O diário

 

Depois de três semanas de namoro com Gina, Rony estava agindo estranho. Como se estivesse com ciúmes. Harry sabia que Hermione ignoraria o resto da frase de Harry se ele dissesse no meio “Rony”, então, decidiu nem comentar. Mas Harry achava estúpida a ideia dos ciúmes bobos de Rony, e precisava desabafar.

Em uma das visitas a Hogsmeade ele foi a Penas e Escriba para comprar um diário. Bem aqui estão os registros:

 

Só para começar, eu não vou te chamar de “Querido Diário”. Isso é coisa pra menina, e se você ainda não percebeu, sou menino. Então vou começar dizendo “Oi”.

Ah, e para mim, isso não é um diário. Isso é, na verdade são, informações pessoais contadas em primeira pessoa, ou seja, eu.

Ah, e Rony, se você estiver lendo isso – e eu sei que está – eu juro por Merlin que ainda te faço de banquete para Explosivins ou Testrálios. E eu sei que você está rindo agora, sim seu débil.

Não estou planejando mostrar isso pra ninguém, exceto o Rony, que na verdade não contei e não vou contar, ele deu seus meios de descobrir e deve estar (ou está) lendo isso agora. Por isso espero que se sinta bem com os insultos que poderei fazer a ele nas próximas páginas.

 

Vamos começar por hoje.

05 de Dezembro.

Bem, hoje eu tive um dia bem agradável com Gina, teria sido ótimo se Rony não tivesse dado três ataques de ciúmes. Isso já está me estressando, na verdade é por isso que estou escrevendo, por causa dos ciúmes bobos de Rony (já que a Mione ignora quando o nome “Rony” aparece no meio da conversa), claro, ele é irmão dela, mas aposto que ele não gostaria se a Lilá tivesse um irmão que ficasse com ciúmes a cada cinco minutos.

Bem, o primeiro ataque de hoje foi quando nos interrompeu no meio de um beijo para dizer que ele não queria sua irmã se agarrando em publico. Então eu e ele tivemos uma discussãozinha bem legal de amigos (longe de Gina, é claro), na qual eu gritei que era o melhor amigo dele o que fez algumas pessoas bobas sem nada pra fazer da vida olharem para nós. Daí ele pirou dizendo que essa, então, era uma grande traição e foi embora.

Obviamente, eu fiquei puto e fui atrás dele. Mas para a sorte do ruivo ele já estava se agarrando com Lilá, o que significa que eu tinha duas opções: a) Olhar os dois se engolirem, ou b) Voltar para Gina, que obvio, foi o que eu fiz.

No segundo ataque eu fiquei mais puto ainda, por que ele plantou na própria cabeça a ideia de que eu estou usando Gina para reconquistar Cho. A única coisa que me impediu de socar Rony foi minha mãe, que escolheu aquele perfeito momento para aparecer e dizer que meu suposto “irmão” (lembra do pequeno Harry?) aprendera finalmente a andar. Então eu fui obrigado a seguir ela até seu quarto para ela me mostrar o bebê Harry correndo pelo quarto, o que ela provavelmente achou que ia me empolgar muito. Particularmente, eu me achei um bebê bobo. Agradeci a Merlin por ter crescido.

Quando ela me perguntou por que aquela cara fechada eu disse sarcástico:

- Nada não, eu só estava prestes a meter meu punho na cara do meu grande amigo ruivo.

Ela me deu uma bronca, disse para eu não ser violento, blá blá blá, e eu acabei dizendo pra ela por que eu estava puto (mas é obvio que eu disse que estava com raiva eu não podia dizer tudo o que eu queria, não pra ela, mães.)

Ela disse que era normal ele ter ciúmes da irmã e disse para eu ignorar, mais tarde eu segui o conselho dela.

Bem, o terceiro ataque nem me deixou com muita raiva por que na verdade ele estava com ciúmes era da (acredite) Hermione. Ficou reclamando comigo por infindas horas só por que ela estava de amassos com o McLaggen. Daí ele teve uma crise de piração, e disse que daqui a pouco o mundo o substituiria pelo Córmaco, eu o tiraria do time e botaria o McLaggen, a Sra. Weasley adotaria o McLaggen e mudaria o nome dele para Córmaco Weasley. Não parou aí, mas eu estava prestes a jogar um balde de água fria nele e dizer que a mãe dele nunca o substituiria por alguém que não Harry Potter (convenhamos, minha raiva dele era tal que eu realmente quis dizer isso), mas na hora eu vi minha mãe e corri pra ela deixando o Rony falar sozinho.

Como o Rony estava olhando para mim, resolvi fingir que tinha uma coisa muito importante para falar com minha mãe e fui andando junto com ela.

- Então mãe, ah, aonde vamos passar o Natal? – eu disse, já que Rony não podia nos ouvir.

- Ué, em casa, Harry.

Olhei para trás para ver se Rony ainda estava olhando, então me dei conta que tínhamos virado em um corredor e Rony não estava mais a vista.

- Ah tá. Tchau.

Eu disse e fui embora largando uma Lílian Potter confusa para encontrar um Tiago Potter feliz. Primeiro não entendi a razão de sua felicidade e quando ele me deu parabéns me perguntei se ele se lembrava do dia em que eu nasci. Então ele disse com um largo sorriso:

- Vai seguir a carreira do pai é?

“Que filho do pai te disse isso?” Pensei.

- É. – respondi

Então minha mãe apareceu. Perguntou o porquê da felicidade de Tiago e pela cara dela, os anos de convivência com Tiago tinham lhe ensinado que nem todos os sorrisos eram coisas boas.

- Harry vai virar auror, meu Lírio.

- Ah Harry! – suspirou minha mãe. – Nós podemos fazer uma festa.

Epa, epa, epa! Uma faixa no teto de casa, um zilhão de abraços, sei lá, qualquer coisa ainda vai, mas festa? Fico pensando no maldito ser que inventou as festas. Principalmente, as reuniões de família. Mas com o pouco tempo que passei perto da minha mãe, aprendi que, se alguém não tivesse inventado, ela inventaria, e talvez só para comemorar o fato de que eu seguiria a carreira de Auror.

Eu sei que ela é minha mãe, eu a tenho ha pouco tempo e amo ela, mas sério, não precisava de festa.

- Não precisa de festa, mãe.

- Um jantar, ok? No Natal. Ah, já sei! Vamos chamar os Weasley, e assim podemos comemorar a carreira dos filhos de Molly também! E Hermione pode ir.

- Festa? Estou dentro!

- Almofadinhas, adivinha o que o Harry quer ser?

 

Pai, Mãe, Padrinho, Weasleys, Hermione. Tá bom quem mais?  Quer chamar o Merlin também?

Revirei os olhos e fingi que Gina precisava e mim e saí correndo.

No momento seguinte me vi entalado naquela porcaria de degrau defeituoso. Nem sei como eu fui parar lá. Só me vi preso no meio da escada e agora só restava esperar.

Então, Malfoy apareceu. Malfoy, Crabbe e Pansy Parkinson. “Muito obrigado Merlin” pensei “Era tudo o que eu queria. Eles mesmos, agora mesmo. Mas, se não se importa, já me humilhou de mais então mande-os embora.”

Mas não foi o que Merlin fez. Malfoy quase chorou de tanto rir. Ele e Crabbe. Pansy tinha uma paixão secreta (nem tão secreta já que todo o castelo sabe) por mim. “Se eu te acho Merlin...” pensei com raiva.

- Ok, ok doninha Malfoy. Eu tenho uma varinha aqui. E sei o feitiço.

Malfoy parou de rir e foi embora com seus amigos idiotas.

Nem lembro como eu saí do degrau. Na verdade acho que eu dormi lá e alguém me tirou durante a noite. Nem sei como vim parar no dormitório. Deve ser tipo três da madrugada, então tchau.

Harry Potter.

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N/A: Eu sei que tem um tempão que eu não escrevo, não sei quando vou postar o próximo capitulo, mas posto se tiver mais de três comentários. Então, COMENTEM.

Sophie_

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