Capítulo Dois



-Tome, querida - diz a enfermeira Patricia, que eu apelidei de Paty. Pego e tomo a pílula. -Posso te fazer uma pergunta, querida?
-Claro.
-Qual é a última coisa da qual se lembra?
Forço a memória e digo por fim:
-Estavamos no Mundo Trouxa... Eu, Harry, Gina e o irmão dela, meu namorado na época, Rony.
-O cara da foto?
Olho torto para ela:
-É.
-Desculpe.
-Tudo bem. Tinhamos saido a noite, fomos a uma boate trouxa, e... - eu desvio o olhar, envergonhada - bebemos um pouco.
-Ah, querida!
-Fomos bebados em busca de um taxi, Gina berrava uma música de uma trouxa famosa... Eu caí da escada. E depois acordei aqui e não
lembro de mais nada.
-Ah, QUERIDA! - ela lamenta. -Eu sinto tanto...
-Tudo bem - dou de ombros -só quero saber o que aconteceu.
Então, O Dr. entra na sala:
-Você tem visitas, Hermione.
-Ah - digo, corando. Quem será? Deve ser Gina. Ela é minha melhor amiga. Já deve saber do acidente a essa altura.
-Posso deixar entrar?
-Quem é?
-Draco Malfoy, ele se apresentou como seu marido.
-Ah - digo, novamente corando. -Pode, pode, claro...
O médico assente com a cabeça e Paty pareçe tão ansiosa quanto eu.
-Mione! - diz Draco, ainda com aquele cabelo loiro dele e os olhos lindos. Ele carrega um buque de flores. -Mione!
-Draco - consigo dizer. Na verdade, pareço meio hipnotizada com a imagem dele. Mesmo tendo a minha idade, 20 anos, ele ainda continua
jovem. E está musculoso. Meu deus, ele parece um deus grego!
-Amor - ele se aproxima e me dá um beijo na testa, o que é um tanto estranho, já que eu já dei um tapa na cara dele anos atrás... Quando
foi mesmo? Hogwarts, terceiro ano? Ou quarto? Ah, que se dane.
-Você está bem? - ele parece preocupado. Me entrega as rosas.
-Ótima. - digo. Ele me chamou de Mione. Não de sangue - ruim. -Apenas estou com amnésia.
-Querida, isso é péssimo. - ele lamenta, igual fez Paty. -O que você não lembra?
-Os últimos três...
-Dias?
-Anos. - respondo numa voz como se tentasse fazer tudo não parecer tão ruim.
-Santo deus! - ele leva as mãos a boca, horrorizado. -Minha mãe e meu pai vão desaparatar para cá. Não se preocupe, eles vão pagar para
darem atendimento totalmente exclusivo e superior a você. - ele sorri.
Dou de ombros. Isso explica tudo: Sou casada  com o Malfoy. Isso quer dizer que sou... Oh, deus. SOU RICA!!!
É MELHOR do que ganhar na loteria.
Antes que eu o Draco, MEU MARIDO, pudessemos dizer alguma coisa, Paty entra:
-Trouxe alguns cartões. E flores. E presentes.
-Ótimo - eu sorrio. Pego um cartão rosa - bebe e o abro. Uma caligrafia fina escreve poucas palavras em seu conteúdo:
Queridinha
Sinto pelo seu acidente. Vou te visitar, queridinha. Assim que puder.
Beijos.
Pansy.


-Ok - eu digo em voz alta para mim mesma. -Não conheço nenhuma Pansy. Quem é? - perguntou a doninha... Quer dizer, ao Draco.
-Pansy! - ele exclama. Parece surpreso. -Sua melhor amiga, Pansy Parkinson!
-PANSY? Desde quando ela é minha melhor amiga? - Isso simplesmente não é possível. -O que houve com Gina?
-Gina? - Draco parece confuso. -Quem é essa?
Deus. Isso NÃO pode estar acontecendo.
-Ginevra Weasley, lembra, de Hogwarts... Irmã do... Rony. - pronuncio o nome dele com dificuldade. Ainda o amo.
O que?
Retire o que disse, Mione. Você NÃO o ama. Voce É casada com Draco Malfoy, seu marido rico e perfeito. É ele que voce ama. É ele que
voce TEM que amar.
Ouço tres estalos seguidos e a figura de Lúcio Malfoy e sua esposa, Narcisa Malfoy aparecem.
-Minha querida! - Ciça avança até mim e beija minhas bochechas. FALA SÉRIO!, ela está sendo gentil. Acho que ela é uma ótima sogra.
Lúcio se adianta e me abraça. Depois diz:
-Yaxley já morreu. - ele parece orgulhoso, apesar da frase não significar nada para mim.
-Yaxley, querida. -Ciça explica, parecendo coomprender o que eu não entendi. -O comensal que torturou você.
-Voces... Vo-voces o ma-mataram? - Não. Simplesmente NÃO pode ser verdade.
-Na verdade, NÓS não. Paguei a alguém para fazer o serviço sujo. - disse Lúcio.
-Quem? - pergunto, temendo saber a resposta.
-Eu. - uma voz fria e cruel acompanhada de uma figura alta se materializa.
-Quem? - torno a repetir. Não consigo ver o rosto dessa terceira pessoa.
-Hermione, minha bela e querida Hermione... - a voz diz. Há meio que desdém e meio que verdade em seu tom. -Um acidente. Matei Yaxley
com prazer, sabe como eu GOSTO de BRINCAR com a comida. - ela ri, cruel e malvada. E então, reocnheço a risada.
Mas, não. Me recuso a acreditar. SIMPLESMENTE NÃO PODE SER.
NÃO pode ser ELA. NÃO PODE.
Simplesmente... NÃO pode. Devo estar DELIRANDO.
Em nenhum milhão de anos seria ela...
-Meus votos de melhoras. - a voz cruel e fria diz, novamente com meio verdade e meio desdém.
NÃO pode ser ela! Me RECUSO a acreditar.
Mas, só então, meus temores se tornam realidade. Me sinto presa em um pesadelo, enquanto a figura de Belatrix Lestrange se aproxima de mim.

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