Chocolate duplo!



Chocolate duplo!
Eu já tinha trazido as meninas de volta, e dava pra ouvir as risadinhas delas lá de baixo. Nós três estávamos jogados no sofá, de cabeça pra baixo, olhando um pra cara do outro.


-O que a gente vai fazer? – Remo me perguntou.


-Sei lá...


-A gente podia sei lá, jogar vídeo game...


-A gente fez isso ontem Potter.


-Ah é...


-A gente podia espiar as meninas...


-Graaaaaaaaande Moony! Vamos.


Nós subimos e fomos até a porta do quarto da McKinnon. Eu sentei do lado direito, o James do meu lado, e o Moony foi pro outro. Começamos a ouvir:


-HAHAHAHAHA! Não acredito que você beijou o Josh Johnson, Lils!


Josh Johnson?


-É verdade! O Josh era bonitinho até, debaixo das espinhas claro...


-Eca Lils. Que nojo.


Elas baixaram o tom e nós grudamos os ouvidos na porta pra ouvir.


-Ok. Mudando de assunto. Dorcas, lista dos 5 mais bonitos da escola, na ordem.


-Fácil! Remo, Sirius, James, Lewis, Matt. Sua vez Lil.


Olhamos pro Remo sorrindo maliciosamente.


-James, Sirius, Remo, Matt, Lewis.


Olhei pro James que sorria.


-A minha ruiva me acha lindo. – Ele sussurrou.


Ah não. James apaixonado? Ah não, ah não, ah não.


-Lene? – Ouvimos alguém, provavelmente a ruiva, dizer.


-Matt, Sirius, James, Remo, Lewis.


-Não era você que odiava o Sirius, Lene?


-Odeio Dorc. Mas cega eu não sou. – Hm... Então ela me acha bonito, é?


-Você perdeu pro Matt cara. – Remo cochichou.


-Ah, jura Moony? Nem percebi. – Virei os olhos e puxei os dois pra gente descer.


Ficamos jogando vídeo game até uma onze da noite, quando as meninas desceram. De pijama.


-A gente quer ver filme.


-Vão ficar querendo.


A ruiva usava um shortinho verde, e uma regata branca, e Prongs meu amigo, que corpo a tua ruiva tem hein?! A loirinha usava um short lilás e uma camiseta branca, bem meiga e delicada... Não faz o meu tipo.  A Lene usava uma camiseta larga preta e um shortinho azul escuro. Que pernas... Morri e fui pro céu. Ou não, já que elas nos encaravam ameaçadoramente.


-Nós. Queremos. Ver. Filme. – Lene disse pausadamente como se estivesse explicando pra um bebê.


-Nós. Estamos. Usando. A. TV. – Respondi no mesmo tom.


-Ah Black. Porque não leva seus amigos lá pra cima pra uma sessão de putaria coletiva? – Menininha insistente.


-Porque não porra. A gente tá jogando.


-Jogando o que?


-Um jogo de luta. Você não conhece.


-Se eu ganhar de você, eu e as meninas vamos assistir filmes, se eu perder, vocês ficam jogando.


Fácil demais, nem vai ter graça quando eu derrotar a nanica.


-Feito.


James entregou o controle pra ela que sentou de pernas cruzadas do meu lado. Dei start e escolhi o carinha mais forte que eu achei. Ela escolheu uma mocinha esquisita, e nem deu tempo de ver as habilidades dela, porque a garota já foi logo clicando em Fight!


Ataquei imediatamente, ela desviou. Ataquei de novo, ela desviou do novo. Depois de umas três vezes fazendo isso, ela resolveu me atacar. Começou com uma sequência rápida de golpes que eu nunca tinha visto antes. 30 segundos depois, eu tava morto no chão.


-Ganhei. Eu deveria fazer vocês subirem, mas como sou uma pessoa legal, vou deixar vocês ficarem com a gente.


Ah mano, qual é? COMO eu perdi pra ela? Que merda... Agora eu vou ser zoado pelo Moony e pelo Prongs e pior, por ela.


Lene pegou um filme jogado no sofá e colocou no DVD. Quando virou de novo percebeu que a ruiva já dividia um cobertor com James (muito a contragosto, pelo o que pude perceber) no chão, e a loirinha estava bem feliz sentada ao lado de Remo em um sofá. Eu abri os braços sorrindo pra ela, sentado no outro sofá.


-Merda.


-Vem cá bebê.


-Me chama de bebê de novo e eu arranco suas bolas. – Ela rosnou.


Eu ri baixinho e ela sentou do meu lado, enrolada no cobertor.


-Me dá uma pontinha, morena? – Eu sussurrei no ouvido dela porque o filme já tinha começado.


Senti ela se arrepiando suavemente, estendeu um pedaço do cobertor pra mim. Era um filme de terror. Enquanto as meninas davam gritinhos e se escondiam embaixo do cobertor, a Lene ria baixinho.


-Não tem medo? – Sussurrei no ouvido dela.


-Ah, por favor né? – Ela bufou. - Olha o quão longe o sangue espirra, até parece que isso aconteceria de verdade. E olha aquele troço que explodiu ali, ele não deceparia tantos membros assim sem cair, a não ser que tivesse um motor o fazendo voar.


Eu comecei a prestar atenção no filme. Que coisa mais ridícula! Em pouco tempo, eu sentia o corpo dela contra o meu debaixo do cobertor e a ouvia rindo baixinho no meu ouvido. Nós dois ríamos, as meninas se escondiam e os garotos olhavam fixamente pra tela da TV. O filme acabou e eu nunca tinha rido tanto na minha vida.


-Eu vou ter pesadelos pro resto da minha vida. – A ruiva disse levantando e acendendo a luz.


A pequena virou os olhos e levantou também. PERAI. PEQUENA? AHN? Esquece... Apaga aquilo Sirius. Pronto.


-Isso foi uma trégua... – Cantarolei dançando em volta da peq... McKinnon. Ela ergueu a sobrancelha e pegou o telefone. – Eu quero pizza de pepperoni.


-Que pena! Porque eu quero de mussarela.


-Pepperoni.


-Mussarela.


-PEPPERONI.


-MUSSARELA.


-PEPPERONI!


-MUSSARELA!


Eu estava a centímetros do rosto dela pela segunda vez no dia. Nunca havia percebido o quanto os olhos dela faíscam quando ela tá brava...


-Peçam logo as duas, que merda. Até parece que a gente vai conseguir comer uma pizza só. – A ruiva virou os olhos.


Lene pegou o telefone e foi pra cozinha pedir as pizzas. 5 minutos de puro tédio depois enquanto o James tentava abraçar a Lily e ela desviava e/ou surtava com ele, e o Remo olhava pra Dorcas que ficava vermelha, a Lene voltou.


-Dez minutos ou a pizza sai grátis.


-Marca no relógio ae Moony!


-Moony? – Elas três perguntaram juntas e ergueram a sobrancelha esquerda cruzando os braços. Exatamente ao mesmo tempo. Foi tenso.


-Nada não. – Elas ergueram mais ainda a sobrancelha. – Eu sou o Padfoot, o James é o Prongs e o Remo é o Moony.


-Por quê?


-Ahn... Longa história. Talvez um dia a gente conte.


Elas bufaram. A pizza chegou exatamente em nove minutos. Nos sentamos na mesinha de centro da sala, com coca-cola e as pizzas e começamos a comer com a mão mesmo.


-Sinta o aroma sensual do pepperoni. – Eu disse pra Lene girando o pedaço da minha pizza na frente do rosto dela.


Ela me encarou sorrindo maliciosamente e mordeu um pedaço GIGANTE da MINHA pizza.


-HEY! Eu ia comer isso. – Ela mostrou a língua pra mim.


-Tem mais na caixa neném.


-Você pode me chamar de neném, e eu não posso te chamar de bebê?


Ela deu de ombros.


-É, basicamente isso.


-Ah, bem legal. – Ela sorriu.


-Lily, me dá um abraço? Eu to carente... – O Prongs pediu abrindo os braços com cara de cachorro que caiu da mudança. Esperto... A ruiva sorriu docemente.


-Primeiro: pra você é Evans. Segundo: Se você está carente, o problema é seu. Não meu. – A ruiva rosnou.


-HAHA!


Ele mostrou o dedo do meio pra mim. Algum tempo depois as meninas subiram dando boa noite.


Subimos uns vinte minutos depois. Arrastei os dois colchões que tavam de baixo da minha cama, e joguei uns lençóis e travesseiros pra eles.


-Divirtam-se. Eu vou tomar banho.


Entrei no chuveiro e tomei meu banho calmamente. Pensei no quanto eu odiava aquela garota quando éramos menores... Pensei em tudo que eu já tinha vivido com a Lene, e pensei no quanto ela tava diferente. Antes, se eu levantasse a voz pra ela, ela iria me bater ou chorar. Agora não. Ela iria discutir de volta, sendo irônica, sarcástica, maliciosa, perspicaz. Iria me deixar sem palavras, chocado. Ela tinha mudado fisicamente também. Os cabelos estavam sedosos e muito compridos, os olhos elétricos sempre destacados por um lápis preto, o corpo não era de uma garotinha, era de uma mulher. E que mulher. A pele continuava branca, mas não era aquele branco pálido, esquisito. Era um branco meio creme. E puta merda, como ela tava mexendo comigo. Saí enrolado na toalha, secando o cabelo com a outra, e...


-PUTA MERDA MARLENE! EU TO SEM ROUPA!


Eu gritei assim que cheguei no quarto. Ela tava sentada na minha escrivaninha gargalhando.


-Relaxa neném. Eu não to vendo grande coisa. Não vou ficar traumatizada, prometo. – Ela pisou maliciosamente pra mim e saiu do quarto batendo a porta. Consegui ouvir ela rindo do outro lado.


-PORRA! QUEM DEIXOU ELA ENTRAR AQUI?


-Calminha Padfoot! Ela já disse que não vai ficar traumatizada por te ver seminu!


Eu virei os olhos e peguei uma cueca na gaveta. Fui me trocar e depois o James foi tomar banho.


-Hey. Dá pra você colocar um short? Eu não consigo me concentrar com você de cueca aqui.


-Ai Remo, eu sei que eu te seduzo tá? Mas eu amo o James e eu sou só dele. – Eu disse com uma voz gay e o James saiu do banheiro.


-Quem é só meu?


-Eu Jamezito! Ou você se esqueceu do nosso looongo relacionamento? – Perguntei fingindo estar ofendido.


-Adorei a seção de sentimentalismo homossexual meloso, mas eu vim devolver o CD do Remo, eu já copiei as músicas que eu queria.


-PUTA MERDA MARLENE! EU TO DE CUECA!


Ela riu e me mandou um beijo.


-Já disse que não ficar traumatizada neném! Relaxa. – Ela saiu rindo de novo.


-Merda! Eu vou trancar a porta a partir de agora, vai que dá próxima vez ela entra e eu to pelado...


Fui dormir me sentindo estranho.


 


-ACORDEM FLORZINHAS DO MEU DIA!


-AAAI! – James gritou e eu pulei da cama.


-Que foi? – Eu gemi.


-Tá chovendo e nós não vamos a pé pra escola nem mortas, então LEVANTEM!


-Ah... E o que eu tenho a ver com isso? – Perguntei deitando de novo.


-O que você tem a ver com isso? Simples. Você sabe dirigir. Você tem um carro. Não cabem SEIS pessoas no carro do James. Agora levanta essa bunda daí e vai se arrumar porque eu não quero chegar atrasada na escola. – Ela disse rápido, enquanto os outros saiam do quarto.


Eu gemi e ela me cutucou puxando o edredom preto que cobria meu rosto.


-Vai Six. – Ela disse com um biquinho e um olhar aparentemente inocente, enrolando uma mecha do cabelo no dedo.


-Eu te odeio Marlene. – Gemi e levantei. Ela abriu um sorriso safado ao me ver de cueca e eu me arrastei pro banheiro. Ela me empurrou levemente.


-Vai logo!                                                      


Eu entrei no banheiro, joguei um pouco de água no rosto, escovei os dentes. Saí de lá e a Lene tava sentada na minha cama, balançando as pernas impacientemente enquanto mexia em um iPod com capinha do Stitch (tipo, toda azul, com a cara dele desenhada atrás). Usava uma camiseta azul escura largona escrito de canetinha prata “Crazy Bitch”, uma calça jeans clara que ia até um pouco abaixo do joelho, com um rasgo na coxa, e um tênis da Nike preto. O cabelo bagunçado, os olhos com o lápis preto de sempre.


-Vai logo Black.


Peguei a primeira calça que eu achei no closet, vesti com uma camiseta preta. Calcei um tênis da Nike também que eu achei jogado por ali e sai. Ela riu apontando pros meu tênis e disse:


-Iguais aos meus.


-Ah! É... - Eu ri também e descemos juntos.


-FLORZINHAS DO MEU DIA! – Ela gritou quando chegou lá em baixo. – Já que tá ceeeeeeeeeedo, a gente podia parar no Starbucks pra tomar café néé?


As meninas concordaram imediatamente (Jura?!), e nós tivemos que ir.


-Dorcas e Lily vêm comigo, Remo e Lene vão com o Sirius ok?


-Por que eu tenho que ir com eles? Eu não quero ver ninguém tentando se matar!


-Porque com você lá, as chances deles se matarem é bem menor. – O veado do Prongs sorriu como uma criancinha.


-Merda. – Ela me fuzilou com os olhos.


-A culpa não é minha! – Eu virei os olhos. – Vamos antes que eu mude de ideia.


Ela pulou do sofá que estava sentada, pegou a mochila preta cheia de botons esquisitos e nos arrastou pela mão até o carro.


Entramos e eu fui ligando o carro enquanto ela puxava uma caixinha de CD da mochila e colocava no rádio. Ela mudou algumas músicas e deixou na sete. Aumentou e deu play.


-Eu amo essa música! – Virei sorrindo pra ela.


-Toca aqui! – Ela ergueu a mão mordendo o lábio e eu bati. – If I’m a bad person, you don’t like me, well I guess I’ll make my own way. – Ela cantou fazendo uma careta sexy e eu ri. – Que foi, neném?


-Nada e não me chama de neném.


-Tá bom. WHAT’S MY OFFENSE THIS TIME?


Ela gritou com as mãos pra cima e eu e Remo rimos mais ainda.


-Vai neném, canta comigo. – Eu ri. Era engraçado quando ela me chamava de neném.


-Don't wanna hear your sad songs, I don't wanna feel your pain – Começamos juntos. When you swear it's all my fault, ‘Cause you know we're not the same. – Era engraçado cantar com ela. - Oh we're not the same, oh we're not the same. The friends who stuck together, we wrote our names in blood, but I guess you can't accept that the change is good. – A gente cantava e ria. - It's good, it's good!


-Meu Deus, você me levou pro mal caminho…


-EEU? Nossa, Black, ok. - Eu ri pelo nariz. – Eca. Não faça mais isso, é nojento ver as melecas voando.


-EI! – Ela riu.


Continuamos cantando entre protestos do Remo, que insistia em dizer que a gente cantava mal, mas eu sei que ele tava com inveja. Chegamos no Starbucks e a Lene desceu do carro feliz e saltitante. Sim, ela estava saltitando na chuva.


Sentamos com Lily, James e Dorcas que já estavam lá, e Remo apoiou a testa na mesa.


-Remo? Foi tão ruim assim? Eles tentaram se matar? – A ruiva perguntou.


-Pior.


-Pior? O que eles fizeram?


-Eles. Simplesmente. Cantaram. A. Porra. Do. Caminho. Inteiro.


Eles começaram a rir e só pararam quando a garçonete veio anotar os pedidos. As meninas pediram primeiro:


-Frapuccino de Chocolate grande, por favor.


-Dois.


-Três.


A mulher anotou e se virou pra nós.


-Hm... Waffles.


-Três waffles com capuccino.


Cinco minutos depois, todo mundo comendo feliz, e ROUBAM o meu waffle.


-Hey! Quem roubou o meu waffle?


A Lene olhou pro lados “inocentemente”.


-Ah mano! Devolve meu waffle!


-Já era neném. Já comi. – Ela mostrou a língua pra mim.


-Por que não pediu um pra você se queria tanto?


-Porque eu não gosto de waffles. – Ela respondeu sorrindo enquanto os outros prendiam o riso.


-Então por que você comeu o meu?!


-Eu não gosto de waffles, mas eu gosto de irritar você. – Ela virou os olhos como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Ok, talvez fosse.


-Vamos antes que a gente perca a primeira aula. – Ok ruiva, você que manda.


Fomos pro carro depois de pagar tudo e ela ligou o rádio.


-Você tem algum problema em ficar cinco minutos no carro sem música?


-Você tem algum problema em ficar cinco minutos no carro com música?


O resto do caminho foi silencioso, se você ignorar as partes em que ela cantava umas músicas estranhas.


-Dear God, the only thing I ask of you, is to hold her when I’m not around, when I’m much too far away. – Ela cantou baixinho, de olhos fechados e depois ficou em silêncio. – ‘Cause I’m lonely and I’m tired, I’m missing you again. Oh no, once again. – Ela abriu os olhos e eu vi que estavam vermelhos.


-Pode ir descendo aqui Remo, que eu vou procurar uma vaga com a Lene.


-Ah, mas...


-Vai. – Rosnei e ele saiu.


Dirigi até a vaga e quando ela tava quase saindo do carro, segurei o pulso dela e a puxei de volta.


-Len? O que foi? – Coloquei uma mecha da franja dela atrás de orelha enquanto ela mordia o lábio e franzia a testa.


-Nada...


-Você tava quase chorando aqui... O que houve?


-Não foi nada Sirius... – Era a primeira vez que ela me chamava de Sirius. – Eu só... Lembrei de umas coisas... Nada... Nada importante. – Ela sorriu. Ou tentou. Apenas curvou a boca um pouquinho, não chegava aos olhos.


Ela soltou o pulso da minha mão e saiu correndo na chuva pra dentro do prédio. Merda. O que tá acontecendo? Saí do carro e fui andando lá pra dentro. Vi Trisha Newhoff se aproximando de mim com aquela saia curta e decote de 500 metros, um sapato tão alto que eu não sei como ela se aguentava de pé, e mascando um chiclete de um jeito bem irritante. Antes eu daria qualquer coisa pra ter aquela garota... Alguma coisa tinha mudado, eu só a via como uma vadia qualquer...


-Siiiiriusss! – Ela veio pra cima da mim batendo o salto no chão.


-Sai Trisha. – Ela olhou pra mim como se pensasse em como pude recusar ela. É claro que era tecnicamente impossível. Trisha Newhoff não pensa.


Saí de lá e a deixei com cara de paisagem tentando entender alguma coisa.


 


A aula tinha acabado e eu tava voltando pra casa, sozinho. A Lene disse que queria ir a pé, pra passar numa livraria aí que ela tinha visto em algum lugar... Cheguei em casa, cumprimentei a Dora, a governanta-cozinheira-babá-fodona lá de casa, que eu conhecia desde sempre, e subi me trancando no quarto.


Fiquei lá o dia todo, só desci uma vez pra comer. Ouvi a porta bater e disse pra entrar.


-Hey! Porque tá trancado aqui? – A Lene entrou no quarto e sentou do meu lado na cama.


-Sei lá.


-Ah! Por favor, Black! Levanta essa bunda daí e vai atrás da Newhoff! Ou da Wu, ou da Crowd, ou da Swan! Sei lá, só levanta. – Eu resmunguei alguma coisa que nem eu mesmo entendi. – Levanta! Você tá conseguindo me deprimir sabia?


-Me deixa sozinho...


-LEVANTA!


-NÃO!


Ela suspirou.


-Foi você que pediu.


Eu tava deitado na cama, coberto pelo edredom. Senti ela sentando em cima de mim e fazendo cócegas na minha barriga. Eu tenho muita cócega na barriga. TIPO. É QUASE INCONTROLÁVEL. Em menos de cinco segundos a gente já tava rolando pela minha cama, se embolando nos lençóis, rindo como dois retardados.


-Chega sua louca! Eu saio daqui. – Eu disse prendendo ela na cama, minhas pernas segurando as delas, e minhas mão prendendo as dela acima da cabeça.


-Eu sou muito foda, diz ai. – Ela disse sorrindo ofegante. Meu corpo ridiculamente colado no dela, que usava uma regata curta e um short, deu sinal de vida. Ela riu ao sentir o... Siriuzinho lá em baixo. – Se controla Black. – Ela riu.


Me empurrou de leve e saiu de baixo de mim.


-Vem comer. Eu fiz bolo.


-Bolo de que? – Perguntei pulando da cama e pegando na mão que ela tinha estendido pra mim.


-Chocolate duplo! Sempre me ajuda quando eu to triste. – Ela sorriu pra mim dando de ombros. Um sorriso diferente dos que eu já havia visto. Era doce, inocente. – Então, vai me contar por que tá assim, ou eu vou ser obrigada a fazer outra seção de tortura?


Eu ri baixinho.


-Se me contar por que tava daquele jeito de manhã...


-Isso é chantagem!


-E o que você fez comigo é o que?


-Merda. Pf... OK. Mas você tem que jurar não contar pra ninguém ok?


-OK. Juro que não conto pra ninguém – Eu sentei na bancada enquanto ela servia um pedaço monstro de bolo de chocolate pra mim, e mais um pra ela.


Suspirou sentando na bancada ao meu lado e começou.
 
 
 
(N/A: Nossa, sou muito má velho HSUASHUA' não me matem ~se encolhe~ AH MANO, EU precisava colocar Ignorance nesse cap... Tipo, foi incontrolável. Ok, comentários da autora pro capítulo : Eu tirei ideia pra parte do filme do Lua Nova kkk' Não, eu não gosto de Twillight u-u mas sim, eu li os livros... e-e  Esse capítulo ficou muuuito grande, então eu não sei quando eu vou postar o próximo, pode demorar um pouco porque 1. Ele saiu muito rapido, 2. Eu nem comecei a escrever Marotos e Garotas, e 3. Eu preciso pensar MUITO no que a Lene vai falar... Agradecimentos e Respostas:
 Richélita Souza:
Toca aqui O/ haha' gostou da noite deles mô??
 Cica Potter: Só viciadas em Paramore lêem a minha fic u-u Tipo, eu amo colocar pessoas cantando... Isso devia ser uma songfic... ou não pensa/
 Miiih McKinnon: AAAAAAAAAH!!! SUA LINDA! Tipo, eu amo demais Ignorance desde a primeira vez que eu ouvi, e Fences é foooda! Enfim, brigada por comentar tá??!
 Anne freitag: Brigada mô!! Nunca ouvi 30 seconds to mars pensa/ Vou começar a escrever MeA agora tá? Comenta lá também!
     
 NAMORAL? EU TO MUITO FELIZ COM A FIC, SÉRIO. TIPO, EU ACHEI QUE EU NEM IA CHEGAR NO CAP 2... LOL. Enfim, continuem comentando ok?? ok.
                                                                  Beijo, se cuidem anjos, Ju B.)
 MÚSICAS DO CAP:   IGNORANCE- PARAMORE
                                  DEAR GOD- AVENGED SEVENFOLD 
Depois eu coloco links...
 UPDATE (READ THIS SHIT): LOVES DA MINHA VIDA, QUEM AÍ SABE ALGUM ATOR OU ATRIZ MORENO/OLHOS AZUIS PRA FAZER A LENE E O SIX NA CAPA DA FIC?? Tipo, eu ia colocar o Ian Somerhalder porq ele me seduz, maaas ficaria estranho ele como six e-e Enfim, quem souber, coloca aí em baixo, se não eu faço com ele mesmo. Atriz eu preciso mesmo, porque eu não sei nenhuma... Ajudem!!!!!

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Comentários (4)

  • Laila M.

    Oi Ju!Leitora nova.Vamos ver se consigo te ajudar...De meninas tem a Jessica Stroup (de 90210)http://pipocamoderna.com.br/jessica-stroup-no-primeiro-filme-do-criador-de-family-guy/600full-jessica-stroup/a Alexis Bledel (de Gilmore Girls)http://pipocamoderna.com.br/alexis-bledel-e-saoirse-ronan-serao-matadoras-adolescentes/alexis_bledel_20060909_0011/a Zooey Deschanel <apesar dela ser um pouco mais velha...>http://makeyourselfup.wordpress.com/tag/zooey-deschanel/e a Anna Popplewell (de As Crônicas de Nárnia).Já os meninos tem o Ian Harding e o Brant Daugherty (de Pretty Little Liars)http://www.imdb.pt/media/rm1106348288/nm2870406http://www.listal.com/viewimage/836817e o Adrian Grenierhttp://www.nypost.com/pagesixmag/issues/20080831/Adrian+Grenier+Easy+RiderFiquei em dúvida se mandava os links ou não. Resolvi mandar de qualquer forma. Espero q sirvam...Se lembrar de mais alguém depois comento de novo.Ah! E o Ian Somerhalder me persegue há anos. Desde as primeiras temporadas de Lost. hahahahPosta logo, ok?Bjokas

    2011-12-13
  • Richélita Souza

    Eu adorooo Ignorance véi... Gostei muito da noite deles! Você tem que postar logo porque, tipo, tô muito curiosa... Amando muito, muito a fic hehe' Beijos :*

    2011-12-10
  • Cica Potter

    ahhhhhhh, que curiosidade! vc quer me matar?!!!!!!posta! pelo paramore! (kkk's) bjs!

    2011-12-09
  • Miiih McKinnon

    CriaturaaaaaaaaaaaaComassim você termino a fic assim??Eu não vo consegui dormir a noite pensando na fic!!! ~~sente o drama~~kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkEnfim!!!Ignorance foi a primeira musica que eu ouvi do Paramore, se não fosse ela, eu não sei onde eu estaria hoje... ~~enchuga as lagrimas~~kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkAmei esse cap.!!!! E amei ele ter ficado grande =DVe se posta o próximo logo!!!Bjs!!!!

    2011-12-09
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