Primeiro dia no inferno

Gente, não sei se algumas pessoas estão lendo, mas eu quero agradecer sempre e deixem comentários pra eu saber como eu to indo (:
Natti Black: Linda, brigada pelo seu comentário. Que bom que voce tá gostando e seu comentário não foi nada chato :p Continue por aqui (: [/que lindo eu tenho uma leitora *____*

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         Lilian não agüentava mais olhar no relógio e constatar que demoravam o dobro para chegar a casa do que demoraria com seus pais. Tiago pediu para o pai parar o carro três vezes, sempre por motivos diferentes, e foi “impedido” de parar uma quarta vez após analisar a situação e perceber a mão de lily perigosamente perto de seu pescoço e seu olhar mortífero o dizendo para calar a boca.

         Assim que finalmente chegaram e saíram do carro, Lílian se dirigiu a sua própria casa para largar seu material de Hogwarts e pegar itens de sobrevivência (que na cabeça de Lilian incluía uma faca e o pescoço de Tiago nela) para se “mudar” para a casa ao lado.

“Ao menos tem uma vantagem de ficar por aqui... Posso pegar o que eu precisar na minha casa” pensou a menina, enquanto saía de seu quarto, com um último olhar para o ambiente analisando se não esquecia nada Após muito analisar e ver que não lhe faltava nada, não mais adiou sua sentença e seguiu rumo aos vizinhos.

         A casa dos Potter era bonita e bem acolhedora por dentro. Com uma sala espaçosa e com uma parede de vidro que dava vista para a piscina e a churrasqueira, ela seguiu pela escada, sendo guiada pela senhora Potter, rumo ao seu quarto. Logo o almoço foi servido e, após uma refeição serena, percebeu que, talvez, passar uma semana com uma família inteiramente bruxa não fosse uma experiência tão ruim, mas barulhos de pratos caindo e se espatifando no chão foi ouvido da sala de jantar e a menina se lembrou de que ela estaria com o Tiago e desistiu totalmente dessa ilusão .

 - Lílian, querida, gostou do seu quarto? – Falou Sara Potter da porta aberta do quarto da menina, após limpar a bagunça causada por Tiago

 - Sim, Sra. Potter, ele é muito aconchegante. – respondeu a garota analisando o quarto de paredes rosa

         O quarto onde a garota se encontrava era extremamente feminino com paredes rosa e pequenas prateleiras com vários bichinhos de pelúcia. Um lustre simples com estrelas estava no teto, que era azul com algumas nuvens pintadas e que davam a impressão de estar se mexendo vagarosamente e mudando de forma.

 - Não me chame de Sra. Potter, querida. Pode me chamar de Sara. – disse a mulher

 - Ta bom! – a menina respondeu, ficando um pouco corada

 - Você é sempre tão educada, querida? – A mulher falou, rindo um pouco

 - Deixa que eu respondo essa, mãe! – dise Tiago, que passava por ali no exato momento - Ela é sempre assim! É a senhora perfeição! Só tira boas notas, é monitora, ano que vem será monitora chefe, é sempre educada, nunca faz nada errado... – o menino continuou contando nos dedos enquanto falava

 - Tiago Potter!  - Disse sua mãe, repreendendo-o - Que falta de educação! Eu perguntei para a Lílian, não para você mocinho! Querida desculpe os modos dele. – Disse a mulher, se dirigindo a Lily e fechando a porta na cara do filho

 - Ah, Tudo bem! – Ela respondeu, corando mais um pouco, não só de vergonha, mas também de raiva de Tiago

 - Quem sabe passar esses dias em sua companhia não o fará aprender uma coisa chamada educação e bons modos.

 - Eu não ficaria muito animada com a idéia, sara. Se você não conseguiu fazer isso em 16 anos, eu duvido que eu consiga em sete dias...

 - Minha querida, uma mãe nunca perde a esperança sobre um filho, por mais complicado que ele seja a gente sempre acredita que A mulher dará um jeito nele. – Disse sara, piscando para a menina e abrindo a porta

 - Meu amor, você realmente tem muita esperança; por isso que a gente só teve um filho, para ter toda a esperança para ele. Quem sabe dá certo... – Falou Alan, pai de Tiago, chegando a porta do quarto da menina, abraçando sua mulher e apoiando sua cabeça em seu ombro

         Depois de muitos risos e desaprovações por parte de Tiago, que também havia chegado ao local após ouvir seu nome mencionado na conversa, cada um decidiu fazer algo importante e, finalmente, deixaram a menina sozinha para arrumar suas coisas. O que mais intrigava a menina era que aquele quarto não parecia ter sido mobiliado para ser um quarto de hóspedes e sim com a idéia iminente de um bebe a caminho. Parando para pensar um pouco sobre o assunto, não conseguia entender aquele quarto para uma menininha se o filho deles era um homem. Ainda com essa dúvida na cabeça, Sara bateu em sua porta e a abriu antes de qualquer resposta da menina.

 - Oi.                                                                        

 - Olá – respondeu a menina, pegando sua mala e a abrindo

 - Você quer uma ajuda? – a mulher ofereceu já se aproximando de Lilian

 - Não precisa. – Ela respondeu

 - Tudo bem, eu não tenho nada pra fazer...

         A ruiva apenas deu de ombros e permitiu que a mulher pegasse, com carinho, algumas de suas roupas e guardasse na cômoda que havia no quarto.

 - E aí? Como é o meu filhote na escola? – ela perguntou de costas para a menina

         Em sua cabeça, uma voz não parava de dizer: “não fale a verdade na cara da mãe dele! Por tudo que você mais adora Lílian Evans, Não fale nada!”.

 - Ele... – ela começou, mas logo se interrompeu - A senhora quer mesmo que eu responda?

 - Tudo bem. Eu sei como ele é! – A mulher falou, rindo um pouco e se virando para Lily - Mas, acredite em mim quando digo que isso é tudo aparência. No fundo, o Tiago é uma ótima pessoa.

 - Então, porque ele faz tanta besteira na escola? – A pergunta escapou pelos lábios da menina e tão logo ela havia questionado, se arrependeu e desejou que pudesse recolher suas palavras como se nada tivesse acontecido

 - Minha querida, eu não sei. Mas, eu acho que é só para chamar nossa atenção. – Falou a mulher, suspirando e se sentando ao lado da ruiva na cama - Nós, às vezes, não damos a atenção que o Tiago precisa ou quer receber. Nós trabalhamos muito; somos aurores e não nos sobra muito tempo para ele. É por isso que, quando ele está em casa, nós tentamos se concentrar mais nele, mas nem sempre nós conseguimos.

         A menina apenas respondeu com um aceno de cabeça, incapaz de entender como os pais de Tiago poderiam ser ruins ou não dar atenção a ele. Na cabeça de Lilian, isso tudo era só uma mania de grandeza de Tiago; puro exagero.

 - Minha querida – Sara falou, se levantando - Foi ótimo conversar com você, mas eu tenho que ir preparar o jantar senão esses homens morrem de fome incapazes de fritar um ovo sem magia ou minha ajuda.

 - hahahaha, homens... – riu a menina, revirando os olhos -  Eu também adorei conversar com a senhora.

 - Que bom. Eu fico feliz com isso. – Disse a mulher já se virando e indo embora

 - ah! – gritou a menina chamando a atenção da mulher -  Antes de você ir, eu posso fazer uma última pergunta?

 - Claro, querida, fale!

 - Por que vocês têm esse quarto todo decorado para uma menina se tem um filho homem? – ela disse meio acanhada

 - Esse é uma longa história que eu acho melhor contar outro dia, está bem? Senão hoje não teremos jantar. – a menina concordou com um aceno de cabeça e sorriu para a mulher que se foi.

         Após terminar de arrumar suas coisas, passou o resto do dia pensando sobre a conversa que havia tido com a senhora Potter e, talvez, ela tivesse razão. Tiago podia estar sentindo falta da atenção dos pais e, por mais que ela não quisesse pensar nisso, talvez ele fosse uma boa pessoa, como a Kate sempre diz.

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