Prólogo



Prólogo


Vermelho


            Feixes de luz das mais diversas cores cortavam o gramado da Escola de Magia. Vozes alteradas, baques e gritos de dor tomavam conta do lugar. Não havia tempo para prantear os mortos, apenas para saltarem seus corpos sem vida em busca da próxima vítima.


            O calor da batalha ferrenha era atiçado pelas chamas que engoliam a antiga cabana do guarda caça, que lutava contra três comensais de uma só vez.


            - Eu sou um meio gigante – bradava o grandalhão – Precisarão de mais que isso para me derrubar! – suas mãos agarraram o pescoço de um deles, apertando tão forte que o sufocou em segundos.


            - Peguem ele! – ordenou uma voz indistinguível entre a multidão – No três! Um... – mais comensais uniram-se àquele, brandindo suas varinhas.


            - Três! – um feixe de luz verde atingiu o mandante, matando-o instantaneamente.


            Hagrid virou-se e viu que fora salvo por Tonks. Pôs-se, então, a procurar por aqueles que realmente lhe interessavam, que corriam tão ou mais perigo que ele. “Harry, Rony e Hermione, por Merlin... Vocês precisam estar juntos!”


            Avistou a cabeleira vermelha de Ronald digladiando com Dolohov. Eles lutavam bravamente, escapando dos feixes luminosos por milímetros de diferença. O ruivo parecia querer vingança contra aquele que ferira Hermione há três anos. E conseguira. O corpo de Dolohov caiu pesadamente no gramado. Mas não havia tempo para nada mais. Ele estava morto. E outros estariam em instantes.


            Estrangulando um comensal que tentava estuporá-lo, Hagrid avançou até avistar Harry, que lutava ao lado de Remus contra Bellatriz Lestrange. Os olhos verdes, outrora bondosos, brilhavam em ódio. Puro e letal. Labaredas saltavam das íris, tendo como único alvo aquela que matara seu padrinho.


            A vingança e o ódio ditavam os rumos daquela Guerra, que caminhava a passos rápidos para seu desfecho final. Não havia misericórdia, dó ou perdão. Apenas o fogo da ira consumindo cada pensamento dos adversários.


            Ao longe, uma moça castanha duelava com uma mulher loira. Um filete de sangue escorria da fronte de Hermione, que mantinha seus olhos fixos na adversária. Narcisa ofegava e mancava, mas não desistiria. As varinhas não descansavam, lançando feitiços ditos imperdoáveis. Um olhar rápido em direção ao filho foi a perdição da mulher loira, que teve seu corpo caído e sem vida como muitos outros.


            Um olhar de outro em direção a cena foi a perdição da moça castanha, que teve seu braço puxado firmemente por alguém forte e mascarado, que exalava ameaça. Ao se permitir olhá-lo, Hermione deu-se conta de estar sendo arrastada por um Malfoy. Em direção ao único desfecho daquela batalha.


            Não houve tempo. Sentiu apenas a desconfortável sensação de vertigem ao aparatar antes de ter os olhos desfocados e sentir-se desfalecer.


            Os feitiços das mais diversas cores tinham um só propósito e poderiam ser traduzidos apenas em uma: a cor do sangue e da vingança.  Uma guerra em vermelho.


 


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            Monocromático: [De mon(o)- + -cromat(o)- + -ico2.] Adjetivo. 1.V. monocrômico. 2.Fís. Diz-se de radiação com um só comprimento de onda.
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N/A: Viciei legal em cores, uahsuhaush’ Essa aqui vai ser diferente. Espero que gostem e comentem. =*
PS: Artie, desculpe-me por não ter te mandado! Sabe como é, né? O niver era hoje, so... hsuhaushuahs'

Lyra, essa fic é meu presente de aniversário. Espero que goste, foi feita especialmente para você. 

Perséfone Black.
(12/12/09) 

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