Uma vaga em Hogwarts.



 


Petúnia estava sentada no sofá, os olhos atentos à televisão, enquanto comia pipoca em uma tigela prateada. Lily estava concentrada desenhando - coisa que não parava de fazer. Era uma manhã comum de julho.

A campainha tocou


Petúnia estava sentada no sofá, os olhos atentos à televisão, enquanto comia pipoca em uma tigela prateada. Lily estava concentrada desenhando - coisa que não parava de fazer. Era uma manhã comum de julho.


A campainha tocou. Lily levantou-se para atender. Petúnia sequer moveu-se.


- Quem é, querida? - A mãe das meninas gritava da cozinha.


- É o Snape, mãe! 


 


Parado diante da porta estava um garoto alto para sua idade. Seus cabelos compridos tocavam-lhe o ombro. Tinha um nariz notável e era realmente magro. Sorria para a garota.


 


- Lily, preciso te contar uma coisa! - Disse radiante.


- Sim, sim! O que é?


- Na verdade, acho que é melhor esperar alguns minutos.


- Ah não Snape! Ai! Você sabe que eu ODEIO quando você me deixa curiosa! Vai, por favor... Me conta vai! - Lily balançava a camiseta de Snape como uma criança. Ele não podia negar o pedido da melhor amiga, mas apenas sacudiu a cabeça em negativa. - Espere! Não vai demorar! A minha chegou agora há pouco a sua não deve demorar.


- A sua o que? E a minha o que?


- Espera, Lily! Não queira estragar o momento! - Sorria.


Lily bufou, levantando a franja com o ar que saía de sua boca. Revirou os olhos e assentiu, admitindo sua derrota. Não demorou dez segundos e uma coruja apareceu. Lily arregalou os olhos, esfregando-os.


 


- Aquilo ali que tá parado no meu quintal é uma... CORUJA? 


- Sim!


- Por que tem uma coruja no meu quintal a essa hora da manhã? Elas não são aves noturnas? Era isso o que você tinha pra me contar?


- Sim!


- Sim? O que é isso? Você está me dando uma coruja de estimação? Elas estão migrando pra cá? Ela é sua? - Lily não parava de chutar o motivo de ter uma ave em seu quintal.


- Não. Não e... não.


- Então desembucha, Snape! - Chacoalhou o amigo.


- Essa coruja - Esticou o braço para que o bicho pudesse ir mais perto. - é uma coruja-correio.


- Como? - Lily não entendia.


- Vê? Ela tem uma carta no bico.


Lily reparava pela primeira vez no envelope.


- Legal! - Exclamou, empolgada.


- E essa carta é pra você.


- Pra mim? Ai, que bonitinho, Snape! Você que fez tudo isso? Que fofo! - Seus olhinhos brilharam.


- Não, Lily, não fui eu. Abra a carta, anda! - A coruja já não estava mais ali. Lily virou a cabeça para os lados, procurando o animal. Deu de ombros e abriu a carta.


 


 



ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS



                                                DIRETOR: ALVO  DUMBLEDORE

                                      (ordem de Merlim, primeira classe, grande feiticeiro,

                        bruxo chefe, cacique supremo, Confederação Internacional dos Bruxos)



PREZADA SRA. EVANS.

    Temos o prazer de informar que V.Sa tem uma vaga na escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários.

    O ano letivo começa no dia primeiro de setembro, estamos aguardando sua coruja até 31 de julho, no mais tardar, atenciosamente.

                                                            Minerva Mcgonagoll  

                                                              diretora substituta.


- Ahn? - Lily estava com a boca aberta. - Mas o que é isso?


- Lily! Você é uma bruxa!


- Eu sou uma o que?


- Uma bruxa, oras! Tudo bem, eu também sou um bruxo! E nós vamos para Hogwarts juntos! - O menino parecia reluzir.


- Mas eu não posso ser uma bruxa... quer dizer... isso não existe.


- Existe sim! Existe muito! Somos os dois bruxos. Ah, por favor... por que uma coruja estaria aqui trazendo isso? Ah! Olha só! - Snape tirava um papel do bolso. Era a mesma carta. - Viu? 


- Severo Prince Snape! É melhor você me explicar AGORA o que está acontecendo! 


- Explico, explico. Mas vamos chamar seus pais antes, assim digo tudo de uma só vez, certo?


- Tá bem. Entre.


Os garotos entraram. Petúnia franzia a testa, não gostava de Snape. Não gostava das amizades da irmã. Não gostava muito da própria irmã também. 


 


- Mamãe! Eu recebi uma carta! - Lily adentrava a cozinha com o papel na mão. 


- Uma carta? - Petúnia resmungou da sala. - Quem te mandou uma carta? - Gritava.


Lily ignorou a irmã mal humorada.


- Parece que eu sou uma bruxa, mãe.


- Bruxa? - A mulher pegava a carta. - Não acredito! Filha, isso é maravilhoso! Parabéns!


- A senhora... hm... sabe sobre bruxos? - Snape perguntava educado.


- Sei, sei sim! Ora, sua mãe e eu somos muito amigas, Severo! Ela me explicou que você era um bruxinho e muito inteligente. Já leu muito sobre poções, certo? Bem, no começo não conseguia acreditar muito... sabe como é... Mas depois, sua mãe me mostrou o que podia fazer e, bem... Não pude mais desacreditar. 


- Mamãe é uma bruxa excelente. 


- Sim, sim. É uma boa pessoa.


- Enfim... Então minha filhinha é uma bruxa também? Mas como isso é possível? Não sou uma e seu pai também não...


- Isso acontece. - Respondeu Snape prontamente.


- Bem, o que importa é que - Olhou a carta - Suas aulas começam dia 1 de setembro e vocês têm uma lista enorme de livros e acessórios pra comprar. - Fez uma pausa - Onde, exatamente, vendem coisas pra bruxos?


- Não sei, mãe - Lily colocava as mãos na cabeça, sentindo-se tonta.


- Essas coisas nós encontramos no Beco Diagonal. - Snape sorria - Minha mãe pode nos levar.


- Magnífico! - As duas fizeram gestos iguais, respondendo à gentileza de Snape. 




 


Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.