Desejos de Amor



N/A- Ok, eu sei que não acontece nada nesse capítulo, mas eu tinha que escrevê-lo. Esse e o próximo estão na minha cabeça desde que escrevi a minha primeira fanfiction, "Harry Potter e a Batalha Final".

Detalhe: Estou achando a Mary na "Batalha Final" uma chata, digna sucessora da Cho Chang, chorona e ciumenta sem motivo aparente! Prometo que vou tentar ser fiel à fic em que me inspirei, mas justificando os sentimentos estúpidos dela... ou até passando por cima deles!!

P.S.- Esse é um dos capítulos que pode ter música. Eu escolheria uma bem suave e antiga, que a maioria das pessoas que lerem a fic provavelmente vão odiar, mas eu acho linda: "Only You" (The Platters).

Aviso: Capítulo desaconselhável para crianças por insinuações sensuais.

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-Você tem que correr, senão vai acabar chegando atrasada no seu primeiro dia de aulas.

As palavras de Lupin soaram para os ouvidos de Mary como um alarme Trouxa, trazendo-a de volta à realidade: era o seu primeiro dia como professora em Hogwarts! Não podia faltar de jeito nenhum. Aquele emprego era tão importante para ela... mas também não podia deixar o amado ali, sozinho.

Olhou-o de alto a baixo. Lupin tinha um ar tão imensamente cansado, doente, perdido até... Não. Decididamente, não podia deixá-lo sozinho. Não podia... e nem queria.

- Eu não vou, Remo. - Murmurou, decidida, olhando-o nos olhos. - Não posso deixar você aqui sozinho, nesse estado.

Lupin sorriu. O seu coração se encheu de carinho perante aquelas palavras e o imenso amor que já sentia por Mary cresceu mais ainda e o fortaleceu. Passou a mão pelos cabelos dela e disse, em tom meigo:

- Não se preocupe comigo, Mary. Eu estou bem. - Aproximou o rosto do dela e sussurrou no seu ouvido, fazendo-a se arrepiar - Obrigado por tudo, meu amor... mas os seu trabalho está em primeiro lugar. Eu estou mais do que acostumado com as minhas manhãs pós-mutação.

Ela não conseguiu responder. A voz dele no seu ouvido... a proximidade do corpo dele e o calor que dele emanava só aumentavam a sua vontade de não sair de perto dele... nem naquele momento... nem nunca!

Lupin depositou um beijo carinhoso em seus lábios e ela o abraçou, totalmente perdida no corpo dorido e cansado daquele que apenas algumas horas antes era uma fera de mandíbulas e garras afiadas. Mary queria mais, muito mais do que apenas beijos apaixonados e abraços quentes. Seus corações e suas almas estavam unidos num só... e ela almejava, (ah, como almejava!) que o mesmo acontecesse com os seus corpos! Mais cedo ou mais tarde, teria que acontecer, mas... porque teria ela tanta vergonha, tanto medo do que ele pensaria se ela tomasse a iniciativa? E ele? Porque nunca fizera nada? Teria medo, também?

Os olhos cinzentos de Lupin se fixaram nos castanhos de Mary, sempre com uma expressão tão cansada quanto firme.

- Vá, Mary. - Ele disse, se levantando e pegando a mão dela para ajudá-la a se erguer também. - Eu estou bem. Juro. Além disso, você tem que falar com Madame Pomfrey, para cuidar desse ferimento. - Acrescentou, olhando as marcas das suas garras no braço dela.

Mary sorriu, pegou a sua varinha, apontou o ferimento e murmurou um feitiço. As marcas e o sangue começaram a se desvanecer e, em menos de dez segundos, ficou apenas uma cicatriz.

- Ah, como eu adoro ser bruxa! - Ela suspirou, ainda sorrindo. - Logo, logo, essa cicatriz vai sumir de vez.

Lupin esboçou um largo sorriso, segurou a cabeça dela com ambas as mãos e lhe deu um beijinho na testa, dizendo:

- Minha bruxinha linda...

Ela abriu ainda mais o sorriso, controlando-se para não se jogar de novo nos braços dele, e respondeu, em tom alegre:

- Você esqueceu de acrescentar "professora". - Ela fez um ar orgulhoso, que o fez soltar uma gargalhada.

- É claro, Professora Hallow. Como é que eu poderia esquecer?

Mary o olhou nos olhos, assumindo um ar bem mais sério:

- Você tem certeza que vai ficar bem?

Lupin se sentou na cama de dossel. Estava fraco, ainda, mas não podia mostrar. Não podia deixar que Mary percebesse que ele não estava tão bem assim e ficasse ali com ele, se arriscando a perder o emprego.

- Claro que sim. - Respondeu, piscando o olho para ela e sorrindo. - Vou dormir um pouco e logo estarei novinho em folha, o bom e velho Remo Lupin de sempre.

Com a ajuda da varinha, ele murmurou um feitiço que consertou a velha cama quebrada e deixou os lençóis como novos.

Ela lhe devolveu o sorriso, ainda preocupada, e disse:

- Tudo bem, então. Eu vou. Mas antes... - Voltou a pegar a varinha e a murmurar um feitiço, apontando o chão, onde surgiu uma xícara de café fumegante e um prato cheio de bolinhos. - Seu café. Você não achava que eu ia sair e deixar você sem comer nada, achava?

Lupin não conseguiu reprimir uma gargalhada. Puxou Mary pela cintura para junto dele e a beijou doce e apaixonadamente. Depois, falou:

- Você é a pessoa mais maravilhosa que eu já conheci. Tenho certeza que dará uma excelente professora. - Depois, fingiu um ar desconfiado e acrescentou - Tome cuidado com aqueles alunos. Não quero saber de nenhum deles dando em cima da minha bruxinha professora.

- Não se preocupe. - Ela respondeu, rindo. - Quem tem um Remo Lupin na vida não precisa de mais ninguém. - Beijou-o de novo e, acenado em jeito de despedida, foi embora.

Com a saída de Mary, Remo sentiu que todas as suas forças o abandonavam. Tomou o café e comeu alguns bolinhos, para depois de deixar cair de costas na cama, adormecendo imediatamente.

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