O dia de compras



Capítulo 2 – O dia de compras


No dia 2 de Julho, a Sra. Potter ia atrás do filho pelo jardim, naquele dia ensolarado. Gotas de suor caíam escorrendo da sua testa e o seu cabelo despenteara-se.
-Tiago volta aqui! - Gritou ela furiosa.
Tiago encontrava-se a 10 metros de distância esboçando um sorriso malicioso.
A Sra. Potter pegara-o enfeitiçando as rosas, fazendo com que essas girassem como moinhos na sua mão repetitivamente, isso depois de jogar várias bombas de bosta na entrada da cozinha.
 Ela vinha falar com ele e de repente ouviu um enorme estrondo, depois viu a bosta espalhada pelo chão da entrada!
-Eu vou pegar você! -arfou ela.
-Não vai não. -zombou ele provocando-a.
-Bem...eu vinha mostrar a você...-começou ela, atiçando-o.
-O quê?
-Algo legal. Você vai adorar!
-Ahhhh...eu não vou cair nessa! -zombou ele.
-Ah é? – Ela tirou do avental roxo, uma carta de pergaminho amarelado que continha um selo de cor púrpura, com um brasão.
Tiago esqueceu-se que a mãe estava furiosa, esqueceu-se da bomba de bosta, de ter feito a sua mãe correr que nem uma louca pelo quintal. Saiu disparado e lançou-se aos braços da mãe, que acariciou carinhosamente os seus cabelos rebeldes.
Juntos foram esperar pelo Sr. Potter para contar a tão esperada novidade.
O Sr. Potter adorou a notícia e o fim-de-semana foi apontado como o dia em que iriam fazer as primeiras compras de Hogwarts.
Assim, Sábado de manhã, pegaram na rede de pó flu e foram para Diagon-Al.
Necessitavam comprar 15 artigos, desde vestes próprias, livros e outros equipamentos exigidos na Escola de Magia e Feitiçaria de Hogwarts.
Apesar de Tiago ser bruxo, não se diferenciava muito de um garoto qualquer da sua idade: querendo pedir alguma coisinha a mais na saída das lojas, dando suas próprias opiniões infantis nas compras e claro, pedindo coisas que não devia.
O Sr. Potter deu-o alguns galeões de ouro para que ele se entretivesse nas variadas lojas e despediu-se para comprar uma parte do material. Não fazia sentido nenhum irem todos juntos, para comprar artigos como vestes e penas para escrever. Iriam juntos apenas comprar o que o Sr. Potter achava mais memorável, como a varinha mágica e o animal de estimação que acompanharia Tiago em Hogwarts.
A Sra. Potter levou Tiago para comprar primeiro as vestes, seguida do caldeirão, e depois os conjuntos de frascos, no qual Tiago insistia em comprar os de cristal mesmo depois da mãe o certificar que os de vidro eram mais duradouros.
Após isso, ela deixou-o divertir-se sozinho enquanto ela comprava outros materiais. O que ela desconhecia era que o Sr. Potter havia concordado em Tiago comprar algumas bugigangas trapalhonas para se entreter em Hogwarts, como ele mesmo dizia:
- Pregar partidas é a forma mais eficiente de aprendizagem.
Tiago comprou alguns doces enquanto examinava as lojas e adquiria alguns brinquedinhos, divertindo-se em olhar para as variadas montras, todas elas cheias de artigos mágicos diversos.
Já havia gasto 9 galeões de ouro.
Devia encontrar-se com os pais na livraria Borrões e Floreados ao meio dia, mas ele passou por lá mais cedo e viu coisas fascinantes, ao sair ainda comendo um sapo de chocolate branco, deparou-se com um garoto sentado lá fora com cara de tédio.
Em breve seria meio-dia e ele não apreciar as diversas montras e perder a hora. Uma vez fizera isso sem querer, quando tinha 8 anos, quase provocara um ataque na sua mãe...quando finalmente a encontrara ela estava totalmente alterada, com lágrimas escorrendo e aflita, pensando que ele havia utilizado o pó de Flu. O que era um enorme perigo pois se Tiago a usasse mal poderia parar num lugar inimaginável. Há relatos de bruxos menores que sem saberem usar devidamente o pó de Flu perderam-se durante meses, outros nunca mais regressaram a casa.
Já não era uma criancinha e sabia muito bem o que fazer.
-Oi. -disse ele dirigindo-se ao rapaz bonito de cabelos pretos e olhos acinzentados sentado na frente da livraria com uma cara de profundo desagrado.
-Oi. -respondeu ele levantando a cabeça.
-Compras para Hogwarts?
-É. Meu primeiro ano.
-Legal. Meu também. Minha mãe deve estar chegando aí, ela foi comprar meu material.
-Minha mãe está aí dentro comprando livros para mim com o meu irmão mais novo. -respondeu ele laconicamente.
-Já comprou a varinha?-Já. E você? -retrucou ele mostrando a varinha de salgueiro.
-Ainda não. Vou comprar agora a varinha e o animal de estimação. Estou doido para comprar a varinha e experimentar alguns feitiços bem legais que andei vendo em alguns livros.
-É eu também. -respondeu ele se animando.
-Comprei alguns artigos legais numa loja. -disse ele mostrando um homenzinho rugoso que toca tambor até desaparecer, algumas bombinhas, fogos-de-artifício encantados, etc.
-Legais. -concordou o garoto enquanto examinava mais atentamente.
Ainda conversavam quando uma senhora bruxa vestida de uma capa negra e um chapéu de bruxa com brilhantes saiu da loja, acompanhada por um garotinho de baixa estatura e de cabelos e olhos pretos, mas menos bonito que o que garoto que estava lá fora. A senhora olhou interrogativamente para o garoto e perguntou?
-Quem é este? -no que se dizia a amizades, a mãe do rapaz era rígida e inflexível. Porém ao olhar mais além da bonita feição de Tiago, ela viu logo que Tiago trazia uma capa de Bruxo e estava totalmente bem vestido, com a excepção de seu cabelo que estava bagunçado e espetando atrás, o que a sua mãe dizia ser um defeito benéfico da fábrica, concedendo-lhe mais charme.
-Ele é...-começou o garoto, olhando interrogativamente para Tiago, pois eles ainda não tinham trocado nomes.
Antes que Tiago tivesse a oportunidade de responder, uma bruxa idosa vestindo uma elegante e delicada capa lilás e um chapéu de bruxa a condizer, com brilhantes incrustados aproximou-se.
-Tiago. -exclamou ela. -Vamos ainda temos compras a fazer. - E vendo a bruxa com as crianças, cumprimentou-os afectuosamente.
A outra senhora cumprimentou-a também e depois de a avaliar com o olhar, esboçou um sorriso frio, mas de aprovação.
Tiago só teve tempo de dizer:
-Te vejo depois. E ahh...eu sou Tiago Potter. -disse ele virando e indo ao encontro do pai que estava do outro lado da rua, com alguns sacos de compras.
-Então? Que animal você quer filho? -inquiriu o Sr. Potter.
-Hummmm...eu pensei bem e decidi que quero uma coruja pai.
-Então vamos ao armazém das corujas. -Prontificou a mãe.
Saíram de lá com uma enorme gaiola contendo uma linda coruja-real preta, de incríveis olhos âmbar.
Cheio de excitação Tiago entrou com os pais na loja que ele mais queria ir. Por estranho que pareça, a loja do Sr. Olivander era a mais sem graça que Tiago havia visitado naquele dia. Poeirenta, e de aspecto desmazelado, encontrava-se também numa ruela estreita e em estado de degradação.
Porém era o conteúdo que extasiava Tiago, lá dentro continham inúmeras e poderosas varinhas mágicas. O sonho de qualquer aspirante a mago.
Fizeram medições e algumas perguntas, seguidas de várias tentativas falhadas, até que:
-Excelente! -exclamou o Sr. Olivander fazendo a sua voz sobressair nos fortes aplausos dos pais de Tiago. -Excelente menino Potter, vinte e oito centímetros, maleável, mogno, poderoso e excelente para transfigurações. -continuou o Sr. Olivander.
Após pagarem e apertarem a mão do senhor de idade e de grandes olhos muito claros, eles foram embora.
Esperando o dia primeiro de Setembro, Tiago deliciou-se experimentando sensações novas e lendo seus livros da escola. Quase todos os fins-de-semana, ouvia curioso as histórias verídicas contadas em primeira-mão, pela sua vizinha e grande escritora, Bathilda Bagshot, que se divertia imenso com aquele rapaz travesso e encantador, sedento de curiosidade e vontade de aprender.


 

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