Eu a Amo



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Voltei pro salão comunal com o Sirius e o Remo finalmente. Quando eu entrei lá eu vi a Mya e a Leah indo na direção do buraco do retrato. As duas tinham lágrimas nos olhos.

- O que houve, Mya? - a voz do Remo era muitissimo alarmada

- A Lily... - Mya soluçou - Comensais da morte estavam andando pelo suburbio dos trouxas. Por puro prazer eles explodiram um ônibus chei o de trouxas, entre os quais estavam os avós da Lily.

- c-coitadinha dela - a Leah soluçou - Ela me pareceu t-tão legal e tão...

- Cadê ela? - eu perguntei

- Trancada no banheiro do dormitório.

Corri pro dorrmitório feminino. Não foi dificil lançar uma azaração que anulasse o feitiço das escadas. Subi correndo e entrei no dormitório das garotas. A cama da Lily estava abarrotada de livros. Eu ouvi soluços muito baixos vindos da porta a esquerda. A Chelsea estava batendo à porta tentando fazer com que a Lily a abrisse. Logo Mya, Leah, Sirius e Remo subiram também.

- Li? - eu substitiu a Chelsea batendo levemente na porta - Li, abra a porta. Não faz bem ficar guardando uma dor só pra si. Somos seus amigos, Lily, sabemos que está sofrendo.

- Vai embora, Tiago. - ela gemeu - Eu só quero ficar sozinha.

- Li, eu sei como você se sente... - eu precisei tomar fôlego antes de falar - Lembra da minha prima? Aquela que você viu uma foto dela na minha casa? O nome dela é Hannah. Os meus tios, pais dela, eram aurores muito competentes. Os comensais da morte procuraram eles. Pra proteger Hannah eles a trancaram num armário antes que os comensais entrassem e lançaram um feitiço do impertubabilidade pra que ela não gritasse.

Era a primeira vez que eu falava dessa história. Sentia como se estivesse tirando algo de venenoso de dentro de mim. Eu sabia que quando acabasse ia me sentir melhor.

- A Hannah assistiu de dentro do armário os próprios pais serem mortos e torturados. Como eu te falei nas férias, os Potter são total e completamente Traidores de Sangue, Lily. Acredite, eu sei exatamente como você se sente.

Ouvi um clique quando ela destrancou a porta. Ela abriu finalmente e me encarou. Era pior que a visão que eu tive no vestiário. A dor no rosto dela era tão verdadeira que eu próprio a sentia. Os olhos verde-vivos como esmeraldas estavam um pouco inchados e vermelhos. Nunca antes eu havia visto nada tão triste... Nem tão lindo.

- Os comensais fizeram isso por diversão, Tiago. - a voz dela estava ultrajada e falhou - Mataram os trouxas por diversão. Meus avós que jamais fizeram mal a uma mosca. E todas aq-quelas pes-ssoas! É tão... tão...

Ela enterrou o rosto nas mãos e soluçou inconsolável. Eu a puxei pra um abraço apertado e ela soluço no meu peito. Eu... precisava... Fazê-la... parar de sofrer! De alguma forma eu precisava vê-la sorrir, ter a Lily cheia de vida outra vez. Me dava um pouco de alívio saber que não era eu que causara aquela dor a ela. Mas era incrivelmente terrivel não poder fazer nada pra acabar com a dor dela.

Me lembrei de quando eu estava naquele estado. Eu não queria que sentissem pena de mim. Não queria ter platéia. E nem queria ouvir ninguém falar palavras de conforto que pra mim soavam ásperas e sem o menor sentido. O que mais me fazia sentir mal era a Hannah. Uma garotinha de sete anos que não tinha nenhuma maldade. Assim como a Lily.

Eu virei o rosto pra porta em tempo de ver a Chelsea assentir pra mim e tocar os outros pra fora do quarto silenciosamente. Eu me sentei na cama dela - era fácil saber qual das camas era a da Lily: Era a cama abarrotada de livros - e puxei-a pra mim. Ela sentou ao meu lado sem expressar nenhuma resistência. Beijei a testa dela e apertei-a com os braços. Ela chorou um pouco mais. Era como se ela estivesse aos pedaços e eu precisasse uní-la outra vez.

Era quase nove e meia da noite quando os soluços da Lily foram se tornando mais fracos e ela adormeceu. Beijei o rosto dela uma vez mais antes de deitá-la com cuidado e descer pro salão comunal. Meu feitiço havia perdido o efeito e no momento que eu pisei na escada ela virou um escorregador. Voltei antes de cair e escorreguei com cuidado. Lá embaixo Mya e Chelsea andavam de um lado pro outro roendo as unhas, ansiosas.

- Até que enfim! - a Chelsea vociferou - Como ela está?

- Dormindo. - eu respondi - Ela chorou até dormir, eu acho que ela vai acordar melhor amanhã. Por favor, por favor, por favor não demonstrem que sentem pena dela. Isso vai fazer parecer pior do que já é. Não peçam a ela que fale sobre isso. Ela vai falar quando sentir que não vai mais magoar ela, está bem?

Suspirei fundo e fui me sentar com os garotos e a Leah. Ouvi a Leah falar.

- Mas por que ele ficou lá sozinho com...

- Não seja ridícula, Leah - o Remo repreendeu - Lily e Tiago são como carne e unha e a garota está passando por uma situação difícil. O Tiago adora a Lily... Eles são muito próximos e o Tiago já passou pela mesma situação. Mas também por que você... Tiago! E a Lily? Como ela está? A Mya e a Chelsea estavam prestes a ter um ataque de preocupação.

- Acho que ela está melhor. Um pouco. Ela vai ficar bem. A Lily é muito forte.

Eu não me dei ao trabalho de me concentrar no que eles estavam falando. Não conseguia tirar a Lily da cabeça. Subi pra dormir pouco antes de dez horas. Parecia impossível que a pouco mais de duas horas eu estava preocupado comigo. Haviam coisas mais importantes que eu. A Lily, por exemplo.

**

Que pesadelo! A primeira aula era poções. Eu sempre fui ótimo em todas as matérias, mas tenho um tipo de bloqueio com poções. O Sirius adora rir da minha cara por causa disso. O Remo insiste que se eu estudasse um pouco mais, eu me daria bem. Ele dizia que era por que eu já havia colocado na cabeça que não sabia, alguma coisa desse tipo.

A Leah estava muito animada por voltar a Hogwarts. Alice e Danika ficaram muito animadas de vê-la. Assim como todos os amigos que a Leah deixara pra trás. Ela cumprimentou todo mundo. Eu fui pra aula de poções e vi que a Lily não faltara às aulas como eu achei que faria. Ela era realmente mais forte do que eu pensei.

Enquando eu esperava minha poção do sono cozinhar, fiquei levemente lesado com o cheiro da fumaça que saía dos caldeirões. Então uma vozinha rouca e aguda penetrou na minha cabeça. Precisei de alguns segundos pra reconhecer que era a voz da Alice, namorada do Frank Longbotton, falando com a Danika.

- Então a Leah voltou. Eu senti falta dela... Mas será que ela vai tentar voltar com o Tiago?

- O que você acha que ele vai fazer? O Tiago? Agora que a Leah voltou? Por que ele e a Lily estavam assim tão... tão enrolados!- Era a Danika que falava agora.

- Eu acho que ele vai ficar com a Leah. Você lembra do que a Lily falava dele por causa do Snape? "Aquele moleque arrogante e infantil azar as pessoas só por que é capaz" E também "Ele é um biltre presunçoso. Tem um monte de pessoas aqui capazes de muito mais coisa que Tiago Potter e não ficam se exibindo com um pomo idiota ou sacudindo o cabelo pra parecer que acabou de descer de uma vassoura". Lembra que ela ficava vociferando isso no dormitório o tempo todo?

- É. Mas o Tiago mudou, não foi? Ele parou de azarar as pessoas. E também você sabe que a Lílian sempre achou ele lindo e ela até confessou uma vez que achava o cabelo dele charmoso. Agora eles dois são amigos. Eu acho que ela gosta dele e naquele dia da festa, lembra? A Lily foi dançar com o goleiro da grifinória e o Tiago ficou todo mordido. Ele ficou totalmente enciumado.

- Isso não quer dizer nada... Ontem a Lily passou a tarde inteira chorando no dormitório. Você acha que o Tiago e a Leah estão juntos e por isso ela...

Eu não pude ficar calado. Me virei pras duas e falei secamente:

- A Lily estava chorando por que os avós dela foram mortos. E eu agradeceria se vocês duas forem cuidar das próprias vidas.

Se eu não estivesse tão bravo, teria rido. Elas ficaram inteiramente vermelhas e petrificadas ao notar que eu estava ouvindo. Me virei pro caldeirão e fiz uma careta pro cheiro que ele desprendia. Mais uma nota baixa em poções. Fala sério! Depois de entregar um pouco da poção do Remo - que ele fez o grande favor de me dar dizendo que depois dessa ele ia me obrigar a estudar mais - eu estava arrumando minhas coisas pra sair da sala. Quando a sineta tocou, fui alcançado já à porta da sala pela Leah.

- Ei, Tiago, que aula você tem agora?

- Hmm... Nenhuma. Tenho um período livre e depois tenho defesa contra as artes das trevas.

- Ótimo! Posso falar com você por um instante?

- Claro.

Eu a segui pelo jardim. Por mais ridículo que parecesse, enquanto andávamos eu notava algumas coisas que me lembravam da Lily. Ali a Lily tropeçou e derrubou os livros no lago. Eu, ela e o Sirius ficamos por horas lançando feitiços convocatórios tentando recuperar os livros dela. Naquela àrvore foi onde uma vez eu passei a tarde fazendo dever de casa atrasado com a Mya, o Remo e a Lily. A Leah parou pra sentar perto de uma pedra onde uma vez a Lily prendeu o pé e derrubou a Chelsea.

- Tiago... Você lembra o que me disse? Quando eu fui embora? - ela perguntou

NÃÃÃO! Ela vai me colocar contra a parede! E agora? E agora? E AGORA?

- Lembro.

- Você disse que me amava. Disse que sempre ia amar. Que nada pra você era tão importante quanto eu.

- Eu me lembro. - eu tremi.

Então tive um lapso. Era o que eu sentia. Era diferente. Não a mesma coisa. O que eu sentia pela Lily. Não, espera, deixa eu organizar os pensamentos.

Tem a Leah, certo? Ok. Eu estive muito apaixonado² quando a Leah foi embora. Certo. Ela foi embora e isso me deprimiu. Eu me acostumei a gostar, nada mais intenso pra não sofrer como sofri quando ela se foi. Eu não percebi que enquanto a dor passava, passava também a paixonite aguda. Mas você não pode impedir a si mesmo de amar alguém. Você não pode conrolar seus sentimentos. É! Eu me descontrolei. Eu não paro de pensar nela, ela é a coisa mais importante pra mim. Ela é linda, perfeita. Eu não mereço ela. Não. Mas eu a quero. E vou fazer o que puder pra tê-la. Eu. Amo. Lílian Evans. Ela é a minha ruiva. Minha ruiva. Eu a amo.

- Eu achei que quando eu voltasse - a voz da Leah me trouxe de volta - você estaria com alguém... Mas você não está.

- É, eu estou sozinho - falei numa voz rouca e entrecortada - Mas muita coisa aconteceu, Le. Lembra que eu te falei uma vez? Uma vez você me pediu pra te falar uma frase de efeito. Uma frase bonita. Lembra do que eu falei?

- Você falou: "A distancia faz florescer as paixõs, enquanto as longas distancias as fazem desaparecer."

- É, foi isso que eu falei. A distancia entre nós foi muito longa, Le. Eu não... Sempre vou amar você... De um jeito diferente. Mas não mais que o amor que eu sinto pelos Sirius, o Remo, a Chelsea e a Mya. É um amor de irmão.

- Igual ao amor que você sente pela Lílian? - ai, meleca.

Não vou confessar, o que eu faço, o que EU FAÇO, CARAMBA? Reparei que os olhos dela estavam marejados. Fiquei triste por vê-la triste. Mas não era mais o desespero agudo que eu sentia ao ver a Lily chorar. Mas eu queria de verdade que as coisas acabassem bem entre mim e a Leah.

- Leah, não chore, por favor. Eu gosto muito de você e quero de verdade que nós continuamos amigos, eu não...

- Se diz "continuemos" - ela soluçou

- Certo. - eu revirei os olhos, involuntáriamente. Antes eu achava engraçado a mania da Leah de corrigir os erros de ortografia de todo mundo. Agora era irritante - Mas eu não posso ficar com você sabendo que não é você quem eu... Quem eu gosto.

Alterei a frase. "Amo" é uma palavra muito forte. Não é aconselhável falar que ama uma pessoa pra quem você está dando um fora.

**

- Ai, droga! - falei assim que entramos no salão comunal.

Eu estava voltando do jantar com o Sirius, a Mya, a Leah e o Remo.

- Que foi? - o Sirius me olhou surpreso

- A Lily! - eu a indiquei

A Lily estava rodeada de livros. Pelo menos cinco livros grossos repousavam a seu lado. No mesa a frente dela estavam alguns pergaminhos enrolados, sinal de que ela já fizera todos os deveres. Ai, Jesus.

- O que tem a Lily? - a Mya perguntou

- Ela está com raiva, você não está vendo? - eles continuaram a me olhar, atônitos - Olha os livros! Ela tentou ler todos eles pra se distrair e desistiu. Fez até os deveres sozinha! Ela está com muito ódio, por isso tentou se distrair de todas as formas possíveis! Da ultima vez que isso aconteceu ela tentou matar o Sirius com a almofada, lembram?

- Eu não vou esquecer nunca. - o Sirius bufou - Ela jogou a almofada em mim com tanta força que eu achei que arrancaria minha cabeça.

Eu me aproximei cauteloso.

- Oi, Lily. - eu falei. Ela ergueu os olhos pra mim e ela parecia realmente muito brava. Ela ficava linda com raiva. - Posso sentar?

- É um país livre. Se você ler as regras da escola, não há nenhuma que proíba você de sentar aí. - Ironia ácida. Ela erá furiosa.

- Tudo bem, Lily?

- Estava até você aparecer.

- Por que?

- POR QUE EU ESTOU COM RAIVA DE... Esquece, tá bem? Não falem comigo.

Todos tiveram um acesso de riso com as palavras dela.

- Eu estou perdendo alguma piada? - Perguntei

- É que você tinha razão! - o Sirius riu - Você conhece a Lily até de cabeça pra baixo. Foi só ver ela de longe e você já viu que ela estava irritada.

Uma almofada voou pra cabeça do Sirius antes que eu pudesse esboçar qualquer reação.

- Ah... - fez a Lily - é tão bom extravasar um pouco sua irritação. Obrigada, Sirius.

- Hmmm. Eu acho que vou dormir, galera. - a Leah interrompeu as risadas que se seguiram - Boa noite.

Ela subiu as escadas num desânimo atípico. Eu suspirei. Ela vai ficar bem. Não há nada que eu possa fazer.

- Ela encostou você na parede hoje a tarde não foi? - o Remo me perguntou

- Remo! - eu gritei. - Você precisa falar sobre isso agora? Aqui?

- Sim. - o Remo disse calmo - Ela pareceu dasanimada a tarde inteira. Tiago. Ela esperava que você tivesse passado dois anos sem pegar ninguém? Esperando por uma garota que você achava que não ia mais ver?

- Não. - eu bufei entredentes - Ela só não esperava que eu tivesse me apaixonado por outra pessoa de verdade. Ela achava que tinha ficado com outras garotas, mas gostando dela, entende?

- Hmmm... Então você se decidiu. - O Sirius sorriu - Quer dizer então que você e a Leah são só amigos agora?

- É!! Você é surdo?

A Lily me olhou, surpresa.

- Então você e a Leah não... ?

- Não!

- HARRY! - ela gritou

- O que?

- Eu matei o Harry!

Ela pulou do sofá pra uma poltrona coberta de almofadas e tirou-as de lá. Debaixo das almofadas estava o urso que eu mandei pra ela.

- HARRY! Você está vivo! - ela gritou abraçando o urso.

- Lily, que diabos...?

- Bom, quando estou com raiva eu tenho que descontar em alguma coisa. Eu tinha prometido pra mim mesma que eu nunca mais descontaria no Harry. Mas hoje ele ficou me encarando com esses olhos de plástico o tempo todo, eu me irritei e joguei as almofadas em cima dele. Mas eu prometo que não vai mais acotecer, Harry.

- Hmm... Por que você chama o urso de Harry? - o Sirius me perguntou.

- Por que é o nome dele: Harry P... Patinson. Ele é meu filho. - Eu tive a impressão que ela mudou o sobrenome na hora.

- Patinson? - eu repeti - Achei que você gostasse do Taylor Lautner, não do Robert Patinson.

- Eu gosto dos dois, droga! E eu tenho que ir dormir.

Ela subiu a escada virtualmente aos pulos. Bom, eu tomei uma decisão: Vou acabar com esse desespero. Eu não sou bom o suficiente pra ela, isso é um fato. Mas eu a amo e vou dar um jeito de ficar com ela, nem que seja a ultima coisa que eu faça.

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N/A: Gente, o que vocês tão achando?
Agora que eu postei esse capítulo, vou demorar um pouco pra postar.
Eu preciso mesmo estudar. Amanhã eu tenho prova...
Por favor, comenteeem!
Eu preciso muito saber o que vocês estão pensando da fic!
Agora a Lily vai voltar a narrar até o fim da fic *eu acho*
Ah, minha amiga quis me matar pq eu coloquei uma fota da Ashley Tisdale como antagonista(Leah)
Falando sério: Eu amo a Ashley. E eu precisava de alguém bonita pra ser a Leah. Não tão bonita quanto a Hayley Williams(Lily), mas...
A Lily é a principal, caramba!
Comentem! bj

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Comentários (1)

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