Um



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                -Então Sam, você é sempre tão esquentadinha assim? – perguntou Alvo após ter conseguido apanhar seu sapo de chocolate que pulara da caixa assim que ele a abriu.


                -E você é sempre tão petulante?  – respondeu a com a pergunta  garota dando uma bela mordida no sapo de chocolate que se debateu pouco antes do efeito da magia se acabar com a primeira mordida.


-Qual a figura?


Por um momento a garota pareceu parar para compreender o que ele havia falado, até o momento no qual percebeu que havia jogado displicentemente a figurinha do sapo de chocolate no chão. Ela não colecionava as figuras e nunca dava muita atenção a elas.


-Não faço a menor idéia – respondeu com sinceridade e depois acrescentou perguntando ao garoto – Você coleciona?


-Sim! Já tenho quase todas! Posso ver? – o garoto respondeu com visível empolgação, pedindo a figurinha em formato pentagonal a garota que passou para ele sem nem ao menos olhar o que era.


Alvo pegou a figura e quase a deixou cair com o que viu; era sabido que para vender mais, os sapos de chocolate contavam com mais figurinhas, dentre elas apenas não os maiores bruxos e bruxas da história que tinham feito não apenas algo grandioso, mas também para o bem da sociedade, como havia agora os maiores tiranos; Lord Voldemort o encarava com seus olhos em fenda e seu nariz similar a o de uma cobra, apenas sua imagem já foi suficiente para fazê-lo sentir-se temeroso, abaixo continham as seguintes palavras:


Tom Servolo Riddle


Mais conhecido como Lord Voldemort ou Lorde das Trevas ou Aquele-que-não-deve-ser nomeado.


Acredita-se que seu nascimento se deu em 31 de Dezembro de 1926, apesar de sua conhecida crueldade, foi um dos bruxos mais poderosos da comtemporaniedade, morrendo apenas em 2 de março de 1998, derrotado pelo menino-que-sobreviveu Harry Potter, em um duelo que ficou marcado para a história.”


-Tom Servolo Riddle – foram as únicas palavras que saíram de sua boca, olhando para o espaço agora vazio onde antes esteve a imagem de Voldemort.


-Você tem esse ai? – perguntou a garota indiferente ao medo de Alvo, apenas tentando continuar a conversa.


-Você não sente um frio na espinha só de ouvir o nome dele?


-Não – respondeu com simplicidade.


-Esse cara matou metade do mundo bruxo, incluindo meus avós paternos, além de que matou meu tio, e tentou matar meu pai mais de uma vez!


-Bem... Há algum tempo eu aprendi a não temer os mortos, e apesar de poderoso ele foi derrotado e morreu – Sam deu de ombros em um gesto relaxado e simples – Devemos temer mais os vivos que os mortos... Isso é tudo.


Sam percebeu que Alvo estava muito calado, com uma expressão vazia e distante, não adiantava o que ela falasse sobre aquilo, ele simplesmente estava em um quase estado de transe, ela sentiu então a necessidade de falar algo, amenizar o clima.


Alvo estava perdido em seus pensamentos, não era mais o temor do lorde que a tanto fora derrotado, mas o que seu pai lhe dissera instantes antes dele embarcar no trem, ainda se preocupava em ir para a sonserina, se isso acontecesse seria o primeiro em sua família a ir para aquela casa tão desprezada pelos Weasley, seu pai não se importava com isso, mas seu tio e padrinho Rony achava uma afronta de proporções absurdas.


Dentre as outras casas, achava a lufa-lufa ultima opção, e corvinal... Não era inteligente para tanto... Restava a grifinória, mas teria ele tanta coragem quanto seus pais e tios para almejar a casa dos corajosos?


-Para que casa você quer ir? – perguntou Sam interessada, como se conseguisse decifrar a expressão de Alvo.


-Grifinória é legal, mas não sei se tenho coragem o suficiente...


- Você sabe o que significa coragem? Pesquise e talvez isso melhore a sua alto-estima.


A garota tinha um sorriso simpático em seu rosto, Alvo parou para pensar que em bem pouco tempo ela tinha ido de uma estranha furiosa, a uma amiga simpática e cautelosa. Para ele, ela era interessante, de um jeito diferente.


-E você? Para qual casa gostaria de ir? – perguntou o garoto depois de algum tempo em silencio.


- Não sei, nunca me importei com a casa para qual vou, mas sei que se não formos nos trocar levaremos uma bronca por ainda estar com roupas trouxas.


-Então vamos – falou Alvo enquanto pegava suas vestes e saia em direção ao vestiário que tinha dentro do trem.

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