Capítulo Único



Era véspera de Ano Novo e todos os integrantes da família Weasley estavam em função dos preparativos para a grande noite. Molly bradava ordens para os filhos, não importava onde estivesse ou o que estivesse fazendo, ela sempre encontrava alguma tarefa para algum deles. Arthur Weasley por sua vez, conjurava feitiços para a decoração natalina tradicional, enquanto Gui e Percy organizavam as mesas e cadeiras no jardim. Fleur, Gina e Hermione bordavam um W em cada um dos lenços que seriam entregues como lembranças aos convidados. Do outro lado da casa estava Harry, Rony, Carlinhos e Jorge limpando todos os cômodos para que a residência Weasley ficasse impecável ao ver dos visitantes.
- Ei Ronald, – chamou Jorge enquanto varria a cozinha – eu duvido mesmo que algum dia Hermione queira casar com você. Pensa bem, junto contigo ainda vem de bônus toda a nossa família e as nossas festas comemorativas. Ela vai enlouquecer!
- A esperança é a última que morre, nunca se esqueça disso Rony! – comentou Harry rindo. Rony o fuzilou com os olhos e tentou jogar um pano molhado em sua cabeça, porém Harry fora mais ágil e abaixara a tempo de não ser acertado. Já Carlinhos não tivera tanta sorte assim.
- Você me paga Ronald! – bradou ele  secando o rosto encharcado – Quando você vai crescer?
- Harry e Jorge que me provocam e sou eu quem tem que crescer? – retrucou Rony irritado.
- Não foram eles que me deixaram molhado! – respondeu Carlinhos grosseiramente.
- Pega leve cara, foi só um pano molhado. – disse Jorge na defesa de Rony. Essa não fora uma atitude muito sensata da parte do gêmio, pois no instante seguinte, aquele mesmo pano encharcado que uma hora molhara Carlinhos, agora voava rapidamente em direção à cabeça de Jorge, o qual nem teve tempo de piscar antes de ser atingido.
- Qual é a sua? – indagou Jorge cuspindo água.
- O que é Jorge? Foi só um pano molhado... – respondeu Carlinhos rindo da desgraça do irmão que a pouco fora a sua desgraça também.
- Agora você vai ver o que eu... – Jorge não conseguiu terminar sua ameaça, pois Molly Weasley aparecera para dar a sua costumeira inspeção no trabalho dos filhos.
- O que está acontecendo aqui? – perguntou ela enquanto entrava no cômodo – Por que Jorge e Carlinhos estão com os rostos molhados? Alguém poderia me dizer?
- Eu avisei para eles mamãe. – respondeu Rony na maior cara de pau – Disse que eles não deviam brincar com água, mas eles não me ouviram. Certo Harry?
- É, pode ser – concordou Harry.
- Mas só podia ser! – gritou a senhora Weasley puxando as orelhas de Jorge e Carlinhos e os levando para fora de casa para encaminhá-los a outras tarefas, dessa vez separados.
- Vocês são tão maus, eles nem tiveram tempo de se defender. – comentou Gina entrando na sala e se sentando no sofá ao lado de Harry.
- Onde está Hermione? – perguntou Rony também se sentando no sofá, só que entre Harry e Gina.
- Está com Fleur, terminando de costurar os lenços. – respondeu a ruiva – Eu cansei e vim ver se vocês estavam piores do que nós.
- E o que concluiu? – indagou Harry.
- Quer mesmo saber? – retrucou ela.
- Não responda. – disse Rony – Vou lá ver Hermione, vocês vão ficar comportados aí?
- Sem sombra de dúvida. – respondeu Gina trocando olhares maliciosos com Harry.
Rony fez uma cara de reprovação e saiu da sala. Quando estava atravessando o corredor, viu seu pai ir em direção ao banheiro com as vestes todas sujas de fumaça.
- O que houve pai? – perguntou ele olhando o senhor Weasley de cima a baixo.
- Dragões. – respondeu Arthur de imediato – Tenho que convencer Carlinhos a não trazer mais essas criaturas para o nosso quintal.
- Também não sou muito fã de dragões. – concordou Rony tendo uma ideia que resolveria o problema de deixar sua irmã e seu melhor amigo a sós – Ah, quase que eu me esqueço de avisar! O Harry precisa falar com o senhor.
- Assim que eu trocar minhas vestes já converso com ele então. – respondeu o senhor Weasley.
- Eu acho que é urgente papai. – interveio Rony – O senhor não pode conversar com ele agora? Harry está ali na sala, provavelmente sozinho.
- Urgente? Vou lá ver então! Obrigado filho. - agradeceu.
- O prazer é todo meu. – respondeu Rony satisfeito.
 Assim que seu pai foi embora, Rony caminhou em direção a sala de jantar com um sorriso sarcástico estampado no rosto. Não era todo dia que se isentava da culpa por um trote nos irmãos e ainda por cima poupava sua irmã das más intenções de seu melhor amigo.
Chegando na sala de jantar, Rony avistou Hermione com um lenço cor pastel na mão esquerda e uma agulha na mão direita. Ela logo notou o namorado parado à porta, tratando de esquecer por um momento suas tarefas e ir ao encontro dele.
- O que está fazendo aqui? – perguntou abraçando-o.
- Vim ver você. – respondeu Rony, retribuindo o abraço.
- Você sabe que se sua mãe descobre que não está fazendo suas tarefas você fica de castigo, não sabe? – indagou Hermione, certinha como sempre.
- Ah, esquece isso Hermione! – resmungou ele – Ela deve estar castigando Carlinhos e Jorge a esta hora.
- Não tenha tanta certeza... – comentou ela olhando para a porta, pela qual Rony havia a pouco entrado. O garoto se virou e deu de cara com o olhar fulminante da senhora Weasley.
- Olá mamãe! – disse ele abrindo um sorriso sem graça. Molly por sua vez, limitou-se a apontar o dedo para a rua e sair marchando até lá. Rony a seguiu relutante e Hermione voltou a fazer bordados ao lado de Fleur.


 
Eram 23 horas e 55 minutos, faltando apenas cinco minutos para a meia noite de Ano Novo. Tanto os Weasley quanto as outras famílias de bruxos convidados estavam reunidos no jardim com suas taças de cerveja amanteigada ao alto.
- Antes de a meia noite chegar, eu proponho que façamos um brinde. – sugeriu Arthur Weasley. Todos exclamaram em assentimento. Então, como de costume, cada família de bruxos escolheu um representante para brindar por eles e cada um desses escolhidos se reuniu em uma roda menor no centro da roda maior de convidados. O senhor Weasley começou brindando pela felicidade de todos, seguido por Xenofílio Lovegood, que agradeceu pela saúde e assim se prosseguiu até restarem só dois minutos para a meia noite. De cada taça brindada, saíam jatos e mais fatos de luz branca que subiam até o céu e se mistruravam às estrelas.
Gina, Harry, Rony e Hermione estavam em meio ao maço de convidados conversando.
- Será que o próximo ano será tão bom quanto esse, Harry? – sussurrou Gina.
- Se continuarmos juntos e felizes, certamente será. – respondeu ele, abrindo um grande sorriso para o amor de sua vida. Rony e Hermione também estavam conversando apaixonadamente, esperando pelos fogos de artifícios que indicariam o início de um novo ano.
- Queria poder esquecer as pessoas que perdemos e que poderiam estar aqui agora. – disse Hermione enquanto contemplava a noite estrelada.
- Não fique pensando neles desse jeito, – respondeu Rony – vamos aproveitar o momento, pois tenho certeza de que é isso que Fred, Lupin, Tonks, Olho Tonto e Sirius gostariam que estivéssemos fazendo agora. Certo?
- Certo! - Hermione lançou um olhar radiante para Rony e logo um sorriso brotou em sua face.
A festa estava perfeita. Todos os cômodos da casa estavam limpos e organizados e a decoração do jardim despertava elogios por parte da maioria dos bruxos e bruxas ali presentes. A família Weasley havia feito um belo trabalho e com certeza estava proporcionando uma bela noite de Ano Novo para todos.
Quando o grande relógio que fora colocado especialmente para aquela data marcou as 24 horas, inúmeros fogos de artifícios começaram a explodir no céu, criando um horizonte de cores. A felicidade era contagiante, todos se sentiam amáveis e esperançosos. As pessoas desejavam “Um feliz Ano Novo!” umas para as outras. Os Weasley, os Granger, os Delacour, o único Potter e o pequeno Teddy Lupin estavam reunidos em uma vasta mesa, comemorando juntos aquela noite tão especial.
Em meio a todas as conversas, Rony e Hermione se afastaram um pouco da família e rumaram para o interior da casa.
- Onde estamos indo? – perguntou ela, resplandecendo felicidade.
- Quero lhe mostrar uma coisa. – respondeu Rony, enquanto a guiava para o terceiro andar, cujo único cômodo era uma extensa sacada.
Quando começaram a subir a escada, logo se depararam com Harry e Gina no topo da mesma. Os dois amigos se fitaram e logo deixaram escapar algumas risadas que pelo que Hermione e Gina puderam entender, significavam: “É, parece que tivemos a mesma ideia.”
Ao entrar na varanda, as duas meninas ficaram abismadas com tamanha beleza. As luzes estavam desligadas, deixando tudo o mais escuro possível, no entanto do lado de fora, a vista era algo incrível, Os fogos de artifício deixavam seus rastros brilhosos no horizonte e muitas faíscas coloridas emanavam da decoração natalina. Aquela era a melhor vista do lugar inteiro e para completar a perfeição do momento, pequenos raios fúlgidos começaram a nascer misteriosamente de cantinhos escuros da sacada.
- O que são esses pontinhos luminosos? – perguntou Gina, agarrando-se ao braço de Harry, porém o garoto não respondeu. Ele só apertou ainda mais a sua mão e ambos ficaram observando o brilho que aumentava gradualmente.
- São... vagalumes? – perguntou Hermione forçando a vista.
- Não – respondeu Harry.
- São fadas. – completou Rony – Elas sempre moraram aqui na varanda. Eu e Harry as descobrimos faz pouco tempo.
- Elas são lindas! – exclamou Gina admirada.
As fadas possuíam cores diferentes e que só eram perceptíveis quando se aproximavam. Suas peles eram brancas como neve e cheirosas como flores. Quando uma delas pousou no ombro de Hermione, a garota conseguiu ouvir baixos murmúrios, porém não entendeu o que de fato aquele ser mágico queria lhes dizer.
- Vocês planejaram isso? – perguntou Hermione, acariciando a fada branco perolado que estava em seu ombro.
Rony e Harry assentiram, sendo logo em seguida tomados por fortes abraços vindos de Hermione e Gina, as quais os beijavam amorosamente.
As fadas haviam voado para fora da sacada e agora embelezavam o céu daquela linda noite de Ano Novo, espalhando seu brilho e felicidade por onde passavam e deixando aquela noite mais única do que já era.

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Comentários (1)

  • Mariana Berlese Rodrigues

    SIMPLISMENTE P-E-R-F-E-I-T-O ESSE CAP. A-M-E-I *.* #MORRI  A-M-E-I <3 <3 <3  MUITOOOOOOOOOO LINDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA *.* CHOREI E RI MUITO AQUI :)

    2013-02-26
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