King´s Cross



   Hoje acordei me sentindo como uma escrava que ia receber a carta de alforria, é uma sensação de adrenalina misturada com conforto, é como se eu estive caindo e de repente caísse em uma nuvem feita total e exclusivamente de algodão doce. Nada iria estragar esse momento nem mesmo a “amável” presença da minha querida vovó.  


 
Eu já tinha arrumado meu malão ontem de noite, só que a ansiedade de dar tudo certo que comecei a verificar tudo novamente, e novamente, e novamente... , até que eu reparei que havia esquecido uma pertence muito importante e que de maneira nenhuma podia deixa-lo nessa casa detestável.


A minha primeira boneca, que minha mãe havia me dado antes de... bom antes de eu ter essa minha vida de Azkaban, é uma bruxinha que usa uma veste longa, uma veste negra, e ela tem uma pele branca como a neve, com o cabelo feito de barbante mais belo que eu já vi, ela sempre olha na sua direção, não importa para onde você vá, ela olha. Minha mãe me disse assim quando me deu aquela boneca “ Querida, isso é para você sempre saber que estou com você”, o estranho é que ela me deu esse presente um pouco antes...


 


Decidi parar de me lembrar do passado e olhar para o futuro então peguei meu malão e desci a escadaria da casa, fui ao encontro da minha avó na cozinha para tomar café, encostei o malão na parede e me sentei a mesa, não gosto de descer para a parte térrea da casa, pois aqui perambulam alguns elfos domésticos, sua aparência  é uma pouco estarrecedora, e mais amedrontador é o modo que minha avó os trata com uma repugnância que da medo.


 
O silencio durante as refeições era absoluto naquela casa, por isso estranhei quando minha avó começou a puxar assunto comigo.


 


- Então, está tudo pronto para irmos após o café?- disse isso friamente


 
- Obviamente que sim. - disse com certa arrogância


 


        Arrependi-me da minha resposta na mesma hora, só que pensando bem , eu a aguente por seis longos anos, que custa eu dar uma resposta à altura para ela, antes da liberdade, na verdade eu precisava daquilo. Só espero que ela não desista de tudo e me mande para cima dizendo que não vou mais para lugar algum.



- Cuidado com seus modos Georgina – disse com raiva nos olhos
 


- Claro vovó
 


A raiva em sua voz me fez sentir prazer  por um instante, mais depois voltei a mim, e esperei que ela relevasse isso e me levasse logo para a estação de King’s Cross.
 


- Então vamos, se apresse.
 


- Sim vovó. - disse engolindo meu cereal como se fosse a ultima tigela de cereal do mundo.
 


Quando acabei meu cereal e suco, peguei meu malão e olhei para minha avó esperançosa que ela se levantasse de pressa para irmos logo, ela devia ter pedido algum carro do ministério para nos levar até a estação, como ela diz  que tem “amigos” no ministério, aí eu fico imaginando que tipo de gente é essa para ela considerar amigos, só podem ser um bando de assassinos loucos e dementes, ainda bem que que isso ficou só na imaginação.
 



- Vamos vovó? – perguntei com os olhos brilhando


 


- Sim, ainda tenho muitas coisas para resolver hoje. – disse pegando a bolsa de couro de dragão.


 


Segui saltitando até a porta, e cantarolando mentalmente, se passarinhos fofos assobiando ficassem girando em torno de mim, eu não estranharia nada.


 


- Olha a postura, Georgina! – disse empinado o nariz


 


A minha vontade naquele momento era


 


...


- Haaaaa, QUEM VOCÊ PENSA QUE É ?


 


- Olha aqui mocinha... – disse apontando o dedo


 


- Olha aqui mocinha o cacete, você é doida, me trata como se eu estivesse em Azkaban desde que eu era uma criancinha, e no dia que eu vou me livrar dessa porcaria que você chama de casa, quer que eu tenha compostura, por acaso você tem compostura com os outros? Nãaaaao!


 


- Você passou de todos os limites, já para o seu quarto, anda – disse raivosa.


 


- Haaa vaai pentear hipogrifo!


 


Aí eu voava em cima da cabeça dela e arrancava os cabelos da cabeça dela, e rasgava aquela bolsa que ela tanto “amava”, depois saia correndo no meio da chuva com meu malão dando risada, enquanto ela chorava de dor, depois eu ia pra hogwarts correndo...


...


Mais oque realmente aconteceu foi:


 


- Sim senhora – disse encolhendo a cabeça


 


Eu fiquei pensando no que ela faria se eu fizesse aqui mesmo, acho que ela me matava, eu fiquei imaginando coisas o resto da viajem até king´s Cross, nem percebi quando chegamos.


  A estação estava lotada, parecia um formigueiro de tanta gente, minha avó estava mais nauseada que nunca, acho que é porque a presença de trouxas não a agrada muito, ela prefere manter seus contatos com pessoas de puro sangue, reparei que havia alguns bruxos pela estação.


 


- Venha por aqui Georgina, não se mistures com essas coisas. – disse torcendo o nariz com se estivesse perto do esgoto.


 


- Sim vovó. – disse querendo logo chegar ao expresso


 


Meu bilhete dizia plataforma nove e meia, só que eu só conseguia avistar a plataforma nove e a plataforma dez, mais nove e meia, não tinha nenhuma.


 


- Vovó há algum erro, o número do expresso de hogwarts não existe. – disse desapontada


 


- Garota estupida! – ela murmurou


 


- É claro que não existe plataforma nenhuma aqui, ou você esperava que bruxos como nós, iam aparecer em montes na frente de trouxas? – disse irônica


 


- Mas... como vamos para o expresso?- indaguei


 


- Está vendo, aquela coluna no meio das duas plataformas? Então... é um portal magico que leva até a plataforma.


 


- Há. Agora entendi, então vamos lá?


 


- Certamente que sim né, ou acha que iria ficar aqui parada?- disse ferozmente


 


Tive uma leve impressão de que ela estava querendo se vingar do meu comportamento “chulo” no café da manha. Mais fiquei calada, afinal eu estava prestes a me livrar dela, para quem aguentou tanto tempo, oque são meros minutinhos?


 


Quando chegamos à coluna esperei minha avó ir primeiro, depois atravessei a coluna.


 


Eu já tinha ido a locais com bruxos, só que aquele lugar era tão... magico! – fiquei boquiaberta *o*


 


Autora/ comente muito, esperando ansiosa pela opinião de vocês, espero que gostem desse novo capitulo na vida da Georgina, já devem ter notado que quero que ela sinta toda a energia dos locais mágicos. Beijinhos


 

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Comentários (2)

  • Adriana Granger

    Bella certamente a unica coisa que a Georgina sabe sobre a mãe é a sonserina, e muito obrigada pelos comentarios, é muito bom saber o que o seu trabalho esta sendo reconhecido, ja estou trabalhando no capitulo 4

    2012-01-09
  • Bella Peverell

    Ha!Mas eu queria voar na cabeça dessa velha e arrancar os cabelos dela! Ò.Ó Eu fiquei aqui imaginando a bonequinha, tadinha, uma das únicas lembranças da mãe a não ser a Sonserina, creio eu (?) To adorando meeeesmo a fic e não vejo a hora do próximo capítulo!Essa menina precisa viver fora dessa prisão e ficar longe dessa mala sem alça que é a vó dela! Té mais!  

    2012-01-08
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