho no corredor.


 


 


 


 


 


N/A: Agora é que o capítulo parece mesmo pequeno, mas é so porque o espaço entrelinhas sumiu, porque ele estava presente quando estava no word, mas parece que outras outoras estavam mesmo reclamando da formatação das postagens, mas enfim, o capítulo está aí. Demorou porque eu tive uma confusão de passa arquivo de lá pra cá de um pc pro outro e a fic acabou sumindo e tudo que eu já tinha adiantado, eu perdi, já tava quase no fim da fic quando o pc me aprontou essa, mas agora já está melhor, bem não está porque eu ainda não reescrevi tudo e perdi outras coisas, mas aproveitem o capítulo. Bêjuxs =*

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