Um fim para um começo.



Peço desculpas pelos meus erros ortograficos, sei que isso realmente desvaloriza uma fiction, mas por favor desculpem. Eu posto essa mesma fiction no nyah http://fanfiction.com.br/historia/134680/A_Herdeira_Do_Lorde < a diferença é que la estou bem adiantada com os capitulos, mas se alguem tiver a curiosidade de ver, ta ai o link. Muito obrigada pelos comentarios e por estarem lendo. 





Dois de maio de 1998.


- O que você disse? - sua voz estava severa e fria, mas a fúria e medo queimavam dentro
dele. A única coisa que ele tinha temido - mas não podia ser verdade, ele não podia ver como... O duende estava tremendo, incapaz de encontrar os severos olhos vermelhos acima dele. – Diga novamente! - murmurou Voldemort. - Diga novamente!
- M-meu Lorde, - gaguejou o duende, seus olhos pretos cheios de terror, - m-meu Lorde...
nós t-tentamos p-pará-los... Im-impostores, meu Lorde... Arrombaram... Arrombaram o… o cofre dos Lestrange…
- Impostores? Que impostores? Eu pensei que Gringotes tivesse meios de revelar impostores? Quem eram eles?
- Era... era… o m-menino P-Potter e os d-dois cúmplices...
- E eles pegaram? - ele disse sua voz elevando-se, um terrível medo invadindo-o, - Conte-me!
O que eles pegaram?
- Um... Um p-pequeno c-cálice dourado m-meu Lorde...
O grito de raiva, de recusa saiu dele como se fosse de um estranho. Ele estava
enlouquecido, nervoso, não podia ser verdade, era impossível, ninguém sabia. Como era possível que o garoto tivesse descoberto seu segredo?
A Varinha Mestra cortou o ar e uma luz verde atravessou a sala; o duende ajoelhado rolou
morto, os bruxos que observavam dispersaram-se diante dele, apavorados. Bellatriz e Lucio Malfoy empurraram os outros para trás na sua corrida para a porta, e repetidamente a varinha cortou o ar, e aqueles que ficaram para trás estavam mortos, todos eles, por trazê-lo aquela notícia, por ouvirem sobre o cálice dourado.
Sozinho entre os mortos ele andou para cima e para baixo, e ele viu passar diante dele: suas
riquezas, seus meios de segurança, suas fontes de imortalidade - o diário estava destruído e o cálice foi roubado (...). E Hogwarts... Mas ele sabia que essa Horcrux estava segura; era impossível para Potter entrar em Hogsmeade sem ser descoberto, deixar a escola sozinha. No entanto, seria prudente alertar Snape do fato de que o garoto provavelmente tentará entrar no castelo... Contar a Snape por que o garoto retornaria seria ridículo, é claro; tinha sido um grave erro confiar em Bellatriz e Malfoy (...)


    Enquanto pensava no que fazer percebeu que estava sendo observado. Mas Voldmort estava sozinho na sala, a não ser por Nagini que se banqueteava com os corpos no chão. Olhou por todos os lados esperando ver Bellatriz ou Lúcio espionando pelo feixe da porta, mas não viu nada. E de repente percebeu que não estava sendo observado por fora. E sim por dentro. Não dentro da sala. Dentro de sua própria cabeça.


Ele havia se descontrolado de novo, havia desprotegido sua mente, permitindo o garoto Potter viajar dentro de sua cabeça e agora, ele havia visto, ele sabia, ele estava vendo. Vendo cada pequeno gesto e pensamento de Lord Voldmort.


Urrou de raiva, tão alto que Nagini se deu ao trabalho de erguer a cabeça de sua janta para observá-lo. A raiva estava visível em seus olhos que passaram do vermelho de costume para o vermelho sangue, e sua face naturalmente pálida estava corada pelo ódio. Como foi tão tolo ao ponto de se deixar revelar a Potter o seu último esconderijo? Como foi tão descuidado e para deixar Potter entrar em sua mente?  Respirou fundo, fechou os olhos tentou visualizar Potter, mas o garoto estava com a mente fechada, bloqueada pela Oclumência, e Voldmort tratou de fazer a mesma coisa.


Ele não tinha tempo a perder. Estava correndo perigo. Convocou uma reunião com todos os comensais que estavam na mansão nesse momento, não poderia se der ao luxo de chamar e esperar todos os outros chegarem. Uma dúzia deles bastava depois, eles davam um jeito de se virar e passar o decreto a todos os outros.


 


   Menos de dez minutos depois, em uma pequena sala reservada, com uma grande mesa retangular no centro, se encontrava em volta Voldmort sentado ao lado de dez de seus comensais.


-Sei que estão confusos com essa reunião de emergência, não temos tempo a perder, por isso vou ser direto e claro. Peço que me ouçam bem. – Falava o Lord sem rodeios – Quero que se preparem e avisem aos não presentes para se prepararem, pois nesta noite eu enfrentarei Harry Potter. Onde, vocês me perguntam? Em Hogwarts eu respondo. Sim, tenho a mais absoluta certeza do que lhes digo. Harry Potter estará em Hogwarts esta noite, junto com seus amigos, junto com seus aliados. Quero que reforce ao máximo a segurança em Hogsmeade, e dentro do castelo. Irei resolver assuntos que não tardam a me esperar e assim que houver algum sinal dele lá, quero que me chamem através da marca. Estamos entendidos?  - Finalizou Voldmort sem esperar uma resposta dos que o observavam.  – Muito bem, dispensados, nos encontraremos logo meus companheiros. E assim que eu matar Harry Potter teremos nos livrado da última barreira que nos impede de reinar!


 Ouviam-se murmúrios animados dos presentes na sala, e Voldmort por incrível que pareça sorriu com isso. Não com a animação de seus seguidores, mas sim com o fato de que em algumas horas ele terá se livrado do empecilho que o impede de reinar a dezesseis anos.


Olhou em volta antes de se levantar e partir na busca de suas horcruxes restantes e sentiram que algo faltava, alguns dos comensais ia saindo pela porta no centro da sala, mas não havia aquela presença que o bajulava sobre tudo o que ele fazia e falava que o interrompia a cada segundo, que o perturbava com suas ridículas idéias e concepções. Voldmort olhou em volta novamente, e percebeu que dois de seus comensais não fizera parte da reunião. Bellatriz e Narcisa. A Narcisa ele compreendia, sempre arrumava alguma desculpa para não ter que passar mais do que o tempo necessário no mesmo lugar que Voldmort, mas Bellatriz? Nunca perdera uma reunião. Participava de todas, até mesmo das que não era convocada. E por mais que Bellatriz fosse inconveniente ela era uma das suas mais leais comensais e seguidores, isso ele reconhecia e até um certo ponto admira, se não fosse sua devoção tão grande pelo Lord, e pelo fato de que ela carregava algo precioso pra ele com certeza já teria aniquilado-a.  


Voldmort estava preste a chamar Draco que se sentava no canto da mesa com a cabeça baixa para lhe perguntar o que havia acontecido, mas ele se lembrou de que não se importava e de que tinha coisas mais importantes a fazer.


 


Enquanto Voldmort já se encontrava fora da mansão, dentro dela, no último andar da casa em um quarto que não era usado há tempos estava Bellatriz deitada em um sofá todo mofado, urrando de dor, e Narcisa desesperada ao seu lado, segurando sua mão sem saber o que fazer. Por prevenção Narcisa jogara um feitiço na porta para não ser aberta e para não permitir que alguém do lado de fora ouça os berros de Bellatriz.


-Eu não agüento mais Narcisa! Tira essa coisa de mim agora!  - Falou Bellatriz urrando de dor- Agora Narcisa!


-Eu não sei o que fazer! – As lagrimas escorriam em seu rosto ao ver o desespero da irmã e não pode fazer nada – Por Merlin irmã! Deixe-me pedir ajuda!


-Não! – Narcisa não sabia se aquilo queria dizer não a sua pergunta ou não a dor, pois era isso que Bellatriz constantemente gritava quando estava em situações de desespero – Não agüento mais um minuto, isso é pior que a cruciatus*! Narcisa, pelo amor de Deus! – Bellatriz se engasgava de tanto dor, e as lágrimas enchiam seus olhos.


Ela estava nessa situação há poucos minutos, e sabia que havia mulheres que ficavam horas naquilo, não podia agüentar mais, não conseguia. A bolsa havia se rompido no momento em que saiu correndo de perto da ira do Lord, não sabia por que acontecera bem naquele momento, se faltava sabe se lá quantos meses para que aquele pequeno fedelho que era sua criança nascer. Estava urrando de ódio, de dor, de raiva. Não sabia como foi capaz de aceitar a proposta do Lord, e uma vez que aceitou não esperava ter que passar por isso.


-Ciça não!


Quando Bellatriz viu, Narcisa havia soltado sua mão e aberto à porta, gritando por ajuda.


-Pelo amor de Deus Narcisa – falava em meio aos soluços de dor – Ele ira me matar se alguém mais souber!


Narcisa a ignorou e gritou novamente, será que ninguém a ouvira? Estava prestes a descer as escadas e arrastar nem que seja Greyback* para ajudar ela com Bellatrix, quando viu Lúcio virando o corredor com a varinha na mão.


-Por Merlin Narcisa, quando a ouvi pensei que estava sendo torturada! Vamos, temos que nos apressar e ir para Hogwar... – Quando ele viu Bellatriz deitada no sofá atrás de Narcisa perdeu a fala. A situação dela era critica, os cabelos estavam soltos na cara, as roupas rasgadas no chão, o que a cobria era apenas uma camisola preta enorme, e a dor era visível, Lucio não sabia como não a tinha notado antes- O que... O que fizeram com ela? – Olhava incrédulo de uma para outro – Esta ferida? – Perguntou vendo o sangue escorrendo de Bellatriz.


-Oh meu Deus! Narcisa estou sangrando, rápido antes que seja tarde de mais! –Implorava Bellatriz.


-Lúcio, não dá para explicar agora, mas precisamos de sua ajuda, ela esta tendo um bebê – Falou enquanto corria para perto da irmã;


- Um o que? Como assim? – Lúcio guardou a varinha no bolso do casaco e foi para perto de Bellatriz.


-Não posso explicar agora, pelo amor de Deus Lúcio, ajude-nos.


-Sim claro.


-Não consigo agüentar, tira essa coisa de mim, tira logo, rápido! – O desespero de sua voz era cortante.


A dor era tão intensa que aos poucos Bellatriz foi perdendo a consciência, não conseguia mais ouvir o que Lúcio e Narcisa falavam apenas seus gritos eram audíveis aos seus ouvidos. Ela havia perdido a noção do tempo, talvez tivessem se passados, minutos ou horas, mas ela já não gritava, já não sentia tanta dor, estava tudo em perfeito silêncio. Abriu os olhos com certa dificuldade e viu alguma coisa estranha e nojenta enrolada em suas roupas no colo de Narcisa.


Lúcio estava incrédulo olhando para criança, como seria possível que alguém como Bellatriz tivesse a capacidade de ter uma criança? Ele mesmo havia feito o parto e mesmo assim não acreditava que aquela criança havia saído de Bellatriz. Era menina. Não chorou como as crianças choram assim que saem do útero da mãe, e mesmo assim seus espertos olhos ficavam arregalados olhando intensamente para Narcisa. Eram lindos e grandes olhos, de um azul escuro e intenso, como nunca havia visto antes.


Com alguns feitiços Narcisa conjurou alguns panos e águas onde ela lavava a criança, e Bellatriz que desmaiou por alguns minutos se levantava com dificuldades.


-Narcisa- sussurrava ela – deixe-me ver. E por favor, me diga que eu estava errada, me diga que é um lindo menino! – Disse ela com certo desespero.


Narcisa olhou pra Lúcio. Por mais que ele não estivesse entendendo nada, respondeu por Narcisa.


-Por incrível que pareça é lindo sim, mas é menina.


Bellatriz gritou, não como antes, pior. Um grito tão alto que a criança que agora cochilava nos braços de Narcisa abriu as pequenas pálpebras assustada.


-Não... Não... Não sofri a dor que sofri pra ter uma menina. Ele ira me matar... Não... Cadê minha varinha? Onde ela está? Aqui esta ela – A varinha estava jogada no chão ao seu lado e ela catou com certa dificuldade, e com a mão tremula á apontou para criança no colo da Narcisa. – Você vai me pagar sua coisinha peque...


-Não! – Foi à vez de Narcisa gritar – Essa criança não é culpada por seus erros, você não era obrigada a fazer o que fez, e não ira machuca - lá! Não permitirei.


Lúcio que olhava de uma para outra levantou do canto a onde estava e andou em direção a Narcisa com uma pose protetora.


Bellatriz olhava incrédula para ambos, sem dizer uma única palavra conjurou roupas diretamente em seu corpo. Colocou os cabelos no lugar e como que não tem nada haver com o assunto falou aos dois:


-Tudo bem, tanto faz, façam o que quiser com ela, eu iria fazer com minhas próprias mãos, mas façam o que quiser não me importo e já vou indo, não é uma dorzinha que me fará perder a diversão de hoje. – E com isso saiu cambaleante até a porta.


-Como pode fazer isso? É a sua filha! – Indagou Narcisa.


Por um segundo Bellatriz parou sem se virar. Mas foi apenas um segundo, continuou andando, agora em direção as escadas, iria se preparar para a batalha que ela sabia que ia ocorrer, e esperava que depois do que passou, pudesse agora se divertir matando alguns, sangues ruins e traidores de sangue.


O seu típico sorriso de escárnio voltou a aparecer em seu rosto assim que passou pelo portão, nem parecia que há uma hora estava tendo um bebê.  E sem nenhum peso na consciência aportou direto pra Hogsmeade. 

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