O Chapéu Seletor



Draco não se lembrava muito do que aconteceu nos minutos que antecederam a entrada no Grande Salão, como só acontece quando estamos muito nervosos. Ele se lembrava vagamente de ter visto fantasmas passarem por ali, e então uma senhora de chapéu cônico e rosto severo chamou-os a entrar.


Andaram em fila até um lugar grande e espetacular. Era iluminado por velas que flutuavam no ar sobre quatro mesas compridas, onde os demais estudantes já se encontravam sentados. As mesas estavam postas com pratos e taças dourados.  No outro extremo do salão havia uma mesa comprida onde se sentavam os professores. Foram para frente dessa mesa que todos os alunos do primeiro ano se encaminharam. Draco olhou para o teto e viu apenas as estrelas lá fora. Surpreso, ouviu a menina de cabelos fofos, que parecia o perseguir, comentar com a garota ao lado.


- É enfeitiçado para parecer o céu lá fora, li em Hogwarts, uma história.


O garoto se sentiu um tanto obtuso, pois na realidade só vira os livros quando os fora comprar, e não lhes dirigira nenhum outro olhar desde então.


A professora silenciosamente trouxe um banquinho onde depositou, Draco sabia, o Chapéu Seletor. O Chapéu começou com sua costumeira cantoria, e o garoto deixou os pensamentos vagarem. Os Malfoys vinham de uma longa geração de sonserinos, e seria uma imensa decepção se ele não fosse colocado lá também. Não pode deixar de sorrir ao ouvir a passagem sobre Sonserina (Ou quem sabe a Sonserina será sua Casa, E ali fará seus verdadeiros amigos, Homens de astúcia que usam quaisquer meios Para atingir os fins que antes colimaram.) agora tendo total certeza que Sonserina era sua casa.


Após aplaudirem, a seleção começou. Um dos primeiros nomes a serem chamados foi o da garota de cabelos fofos (Hermione Granger). Ela foi para a Grifinória, o que espantou Draco. Pelo modo de ser, ele tinha quase total certeza que seria escolhida para Corvinal... O garoto gordinho (Neville Longbotton) foi para a mesma casa.


Finalmente, chegou sua vez. Ele se aproximou confiante. Mau sentiu o Chapéu tocar sua cabeça quando ouviu-o falar claramente:


- SONSERINA!


Ele se dirigiu feliz para a mesa que fazia um grande estardalhaço. Logo chamaram o grande nome (Harry Potter) e uma animação tomou conta de todos os presentes. Após alguns momentos, o Chapéu anunciou.


- GRIFINÓRIA.


Draco teve vontade de gemer. Que fosse Harry Potter, o Garoto Que Sobreviveu,  já era muito. Agora, além de tudo, fora escolhido para o maior rival da Sonserina. Ah, ele teria que ser muito bom para acabar com ele!


O garoto ruivo (Ronald Weasley) também foi para a Grifinória, afinal. Todos os novos amigos na mesma Casa, que coincidência, pensou Draco amargurado, apesar de não ter o que reclamar. Seus dois novos amigos Crabbe e Goyle foram para Sonserina, juntamente com a menina de cabelo curtos e escuros (Panty Pattison, ou algo assim).


Após as palavras estranhas do diretor o banquete começou.


No fim da noite, após estarem todos muito bem alimentados, o tal Dumbledore deu alguns avisos.


-Os alunos do primeiro ano devem observar que é proibido entrar na floresta da propriedade.  – Bom, isso era óbvio, por isso o nome da floresta era Floresta Proibida, comentou Draco, fazendo Crabbe e Goyle rirem - E alguns dos nossos estudantes mais antigos fariam bem em se lembrar dessa proibição.


O diretor continuou a falar, mas pela segunda vez Draco simplesmente parou de prestar atenção. Queria conhecer seu Salão Comunal, ver como e onde seria.
De repente todos começaram a cantar uma música extremamente ridícula, e o garoto se perguntou se fizera certo vindo para uma escola de gente louca.


Finalmente, FINALMENTE, os garotos foram escoltados para fora do Salão. Draco prestou atenção aos locais que cada grupo se dirigia. Os grifinórios e os corvinais subiram a escadaria. Os lufa-lufas se encaminharam para uma porta lateral. Os sonserinos foram escoltados para um corredor que descia, descia, descia, até dar em uma parede. O garoto achou que talvez houvesse um engano, mas então uma porta se materializou, e todos entraram espantados e encantados.


Era uma longa sala, feita com pedras rústicas. Correntes pendiam dos tetos, brilhando com uma luz verde, espalhando-a pelo cômodo. Havia uma grande lareira e várias poltronas em torno da sala. Eles podiam ouvir o barulho do Lago Negro reverberando pelas paredes.


- Então, este é o Salão Comunal – disse a monitora-chefe (“Me chamo Gemma Farley, mas me chamem de Gem”), calmamente – Seus dormitórios estão naquela entrada, primeira à direita. Todas as suas coisas já se encontram em suas camas. Espero que se sintam bem-vindos. – ela completou, com um sorriso, e se retirou para uma entrada à esquerda.


Draco, assim como seus colegas, se dirigiu sem demora para seu novo quarto. O lugar era como um grande corredor, com as camas grandes e com cortinas verdes de veludo enfileiradas. O teto era tomado por um grande lustre rústico com velas que tinham chamas verdes. Em cima da primeira cama se encontrava as coisas dele. 


Draco adorou sua nova escola.

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