capítulo um.



capítulo um.


(ou aquele em que conhecemos A Toca.)








Numa daquelas colinas verdes, na área mais afastada do condado de Ottery St. Catchpole, com casinhas ajeitadas de madeira, um enorme campo na frente, e muitos gnomos que adoram atrapalhar a beleza de um jardim, está A Toca.


Não a Toca original, por que está fora destruída para dar lugar a nova Toca, quando Rony Wesley recebeu seu primeiro salário como o goleiro que fez os Chudley Cannos ganhar, em quase três séculos.


Mas, quem nunca conheceu a Toca, poderia acreditar que aquela Toca sempre estivera ali. A única diferença era que a madeira era nova, até a inclinação da casa, os Wesley resolveram manter.


Há quem diga que foi um desperdício construir uma casa nova, uma vez que o Senhor e a Senhora Wesley agora viviam sozinhos, mas houve uma confusão quando Rony disse que talvez não fosse necessária uma casa nova, na qual Hermione deixou bem claro que, sempre fora o sonho da Srª. Wesley, e que se ele não fosse lhe dar o presente (àquela mãe que sempre mandou casacos no inverno rigoroso que enfrentavam em Hogwarts, que sempre fizera tantas comidas que ele gostava, e que até hoje, nunca lhe negava um fio de cabelo sequer - ao que Rony disse: "por que ela me negaria um fio de cabelo, todos temos o cabelo igual"-) ela mesma daria, uma vez que era uma médica muito bem sucedida, que adorava escrever  em seu tempo livre.


Mas lá estava ela, com um tom de marrom mais escuro parecia agora mais cheirosa com a nova madeira. Enquanto Rosa lia um livro em um cantinho mais afastado da casa, Fred e Tiago brincavam de se esconder com os mais novo Hugo, Alvo e Lílian.


Uma mulher que outrora fora ruiva,  e agora tinha os cabelos brancos pendendo por sobre os ombros, tirava um cozido do forno na cozinha. O Sr. Wesley estava em sua ‘oficina’ desmontando uma geladeira, agora que era um aposentado, se divertia no cantinho que agora tinha para construir coisas a base de peças que comprava de trouxas.


Harry e Gina estavam fora do país numa missão que o ministério incumbira aos Aurores de Classe A, e Hermione não estava dormindo n’A Toca, aparecia apenas para jantar lá, no momento estava trabalhando. Rony não estava em temporada de jogos, e fora passar o dia n’A Toca com os meninos, por que, após o almoço teriam de ir ao Beco Diagonal para fazer a compra de materiais escolares.


Os netos da Srª. Wesley estavam dormindo lá desde o início das férias, e a programação era de que voltassem para as suas casas direto do Beco Diagonal, pois ainda havia mais de uma semana até 1 º de Setembro. Hugo e Alvo ocupavam o quarto de Rony, Tiago e Fred o de Fred e Jorge, e Lílian o de Gina. Rosa resolvera se aventura “na selva”, para pagar uma aposta que perdera para Tiago, e por isso trouxera sua própria barraca, que estava armada perto da oficina do Sr. Wesley.


Rosa se levantou da canga que estendera por sobre a grama e foi para a sua barraca pegar outro livro, por que tinha terminado de ler aquele. Chutou um gnomo pelo caminho e lançou outro para longe com as mãos, puxou o tecido que servia como porta de sua barraca e distinguiu uma forma por entre as cobertas que pensou ser Fred.


- Fred, mas o que


A pessoa que estava sob as cobertas as tirou de cima de si e puxou Rosa para se deitar ali, cobrindo-os logo em seguida.


- Tiago, o que você está fazendo aqui? Merlin, você está me matando de calor, tire essa coberta daqui.


- Não posso, seremos descobertos. Literal e figurativamente. – ele sussurrou.


- Descobertos? Mas você está me matando de calor.


Tiago ouviu passos abafados pela grama lá fora, e tapou a boca de Rosa com as mãos.


- Tire essa coberta daqui. – ela murmurou por entre os dedos dele.


Uma miniatura de gente puxou a ‘porta’, e uma claridade invadiu a barraca.


Era Alvo.


- Rosa, - disse ele numa vozinha de choro – você sabe onde o Tiago está?


Rosa se livrou dos lençóis que lhe cobriam o rosto.


- Olá Alvo, não sei onde está o Tiago, por que?


- Estávamos brincando de pique esconde, e ele sumiu, e agora, - ele olhou um cronometro que estava guardado no bolso – se eu não encontra-lo em quatro minutos e doze, onze, dez, anh, segundos, eu vou ter que armar minha barraca aqui e dormir aqui também.


Rosa deu um suspiro de interesse.


- E se encontrá-lo?


- Então ele vai ter que armar a barraca dele aqui.


Rosa se levantou, tendo o cuidado de manter Tiago escondido.


Ela se agachou na altura de Alvo.


- Nós iremos embora hoje, acho que você deve ficar lá em casa, por quê Tia Gin e Tio Harry estão viajando, de qualquer forma, eu não sei aonde o Tiago pode estar, só vim pegar meu livro.


Alvo já ia saindo cabisbaixo.


- Mas talvez, você devesse olhar melhor, da última vez que eu o vi, ele estava com muito frio. – Rosa deu uma piscadinha, e apontou com o indicador para o monte de cobertas.


Alvo saiu correndo, em rumo á cozinha.


- Eu o encontrei, eu o encontrei.


Tiago se levantou furioso.


- Não acredito que fez isso. Agora vou ter que dormir aqui fora. Onde está sua lealdade Marota?


- first, você não vai ter que dormir aqui, estamos indo pra casa hoje, eu estou indo pra casa, e pelo que me consta seus pais não confiam em você para tomar conta dos seus irmãos, portanto Alvo está indo lá pra casa fazer companhia pro Hugo, e Lílian vai ficar aqui com vovó, e second, eu sou uma Marota, como você mesmo disse, o quê esperava que eu fizesse? Você me pôs pra dormir aqui fora, e sabe do quê mais? Faz frio aqui.


- Notei. Você tem três edredons. E depois, não fui eu quem de pus pra dormir aqui, você perdeu, sabe que devia ter mandando aqueles bombons estragados ao Malfoy.


- Sabe que não, Potter.


- Wesley, dando pra trás?


- Eles estavam estragados primo, e você sabe disso!


- Você gosta do Malfoy prima.


- Não gostou não, só acho que ele não tem culpa do pai dele ser um idiota, e ter feito tudo aquilo com o seu pai, só por que ele era Harry Potter.


Tiago e Rosa ouviram a avó chamando por eles, alguma coisa sobre o almoço. E logo Lílian apareceu com seus cabelos laranjados voando pra lá e pra cá.


- Gente, será que você estão surdos ou o quê? O almoço está pronto.


- Rosa, você está ouvindo um mosquitinho zunindo por aqui?


- Sabe que eu estou mesmo Tiago? Parece até, parece um pouco a voz da Lílian.


- É verdade. Mas não pode ser a Lílian, se fosse a Lílian nós saberíamos.


- Gente, eu disse que o almoço está pronto. Não sou um mosquitinho. – disse a menina de seis anos com um resmungo.


- É talvez seja mesmo um mosquitinho Tiago, vamos embora daqui antes que esse mosquito chato continue a nos incomodar.


- Mas, mas eu já disse que não sou um mosquito.


Tiago pegou Lílian e a deitou em seus braços, fazendo cócegas nela, todo o caminho para a casa.


 


 


O almoço foi uma falação sem fim, Alvo barganhando seu premio com Tiago (por tê-lo encontrado), Lílian reclamando sobre não ser um mosquito, e sobre como era injusto as pessoas grandes (Tiago) poderem fazer cócegas nas pessoas pequenas, já que as pequenas só podiam mordem em troca. Fred estava um pouco calado, e Rosa pensou em falar com ele mais tarde.


Rony estava muito empolgado sobre a nova temporada de Quadribol (agora que Finn Galery saiu, os Tornados não tem a menor chance), e Molly radiante por todas aquelas pessoas reunidas ali, como nos velhos tempos.


Ela fez um aceno com a varinha, retirando os pratos, enquanto o Sr. Wesley (com graxa até a alma) pegava uma torta de brigadeiro para a sobremesa.


- Não é maravilhoso estar aqui? – disse a Sra. Wesley – É tão estranho ver essa casa vazia.


Arthur separou um pedaço de torta por vários pratos, e os distribuiu.


- Como faremos as compras hoje? – perguntou Rony com a boca cheia de torta


- Papai, por favor, engula primeiro. – disse Rosa severa


Ele terminou de mastigar e engoliu;


- Tão Hermione, uma benção, e uma maldição tsc.


Ela lançou um olhar mortal ao pai, que se limitou a mais um pedaço de torta.


- Eu estava pensando, - se manifestou Fred pela primeira vez – podemos ir agora mesmo depois do almoço, passar na Gemialidades pra dizer olá para meus pais, então podemos ir á Floreios e Borrões, que é sem dúvida o mais importante, por que todos precisamos de livros. Então depois nos separamos, e quem tiver que comprar elementos para suas poções, vai sozinho, quem tiver que comprar roupas nova pode seguir pra Madame Malkins, temos ainda Gringotes para reabastecer para, - ele deu uma olhada esperta para Tiago – abastecer para nossos, é... finais de semana em Hogsmeade, - Rosa conteve um sorriso – e depois uma parada na Florean Fortescue, e então temos que levar o Tiago a salvo em casa. – terminou Fred sorrindo.


- Por que ele é muito pequeno e não pode ficar andando sozinho por ai. – disse Rosa em resposta ao olhar de Fred.


- E é por isso que eu pensei Rosa, que nós, como bons amigos que somos, poderíamos fazer companhia a ele, enquanto Tia Gin e Harry não chegam.


- O que seria ótimo, por que, poderíamos planejar nossos horários.


E nossas fugidas, e travessuras. Leu Tiago nos olhos de Rosa


- Tudo bem por você Tio Ron? – perguntou Fred esperançoso


- Recebi notícias de Harry ainda ontem, me disseram que só estarão de volta em quatro dias.


- E? – perguntou Rosa, com seu melhor olhar para o pai.


- E vocês pretendem ficar sozinhos na casa deles durante esse tempo?


- Sim. – responderam os três ao mesmo tempo.


- Sem chance.


- Mas, - começou Rosa.


- Tio Ron, - começou Fred.


- Ronald, eles já são – começou Molly.


- Sério Tio? – perguntou Tiago.


- Não adianta falarem todos juntos, não vai funcionar dessa vez. Vocês pensam que eu não sei, que vocês vão ficar tramando contra Scorpius? – ele revirou os olhos e suspirou – Nunca pensei que fosse dizer isso, mas, não é certo.


Cinco pares de olhos se voltaram para ele.


- Não sou fã do cara, ele é ridículo com aquele cabelo lambido, mas vocês já se meteram em encrencas suficientes para o meu gosto, e isso por que não planejam as coisas, se planejassem então, o que seria de mim? Seria chamado todo santo dia naquela escola.  Vocês não sabem quantas vezes eu já quase fui expulso. Vocês não correram esse risco também.


- Bem, - disse Tiago por fim – se pelo menos a gente planejasse tudo corretamente, haveria menos chances de sermos pegos.


Os três marotos presentes ali se voltaram para seus pedaços de torta, e voltaram a começar sorrindo.


 


 


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n/a: there it is. O que posso dizer? Bem, não sou boa com n/as, e foi muito difícil escrever esse capítulo, por que eu tenho um fascínio pelos romances, então fico querendo coloca-los no meio a todo momento. Escrever sem um casal é tenso, e é por isso que a Alexis (e Zed of course) está chegando aí pra gente no próximo capítulo. (:


beijos, beijos ;*




Seria demais pedir pra comentar? Seria né? É, eu sei.

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Comentários (1)

  • gabriela lopes

    eU COMECEI A LER E ADOREI,,,RSRS, tava doida por uma fic pós Hogwarts... espero que termine!!! bjuws

    2012-12-26
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