Third

My Favorite Night.

Fim – Third Chapter.

 

“Se fecharmos a porta para todos os erros, impedimos também a entrada da verdade.” (Tagore)

 

Andou pelo quarto tentando lembrar-se de como era respirar. Puxou o ar devagar, mas aquilo aumentou ainda mais sua instabilidade. Qualquer movimento brusco parecia que ia quebrá-la, fazê-la em pedaços. Suspirou enquanto algumas lágrimas teimavam em sair de seu rosto.

Já estava na semana seguinte, era uma sexta feira. A carta de Draco Malfoy jazia em uma mesinha, amassada e em um estado deplorável. Olhou no relógio, eram dez horas da noite. Mais lágrimas caíram de seus olhos enquanto ela tentava se controlar. Aquilo não estava dando certo, pelo menos... não daria mais certo, não depois do que havia acontecido.

Parou de andar e sentou-se no sofá. Enterrou o rosto entre as mãos soluçando. Draco ia odiar aquilo; ia odiá-la para sempre. Ela o deixara plantado esperando por si, mas não tinha escolha. Na realidade duvidava que agora fosse ter alguma escolha em sua vida. Se pudesse voltar atrás... sabia que não teria feito nada diferente. Aquela não era hora para arrependimentos, apenas tinha que se focar no que iria fazer.

Pulou assustada quando ouviu batidas fortes em sua porta. Alguém parecia socar do outro lado. Ficou quieta. Talvez ele fosse embora.

- Abre logo essa merda, Granger! Eu sei que você está aí – a voz raivosa de Draco a fez engolir o choro. Recompôs-se olhando no espelho o que sobrara dela. Respirou fundo e abriu a porta. O loiro a encarou, com os olhos estreitos. Estava furioso.

- O que foi? – Perguntou Hermione com medo de Draco. Ele bufou impaciente.

- Por que você não foi? Poderia ao menos ter dado uma resposta ao invés de me deixar plantado – reclamou o homem. Hermione pensou ter ouvido um tom de mágoa na voz, mas devia ser só impressão.

- Eu não pude ir – falou como se encerrasse a questão. Draco olhou para dentro do apartamento.

- Está tendo visitas? – Perguntou desconfiado. Hermione arregalou os olhos.

- Não, de onde você tirou isso?

- Então talvez eu possa entrar – sugeriu Draco com um sorriso malicioso. Hermione respirou fundo antes de dar a resposta:

- Acho melhor não, Malfoy. Você deve ir embora. Já fomos longe demais com essa brincadeira.

- Wow! Espera aí, você está me dando o fora? – Perguntou Draco incrédulo. – Você está terminando comigo?

Falando daquele jeito até Hermione acreditava que ela estava insana. Pensou em todas as razões para continuar com aquilo.

- Sim, acho que esse é o fim do nosso “relacionamento” – falou fazendo aspas com os dedos. Draco ergueu uma sobrancelha e cruzou os braços.

- Você pode me dar uma boa razão? – Perguntou. Hermione fez que não com a cabeça. – Ótimo, então vamos fingir que esse papo não existiu.

Antes que pudesse impedir, Draco entrou na casa. Hermione bufou fechando a porta atrás de si.

- Draco, já falei, é melhor você ir embora – falou enquanto caminhava até a sala. Draco já entrara como se estivesse em casa. Sentou-se no sofá. Deu um tapinha ao seu lado como se pedisse Hermione para lhe fazer companhia. A mulher bufou enquanto sentava-se.

- O que foi? – Perguntou Draco beijando o rosto de Hermione. – Vai dizer que você não gosta do que temos?!

- Não é isso – Hermione fechou os olhos. O toque de Draco para ela era irresistível. – Draco, eu não posso mais... não suporto mais...

- Você gostava disso, dizia que estava burlando as regras e que era excitante. – Draco distribuiu beijos pelo pescoço de Hermione. Ela suspirou enquanto reunia forças.

- Malfoy, eu estou grávida.

Draco parou o que estava fazendo. Hermione separou-se lentamente do homem temendo sua reação. Os olhos de Draco estavam arregalados e sua boca ligeiramente aberta.

- Hm... você está bem? – Perguntou Hermione meio temerosa. Estalou os dedos tentando acordá-lo. – Helloooo! Malfoy, você está comigo? Ei! Fala alguma coisa! Pelo amor de Merlin Draco! Reaja!

- Reagir? – Draco finalmente dera sinal de vida. Em sua voz tinha desespero, medo e raiva. – Como assim reagir? Você vem com essa bomba do nada e espera que eu reaja como?

- Não precisa ser tão rude! – Disse Hermione nervosa. – Você quem entrou aqui! Eu te mandei embora!

- E era melhor ter ido mesmo. – Hermione arregalou os olhos com a frase de Draco. O homem se levantou, rispidamente. – No que você estava pensando? Por um acaso você tomou as poções direito?

- É CLARO QUE EU TOMEI! – Berrou Hermione meio chorosa. – Draco Malfoy, não me ouse dizer que eu sou a culpada!

- Eu não sou o culpado! Pra mim você estava fazendo de tudo para não engravidar – acusou Draco. Hermione bufou indignada, lágrimas de ira e tristeza invadiam seus olhos.

- EU ESTAVA FAZENDO DE TUDO, SEU BABACA! – Gritou derramando algumas lágrimas. – Fora daqui! Vai embora!

- Granger, nós temos que resolver isso – falou Draco apontando o dedo para Hermione. A mulher tremia dos pés à cabeça. – As pessoas vão reparar quando virem que o bebê não é ruivo nem nada...

- Jura? E você pensou nisso agora, foi? Já está querendo que eu planeje um casamento com o Rony fingindo que o filho é dele, é isso?

- Ei! Eu não falei...

- Vai embora! Agora! – Mandou Hermione empurrando Draco até a porta da entrada.

- Pare com isso! Resolva como adulta! Não é a pior coisa do mundo, você só está grávida. Se quiser, nada que um bom aborto resolva.

- COMO? – Hermione abriu a porta com força jogando Draco para fora. – Aborto? Você não presta, Malfoy! Nunca mais apareça aqui.

- Granger, se você fechar essa porta sem resolver isso – começou Draco estreitando os olhos –, vou considerar que o filho não é meu.

- Ótimo! Adeus Malfoy – Hermione fechou a porta com força, apoiando-se à parede. Com a respiração ofegante voltou até o quarto. Abriu a porta, apoiando-se nos móveis que encontrava pelo caminho. Tentou chegar ao banheiro, mas seu corpo venceu. Deixou-se cair ao lado do armário. Abraçou-se aos joelhos tentando se proteger do mundo. Chorou copiosamente enquanto tentava resolver o que faria com tudo aquilo. Sabia que Rony acreditaria que o filho era dele, mas não era isso que queria. Era difícil decidir tudo sozinha.

Acabou dando-se por vencida e esperou o sono chegar.

Adormeceu sozinha, encostada à parede, sentada no chão.

 

- Psiu – o som de uma voz masculina em seu ouvido a fez acordar assustada. Percebeu que havia um homem curvado sobre seu corpo. – Ei, acorda.

Levantou-se meio cambaleante.

- Rony? – Perguntou incerta. Rony sorriu para Hermione.

- O que você fazia no chão? – Perguntou meio divertido. Hermione esfregou os olhos.

- Acho que eu adormeci. Desculpa.

- Pelo que? Só fiquei preocupado – o ruivo abraçou-a. Retribuiu ao abraço, sentindo-se pela primeira vez protegida por alguém desde a conversa que tivera com Draco.

- Obrigada por estar aqui – agradeceu Hermione dando um beijo em Rony. – Obrigada mesmo.

- De nada – disse Rony rindo. Ele parecia não entender muito o que se passava por ali.

Acabou passando o dia inteiro com Rony ao seu lado. Passearam, encontraram-se com Harry e Gina, voltaram ao apartamento, almoçaram... o dia passara tão rápido que chegou ao final dele Hermione estava exausta. Despediu-se de Rony e fechou a porta. Suspirou um pouco mais calma. Passara o dia inteiro ao lado do ruivo e mesmo assim não conseguia tirar certo loiro da cabeça. Sorriu derrotada enquanto andava até a sala de estar.

Quando já estava sentada no sofá, ouvira batidas em sua porta. Apressou-se para atender. Deu o melhor sorriso antes de abri-la e perguntar:

- Esqueceu alguma coisa? – Hermione pensou que obviamente Rony esquecera algo em sua casa, mas acabou deparando-se com Draco em sua soleira. O loiro a encarou por alguns minutos.

- Esqueci sim. Você – respondeu temeroso. Hermione empinou o nariz.

- O que faz aqui, Malfoy? – Perguntou estreitando os olhos. – Já não brigamos o suficiente?

- Sim. Concordo – disse Draco meio envergonhado. – Desculpe por aquele dia.

- Você acha que só com um pedido pode consertar as coisas, Malfoy? – Hermione mantinha o tom frio. Draco deu um leve sorriso.

- Não, não acho. E pare de me chamar de Malfoy, por favor. Apenas Draco. Eu não vim pedir desculpas.

- Não? – Hermione olhou surpresa para Draco. – O que veio fazer aqui?

Draco pigarreou enquanto tomava coragem. Ajoelhou-se diante de Hermione, deixando-a pálida. A mulher parecia assustada, mas ao mesmo tempo eufórica.

- Hermione, casa comigo?

0oooo0

 

N/B: A Creuza da Ciça me faz um capítulo desses intitulado de “fim” e CADÊ A PORRA DO FIM, CECÍLIA? Einh?! Puta merda, quero ver a resposta gulosa que a Herms vai dar, porra. Exijo um epílogo e sei que as leitoras me apóiam, então é melhor você o fazer *estreita os olhos*  Ahhh se eu tivesse um Draco desses, seria a pessoa mais feliz do mundo, Hermione mulher de sorte, tsk. He, falando muita besteira, mas uma Fanfic foda, adoro as suas *-*

Beijos lindos safadinhos e autora-creuzada (?),

Leeh.

n/autora: Olá pessoal. Então, minha beta pode ter se revoltado, mas eu fiz exatamente esse final para deixar a imaginação dos leitores fluir :) Vocês não gostaram desse final? Nha, espero que tenham gostado.

Eu sei que a Fic foi curtinha, mas foi exatamente assim que eu a planejei.

Beijos a todos que leram e obrigada por comentarem,

Cecília ;***

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