Les Jours Tristes

Les Jours Tristes








 


Capítulo I - Les Jours Tristes


Fim de tarde. Aurora, sol se pondo a oeste ilumina o Canal da Mancha. Algum lugar ali perto está Calais, uma cidade portuária de onde ela pegaria um barco de volta Inglaterra. Há muitos anos no voltava sua casa e a saudade enchia seu coração de felicidade ao saber que logo estaria lá. Perdida nas imagens e paisagens que havia presenciado até o momento, atravessar o tal Canal era o que faltava para tornar sua viagem perfeita e inesquecível. Seu coração batia mais forte na expectativa de ver seu pai, seus amigos.


Estava em uma encosta perto de uma praia, o mar em sua frente chamativo e inebriante. Pedras cobriam o chão perto dela, fazendo-a se lembrar das praias de areia que tinha conhecido, sentiria falta delas. Contudo onde estava sentada, um carpete de grama verde amaciava seus pés, pequenas margaridas brotavam ao seu redor. Parada há mais de uma hora ali, a delicada moça, com seus vinte e poucos anos, balançava uma varinha fazendo com que as folhas das árvores que acabavam de se deitar, deslizassem novamente junto ao vento frio e reconfortante. As folhas amareladas do outono passeavam em torno da jovem e prendiam-se em seus cabelos loiros brancos que cobriam suas costas.


Ela levantou-se e brincou com suas novas amigas. Sorriu docemente, poderia ser confundida com uma criança, mas ninguém passava por ali. Insetos saiam de suas casas, curiosos, e encantavam-se com a meiguice da menina. Voavam, corriam e rastejavam-se para participar. A moça esticou um dos dedos e uma borboleta, pintada dos mais lindos tons de verde, pousou em sua mão. Ao sentir a magia, gnomos aparecem de trás de arbustos e mesmo no gostando de tais tipos de humanos, divertiam-se ao observar aquela.


Alegria. Ternura. Inocência.


Logo juntaram outros animais, mágicos ou não. Todos pareciam enfeitiçados por tal sorriso, pelos olhos levemente perdidos de felicidade e pela leveza que os pés tocavam o solo e saltavam desse. Ela girava e cumprimentava todos os que chegavam como iguais, como irmãos. Um amasso aproximou-se, mas de longe contemplava a alegria dos outros. Os sons e barulhos tomavam a forma e a melodia de uma canção, uma trilha sonora para aquele momento único e memorável. O som de sua risada, do bater de asas, o tilintar de pinças e esfregar no chão, o piado de aves, o zumbido, o miado, o latido, eram parte de uma sinfonia impecável. Então, a menina jogou-se no chão, fazendo todas as criaturas a sua volta pararem de susto, mas logo ela pôs-se a rir e os outros novamente juntaram-se a ela.


Ao alto de um morro um rapaz observava aquela moça e sorria.


 

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