Mal Entendido



 Era o último ano deles em Hogwarts e isso significava mais obrigações, NIEMs e, principalmente, deixar uma parte da mente pensando no futuro. Harry estava envolvido com a compra e reforma de um apartamento, Rony negociava com times de quadribol e Hermione tentava decidir por uma carreira em meio a centenas de convites recebidos.


Naquele dia Harry havia sido chamado por Tonks, atual professora de Transfiguração e diretora da Grifinória, para ouvir o quanto ela estava preocupada com Hermione. Na verdade, Harry já havia percebido tudo aquilo e também estava preocupado, já até tentara falar com a amiga, mas logo fora cortado. Agora ele estava decidido a lhe passar um sermão por estar se sobrecarregando e deixando a si própria de lado, o que não era nem um pouco saudável.


Assim que chegou a frente ao escritório da monitoria-chefe, onde a amiga estava de “plantão”, Harry se aproximou indeciso de como exatamente começaria o discurso, por isso pôde ouvir claramente a conversa que vinha de dentro do lugar.


-Certo… -Hermione disse como em um suspiro e então fez uma pequena pausa antes de continuar. –Harry é o cara mais incrível que já conheci! Na verdade se não fosse o temperamento dele, poderia ser até candidato a Príncipe Encantado! –De todas as coisas mais improváveis que já ouvira, aquela foi a maior de todas! Nunca sentira-se tão atordoado, sequer teve reação senão ficar parado como uma estátua.


-O acha tão atraente assim? –A voz de Lilá soou mais estridente que o normal, até poderia imaginá-la dando pulinhos com olhinhos brilhantes.


-Claro que ele é lindo, mas não é só isso, ele tem muitas outras qualidades apesar de não tão evidentes. Por exemplo, a Gina disse que ele é bem carinhoso, apesar de eu não conhecer esse lado dele, e Harry é um cavalheiro, muito gentil e romântico. –Pelo tom de voz, juraria que Hermione estava corada e sequer encarava Lilá. Entretanto sentiu seu coração se apertar ao ouvi-la falar que não conhecia seu lado carinhoso, era quase um tapa na cara, afinal Hermione era a pessoa mais importante de sua vida, sua grande companheira e amiga.


-Calma, vamos devagar e por partes. –Agora era a voz de Parvati a soar, como se controlasse o ímpeto de saltitar e fantasiar como Lilá. –O que mais gosta nele, fisicamente.


-Os olhos, não pela cor que obviamente é linda, mas a profundidade e expressividade…


-A qual é, não venha com essa vai. Fala algo do pescoço pra baixo! –Parvati a interrompe nem um pouco satisfeita com a resposta.


-Estamos aqui falando de atração e não sentimento, ainda. –Lilá apoia e um suspiro se segue bem audível.


-Ok… as costas dele…


-Costas? Está zoando a gente? –Parvati parecia incrédula ou talvez era seu jeito débil de ficar nervosa.


-Não! São largas e fortes… na verdade nem sabia que poderia se ter tantos músculos nas costas. –A voz de Hermione entregou que aquela de fato não era uma desculpa, o que de modo quase automático fez Harry tentar virar a cabeça para olhar as costas, não era como se realmente um dia houvesse considerado aquela parte como “importante”.


-Hum, nunca havia reparado nisso. –Lilá diz em um tom que o fez corar.


-E o que mudaria se pudesse? –Parvati continua com seu interrogatório curioso.


-Nada. Nem os pés dele são feios. –Aquilo veio de novo em um tom estranho, quase um suspiro.


-Concordamos! Mesmo os óculos são um charme. –Parvati diz rendida.


-E falando agora do outro lado da questão, você disse que não gosta do temperamento dele, certo? –Lilá continua em tom ansioso.


-Intempestivo demais, instável demais, realmente é um problema. Se bem que ele tem melhorado, tentado se controlar mais e as qualidades acabam compensando, principalmente a intensidade que ele dá a todas as suas relações. –O tom era conclusivo, quase lógico.


-Sabe, depois de ouvir você dizer tudo isso, não entendo uma coisa. Porque vocês dois não namoram? –Lilá pergunta como se aquilo fosse algo inexplicável.


-Potter! Não tem mais nada o que fazer? –O professor Heinz, ou Snape II, como era apelidado pelos alunos, pergunta ao se aproximar de Harry.


-Eu apenas ia perguntar a Hermione que horas ela ia sair. –Diz sem jeito, sentindo-se uma criança pega com a mão suja de chocolate em frente ao bolo destruído.


-Quando ela sair, pode ir ao seu encontro. Agora porque não faz algo útil como estudar ao invés de atrapalhar o trabalho dos outros? –Harry teve vontade de esmurrá-lo, devia ser obrigatório no currículo de professor de poções ser antipático e/ou irritante.


-Eu já estou indo professor. Com licença. –Diz já passando pelo homem antes que fosse expulso por fazer um professor engolir a própria língua.


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Harry foi direto para o dormitório do sétimo ano, ignorando qualquer coisa a sua volta. Em sua mente ecoava a pergunta não respondida… O que Hermione teria dito? E mais importante, será que ele realmente queria saber?


Como se quisesse acordar, encaminha-se para o banheiro e joga água no rosto, ao ergue-se, fita-se no espelho e então lembra do que Hermione dissera sobre seus olhos, ela via mais neles que qualquer outra pessoa. Esse pensamento logo puxou a outra declaração dela, e por mais idiota que pudesse parecer, Harry pegou-se tirando a camisa e torcendo o pescoço o máximo possível para ver no espelho suas costas. Os movimentos de quadribol haviam trabalhado os músculos de suas costas, era necessário para superar a resistência do ar nas curvas e voos mais velozes, porém não via nada demais naquilo.


-O que está fazendo aí? –Rony pergunta com o cenho franzido, totalmente confuso com a visão que tinha.


-Vendo minhas costas… acha elas bonitas? –Pergunta ainda se fitando no espelho e não vendo a cara de nojo que Rony fizera.


-Que papo gay é esse? –Pergunta estranhando o amigo, quase se perguntando se não era alguém com polissuco.


-Não é nada disso! –Harry diz se endireitando e já pegando a camisa para vestir. –Eu ouvi umas garotas comentando sobre minhas costas serem atraentes ou coisa assim e fiquei meio curioso, só isso.


-Atraentes? –Rony pergunta completamente surpreso. –Depois elas dizem que nós é que somos estranhos! –Rony comenta quase rindo.


Harry apenas termina de se compor e sai a caminho da cama. Sempre achara as garotas estranhas e difíceis de entender, mas pensava que Hermione fosse uma exceção, porém aquela tarde suas certezas foram por água abaixo, já não sabia o que pensar ou como agir com a amiga.


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Encontrou com Hermione apenas na hora do jantar e, graças a balburdia normal da mesa, não precisou falar com ninguém. Dedicou-se apenas a comer e, discretamente, observar Hermione, seus detalhes, coisas que jamais permitira-se a analisar realmente.


Os cabelos estavam diferentes, o tratamento ao longo dos anos deixara o cabelo mais comportado, com longos cachos bem definidos, a cor era castanha bem clara. A pele alva estava rosada nas bochechas pela sopa quente, os olhos margeados por discretas olheiras não eram apenas castanhos, tinham cor de uísque e ainda muito mais profundos e maduros que os dele. O rosto possuía linhas aristocráticas, firmes e elegantes, como a própria postura sempre irrepreensível. A boca…, bem essa era uma parte que merecia todo um destaque, pois ao contrario das demais características que lhe davam um tom angelical, os lábios rubros e de espessura mediana eram um convite ao beijo, o qual ganhava ares de provocação quando ela mordia o lábio inferior, uma mania antiga, porém extremamente sexy.


-A sopa é pra boca, não pra minha mão! –Rony diz sacudindo a mão, vendo que Harry olhava o nada e derramava a sopa da colher na sua mão e na mesa.


-Foi mal, eu… eu só estou preocupado com o jogo do fim de semana, a corvinal é a mais forte esse ano. –Harry diz tentando se recuperar.


-Isso é, mas por mais que quadribol seja importante, não se deve brincar com comida. Primeiro come, depois discutimos o jogo. –Rony diz muito seriamente, fazendo os amigos ao lado rolar os olhos. A comida era, provavelmente, a coisa mais importante na vida do ruivo.


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Depois de quase uma noite em claro, Harry decidi-se pelo que fazer. Não adiantaria ficar remoendo aquela conversa e amaldiçoando Heinz, iria descobrir o que Hermione realmente sentia por ele e então decidir o que fazer.


O primeiro passo de seu plano era se aproximar, dar um pouquinho de liberdade e ver o que ela faria com isso. A questão era como fazer isso e ser discreto, duas coisas aparentemente inconciliáveis.


Foi na aula de feitiços que a situação pareceu surgir como por encanto. Ao inclinar-se um pouco sentiu um perfume diferente vindo de Hermione, o que o fez aproximar-se mais um pouco, sentindo o aroma leve e cítrico vindo dos cachos castanhos.


-Mudou de shampoo? –Pergunta em um sussurro, passando o braço pelos ombros dela, para poder ficar bem próximo.


-Sim, por quê? –Pergunta estranhando o comentário.


-É bom, melhor que o outro que já era gostoso. Devia ficar com esse. –Sussurra aprovador, a observando corar um pouco, porém logo voltar à atenção para o quadro, de onde copiava a matéria.


Harry voltou a olhar para frente e a copiar a matéria, porém sem mover-se de volta. Assim, logo sentiu Hermione recostar-se mais a si, de modo que ficassem abraçados, porém eretos o suficiente para copiarem sem problemas.


Ela está abraçada a mim, recostou-se por vontade própria, então isso significa que ela está interessada? Não, não posso dizer isso, vai ver só quer um pouco de carinho, pode estar carente ou só cansada… a única conclusão é que ela não se sente incomodada com minha proximidade.


Resolvendo dar a questão por encerrada por enquanto, Harry tenta se dedicar apenas a prestar atenção na aula, apesar de boa parte de si estar tendo dificuldade em se desconcentrar dos pontos de seu corpo em contato com o da morena.


Não era como se nunca houvesse se dado conta de que Hermione era uma garota, apenas não se deixava pensar sobre isso, sempre suprimira de imediato qualquer pensamento desse tipo que surgisse em sua mente, no entanto depois do que ouvira da própria amiga, já lhe era impossível simplesmente abstrair o quanto ela cheirava bem e o quão confortável era tê-la ali em seus braços, recostada em seu peito como se fizessem isso há anos.


Não se lembrava de amaldiçoar tanto um sinal de fim de aula como naquele momento, pois seu porto de conforto imediatamente se desfez. Hermione se afastara para arrumar seus materiais e ele logo fez o mesmo.


-Tem esfriado cedo esse ano, melhor pegar um casaco pra Herbologia. –Harry diz caminhando entre os amigos.


-Subir tudo isso para depois descer? –Hermione diz evidentemente preguiçosa.


-Se a gente for rápido, chega lá antes de começar a congelar. –Rony diz em apoio a Hermione.


-Vocês que sabem. –Harry diz e, resolvendo arriscar um pouco, se aproxima mais de Hermione passando o braço por seu ombro. –Acho que assim consigo te proteger do vento.


-Obrigada, meu solzinho particular. –Brinca se aconchegando ao amigo e ao final da um beijinho rápido em seu rosto.


Harry apenas sorri um pouco sem jeito, tentando entender o porquê de seu coração ter disparado com um gesto tão simples. Respirando fundo, apenas a estreita mais devido ao vento gélido que os atingiu ao saírem do abrigo das paredes de pedra.


-Se as coisas continuarem assim, o próximo jogo será sobneve. –Rony diz chateado abraçando-se e esfregando os braços.


-Acho que devíamos ter ido buscar os casacos. –Hermione já se arrependia, calculando os minutos que ainda restavam até alcançarem as estufas.


-Passa a mochila pra frente, é acolchoada e vai te aquecer um pouco. –Harry diz já se afastando um pouco para ajudá-la. –Eu te aqueço por aqui. –Completa a abraçando por trás.


-Vocês estão ridículos! Parecem dois patetas prestes a cair. –Rony diz rindo dos amigos.


-Pode até ser, mas não me importo se isso significar que estarei quente. –Hermione retruca dando língua para o ruivo.


-Que tal brigar menos e acelerar o passo? –Harry sugere para acabar com a briga, apesar de não querer chegar tão rápido assim a aula.


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Olhou o relógio ansioso, esperava pela amiga que estava terminando seu horário de “plantão” no escritório dos monitores chefes e a levaria para conversar, o plano inicial era dar uma bronca nela pelo seu descaso com a própria saúde, porém a cada minuto que passava a simples ideia de poder tê-la por perto já o deixava mais animado.


-Ei, que surpresa é essa? –Hermione diz ao sair e dar de cara com o amigo.


-Eu queria ter uma conversa com você, será que podemos? –Harry pergunta com um ar sério, até porque sabia que não seria uma conversa fácil.


-Que tom sério é esse? Aconteceu algum problema? –Pergunta já imaginando alguém no hospital ou pior.


-Eu prefiro não conversar aqui, mas também não precisa ficar tão nervosa. Não tem ninguém além de nós envolvido no problema. –O tom fora mais grave do que ele gostaria que fosse e a deixou sobressaltada. –Desculpe, eu não sei como dizer isso em meias palavras, então vamos apenas até a sala precisa, ok?


-Tudo bem. –Responde já o seguindo.


Os dois caminharam em silêncio enquanto subiam até o sétimo andar, o clima entre eles era tão tenso que as pessoas em volta olhavam especulativas, porém eram sumariamente ignoradas pelos dois.


Já no corredor, Harry dá as três voltas em frente à tapeçaria e então abre a porta para que Hermione passasse. A decoração era bem simples, lembrando muito a sala comunal da Grifinória.


-Então, o que houve? –Hermione pergunta receosa, porém já não suportando a expectativa.


-Tonks me chamou para conversar ontem e me disse que estava preocupada com você, ao que eu disse que também estava. Ela não percebeu nada que eu já não houvesse notado, só não sabia como dizer.


-Não estou entendo, porque preocupados? Eu estou bem. –Hermione diz como se aquilo fosse óbvio.


-Por enquanto. –Diz mais seco do que desejava. –Olhe para você, emagreceu e tem olheiras sob os olhos. Isso porque anda pulando algumas refeições ou comendo pouco para poder compensar o tempo em que está trabalhando como monitora-chefe ao invés de estudando.


-Você está exagerando, não devo ter perdido mais do que dois quilos, o que, aliás, foi muito bom…


-Desde quando me acha idiota? Mesmo antes de tê-la abraçado notei o quão debilitada você parece, antes já tinha uma ótima forma, não precisava perder peso algum, agora deve estar precisando ganhar uns quatro quilos.


-Harry, esse ano é de NIEMs e todos estão dando um pouquinho a mais…


-Você está dando muito a mais! Tanto nos estudos quanto na monitoria. –Observa quase acusativo. –Se quer se dedicar, tudo bem, mas tem que fazer isso com responsabilidade, dividindo seu tempo da maneira certa e não da maneira mais “eficiente”.


-Eu não acredito que você quer dar um sermão em mim sobre responsabilidade! –Hermione parecia prestes a rir.


-Você sabe como estão minhas notas hoje, não sabe? –Pergunta e a vê fazer um aceno afirmativo. –Elas aumentaram em todas as matérias, mesmo que tenha sido pouco em poções ou herbologia, certo? –Novamente Hermione diz que sim, mas sem entender onde ele queria chegar. –Bom, assim como você tem a monitoria-chefe, eu tenho o time de quadribol para cuidar, é minha última temporada e quero fechar com o título! Por isso eu tenho trabalhado muito duro, seja nas táticas ou nos treinos, nem por isso tenho me prejudicado nos estudos ou deixado de me divertir com os amigos de vez em quando.


-Por isso suas notas aumentaram pouco, se fosse um pouco mais responsável e estudasse mais que brincasse, certamente teria um desempenho melhor, capacidade não te falta. –Diz em seu tom responsável e com seu olhar McGonagall.


-Então façamos um acordo. Eu estudo mais e você se cuida melhor, o que acha? –Propõe logo após vislumbrar aquela grande tacada, afinal poderia fazer a amiga se cuidar melhor, melhoraria suas notas e ainda teriam mais tempo juntos e a “sós”.


-O que seria eu “me cuidar melhor”? –Pergunta desconfiada.


-Fazer as refeições na hora certa, comer bem, fazer um pouco de exercício…


-Ah não, nem vem com essa de fazer exercício. –Hermione o interrompe resoluta. –Já faço exercício o suficiente com as escadas de Hogwarts.


-Subir e descer escadas poderia ser um bom exercício se você fosse do último andar ao primeiro e voltasse sem parar, agora apenas indo e vindo quando há uma ocorrência ou pra ir a biblioteca não conta. –Diz como se explicasse o óbvio a uma criança, aproveitando para se aproximar sentando-se na mesinha em frente a ela e pegando suas mãos. –Uma caminhada no jardim, nada que chegue a uma hora. Faríamos isso todo dia de manhã, lá pelas seis.


-Quer que eu madrugue pra fazer exercício às portas do inverno? –Hermione diz parecendo que iria explodir em gargalhadas a qualquer momento. –Francamente Harry, o que se pode ganhar com uma maluquice dessas, além de um resfriado?


-Algo como isso. –Diz puxando com uma das mãos as camisas, deixando a mostra seu abdômen definido. –Em junho não havia nada aqui, agora estamos iniciando novembro e veja o que eu tenho.


-Não me interessa ter algo assim, não sou espartana. –Hermione ironiza se afastando e recostando no sofá.


-Nem eu acho que fique bem em garotas, eu só quis dizer que há recompensas. E, não estou falando de estética, pois esses músculos do abdômen ajudam os músculos das costas a sustentar minha posição e fazer curvas voando em alta velocidade. Consigo pegar o pomo de ouro mais rápido.


-Eu não sou uma atleta, não preciso de condicionamento físico excepcional. –Diz novamente o que achava óbvio.


-Mas se exercitar pela manhã abre o apetite, te deixa mais ativo, atento, melhora seu rendimento nas primeiras aulas. Isso é conclusão de vários estudos médicos inclusive. –Harry diz tentando suprimir o sorriso vencedor, afinal era o tipo de argumento que seria difícil dela rebater.


-Vai estar escuro e frio, como espera que isso me anime? –Diz em um muxoxo.


-Vai estar bem agasalhada, conhecemos Hogwarts muito bem e temos varinhas para iluminar o caminho. Quanto à diversão, eu acho que posso cuidar disso, ou não se diverte comigo?


-Isso é chantagem emocional. –O repreende.


-Vamos, não será um sacrifício tão grande assim! É um jeito de trabalhar o corpo e relaxar a mente. –Diz voltando a segurar as mãos dela como se lhe passa-se força. –Vamos ganhar um tempo de qualidade juntos.


-Tempo de qualidade? Tirou isso de algum livro de autoajuda de crise no casamento ou filhos de pais divorciados? –Pergunta rindo levemente, o que o deixa entorpecido por um momento.


-Parecemos um casal em crise? –Pergunta com uma careta.


-Sem dúvida, não. Digo, não vai querer também terminar comigo por causa dos estudos não é? –Pergunta parecendo receosa, o que o lembrou de que Rony terminara seu recém-iniciado namoro com ela por não aceitar “perder” para os livros.


-Claro que não! Nós dois sempre soubemos dos defeitos um do outro e conviver com eles, ajudar a amenizá-los. Se você pode conviver com meu temperamento difícil, porque eu não poderia conviver com suas obcessões? –Diz de forma sincera e surpreendendo-se ao vê-la soltar o ar aliviada e logo depois abraçá-lo com força.


-Prometo que vou tentar pegar leve. –Promete ainda segura a ele, que retribuía o abraço intenso.


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N/A: Fic nova, uma short bem curtinha, que viria inicialmente como um bônus pelo campeonato do flamengo, mas agora vem como consolo pela derrota de ontem e desejo de que quarta essa maré vire o Flamengo volte a ganhar bem.


N/A²: Parece que os Dursley não ensinaram ao Harry que ouvir atrás da porta é feio. Agora ele esta aí, todo confuso com algo que nem sabe se é ou não certo! O que vocês acham que vai acontecer? E outra, concordam com as coisas que Hermione disse a Lilá e a Pavarti?


Agradecimento especial a minha beta pelo resumo e pelo título da fic!

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