O intruso se foi



O vapor da locomotiva era de fato extraordinário.


            Sua tia havia lhe contado, verdade, mas nada como vê-lo.


 


            - Com licença moça, a Senhorita irá embarcar? – Um guardinha que vestia vermelho com um tom muito estranho de azul, e que estava à espreita de Melissa finalmente se aproximara.


            - Ah... Na verdade não deveria... – ela respondeu.


            - Hum... Ok. – Ele parecia um pouco constrangido. Fitou o vagão onde dali há uma hora e meia o maquinista se sentaria e rumaria o trem até Hogwarts. – Er... desculpe Senhorita, mas ainda não entendi muito bem... Na verdade...


            - Na verdade não respondi sua pergunta? – Melissa esbanjou um sorriso arteiro.


            Ele a olhou parecendo menos constrangido.


            - Isso mesmo Senhorita. – Também se permitiu um meio sorriso.


            - Eu deveria estar chegando em Hogwarts agora... – Naquele momento, ela encarara o vagão do maquinista. - Então estou me perguntando se deveria aparatar e não me atrasar para esta reunião importante... Ou se deveria esperar e me sentar neste... – Ela correu os olhos pela locomotiva. – Neste trem, que poderia ter sido meu transporte para Hogwarts durante sete anos, e curtir a viagem... Eu adoro viajar sabe? – terminou de falar voltando a encarar o guardinha de vermelho.


            - É de fato uma coisa bem interessante...


            - E, eu não poderia deixar de imaginar como teria sido...


            - Desculpe a pergunta um tanto intrometida, mas, a Senhorita não estudou em Hogwarts?


            - Ah, não. Eu sou Francesa. Bom, na verdade, sou Inglesa, mas fui educada na França.


            - Oh, entendo...


            Os dois olharam juntos a locomotiva novamente.


            - Se a Senhorita se atrasar estará pondo em risco algo importante?


            - Sinceramente, não sei... Mas, acho que não.


            - Então, acho que a Senhorita deveria se sentar em uma cabine tranqüila e curtir a viagem, já que gosta tanto.


            Melissa encarou o rapaz. Ele era até que bem simpático.


            - Obrigada.


            A garota pegou sua mala no chão, caminhou até a entrada mais próxima e se voltou para o guardinha novamente.


            - Será que o Senhor poderia me informar qual é a cabine mais tranqüila?


            - Bom – ele sorriu engraçado. – É difícil definir, nenhuma na verdade é muito tranqüila... Mas a última daquele lado costuma ficar mais vazia – ele terminou apontando para o extremo lado direito.


            - Ok. Até mais.


 


            Trinta minutos já haviam se passado e as pessoas começavam a chegar. O barulho ia crescendo cada vez mais.


            Melissa só desejava que ninguém entrasse na cabine, e começava a se arrepender de sua decisão, não somente claro pelo motivo óbvio de tamanha irresponsabilidade, mas por que, por algum motivo, não queria ver Gina naquele momento. Não naquele momento.


            Começou a enumerar as coisas que estavam em sua mala, numa tentativa falsa de descobrir se não se esquecera de algo.


            Depois puxou a varinha e ficou praticando feitiços defensivos mentalmente.


 


            Quase uma hora e meia já havia se passado desde que se sentara ali, e alguns alunos já tinham verificado sua cabine, porém, nenhum realmente acabou ficando no lugar.


            O barulho lá fora era inacreditavelmente imenso. Ouvia passos por toda a parte, e se perguntava como ninguém solitário ainda viera se sentar com ela quando, um menino baixinho e loiro abriu a porta do local.


            Ele mirou toda a cabine e olhou para ela como alguém que pede permissão. Ele estava com as bochechas coradas.


            Ela apenas se manteve o encarando


            - Posso me sentar? – ele finalmente perguntou.


            - Pode – somente respondeu e se voltou a encarar as nuvens lá fora.


            O garoto entrou na cabine, guardou seu malão ao lado da bagagem de Melissa e ficou a encará-la meio bobamente.


 


            Mais dez minutos se passaram e o trem começou a se locomover.


            Em alguns instantes já tinham pegado alta velocidade.


            - Nunca te vi por aqui... – o menino comentou.


            Melissa apenas o olhou.


            - E você não parece muito nova...


            - E não sou... – ela esbanjou um sorriso amarelo.


            - Está indo conhecer a escola? – ele perguntou distraído com um pacote de guloseimas que acabara de abrir. – Hum, tipo visitar algum professor que conheça, ou sei lá...


            - Não...


            Melissa espiava através da janela as diferentes árvores que começavam a passar pelo horizonte.


            - Você é aluna nova então?


            - Não exatamente – respondeu bem vagamente ao garoto à sua frente.


            - Hum... – disse pensativo. – E o que vai fazer em Hogwarts? – continuou o menino. Parecia incrivelmente interessado.


            - Ah... – Ela o olhou rapidamente. – Em parte, aprender.


            - E não é aluna? – ele retrucou insistente.


            - Não. – Foi seca. Não queria conversar. O sonho daquela noite ainda estava perturbando seus pensamentos.


            Silêncio.


            Ele, finalmente, não se atreveu a puxar mais assunto, permaneceu distraído com seus inúmeros doces.


 


 


            - Então, me conte como são as coisas em Hogwarts... – depois de pelo menos duas horas, Melissa disse displicente ao garoto.


            - Ah... – ele a olhou rapidamente. – Imagino que sejam iguais a qualquer outra escola... – completou.


            - Hum.


            - Suponho que você estudava em outra escola – disse com um meio sorriso.


            - Lógico – respondeu Melissa. – Em Beauxbattons.


            - Nossa, que legal! – o garoto exclamou. – Meu irmão estudava em Hogwarts na época em que teve o torneio tri-bruxo sabe?


            - Sei...


            - Ele disse que foi muito bom!


            - E seu irmão não estuda mais em Hogwarts?


            - Ah... – ele pareceu um pouco triste. – Na verdade não...


            O menino, que tinha olhos cor de mel, encarou o céu lá fora.


             - O que foi? – perguntou Melissa um pouco insegura.


            - Meu irmão morreu na guerra...


            Melissa suspirou forte, não esperava aquela resposta.


            Se lembrou instantaneamente de Gina.


            Ainda não se acostumara que provavelmente Hogwarts estaria com muitas ataduras devido à horrível guerra que acontecera.


            Ela acompanhara tudo, todas as notícias e acontecimentos através dos jornais e rádio, e até mesmo se propôs intimamente a ajudar. Principalmente quando lembrava de Gina. Mas sua tia, e sua prima Brigitte não permitiam um movimento em falso sequer de sua parte.


            - Eu lamento. – Ela conseguiu pronunciar.


            O garoto a sua frente não devia ter mais que 14 anos, e já tinha sofrido perdas na vida. Aquilo era duro.


            A porta abriu bruscamente.


            - Mike, vamos lá na cabine dos novatos, o Richard ta com uns tentáculos enormes! – Um garoto bem moreno entrou gritando na cabine. Parou de chofre quando bateu os olhos em Melissa.


            - Nossa! – Mike se levantou de um salto. – Sério Carbs?!


            O outro menino, Carbs, não parecia ser muito mais velho que Mike também.


            - Sério... Vamos?


            - Vamos!


            Os dois saíram correndo, completamente alheios a qualquer outra coisa.


            Melissa riu por dentro.


            “Melhor assim...” pensou simplesmente.


            As coisas quase nunca mudam.


            Crianças são crianças e adolescentes são adolescentes em praticamente qualquer época e situação.


 


            As horas pareciam caminhar devagar. E conforme ia anoitecendo o trem ia ficando mais barulhento.


            Parecia impossível ter uma viagem tranqüila para Hogwarts.


            E inacreditável que ninguém tenha entrado na cabine de Melissa durante todas aquelas horas.


            Ao menos Gina não tinha aparecido.


            A morena estava muito ansiosa para rever a menina, mas ainda não saberia como explicar para ela o que estava fazendo em Hogwarts.


            Bem, tudo deveria seguir afinal.


 


 


 


 


 


 


 


            - Gina!


            A ruiva abriu os olhos assustada.


            Seu irmão, Rony, estava parado à sua frente. As vestes de Hogwarts esvoaçando levemente pelo corpo dele.


            - O que...?


            O trem já havia parado. O barulho do falatório estava bem distante.


            - Você não acordava nunca! – se justificou Rony.


            - Já chegamos então?


            - Já Gina, você não percebeu? – indagou em tom bobo.


            - Percebi Ronald – disse séria enquanto se levantava.


            - Mione me chamou para tentar acordar você enquanto ela já foi guiar os alunos lá fora... – explicou Rony.


            - Mas, por que ela não fez isso, ou Harry, estávamos juntos aqui na cabine.


            - Eles tentaram Gina, mas você estava pior que uma pedra.


            - Nossa...


            - E afinal, eu e Hermione ainda somos monitores, tínhamos que dar o exemplo...


            - Ah, me poupe Rony...


            - É sério, ela ficou um tempão aqui tentando acordar você, ai foi se trocar, e o Harry ficou tentando te acordar. - Ele fazia movimentos repetidos, como se Gina fosse incapaz de entender. – Então ele foi ajudá-la enquanto eu ficava aqui tentando te acordar.


            Gina olhava incrédula para o irmão.


            - Se foi tão difícil assim, por que a Hermione não me azarou?


            - Você acha que eu estou brincando Gina? – ele estava sério.


            - Eu só não entendo...


            - Sabe o que pareceu? – ele indagou enquanto puxava a irmã pela mão para fora da cabine. – Vamos logo, o trem já vai partir.


            - O que? – ela perguntou conforme iam andando pelos corredores rapidamente.


            - Que você tinha tomado uma poção do sono.


            - Mas eu não tomei uma poção do sono Rony! – ela parou, e Rony olhou para trás.


            - Ah, alguém pode ter te dado de maldade... sei lá...


            - Oras... Eu tenho que pegar minhas coisas...


            - O Harry já levou seu malão...


            - Mas preciso me trocar... Vou acabar levando uma detenção já e... – Eles recomeçaram a andar.


            - Ah não, relaxa... Esqueceu que não temos mais o Snape?


            - É verdade...


            Eles se apressaram e saíram rapidamente da locomotiva. Caminharam apressados por Hogsmeade, até as carruagens. Ainda haviam alguns alunos esperando.


Uma próxima carruagem estava chegando. Hermione estava adiante organizando alguns retardatários do segundo e terceiro ano, que pareciam bem excitados, e Harry estava logo ao seu lado. Ambos pareciam meio atordoados.


            - Minha nossa! – Rony parou de chofre quase derrubando Gina que vinha atrás.


             - O que foi Rony? – perguntou parecendo brava por se desequilibrar.


            - Olhe aquilo! – disse Rony exasperado, apontando para a carruagem que acabara de chegar.


            - O que tem Rony? – perguntou Gina enfadada.


             - Aqueles... Dinossauros... São os Testrálios! – O ruivo parecia um tanto empolgado.


            - Sim Rony... São os Testrálios... – ela continuava parecendo enfadada. – Vamos, acho que podemos pegar a próxima com Harry e Mione.


            - Você não está surpresa? É a primeira vez que vemos eles! – indagou o garoto quando voltou a acompanhar a irmã.


            - É a primeira vez que você os vê.


            - Você já tinha visto Gina? – perguntou um Rony curioso.


            - Ah, sim... ah... Desde... ano passado.


            Havia um tumulto entre alguns alunos. A maioria agora podia ver as criaturas. Talvez por isso, Hermione estivesse tendo tanto trabalho.


            - Vamos meninos, eles são muito bonzinhos – chegaram a tempo de ver Hermione despachar mais 6 alunos na carruagem.


            - Tchau Harry! - um garotinho ruivo acenou empolgado para o moreno, enquanto a carruagem ia embora.


            Harry sorriu amarelo.


            - Vamos na próxima? – perguntou Gina.


             Hermione virou-se suspirando para eles, Harry também.


            - Finalmente! Agora que todo o Pandemônio acabou vocês chegam? – perguntou a menina. Parecia irritada.


            - Os Testrálios, cara, eu não imaginava eles assim – comentou Rony.


            - Gina, o que aconteceu com você? – indagou Harry aproximando-se da menina.


            - Eu não sei... Só estava com muito sono eu acho...


            - Gina, é sério, parecia que você tinha tomado uma poção do sono – Hermione repetiu as palavras de Rony.


            - Gente, eu não tomei, e ninguém me deu uma poção do sono.


            Outra carruagem se aproximava.


            - Eles são tão elegantes, não? – Ouviram uma voz conhecida. – Fico feliz que a maioria agora possa vê-los.


            Luna e Neville vinham caminhando devagar pela pequena estradinha.


            - Luna! – Gina correu e abraçou a amiga.


            Os três se aproximaram em seguida.


            - Não te vejo há tanto tempo – comentava Gina quando subiram na carruagem.


            - É mesmo, estava com saudade – pontuou Luna.


            - Eu e Luna estávamos com vocês na cabine, mas você estava dormindo pra valer – Neville disse sorrindo.


            A ruiva revirou os olhos.


            - É bom voltar, não? – comentou Hermione.


            - É, em grande parte, é muito bom voltar – concordou Neville.


            - Está tudo bem Harry? – perguntou Luna.


            - Ah sim... Só é um pouco estranho eu acho... Mas, bom sim. – Ele pareceu pensar no que ia falar. - Por um momento parece tudo igual, sabe... Mas... – definitivamente estava inseguro.


            Gina pegou em sua mão, estavam sentados lado a lado.


            - Mas? – questionou Hermione.


            - Nada... Esquece.


            Hermione fez menção de insistir, mas foi interrompida por Rony.


            - Quem você viu morrer Gina?


            - Ah Ronald, você é tão insistente!


            - Como assim? – Harry e Hermione perguntaram juntos, parecendo confusos.


            - Gina já via os Testrálios.


            - Eu vi ano passado Rony, após a guerra, e tudo o mais – respondeu zangada.


            - Mas nós não voltamos com as carruagens no fim do ano Gina – contrapôs Rony. – Fomos com pó de flu... Lembra?


            - É lógico que eu lembro Ronald, eu os vi durante a guerra...


            - Enfim, essa não foi a pergunta... Eu perguntei quem você viu mor...


            - Não é óbvio? – Gina o interrompeu. – Eu estava em uma guerra.


            Rony calou-se, os outros também não falaram mais, até adentrarem o saguão de entrada.


            Gina colocara o moletom e a capa da escola por cima de suas roupas.


            Mesmo que Snape não estivesse mais, ela poderia levar um castigo de qualquer forma.


 


 


            - O que você tem Harry? – indagou Gina perto de seu ouvido quando se aproximavam do Salão Principal.


            - Ah, nada, estou bem.


            - Você mente muito mal – ela abafou um riso forçado.


            O moreno suspirou.


            Era fato que Harry pensara duas vezes antes de voltar a Hogwarts, Hermione que convencera ele e Rony. Afinal, mesmo tendo aprendido muito no ano anterior, com tudo o que acontecera, eles perderam um ano didático. Hermione não cansava de repetir.


            Neville e Simas  escreveram aos amigos no início das férias contando que iriam refazer o sétimo ano, pois precisavam ter o último ano de Hogwarts de verdade, com aulas de verdade, com os amigos reais. E mesmo com todo o discurso de Hermione, fora naquela hora que Harry e Rony se convenceram de que deveriam voltar.


            Gina não tinha escolha. Odiava quando os três falavam sobre a viagem, sobre a caça às Horcruxes. Mesmo que entendesse, ela se sentia uma idiota, abandonada, uma criança deixada para trás.


            - Aquela hora na carruagem - ela continuou -, você ia falar algo... Completar o que estava sentindo.


            Ele suspirou mais uma vez.


            - Estou com essa coisa no peito... Apertando...


            - Imagino... também não estou muito bem...


            - Na verdade, eu estou apreensivo... Dumbledore não está mais aqui. – Pausa. – Creio que vai ser difícil encarar aquela mesa sem ele.


            A garota ruiva apenas segurou a mão do namorado novamente.


            - Estou com você. Prometo que sempre estarei.


 


 


 


            O início da cerimônia estava quase igual a antes.


            Exceto que havia enormes espaços nas mesas das casas. Não visivelmente, é claro, mas intimamente.


            Nada seria como antes. Lilá não estava mais lá, nem os irmãos Creevey, nem muitos outros.


            Os alunos pareciam muito mais quietos do que o normal, embora falassem.


            Até a mesa da Sonserina estava estranhamente anormal.


            O que também estava bem diferente era a ampla mesa de professores. A cadeira do Diretor, e dos professores de Feitiços e Transfiguração estavam desocupadas.


            Slughorn estava lá, parecia mais velho que antes. Estava ao lado de um Senhor de cabelos cacheados longos e bem amarrados, e barbicha, também presa por um pequeno laço.


            A Professora Trelawney também estava lá, e Madame Hooch e Professora Sprout, e Hagrid.


            Harry sorriu instantaneamente.


            - Flitwick provavelmente está ajudando a Professora Mcgonagall – palpitou Gina.


            - Será que aquele é o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas? – indagou Hermione em tom muito curioso.


            - O de barbicha? – perguntou Rony.


            - E quem será que dará aulas de Transfiguração? – continuou Hermione. – Suponho que a Professora Mcgonagall não poderá dar mais aulas agora que é a nova diretora.


            - Nossa, por falar nela, olha ela lá. – Dino que estava sentado ao lado de Simas, e escutava de penetra a conversa dos amigos, apontou para uma Professora Mcgonagall mais séria que o comum, adentrando o Salão Principal por trás da mesa dos Professores.             Atrás dela vinha alguém.


            Somente Gina reconheceu aquela menina que se sentou no lugar desocupado do Professor de Transfiguração.


            - Ah, então já sabemos quem será o novo Professor de Transfiguração – comentou Neville.


            - Professora você quer dizer – Corrigiu Hermione.


            Sim, Hermione não havia reconhecido a garota. Ao contrário de Gina. E qualquer um que olhasse para a ruiva, veria como ela estava pálida.


            Talvez, se a ruiva fosse uma menininha comum, tivesse desmaiado naquele momento.


            Todo o Salão de repente parou de falar.


            O baixinho Professor Flitwick entrava pelas portas principais do local carregando um banquinho e o tão conhecido Chapéu Seletor. E em seu encalço vinham os mais novos alunos do primeiro ano. Todos como sempre parecendo bem ansiosos e de certa forma chocados.


 


 


            “Tudo recomeça agora!


            Ou melhor, já recomeçou!


            O Velho Chapéu Seletor


            Vem dar as boas vindas à Nova Era!


 


            O intruso se foi


            O que há agora é apenas a Magia!


            Por isso vamos comemorar para valer


            E nunca vamos nos esquecer de todos que lutaram


 


            Hoje, somos uma nova escola,


            E por isso, eu, como o velho sábio de sempre


            Devo dizer a vocês, nova era


            Aonde estar


 


            Grifinória, Lufa-Lufa


            Corvinal ou Sonserina


            Todas elas são um lar digno


            Por tanto, Não tenham medo


 


            O intruso se foi,


            Vocês estão aqui agora,


            Somente para brilhar!”


 


 


            Naquele momento, tudo realmente pareceu brotar. Novo, intacto.


            A música do Chapéu Seletor veio como uma onda violenta de desabafo.


            Afinal, o tal desabafo estava na garganta de muitos.


 


            O Professor Flitwick começou a chamar nome por nome, e todos os calouros o obedeceram corretamente.


            Aquela seleção fora um tanto rápida para alguns. Todos estavam muito empolgados, e aplaudiam para valer cada vez que o velho Chapéu gritava uma casa.


            Gina era uma das poucas no Salão que não se manifestavam muito.


            Não por que estava infeliz, ou triste, na verdade, não ouvira muito bem a nova música do Chapéu Seletor. Ela só estava incrédula. De fato não conseguia tirar os olhos daquela menina sentada na ampla mesa dos mestres. Pensava que a qualquer momento acordaria no vagão do Expresso de Hogwarts novamente com Rony gritando, e quando chegasse a hora da Professora Mcgonagall entrar no Salão Principal, outra pessoa a estaria acompanhando.


 


            Quando a seleção terminou, o velho zelador Filch entrou mancando e levou embora o banquinho e o Chapéu Seletor, enquanto a Professora Mcgonagall se aproximava da tribuna.


 


            - Boa noite Alunos! – ela pronunciou em tom alto e solene.


            O silêncio irrompeu. Era óbvio, o quanto todos estavam ansiosos por aquilo.


            - Gostaria de dar boas vindas aos alunos novos, desejar um bom retorno aos antigos, e uma ótima estadia à todos. Em primeiro lugar, preciso dizer o quando estou orgulhosa desta escola. Todos lutamos bravamente, e merecemos mais que nunca, gozar de um ano repleto de aprendizado e tranqüilidade. – Ela fez uma pausa olhando as mesas repletas de rostos ansiosos. – Em segundo lugar, gostaria de fazer os avisos rotineiros, que não vão deixar de predominar. A Floresta Proibida continua sendo proibida. - Houve uma corrente de riso abafada. - As inscrições para o Quadribol começarão a ser feitas à partir do final do mês, e os capitães serão avisados sobre os testes. E um último aviso rotineiro, mas não menos importante: para os antigos, o corredor onde fica localizada a Sala Precisa será vigiado 24 horas por dia. – Mais uma pausa, e um burburinho abafado. – E em terceiro lugar – todos se calaram imediatamente novamente -, também quero dar as boas vindas aos novos Professores. – Ela apontou para o Senhor de cabelo cacheado preso e barbicha: Professor Markus Donovan, que aceitou de muito bom grado o cargo de Defesa Contra as Artes das Trevas.


            O Senhor se levantou, em meio aos aplausos. Ele era bem encorpado e alto.


            - Uau, dá a impressão que é capacitado, não é? – Gina ouviu Hermione comentar, provavelmente para ela.


            - É, por que? – Também ouviu a voz meio irritada de Rony.


            Não soube se Hermione o respondeu, pois a Professora Mcgonagall estava prestes a apresentar a nova Professora de Transfiguração.


            - Melissa Rhiannom, a nova Professora de Transfiguração.


            Gina realmente não parecia ouvir nitidamente.


            - Gina, não é aquela sua amiga... Que encontramos no mercado em Londres? – Por que mesmo Hermione não parava de falar? – Nossa, ela deve ser muito boa no que faz, deve ter uns... o que? Vinte anos? E já é professora, nossa, deve ser muito inteligente. Você a reconheceu? Eu não tinha percebido...


            - É mesmo? – Gina conseguiu responder.


            - Você está bem Gina? – perguntou Hermione agora que olhava para a amiga.


            - Estou.


 


 


 


 


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N/A: Seguinte, eu só estou postando esse capítulo, povo invisível, por que eu sou muito boazinha. Por que pelos milhões de comentários que o primeiro capítulo teve, eu deveria demorar no mínimo mais um anos e meio rsrsrs


 


Brincadeira... Sei que não tenho nenhuma moral para pedir comentários T.T


Beijos, e até o próximo...


 


 


 


 


 

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Comentários (5)

  • elen amanda

    aiiiiiiiiiii por favor nao demore...vai me matar de curiosidadeeee

    2012-02-08
  • Rachz

    To adorando *--* Por favor, não demore um ano e meio para postar novamente vai me matar de curiosidade

    2011-12-28
  • Willow Rosemberg

    Hei, eu não soi invisível! E obrigada pela su generosidade.... Coitada da Gina, a cabeça dela deve estar um furacão só!

    2011-11-23
  • Luisa k. Malfoy

    muito bom, tô curtindo e esperando pelo proximo, hahaha espero que não demore! e ah, nem preciso dizer que adoro a sua escrita, desde o 'entre menta e orquideas' sempre achei ótima a maneira que você escreve. beijo! :)

    2011-11-20
  • MiSyroff

    Own, tem mesmo mais Melissa por ai *-* Adorei a Luna aparecendo também ^^ E eu comento! ahusahushauhsuahsuhas Mas um ano e meio não vale, mas acho que deveria ir escrevendo o terceiro viu ;) Beijos Flor, amuzi você

    2011-11-16
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