Corvinal e Sonserina

O chapéu foi colocado na cabeça de Malfoy, que passou de esgotado e ofegante, para sério e levemente assustado.

A cada segundo que o chapéu passava na cabeça de Malfoy, ele ia arregalando os olhos e ficando com uma aparência desesperada. "O que será que está acontecendo?" se perguntava Hermione. "Será que o chapéu está considerando a hipótese dele ir pra Grifinória? Isso seria muito engraçado!"

Ela não se sentia mal na mesa da Sonserina. Achava na verdade, que iria ser um lugar mais tranquilo de se conviver, já que ninguém conversaria muito com ela, e nem ligariam muito para o que ela fizesse. Pois foi ai que se enganou...

- Olá - disse uma garotinha, uns dois anos mais nova que ela.

- Oi.

- Você é Hermione Granger, não é?

- Sou sim, e você, quem é? - ela agora tinha reparado na garota. Seu corpo bem desenvolvido, roupas de primeira linha, cabelo preto liso e olhos azuis chamativos. Poderia ser considerada alguém do sexto ano se não fosse por sua voz. Tinha o tamanho de Hermione, mas Hermione era baixa, então...

- Sou Astória, Astória Greenglas, prazer.

- Você é a caçula dos Greenglas? Já tinha ouvido falar. Mas então, por que está falando comigo? Você não é sangue-puro e tudo e tal?

- Aff, não ligo pra isso. Na verdade, ninguém da Sonserina liga. Só que, como o Malfoy liga, e todos são influênciados por ele, eles fingem que ligam - ela disse, com desgosto.

- Você não gosta do Malfoy? - disse Mione, um pouco assustada.

- EU?! Eu odeio aquele filhote de barbie ignorante. Falando nele, vamos ver pra que casa ele vai. Ele tá com uma cara que não parece ser coisa boa que vai vir...

- Tem razão. Parece que tá acontecendo algo MUITO ruim ali. Olha como ele tá pálido - disse Hermione, com falsa preocupação.

- Tá suando e tremendo. Há, há, há. Tá hilário - disse Astória, dando gargalhadas.

- Hi hi hi, é verdade - disse Hermione, também dando risada.

Elas continuaram dando risadas, até que o chapéu gritou:

- CORVINAL!!!

Todos olharam para Malfoy espantados, menos duas garotas, que riam tanto que enquanto todos faziam silêncio, só se ouviam gargalhadas das garotas. Logo, todos olharam para elas, e ai elas pararam e ficaram rúbras.

- Mas que foi engraçado foi - Hermione murmurou no ouvido de Astória.

- É verdade - ela respondeu.

Malfoy se encaminhou para a mesa da Corvinal, enquanto os corvinos o fuzilavam com o olhar. Ninguém queria que Draco Malfoy mudasse de casa, afinal, para a Grifinória, a Lufa-Lufa e a Corvinal, ele era um egocentrico idiota filho de comensal ridículo. E a Sonserina o amava. Então ele ter mudado de casa foi um desperdício para todos.

Menos para Hermione e Astória, que se viram longe dele durante um ano inteiro. Elas já tramavam muitos planos para conquistarem a Sonserina. Naquele ano, Hogwarts seria delas. E ai de quem tentasse tirá-las do caminho.


Enquanto isso, na mesa da Corvinal...


Draco foi se sentar bem afastado das pessoas. Queria um lugar quieto e calmo, sem olhares fulminantes pra cima dele.

Era muita informação. Teria que passar um ano inteiro em uma casa que ele sabia que não era feita pra ele. Longe de seus colegas a maior parte do dia. E teria que comprar novas gravatas. O que será que seus pais iriam pensar disso?

Bom, seu pai estava preso, e sua mãe sempre o apoiou. Mas... e agora? Com uma nova missão do Lord nas mãos, na casa dos Sabe-Tudo idiotas, e ainda, provavelmente, sem ajuda dos amigos, que provavelmente não iriam querer falar com ele.

Massageou as temporas em sinal de irriação. Não conseguia organizar seus pensamentos. Era muita coisa pra pensar. E então lhe veio a cabeça a garota que ele havia beijado no trem. Quem seria? Não fazia a menor ideia. Iria descobrir quem era e...

- Sua cabeça está cheia de zonzóbulos - alguém cortou suas linhas de pensamento.

- O quê? Do que você... ah, olá, Lovegood.

- Olá, Malfoy. Você não está conseguindo organizar seus pensamentos por causa dos zonzóbulos. Eles entram na cabeça e embaralham o cérebro - disse Luna, muito calma.

- Ótimo! Agora dá pra dar licença? Preciso pensar! - disse ele, extressado.

- Sei como se sente. Sei que está solitário. Procupado com seus amigos. Não se preocupe. Se forem realmente seus amigos, vão entender - disse a garota, com pena do loiro a sua frente.

- Esse é o problema. Não sei se tenho amigos de verdade. Acho que são só seguidores mesmo... - disse ele, decepcionado - Como seus amigos falam.

- Você ouve eles demais. Escuta, eles falam isso porque sua amizade é diferente da deles. Olha, não acho que muitos vão querer ficar na sua compania, mas sei que a Parkinson e o Zabine vão. Você acha que vai ter pudim de sobremesa? - disse ela, pós um tempo de silencio.

- Não fasso ideia - ele disse, um pouco mais alegre. Aquela garota, que antes ele achava ser idiota, era na verdade engraçada e divertida. E parecia estar sempre voando, menos quando falava algo sério.

- Aaaaaaaaaaaaaahhhhhhh, eu queria pudim...

- Eu nunca comi pudim.

- Jura?! Então hoje você vai esperimentar. É MUITO bom!!!!!

- Beleza - disse ele com um sorriso no rosto. Ela, Luna, era muito divertida. "Acho que não vai ser tão ruim assim afinal" pensou.


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Calma, não me matem. Era essencial pra minha história que ele fosse pra Corvinal. E mais calma ainda, porque ele e a Luna não vão ter nada. Só que também é essencial que eles se tornem amigos. Só por isso que ele foi pra Corvinal.

A Mione e a Tória (é assim que eu vou chamar a Astória na fic) vão sim se tornar amigas, mais ainda falta MUITA coisa acontecer, belê?

Os outros shippers serão Rony e Pansy e Blaise e... ainda não descidi. Esse vai ficar indo pelo rumo da história.

Bjs pras peoples que comentaram.

Continuem lendo, plase. A história vai ficar boa, mesmo com ele indo pra Corvinal. Bjs.

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