5 anos - Mãe, porque...?

5 anos - Mãe, porque...?



-Mãe, por que eu me chamo Annie? - minha filha linda e querida, fofa, fofa e fofa chegou para mim um dia, quando eu voltei do Ministério, local onde trabalho agora.
-Por que é um nome lindo, lindo e lindo para minha filha fofa, fofa e fofa - respondo, dando beijos na minha filinha.
-Sabe, não podia ser Anne? Tenho uma amiguinha na escola que se chama Anne.
-Anne é igual a Anna só que com E, querida. Nome mais sem graça. Nome mais brega. Nome mais desoriginal.
-E o que o I faz diferneça, manhe?
Caramba! - pensei, não crendo naquele dialogo surreal.
-Faz diferença querida, por que fica um nome diferente.
-Mãe, por que eu tenho que ser diferente?
-Por que querida, pergunta depois ao papai, por que mamae tá trabalhando. - digo, apressada, escrevendo nos pergaminhos.
-Mãe, por que você trabalha? Quero atenção.
-Ok, querida. Mamãe já brinca com você.
Annie se deu por contente depois eu eu disse isso. Ledo engano.
Dois segundos depois, Annie voltou do quarto com uma boneca e disse:
-Quero papa.
-Calma, querida. Mamãe já faz.
-To com fome - essa criaturinha não desistia nunca.
-Só um minuto, estou terminando esses memorandos e...
-O que são memorandos?
Calma. Respira fundo.
-Coisas do trabalho.
-O que é trabalho?
-O que você quer comer, querida?
-Batata.
-Batata? - eu disse, levantando as sombracelhas. Tirei a varinha das vestes e agitei no ar. Um prato de batata frita apareceu na frente de Annie e ela me observou, estranahmente.
-Mãe, o que é isso? - ela apontou.
-Uma varinha, queridinha.
-O que é uma varinha?
-É algo que usamos para fazer magia.
-O que é magia?
Certo. Minha paciencia se esgotou. Fiz Annie jantar e dormir rapidamente, prometendo a mim mesma que quando ela fosse maior fosse entender o por que de eu ser a melhor mãe do mundo.

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