Poder Oculto



Poder Oculto


 


Uma névoa cobria o vilarejo de Godric’s Hollow naquela noite. Tudo parecia calmo, as luzes das casas dos trouxas estavam todas apagadas e não havia nenhuma iluminação pelas ruas. Um estalo rompe o silêncio, Alvo voltara a sua casa depois de anos sem sequer pisar naquele terra. Todos os lugares que ele olhava ressuscitavam lembranças do passado... lembranças dolorosas de sua irmã, por isso, evitava á todo o custo ir ao vilarejo.


_Homenum Revelio_ Dumbledore não sentiu nenhuma presença humana naquelas ruas, além de um gato preto em cima de uma das casas. _Lumus_ Começara a se dirigir á Igreja que era o maior prédio daquele lugar.


O cheiro de orvalho entrava nos pulmões de Alvo. Ele observava com cuidado todos os cantos para ter certeza que não estava sendo observado. Não demorou muito até ele se deparar com uma casinha de madeira abandonada que se encontrava perto da Igreja.


Aquela casa... Despertava uma dor tão profunda, não só o sentimento de culpa enchia o coração de Alvo, a solidão era o seu maior pesadelo, a falta que sua família fazia era uma dor quase insuportável, que fazia com que seu peito pesasse.


Entrou na casa, seus passos lentos não eram simplesmente para que ele pudesse reconhecer a fachada de seu antigo lar, eram também de medo, medo daquilo que ele lembraria.


A casa em seu interior estava toda revirada, logo depois do duelo entre ele, seu irmão e Grindewald seguido pela terrível morte de Ariana, nem Alvo de Aberforth tiveram coragem de entrar naquela casa.


Dumbledore imediatamente olhou o local que ele lembrava de ver sua irmã caída, desfalecida, a dor rompeu o seu peito, ele se ajoelhou defronte ao local em que sua irmã fora morta, as lágrimas encheram seus olhos, o sentimento de culpa invadia seu coração. Alvo sabia que, mesmo sendo ele inocento do feitiço que matara sua irmã, ele ainda era culpado por ter trazido Grindewald, ainda era culpado de ter feito florescer o ódio em seu coração, ódio este que culminaria na morte e sofrimento de trouxas inocentes. Isso era insuportável, ele estava em divida eterna com todos os trouxas pois, neste momento ele vivenciava o mesmo sentimento que vários sentiam, ao ver suas famílias sendo despedaçadas pelo regime de Grindewald, que enfeitiçara através da maldição Emperius alguns homens que vieram a ser ditadores do mundo trouxa e hoje espalhavam caos no mundo, entre eles o Fuher Hittler.


_Ariana, desculpe. Sei o que fiz, sei que fui arrogante em todos esses anos, sei dos momentos em que você precisou de meus cuidados e eu só me preocupei comigo, de quando nossa mãe precisou da minha cooperação e eu estava tão distante. Sei o quão arrogante fui durante todos esses anos, desrespeitei todos que estavam na minha volta, todos que eu amava. Desculpe. _  Dumbledore colocava para fora tudo que absorveu de sofrimento durante todos aqueles anos.


_Ariana, quero que onde você esteja, escute isto. Sei o mal que fiz, também sei que ele não pode ser remediado, entretanto, vou dar um novo inicio para este mundo de ódio: vou transformar este mundo. Para todo aquele que nascer tenha o direito a liberdade, o direito de respirar. Não vou permitir que tiranos tomem o poder e destruam esses sonhos. Eu prometo Ariana, lutarei com todos que tentarem destruir esse sonho, não vou descansar até o dia da minha morte! Isto é uma promessa.


Neste momento Dumbledore se levantou e com uso de sua varinha começou a murmurar algumas palavras em língua estranha. Então concluiu_ Eu Alvo Dumbledore prometo defender o mundo contra toda a ameaça das trevas, inclusive contra eu mesmo se for necessário. _ O voto perpétuo fora feito, a promessa mortal, feita a um morto.

 


Já se passavam das 4h da manha quando outro estalo pode ser ouvido no vilarejo. Dessa vez o bruxo encarregado de destruir Alvo que desaparata e pronuncia _ Homenum Revelio _ ele consegue sentir a presença de todos que estão no vilarejo, sendo bruxo ou trouxa, entretanto, uma presença chama a sua atenção _ Dumbledore, te achei.



 


Alvo troca as suas vestes, dessa vez ele coloca uma veste menos formal, como as vestes de aurores e corta sua barba completamente, revelando seu rosto ainda jovem. Ele não quer ser reconhecido pelos seguidores de Grindewald, pois isto, com certeza, geraria problemas. Agora poderia ir onde quisesse sem ser reconhecido, chegara à hora de partir.


Dumbledore abre a porta de saída com grande cuidado e cautelosamente espia para ter certeza de que não fora seguido, e percebe que a rua se encontra tão vazia quanto antes. Então ele se retira da casa. Dirige-se á um ponto bem no centro da praça onde pode aparatar sem perigo, pois em quase todas as casas existiam feitiços de proteção que poderia afetar sua aparatação.


Enquanto caminhava, Alvo percebe que a noite estava diferente, Alvo consegue sentir uma precença mágica, como se houvesse outro bruxo, um bruxo poderoso, muito perto...


_Alvo _ sussurra T.G. _ Vejo que você, assim como eu, percebeu que esta noite é perfeita para uma caminhada.


_Acho que sei quem você é, você é Theodore Goodbane, um dos capangas do bruxo das trevas, vejo que vocês são rápidos, já vieram me buscar...


_Bom Alvo adoraria bater um papo com você, mas receio que meu tempo é curto, portanto, PETRIFICUS TOTALUS.


Alvo ergue sua varinha e rebate o feitiço para longe. _ Só isso que os seguidores de Grindewald podem fazer... Acho que vou mandá-lo de volta a escola de magia!


T.G. aparata e reaparece alguns metros de distância de Dumbledore e ergue a varinha. Neste momento acontece algo que Alvo nunca tinha testemunhado, os olhos de T.G. estavam brilhando como se uma carga muito grande de eletricidade estivesse armazenada ali e sua varinha dispara um raio de eletricidade.


Alvo faz sua varinha vibrar no ar, o que desperta uma das árvores que é arrancada com raiz e tudo, esta recebe o raio, transformando-se em vários pedaços, T.G. continua com o brilho no olhar, o que faz Alvo recuar novamente para sua casa.


T.G. libera raios em direção á casa onde Alvo se abrigara. O poder de destruição era absurdo, logo a casa estaria em ruínas e Dumbledore morto. Só tinha uma coisa a fazer... Alvo havia descoberto um poder que nunca tinha visto antes, um feitiço de estremo poder, que não dependia de palavras mágicas, mas que vivia nele, fazia parte de sua alma. Mas Alvo nunca teve coragem nem necessidade de despertar este poder e ele temia o que esta força poderia fazer.


_Saia daí Alvo, mais um disparo e esta casa irá pelos ares com você junto_ Debochava Theodore.


Neste momento, Alvo se levanta e marcha em direção ao bruxo das trevas, mas havia algo errado...


_Resolveu se entregar, que papel ridículo, nem sei por que o mestre se preocupa com você... O QUE?


Os olhos de Alvo também haviam mudado só que não brilhavam uma luz forte como a de T.G., mas os seus olhos estavam envoltos de uma grande escuridão, uma umbra impenetrável que só de olhar podia congelar o sangue.


_Dievs Tumsas_ vocifera Dumbledore. Neste momento T.G. cai de joelhos no chão, seus olhos voltam a tonalidade normal, mas eles estvam sem vida, como se tivessem virado pedra, todo o corpo do bruxo ficara paralizado, com um olhar fixo e distante...


_Exodus _o feitiço se acabava, Theodore cai no chão, ainda sem se movimentar.


Os olhos de Alvo recuperam sua cor e ele aproveita o momento para aparatar. Agora só se ouvia as chamas da antiga casa dos Dumbledore que estava sendo consumida, e gemidos de um bruxo derrotado por um poder que ele não compreendia...

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