Saindo de Casa



Cap-02-Saindo de Casa.

-A senhora quer o que? -ele perguntou incrédulo. –Mas...Isso...Isso é...

Só por um tempo querido...Só até... –ela começou, mas logo irrompeu novamente em um choro dolorido.

-Eu... –ele não sabia o que fazer havia escutado toda a história que a mãe de seu melhor amigo lhe contara e ainda não acreditava, passou a mão pelo cabelo em um gesto nervoso e relembrando de todo o seu plano suspirou, ele não tinha nada a perder com aquela atitude. –Tudo bem...Eu faço o que vocês querem. –ele disse, fazendo com que os Weasley’s dessem um pálido sorriso.

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Andava de um lado para o outro se tinha algo que ela odiava era ficar sem fazer algo, já tinha terminado de limpar a casa com todos que moravam lá, havia uns dois dias, os deveres ela havia feito ainda Hogwarts, resolveu fazer algo que não fazia desde que entrara no internato, dançar.

A música ecoava pelo ambiente em um tom que não alcançasse o hall de entrada onde estava o quadro da Sra. Black, mas suficientemente alto para não faze-la reparar que um par de olhos azuis a observava dançar de forma sensual e leve -(Ah! Menina... Você ainda terá tanto o que chorar.) pensou o dono dos olhos azuis - se tinha algo que ela gostasse de fazer mais do que jogar quadribol era musicas com coreografias leves e sensuais, fazia com que ela se sentisse mais feminina e esquecesse momentaneamente que fora criada entre homens e que nenhum deles havia dado-se o trabalho de trata-la como uma garota.

Ela até agradecia isso, pois fora graças a essa atitude que ela aprendera a lidar com homens & homens, pois como seus irmãos, havia cada um diferente do outro.Guilherme, o primogênito, era do tipo sangue-frio, era educado e um perfeito cavalheiro, ensinou-lhe como se portar em diversas situações e a controlar o temperamento explosivo que todos os Weasley’s tinham.Carlinhos,o segundo mais velho, era o mais esquentado e, portanto lhe ensinou as mais diversas azarações, feitiços protetores, e principalmente a se defender com e sem armas.Percy,o terceiro a nascer, era do tipo ambicioso, calmo e diplomático, lhe ensinou a negociar em situações criticas.Fred e Jorge, gêmeos nem mesmo sua mãe sabia quem havia nascido primeiro, eram brincalhões e protetores, faziam o tipo de Dom Juan, seduziam como ninguém e dançavam maravilhosamente, conheciam todo tipo de logro e também de musica, haviam transformado-a em uma ‘gêmea-honorária’ lhe ensinado tudo o que sabiam, desde a armar bombas de bosta na porta do professor Snape, a saber, o que era uma oitava a cima ou uma oitava a baixo. Rony era do tipo quieto e ‘normal’ era um gênio, mas não sabia disso, ensinou-lhe a jogar xadrez e a ser mais observadora, embora ele mesmo não observasse as coisas que aconteciam a sua volta.

Essa era a sua família e Virgínia Weasley, sétima filha e única Weasley por nascimento em mais de duzentos anos, era a queridinha, já que sendo a única mulher, era paparicada, por tios, primos, avós e todos os parentes existentes, até mesmo o vampiro que vivia na ‘TOCA’ sua antiga casa, a bajulava, e até havia lhe ensinado alguma línguas de sua época, línguas que ela havia descoberto que já haviam sido esquecidas há muito tempo.

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Entrou na casa numero quatro da rua dos alfeneiros e subiu diretamente para seu quarto, ignorando completamente os resmungos de sua tia, assim que fechou a porta atrás de se começou a guardar os pergaminhos dos deveres que estava fazendo, pegou quase todo o uniforme de hogwarts, deixando no malão apenas o pulôver e a capa com o emblema da grifinória, colocou tudo que iria precisar em cima da cama e foi tomar banho, olhou-se no espelho do armário que ficava acima da pia e suspirou, os cabelos negros e molhados caiam displicentes pelo rosto um pouco pálido e sério, com um pouco resquício de barba, os olhos verdes-esmeralda haviam ganhado um tom escuro e misterioso, ele só teria que usar um pouco do charme dos Potter’s e um pouco do espírito maroto que estava adormecido dentro dele e ele faria tudo que estava planejando.

Voltou para o quarto e viu que tudo estava como havia deixado há alguns minutos, terminou de arrumar as coisas e pegou uma capa totalmente negra, vestiu-se e olhou-se no espelho.A calça negra estava alinhada, os sapatos sociais reluzentes, a camisa totalmente fechada, resolveu deixar os dois primeiros botões abertos e coloca-la para fora, penteou os cabelos, que caíram, rebeldemente, pelo rosto que ganhava traços fortes e másculos, ajeitou os óculos e colocou a capa por cima dos ombros, respirou fundo e pegou o malão e a gaiola de Edwiges, já com a coruja ressonante, desceu a escada no mesmo instante que sua Tia Guida chegava, juntamente com um homem sério trajando vestes militares e um casal de adolescentes, que pareciam estar de muito mal humor.

-Aonde pensa que vai moleque? -Guida perguntou assim que o viu no alto da escada, fazendo com que todos olhassem para ele.

-Vou para a casa da minha namorada. –ele disse olhando a todos enquanto sorria sarcasticamente, para Duda. –Os pais dela já vêm me buscar, eu falei com vocês sobre o assunto. –Harry disse olhando firmemente nos olhos de Valter e discretamente indicou sua coruja.

-Realmente...Guida, ele já havia falado sobre isso, eu que esqueci de mencionar. –Valter apressou-se em dizer.

-Bom...Já vou indo. –ele disse descendo o restante da escada sob o olhar cobiçoso da jovem que chegara com Guida e o coronel.

Chegou na casa da senhora Figg e encontrou os Weasley esperando-o, sentados no sofá da sala, a Sra. Weasley assim que o viu o abraçou entre lágrimas e agradecimentos, pelo que ele iria fazer, já o Sr. Weasley limitou-se a agradece-lo com um abraço, que Harry tinha certeza, seria o mesmo de um pai para um filho.

-Aqui Harry, essa chave de portal nos levara até um local próximo a sede da ordem. –Arthur disse dando-lhe um punhal de aparência antiga, o jovem bruxo estranho o objeto, mas não fez qualquer objeção, tocou a chave e logo depois Molly, que ao toca-la fez com que Harry sentisse o familiar puxão no umbigo.

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