Na Mansão



Na Mansão


 


-Rose? Nós chegamos – disse o loiro a sua ruiva que cochilava deitada em seu colo.


 


Na plataforma 9 ¾ encontrava-se toda a família Weasley, Potter e Malfoy. Mesmo não se dando muito bem as famílias agiam muito civilizadamente fingindo não ouvir os murmurinhos que se espalhavam pela plataforma.


“É verdade que uma Weasley está grávida de um Malfoy?” “Ainda não acredito nessa história de terem se casado por vontade própria” “Você me disse que o filho dos Malfoy havia se casado, mas não com a filha de Hermione e Ron Weasley!” “To’ achando essa gravidez o golpe da barriga”. E por ai vai, eram tantos comentários que Astoria começava a se ver entediada com tantas fofocas. Por que todos tinham que se meter em suas vidas? Não tinham nada melhor para fazer?


Ela descobriu que não quando o trem parou na plataforma e a primeira pessoa que saiu pela porta foi uma ruiva de cabelos muito compridos e ondulados, olhos extremamente azuis e uma inconfundível barriga de sete meses de gestação (que ela completara naquele 31de maio), seguida por Scorpius que puxava seus malões, e eram reparados por quase todos os pares de olhos que se encontravam na plataforma.


Astoria, assim como Hermione seguiram em direção aos filhos dando-lhes abraços calorosos de boas vindas. Antes de a família inteira seguir em direção a eles.


 


Rose encontrava-se naquele momento sentada à grande mesa de jantar na Mansão Malfoy deliciando-se das mais variadas comidas servidas no jantar, enquanto era observada pelos outros integrantes da família. Eles ficariam hospedados na Mansão até estarem prontos para mudarem para sua própria casa, que ficaria pronta e mobiliada no fim de junho.


 Lucio, mesmo não gostando dos trouxas, mestiços ou traidores do sangue, nunca mais pronunciou uma palavra sequer contra eles, aceitando ao seu modo Rose na família, Narcisa que seguia seu marido estando certo ou errado, agradava-se um pouco com a idéia do neto estar feliz apesar de tudo. Astoria, que mesmo sendo uma puro-sangue, nunca queixou-se das escolhas do filho, e se empolgava a cada dia mais com a chegada do neto. E Draco, que mesmo sendo influenciado na infância e adolescência, via agora que nada de mal poderia fazer para desmanchar a nova família que se formava ali a sua frente. Confessou que ficou muito surpreso ao saber que o filho de 17 anos seria pai, mas não teve objeção alguma contra a mãe do seu neto. O que rendeu pontos ao casamento dos dois.


-Mãe? – Scorpius chamou a atenção de todos ao falar pela primeira vez.


-Sim querido?


-Por que a senhora não leva Rose para fazer compras amanha no Beco diagonal? Ela precisa de umas roupas novas... as antigas não servem mais. Assim aproveita e mostra como é ser uma Malfoy...


-Scorpius não precisa, sua mãe deve ser ocupada para ficar por ai comigo – interrompeu Rose.


-Não, eu não tenho nada. E adoraria poder fazer compras com você.


-Ow! Então fico muito honrada em aceitar – Rose esboçou um pequeno sorriso tímido, mas sincero. – Afinal, não é todo dia que temos chance de fazer compras com uma Malfoy.


Astoria deu uma risada despojada antes de olhar Rose nos olhos.


-Não se preocupe Rose. Você também é uma Malfoy, só precisa aprender um pouquinho mais sobre eles.


-Então esta bem, amanha iremos as compras.


 


Rose entrou logo atrás de Astoria rindo e com um monte de sacolas nas mãos. As duas havias se divertido muito, compraram muitas roupas – tanto para Rose quanto para a bebê -, almoçaram juntas, tomaram sorvete, visitaram a Gemialidades e outros mais. Sentaram-se no sofá da grande sala jogando as sacolas em uma poltrona ao lado.


-Ai... me diverti tanto. Nunca pensei que fazer compras com a sogra fosse tão bom. –Exclamou Rose feliz.


-Ei, não diga que me achava entediante antes de me conhecer.


-Não há achava entediante, a achava séria demais. Nunca pensei que daríamos tantas risadas assim. Bom só depois da bebê nascer... Sabe todos gostam de crianças.


-Sei sim.


-Ah, vocês chegaram – Scorpius descias as escadas em direção a elas. – E como foi o dia das senhoras?


-Senhoras? – disseram as duas em uníssono.


-E não são senhoras? – perguntou Scorpius sentando-se ao lado de Rose e lhe dando um leve beijo nos lábios. – Mamãe, a senhora sabe que não é mais uma mocinha, mesmo tendo o espírito de uma – disse olhando a mãe e logo depois olhando Rose nos olhos completou – e se a senhora não percebeu, também já é casada. Portanto... uma senhora!


-Scorpius... me sinto uma velha quando me chamam de senhora, ainda nem tenho rugas para isso!


-Imagine eu! – Astoria intrometeu-se na história – como se eu tivesse rugas... que absurdo!


-Mamãe... não quis dizer que você é velha, só que é mais velha que a Rose.


-Tudo bem... dessa vez eu deixo passar, mas não me venha com gracinhas de velhice – Astoria levantou-se do sofá e seguiu para a cozinha resmungando que o filhos estava ficando louco chamando ela de velha. Rose observou Astoria distanciando-se deles.


-O que fez durante o dia todo? – perguntou Rose.


-Nada... fiquei no tédio absoluto esperando vocês chegarem.


-O dó... que peninha de você. – Rose passava a mão no rosto de Scorpius que fechou os olhos com o gesto. – Vem, vamos para o quarto... estou morrendo de cansaço. – Eles levantaram-se – Rose com a ajuda de Scorpius – e seguiram para seu quarto.


Rose deitou-se em sua cama apoiando a cabeça em um dos travesseiros de pluma suspirando.


-Algum problema? – Perguntou Scorpius deitando-se ao seu lado e logo passando uma das mãos na grande barriga de Rose.


-Só estou aliviada de estar em casa, deitada em minha cama. Mesmo essa ainda não sendo a minha casa mesmo, e nem minha cama.


-Não se preocupe, mais um mês e estaremos em nossa casa, com nossa cama.


-Eu espero. – Disse virando-se para Scorpius dando-lhe um beijo caloroso logo em seguida nos lábios.


-Humm... isso é maldade comigo. – Disse Scorpius afastando Rose pelos ombros e sentando-se na cama.


-Por quê? – perguntou-lhe indignada.


-Por que você sabe que eu não vou me segurar.


-Scorpius – Rose deu um leve suspiro de resignação apoiando-se no cotovelo para elevar o tronco – eu estou grávida, não doente ou morrendo. Não vou morrer, nem matar a bebê se transarmos.


-Mas eu me preocupo Rose! Ou você acha que eu gosto de ficar todo esse tempo sem sexo? E você disse que estava cansada.


-Estou cansada, não imprestável.


-Não fale assim – Scorpius a repreendeu – Sabe que não gosto quando fala assim.


-Certo, desculpe não foi minha intenção, mas você não esta ajudando com essa baboseira toda.


-Já disse que não é baboseira, é preocupação. Não quero que nada de ruim aconteça com vocês por falta de cuidado – Scorpius terminou passando uma de suas mãos na barriga de Rose e depois a subiu para seu rosto. – E nenhum de nós vai morrer se esperarmos.


-Sei que não vamos morrer, mas ainda é estranho você me dizer que não quer, principalmente por que era você que sempre procurava.


-Nunca disse que não queria – defendeu-se – apenas disse que não devemos. Agora chega desse assunto chato, já resolvemos...


-Você resolveu – interrompeu Rose.


-Tá, que seja, vamos esperar a bebê nascer, enquanto isso podemos fazer outra coisa. – Rose soltou um bufo deixando-se cair nos travesseiros mais uma vez olhando o teto do quarto. – O que quer fazer?


-Transar.


-Rose...


-Tá, tá, eu sei você esta preocupado, mas isso está muito ao contrario. Deveria ser você querendo e eu dizendo não. Mas já que não faremos nada acho que podemos começar a escolher os nomes da bebê.


-Boa idéia. – disse Scorpius deitando-se ao lado de Rose e a abraçando. – Por qual começamos?


-Não sei, me de sugestões.


-Tá – Scorpius levantou-se da cama foi até a escrivaninha, pegou um caderno e uma caneta voltando logo em seguida para a cama onde sentou-se encostando as costas na cabeceira da cama. – Podemos começar.


-Que tal Lucy? – Scorpius anotou o nome no caderno fazendo uma careta. – O que foi, não gostou?


-Não sei, mas acho que ele sairá da lista conforme os nomes forem aparecendo.


O resto da noite foi tranqüila, Rose e Scorpius anotaram mais alguns nomes pedindo sugestões a Astoria e Narcisa na hora do jantar, seguida por uma boa noite de sono depois de um dia cansativo andando a tarde inteira pelo Beco Diagonal. E apesar da pequena discussão, Rose sabia que Scorpius tinha suas razões apesar de tudo. E ela não reclamaria mais, afinal, já estava em seu sétimo mês de gestação.

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Comentários (1)

  • Lana Silva

    Awwww *-* ahhh o Scorpius é tão cuidadoso *-* amando loucamente a fic!

    2012-01-18
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