Realidade



CAPÍTULO 3 - Realidade




Foi a última briga. Parvati gritara tudo o que tinha para desabafar. Ela disse o quanto não suportava mais aquela situação. Que ela era uma mulher mal amada e amarga, que não queria continuar assim. Que ela merecia uma coisa melhor, que Rony merecia uma coisa melhor. Que Joanne merecia saber conviver com a verdade, com a realidade de um divórcio. Ao terminar, Parvati sentiu uma enorme sensação de alivio dominar o seu peito, o torturante casamento acabara de uma vez por todas.



Rony não estava triste ou indignado, somente surpreso. As emoções das últimas horas tinham sido muito fortes.



Já era manhã e ele se apoiava na porta da sua casa olhando o sol que nascia. Se despedira de sua filha. Ela chorara muito, fez protestos de todos os tipos, culpou a mãe, mas nada adiantou, afinal ele também estava decidido a se divorciar. A realidade era cruel, mas ele decidira enfrenta-la e não fugir dela como sempre fez. A chegada de Hermione Granger, a mulher dos seus sonhos deu a ele um novo jeito de ver a vida. Uma nova esperança de amar na noite escura que era o seu coração. Um coração há muito tempo adormecido e que às vezes acordava por pouco tempo devido a filha.



Tocou a campainha na casa de Harry. Virginia, sua irmã caçula atendeu a porta, a sua cara parecia mal humorada no inicio, mas depois ela olhou surpresa para Rony.



- Rony, o que você está fazendo aqui? Você não deveria estar no trabalho? - e abaixando os olhos Virginia viu duas malas. Ela olhou ainda mais surpresa para Rony, quase chocada. Ela sabia que o casamento de Rony com Parvati não estava em um dos seus melhores momentos, mas ela nunca pensara que chegaria a esse ponto. - Que malas são essas? Você e a Parvati?! Oh, não, maninho, sinto muito...



- Gina, me solte! - Rony se desvencilhou do abraço - Bom dia para você também! Estou aqui procurando um lugar para ficar provisoriamente... Eu já estou indo para o trabalho e não precisa ser nenhum gênio para deduzir que essas malas são minhas. Mais alguma pergunta?



Gina ia abrir a boca, mas Rony falou primeiro.



- Pois se você tiver mais alguma pergunta guarde para depois quando o Harry tiver voltado do trabalho e assim explico o que aconteceu apenas uma vez.



- Tudo bem, tudo bem! - disse Gina levantando as mãos como se estivesse sendo assaltada - Você está muito estressado. Pensando bem... Até que esse casamento durou demais.



- Ah, o velho e ácido humor dos Weasley! Já me sinto em casa! - exclamou Rony entrando na mansão dos Potter carregando as malas.



- Você é mesmo um folgado, hein? O que te faz acreditar que o Harry e eu deixaremos você ficar aqui? - perguntou Gina brincando com um meio sorriso no rosto.



- Nada de mais, apenas o fato de que você é minha irmã e o Harry é o meu melhor amigo. - disse ele sorrindo cinicamente.



- Aff... Olha, eu estou indo trabalhar nos vemos mais tarde, ok? E depois você me conta o que aconteceu... Aposto que foi o fiasco da festa de ontem que fizemos para você...



- TCHAU, GINA!



- Hum, ok. Beijos!



- Ah, será que antes de ir você poderia chamar o mordomo para me ajudar com as malas?



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Hermione acordou com uma forte dor de cabeça. Não dormira a noite toda porque só conseguira pensar naquele ruivo lunático que tinha se declarado para ela de forma tão convincente e apaixonada. Será que ele falou a verdade ou só queria zombar com a cara dela? Ter sonhado com ela antes de conhecê-la era uma coisa totalmente sem sentido para uma mente lógica e racional como a dela. Mas como ela queria que fosse verdade... O pior era saber que o sujeito era casado. "Aposto como conta essa mesma lorota para todas as mulheres com quem ele quer trair a coitada da esposa..."



Decidiu não ir para a faculdade, a dor de cabeça se tornava cada vez mais forte. "Droga de TPM! Só acontecem coisas boas nessa fase... Barriga e seios inchados, cólicas, mal humor, muita dor de cabeça e mais um milhão de coisas que eu não consigo lembrar! E mais dor de cabeça..."



O que era estranho era que Hermione não estava na TPM, mas ela não percebeu isso ou ignorou propositalmente tal fato. Nenhum dos sintomas que ela citara ela estava sentindo. A única coisa que ela sentia era aquela dor de cabeça.



Ela procurou um remédio para dor de cabeça por todo o apartamento "No banheiro, no quarto, na sala, na cozinha... Ai, não tem em lugar nenhum... Talvez debaixo da pia?" fazendo a maior bagunça nele todo.



Desistindo de procurar, ela decidiu ir em uma farmácia para comprar qualquer maldito remédio para dor de cabeça. No elevador ela se sentiu um pouco tonta, mas nada demais. "Não, não é nada demais..."



Ela caminhava com a mão nos bolsos dentro do casaco, estava uma manhã muito fria. Foi quando ela viu aquele mesmo homem ruivo da noite anterior entrar em um grande prédio. Era um prédio de advocacia, Potter's Lawyers, ela leu.



Ela ia continuar a caminhar em direção a farmácia quando foi tomada pela sua comum curiosidade. E se seguisse ele? E se perguntasse a alguém da empresa quem ele era e como ele era? Dizem que se conhece uma pessoa pelos seus amigos e principalmente pelos seus inferiores, mais espcificamente pelo jeito que alguém trata os seus inferiores, e pelo jeito que ele se vestia e pelo carro que tinha ele devia ter um alto cargo naquela empresa. E se... E se falasse com ele?



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Nota da Autora: COMENTEM E VOTEM, POR FAVOR!!!!!

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