Dois Mundos

Dois Mundos

 

Alvo, depois do duelo contra T.G. chegou no ápice da exaustão, o seu poder ocular desconhecido lhe causara um dano físico intenso, lhe retirara toda energia, já mal podia se movimentar.

Lançou-se na grama, estava na Floresta Negra, a sudeste da Alemanha, gostava daquele lugar, pois era tão belo quanto sombrio, é o lugar que costumava aparatar quando estava em apuros ou simplesmente precisava pensar. Mas daquela vez fora para se salvar, estava esgotado e não compreendia ainda o poder do Dievs Tumsas, só sabia que não deveria tê-lo usado.

Se seguisse o duelo sem ter utilizado seu poder secreto provavelmente venceria, mas ele estava, de alguma maneira, curioso para despertar aquele poder... Sua inclinação por poder não o abandonara e se tornara seu maior defeito.

Adormeceu...

Sentiu os primeiros raios solares em seu rosto, sentia uma dor terrível na cabeça e já com as forças recuperas levantou-se e limpou suas vestes da sujeira presente na relva: _ O que se passou, que tipo de poder era aquele? _ Alvo ainda estava atormentado pelo seu feitiço, mas precisava seguir em frente e a Alemanha era um ótimo lugar para obter noticias de onde andava Grindewald.

Aparatara novamente, dessa vez para a cidade de Berlin, onde tinha certeza que poderia reunir informações. Havia na capital um bairro mágico chamado Nachbarschafts Magie, mais conhecido por Nach onde provavelmente poderia encontrar alguém. Para encontrar este lugar ele precisava ir até o Zeppelin, que era um dirigível abandonado em um campo de concentração alemão, era naquele lugar desolado que poderia adentrar no mundo bruxo alemão.

Fora caminhando até a parte sul da cidade, os trouxas estavam todos com pressa, com rosto cansado devido a guerra que não dava trégua, Alvo podia ler na mente de muitos a dor da saudade de seus entes que tiveram que ir para a batalha, em outros o medo por serem Judeus e estarem embaixo do Nariz de Hitler.

Começou a entrar na parte rural da cidade e notara na quantidade de carros trouxas a passá-lo, em geral carregando soldados e prisioneiros para os campos de concentração. Chegara a um lugar que parecia uma fazenda onde havia muitos trouxas trabalhando a terra, todos eles usavam a mesma roupa esfarrapada, eram escravos.

Sentia na mente deles o desespero, a dor e a humilhação, estavam todos presos, com a única certeza: ninguém sairia vivo. Como ele deixara as coisas chegarem naquele ponto? Como se ausentara durante tanto tempo da realidade sofrida daquelas pobres criaturas? Não podia suportar, deveria ajudá-las... mas como? Como ajudá-las sem ser notado?

Dois soldados estavam de guarda na entrada do campo, Alvo se dirigiu a eles:

_ Olá, meus amigos, belo dia, não? _ Alvo falava bem alemão.

_Quem é você? _ Perguntou um soldado com um emblema da Nazi.

_ Sou apenas um peregrino a procura de respostas... _ respondeu educadamente.

_ Então procure em outro lugar, mas antes de ir me mostre seus documentos. _ Os soldados já se aproximavam.

_ Sem duvida, cavaleiros. _ Alvo colocou a mão no bolso de seu sobretudo,mas ao invés de retirar documentos retirara a varinha. _ Emperio. _ Murmurou Alvo.

“Detesto usar magia negra, mas não vejo saída”, pensou Dumbledore ao passar pelos trouxas. “Infelizmente não há como eu derrotar tantos exércitos de bruxos e trouxas sozinho sem usar truques sujos”.

Seguiu até uma grande casa no meio do campo, aos lados dessa casa havia diversos galpões, mas estes galpões não armazenavam grãos, mas sim pessoas.  _ Alohomora _  destrancara a porta e entrava na residência.

Retratos nas paredes... Fora a primeira coisa que reparara, mas não eram apenas retratos do Fuher, estavam ali retratos de Grindewald, já era inegável: ele estava destruindo pessoalmente os trouxas. Soldados estavam guardando a sala de entrada, estes Alvo colocou para dormir com um feitiço. Subiu as escadas, outro soldado apareceu. _ Legilimo _ Alvo estava vasculhando a mente do trouxa para descobrir onde se encontrava o chefe daquele local: escritório, última sala à esquerda

Se dirigiu ao local, parou em frente a porta e abriu. Lá dentro encontrava-se um homem, com uma varinha em punho, mirando diretamente para o peito de Dumbledore.

_ Como ousa. _ vociferou o velho com barba grisalha, vestido como um general.

_ Como ouso? Não entendo essa sua pergunta tendo em vista todos os crimes que anda realizando neste local nos últimos anos...

_ Não me venha dizer que devo ou não fazer seu bruxo de araque, este é o meu território, me foi garantido, agora já chamei meus guardas, logo estarão aqui e você terá uma estada no inferno, desgraçado.

_ Vejo que não tenho saída... _ Alvo Dumbledore rapidamente sacou a varinha e vibrou em direção ao bruxo. Cordas o prenderam em um esmagador nó, o feitiço de Dumbledore o pegou com muita facilidade. _ Precisamos conversar em um lugar mais discreto, por isso, te encontro em alguns minutos. Portus. _ O Bruxo desaparecera.

_ Agora preciso destruir este local _ Todos os soldados do campo de concentração já encontravam-se dentro do prédio, todos os presos foram encarcerados dentro dos galpões quando foi notada a invasão ao campo.

Alvo ergueu a varinha, e começou a murmurar um feitiço extremamente poderoso, que provocou o prédio inteiro, fazendo que ele tremesse desde sua base. _ Contritio Magna.

De longe se pode escutar o barulho da explosão. O prédio todo foi aos ares, todos os soldados foram mortos, nenhum preso foi atingido. Passaram muitos anos daquela explosão e os trouxas nunca conseguirão interpretar o que causara tal tragédia

Alvo já se encontrava novamente na Floresta, não foi necessário ele ingressar no Nach para perceber o porquê do portal para o bairro bruxo se encontrar em um campo de concentração: quem controlava o mundo trouxa e quem tinha acesso e controle sobre todo o transporte bruxo eram os seguidores de Grindewald, mas já tinha a quem interrogar e esta pessoa se encontrava bem amarrada aos pés de uma árvores negra....

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