Verdade ou mentira?



Metade do cap gente... Qdo terminar de postar aviso, mas vou postar aki mesmo... espero que gostemm...




Narrado por Tiago Potter


 


Eu sempre quis beijá-la. Durante anos fiquei imaginando o gosto da sua boca e a suavidade do seu toque!


 


Esse beijo era para ter sido perfeito, mas...


 


Estávamos tensos de mais, quase imóveis esperando o outro ter reação, e mesmo quando conseguimos nos lembrar que precisávamos nos mexer as coisas ainda ficaram um pouco tensas de mais.


 


Nunca pensei que eu poderia ficar sem reação ao beijar alguém.


 


Claro que sempre soube que a Lily iria ser um pouco relutante, mas nenhum de nós conseguir relaxar foi estranho, não sei se tivéssemos mais tempo teria dado certo, só sei que não foi o melhor beijo da minha vida como deveria ser!


 


E se a Lily pensar que eu beijo mal e não quiser mais me beijar?


 


E se não fomos feitos um para o outro?


 


- Voltamos outra hora. – disse a Lene saindo do quarto e puxando o Sirius.


 


Talvez se eles não tivessem entrado no quarto nós tivéssemos relaxado e o beijo tivesse ficado bem melhor?


 


Estava cheio de dúvidas e aposto que a Lily também estava, e percebi que estava certo quando a olhei.


 


- Não deveríamos ter feito isso. – ela comentou sem me olhar.


- Acho que estávamos um pouco tensos. – comentei.


- Acho melhor darmos um tempo. – ela comentou chateada.


- Lily... Não desista assim. Nós fomos interrompidos quando... – comecei tentando me aproximar.


- Eu sei. Só precisamos de um tempo para nos acostumarmos com tudo isso. Eu preciso de um tempo. – ela comentou desviando o rosto quando fui beijá-la de novo.


- Esta desistindo? – perguntei chateado.


- Claro que não! Só que podemos fazer isso sem nos beijarmos realmente. É só por um tempo. – ela comentou ficando extremamente vermelha.


- Me desculpe Lily. Eu sabia que você não estava pronta ainda e forcei a barra. – comentei desapontado.


- Como vamos fazer com tudo isso? – ela me perguntou depois de alguns minutos em silêncio.


- Esta se referindo a nossa pequena mentira? – perguntei na dúvida.


 


Ela fez que sim com a cabeça ainda sem ter muita coragem de me olhar.


 


- Vamos fazer como deve ser feito ruiva, mas claro, sem beijos. A menos que você já tenha mudado de idéia. – comentei tentando descontrair.


- Acha mesmo que isso vai dar certo? – ela me perguntou pensativa.


- Mas é claro que vai dar certo. Vamos enganar sua irmã, seu pai vai ter tempo para digerir a noticia, você se acostumara com tudo isso e ficaremos bem.


- Tenho medo que as coisas se compliquem ainda mais. – ela comentou indo para a varanda.


- Só vão se complicar se você não nos der uma chance ruivinha. – comentei a abraçando por trás.


 


Senti ela ficando tensa com a abraço repentino, mas não a soltei.


 


Acho que se passaram alguns minutos antes dela começar a relaxar e logo também o pessoal voltou.


 


- Eu disse que sou irresistível. – escutei o Sirius comentando quando entrou no quarto.


 


Soltei a Lily e voltamos para o quarto sem dizer nada.


 


- Vocês deveriam ter visto a cara da Petúnia quando o Sirius e o Remus começaram a flertar com ela. – comentou a Dora rindo.


 


Eu ainda estava esperando algum deles falar alguma coisa sobre o beijo que a Lene e o Sirius viram.


 


- Sua mãe falou que logo o jantar vai ser servido. – comentou a Lene.


 


Eu e a Lily nos olhamos ainda esperando os comentários.


 


- Acho melhor ver se ela precisa de ajuda. – comentou a Lily.


- Eu vou tomar um banho. – comentou a Lene.


- Eu vou junto. – disse o Sirius com um sorriso enorme.


- Eu vou desfazer as malas. – disse a Dora já pegando a mala dela.


- E nós vamos ficar fazendo o que? – perguntei.


- O quarto é de vocês. – comentou a Lily antes de sair.


 


Assim que a Lily saiu do quarto todos voltaram correndo e se sentaram em algum canto e ficaram me olhando.


 


- Por que estão me olhando assim? – perguntou desconfiado.


- Estamos esperando você contar as novidades. Não podíamos perguntar na frente da Lily. – comentou o Remus dando de ombro.


- Não tenho novidades. – respondi dando de ombros.


- Como não seu veado? E aquele beijo? – perguntou o Sirius.


- Eu vi vocês dois se agarrando! – afirmou a Lene sorrindo travessa.


- Foi só um beijo e não foi muito bom por sinal. – comentei tentando evitar uma careta.


- Não foi bom? – perguntaram as meninas alarmadas.


- Não é que não foi bom, mas estamos tensos que de mais, e não deu tempo para relaxar já que os dois indivíduos resolveram atrapalhar. – comentei apontando o Sirius e a Lene.


- Não acredito que você beija tão mal assim. Aposto que a ruiva saiu correndo. Agora vou ter que tirar o trauma dela. – comentou o Sirius tentando me fazer sorrir.


- Na verdade foi tudo bem rápido. Eu estava pressionado a Lily. Queria respostas. Queria saber que ela vai nos dar uma chance e acabei a beijando. Ela ainda não estava preparada para isso.


- Você a pressionou? – perguntou o Remus incrédulo.


- Na verdade sim. Não queria ficar fingindo ser namorado dela se ela não estivesse disposta a tornar isso uma coisa agradável e benéfica para nós dois.


- Falou até bonito agora. – comentou a Dora rindo.


- E o que foi decidido? – perguntou a Lene.


- Na verdade só discutimos isso por cima. Podemos andar abraçados, de mãos dadas e tudo mais, mas a Lily ainda quer um tempo para avançarmos mais que isso. – comentei chateado.


- Mas agora as coisas vão ser mais rápidas.  – comentou o Remus.


- Bem mais rápidas! – comentei sorrindo.


- Por isso vocês estavam abraçados na varanda. – comentou o Dora.


- Eu a abracei. Acho que demorou uns cinco minutos pelo menos para a Lily relaxar, mas logo ela se acostuma com isso. – respondi sorrindo.


- Agora as coisas vão dar certo Tiago. – comentou a Lene me abraçando.


- Não acredito que vocês estão praticamente namorando. – comentou a Dora feliz.


- Precisamos comemorar. – comentou a Lene.


- Na verdade não podemos. Precisamos fingir que tudo é normal. Se ficarmos comentando sobre isso, vai ser mais difícil a Lily entrar no espírito da coisa. – comentou o Remus.


- Isso mesmo Aluado. Comentários maldosos só enquanto a Lily não puder ouvir. – comentou o Sirius antes deu dar outro tapa na cabeça dele.


- Não acostuma com isso não veado. – ele comentou massageando a cabeça.


 


Antes da Lily subir todos nós já tínhamos tomado banho e estávamos contando piadas.


 


- Acho que perdi a parte legal do dia. – ela comentou se jogando na cama em cima do Sirius.


- Você esta me esmagando! Eu vou morrer! – começou a gritar o Sirius.


 


Claro que não conseguimos fazer muito além de rir do drama do Sirius.


 


- Veado! Tira essa obesa de cima de mim! – pediu o Sirius enquanto nós ainda riamos.


- Eu não sou obesa. – reclamou a Lily.


- Lenezinha... Eu deixo todos os meus bens para você e minha dividas para a minha mãe. – comentou o Sirius. – Eu estou vendo a luz!


- Para de drama Sirius. – comentei ainda rindo e puxando a Lily de cima do Sirius.


- Você tem sorte que eu não posso usar a minha varinha ruiva. – ele comentou se sentando na cama.


- Eu não preciso de varinha para ganhar de você Six. – comentou a Lily antes de empurrar o Sirius que acabou caindo sentado na cama de novo.


- Eu te pego ruiva. Vou jogar você na lama. Sua anãzinha de jardim. – ele disse já se levantando e correndo atrás da Lily.


- Para me pegar você vai ter que pegar o Remus primeiro. – disse a Lily se escondendo atrás do Remus.


- Eu não estou na brincadeira. – comentou o Rems antes do Sirius se jogar em cima dele.


- Montinho no Aluado! – eu gritei me jogando em cima dos dois.


 


Não vi quem veio depois, só senti o peso caindo.


 


- Já podem sair! – comentou o Sirius com a voz sufocada.


- Espera aí! Eu ainda não subi! – escutei a Lily.


- É que você não alcança sua anã. – retrucou o Sirius.


- Não seja por isso. – comentou a Lily.


- Não faz isso Lily. – escutei a Dora reclamando.


- Um... – a Lily começou a contae.


- Me deixem sair daqui! – gritou a Lene.


- Eu saio primeiro. – disse a Dora nos empurrando ainda mais tentando se levantar.


- E o que esta acontecendo aí em cima? – perguntou o Remus.


- Dois... – disse a Lily.


- A Lily vai se jogar de cima da cama. – gritou a Dora já se afastando.


- Socorro! – gritou a Lene se jogando do meu lado.


- Três! – disse a Lily se jogando em cima de mim.


- Aí! Não sabia que iria doer tanto seu monte de ossos. – reclamou ela.


- Eu vou morrer esmagado! – gritou o Remus.


- Saiam de cima de mim! – brigou o Sirius.


- Lily a posição esta ótima, mas o Aluado e o Almofadinhas vão morrer se não levantarmos. – comentei.


 


A Lily ficou rapidamente vermelha e tentou se levantar.


 


- Estou vendo a luz. – gritou o Sirius.


- Não vá para a luz Six. – pediu a Lene.


 


Vendo que a Lily não conseguia se levantar eu tive que levantar e a levar junto livrando o Remus e o Sirius de uma morte terrível.


 


- Eu ainda tenho meu corpo! – gritou o Remus massageando o corpo. – Esta tudo doendo! – reclamou ele.


- Eu estou vivo! Essa anãzinha já acabou com duas vidas minhas em um dia. – reclamou o Sirius.


- Fiquem aí se lamentando que eu vou tomar banho antes que a minha mãe... – dizia a Lily antes de ser interrompida.


- Aberração! A mamãe esta chamando. – disse a Petúnia já entrando no quarto.


- Não sabe bater na porta? – reclamou a Lily.


- O que esta acontecendo aqui? – perguntou a Petúnia nos analisando.


 


As meninas estavam descabeladas e nós sem ar.


 


- Nada que seja da sua conta. – respondeu a Lily irritada.


- Vou contar para o papai. – comentou minha cunhada irritada.


- E por que não foi ainda? – perguntou a Lily irritada.


 


Eu quase vi saindo fumaça da cabeça da Petúnia antes dela sair do quarto batendo o pé.


 


- Ela vai inventar alguma coisa Lily. Não deveria tê-la deixado sair assim. – comentou a Dora.


- Ela iria inventar de qualquer jeito. – respondeu a Lily dando de ombros.


- Acho que seu banho fica para depois. – comentou o Remus.


- Fazer o que! – ela respondeu dando de ombros.


- Então vamos comer que eu estou morrendo de fome. – comentou o Sirius sorridente.


- Novidade! – comentou a Lene.


 


E lá vamos nós para o nosso primeiro jantar em família.


 


 


Narrado por Lílian Evans


 


Fiquei pensando na conversa que tive com o Tiago enquanto ajudava a minha mãe. Tudo ainda é novo para mim e espero que acostumar com a idéia logo, e que tudo dê certo. Não quero sofrer de novo!


 


- Então vamos comer que eu estou morrendo de fome. – comentou o Sirius sorridente.


- Novidade! – comentou a Lene.


 


Eu sai do quarto e todos foram junto comigo sentido a cozinha, mas foi bem estranho quando estávamos chegando na cozinha senti a mão do Tiago procurando a minha.


 


Paralisei na hora! Acho que fiquei em uma posição bem constrangedora também, se duvidar uma das minhas pernas ficou levantada.


 


Não sei o que acontece comigo quando ele chega perto, principalmente sem avisar. Meu corpo inteiro treme, fico estática sem saber como agir, pensar ou falar.


Será que isso algum dia vai passar? Não vou conseguir viver assim por muito tempo.


 


Olhei para as meninas. Eu precisava de uma ajuda!  Mas elas agiram como se eu estar de mãos dadas com o Tiago fosse a coisa mais normal do mundo. Isso não é normal!


 


- Relaxa Lily! – escutei o Tiago dizendo no meu ouvido.


 


Ok! É só respirar fundo e imaginar que estou andando de mãos dadas com as meninas. Nós fazíamos muito isso quando éramos mais novas.


 


Vamos lá Lily... É só agir normalmente.


 


- Por que estão parados aí iguais bobos? – perguntou minha mãe surgindo no vão da porta.


- Estamos brincando de estátua e a Lily não quer perder de jeito nenhum. – comentou o Sirius.


 


Minha mãe nos olhou estranhamente e voltou para a cozinha.


 


Brincando de estátuas? Onde o Sirius tirou isso?


 


- Estátuas? – perguntei descrente.


- O que eu poderia responder se sem motivo você ficou parada aí feito uma estátua? – ele me perguntou dando de ombros.


 


Foi quando todos ficaram quietos de novo que fui novamente me lembrar que eu estava de mãos dadas com o Tiago!


 


É estranho... Um estranho bom claro... Tirando a parte de não saber como agir é bom estar perto dele. É gostoso, não tem explicação, é como se uma paz interior me invadisse.


 


- Esta pronta? – escutei a voz do Tiago.


 


Dei um sorriso sem graça e fui para a cozinha.


 


Nos sentamos lado a lado na mesa e minha mãe sorriu enquanto terminava colocar as panelas na mesa.


 


O jantar estava bem agradável até que meu pai resolveu fazer uma investigação sobre a acusação insana da Petúnia que eu nem sei qual é:


 


- Então meninos... O que vocês estavam fazendo enquanto a comida não ficava pronta? – perguntou meu pai sério.


 


Reconheci aquele olhar. Ele sempre me diz que estou com problemas.


 


- Estávamos só conversando. – comentou a Dora.


- Até que o insano do Sirius resolveu dar um montinho no Remus. – comentei sabendo que meu pai não iria acreditar em “conversando”.


- Eu não sou insano! – reclamou o Sirius.


- Meu amigo... Já te falei mil vezes que mentir assim é muito feio. – disse o Tiago segurando o riso.


 


Vi minha mãe segurando o riso quando o Sirius fez uma careta.


 


- Só sei que você deveria castiga-los tio. Eles quase mataram o meu namorado. – comentou a Dora.


- Quase mataram o seu namorado? E o coitado do Sirius? – perguntou a Marlene.


- Eu fui esmagado, trucidado, perdi algumas vidas, cheguei a ver a luz, mas fiquei aqui pela Lene. – comentei o Sirius dramático.


 


Agora foi a vez do meu pai segurar o riso.


 


- A minha pobre pessoa foi massacrada por esse ser minúsculo. – disse o Sirius apontando para mim.


- Eu não fiz nada. – comentei dando dele ombros.


- Ninguém tem culpa se você é pequena Lil. – comentou o Tiago.


- Palhaço! – reclamei.


- Essa pequena anã quase me matou. Eu quero uma indenização. – comentou o Sirius novamente.


- O que a Lily te fez? – perguntou meu pai ainda segurando o riso.


- Esse ser... Essa coisa pequena que chamamos de ruivinha – ele disse se levantando e fazendo o maior drama apontando para mim – Essa coisa ruiva não conseguiu subir no montinho.


- Não acredito Lily! – comentou minha mãe rindo.


- E foi esse mesmo ser minúsculo que resolveu se jogar no montinho de cima da cama.


- Não acredito Lily – comentou meu pai rindo


- E claro que essa obesa esmagou todo mundo. – comentou a Petúnia enjoada.


- Menos eu é claro. Eu sai do montinho antes da Lily se jogar. – comentou a Marlene


- E eu também. Não queria ser massacrada. – comentou a Dora.


- Eu não sou pesada suas baleias. –respondi mostrando a língua para as duas que retribuíram.


- Então a Lily só esmagou os meninos? – perguntou minha mãe que se divertia com a história.


- Na verdade ela só me esmagou tia. – respondeu o Sirius.


- Só você? Eu estava em baixo de você. – comentou o Remus.


- Mas quem sofreu o impacto fui eu. – comentou o Tiago.


- Até tu brutos? – perguntei indignada.


- Quem é brutos? – perguntou o Sirius.


- Não sou obrigada. – disse a Petúnia se levantando e indo para o quarto.


- Deixa para lá Sirius. – comentou o Remus.


- Eu queria ter visto essa cena. – disse meu pai rindo.


- Podemos reconstituir a cena. – comentou a Lene.


- Claro que podemos... Você estava em cima e não em baixo. – comentou o Sirius emburrado.


- Vocês são umas figuras. – disse meu pai antes de dar um beijo na minha mãe e sair da cozinha rindo.


- Vou tomar um banho. – eu disse já me levantando.


- Eu vou junto. Vou arrumar as camas. – comentou a Dora.


- Eu te ajudo. – comentou o Remus se levantando.


- Eu vou precisar de ajuda na cozinha. – escutei minha mãe falando e subi correndo.


 


Odeio lavar louça.


 


Tomei o meu banho sossegado, até pensei em ajudar o casal a arrumar a cama, mas acho que eles estavam mais bagunçando do que arrumando.


 


Achei estranho a Lene e os meninos não terem subido ainda e resolvi ver o que estava acontecendo na cozinha.


 


- Foi hilário o Tiago acompanhando a Lily pelo castelo inteiro em cima de uma vassoura. – escutei o Sirius comentando.


- E é claro que a Lily fingia que ele não existia. – comentou a Lene fazendo todo mundo rir.


 


Claro que não escutei a voz do Tiago com tudo isso.


 


- Ai meu Deus. Me desculpe querido. Foi sem querer. – escutei minha mãe dizendo.


- Não foi nada. – escutei a voz do Tiago e corri para a cozinha.


 


Não sei por que não imaginei isso antes. Lá estava minha mãe terminando de lavar a louça com uma vasilha na mão onde antes tinha água que estava agora no chão e na blusa do Tiago.


 


- Tire essa camisa que eu vou colocar para secar para você. – disse minha mãe já pegando na camiseta do Tiago para ajudá-lo a tirá-la.


 


Tirei a varinha no bolso e sequei a camisa dele na mesma hora. E vi todos me olhando.


 


- Não vi que estava aí meu amor. – comentou minha mãe sem graça.


- Pensei que iria ser mais discreta. – comentei guardando a varinha.


- Culpa sua! – ela respondeu dando de ombros.


- Pensei que você não pudesse fazer magia ainda Lily. – comentou a Lene segurando o riso.


- Não posso, mas o Tiago e o Sirius podem. – comentei dando de ombros.


- Não entendi. – comentou minha mãe.


- Eles não sabem quem fez a magia, só de onde ela vem, por isso nunca posso fazer magia, senão vou ser descoberta, mas como os dois estão aqui... – comentei dando de ombros.


- Eu sabia que você tinha um lado maroto Lily. – comentou o Sirius sorridente.


- É mais fácil você deixá-la fazer o que quer. – comentou a Lene.


- Você esta parecendo uma adolescente mãe. – reclamou a Lily emburrada.


- Você teve a quem puxar. – ela respondeu sorrindo. – E não é culpa minha se vocês me contaram essa história umas dez mil vezes no verão passado. Eu só fiquei curiosa. – ela respondeu dando de ombros.


 


Só revirei os olhos.


 


- Ainda não entendi essa história. – comentou o Tiago.


- Nem eu. – comentou o Sirius.


- Já que vocês têm essas maravilhas na mão por que não lavaram a louça? – perguntou minha mãe revoltada para o Sirius e para o Tiago.


 


Acho que foi mais para mudar de assunto.


 


Vi os dois se olhando engraçado, mas resolvi não interferir.


 


- Vou deixar os homens cuidando da cozinha e vou ver se o casal não destruiu o quarto. – comentou a Lene.


- Vamos arrumar aquelas camas logo. – eu disse subindo com ela.


- Se precisar tem cobertor lá no meu quarto. – escutei minha mãe falando enquanto eu subia as escadas.


 


Será que é confiável deixar aqueles dois sozinhos com a minha mãe na cozinha?


 


- Acha que sua mãe vai querer atacar o Sirius e o Remus depois? – perguntou a Lene quando chegamos à porta do quarto.


- O Sirius eu acho que sim, mas o Remus eu não posso afirmar por que eu nunca... – eu disse abrindo a porta, e para o nosso espanto o Remus e a Dora estavam os dois sem camisa.


- Eu não vi isso! – eu disse voltando para o corredor.


- Não façam isso onde eu pretendo dormir! – escutei a Lene reclamando.


 


Eu acho que ainda estava em estado de choque quando o Sirius e o Tiago subiram.


 


- Você esta bem ruiva? – o Sirius me perguntou me olhando preocupado.


- Pensei que você era o mais pervertido. – comentei apontando para o Sirius.


- Perdi alguma coisa? – perguntou o Tiago me olhando com uma sobrancelha levantada.


- Acho que mais alguns minutos que teríamos outra meia na porta. – eu disse enjoada.


- Esta falando que o Aluado e a Dorinha estavam... – começou o Sirius malicioso. – É isso ai Aluado! – disse o Sirius entrando no quarto.


- Você não parece muito bem. – comentou o Tiago ainda me olhando estanho.


- Estou traumatizada! – respondi.


- Eles estavam sem roupa no seu quarto? – ele perguntou alarmado.


- Estavam tirando a roupa. – respondi chateada.


- Vou falar com os dois. – ele me disse.


- Não precisa. – eu disse chateada.


 


Acho que a Lene já deve ter falado o suficiente.


 


- Mas Lily... – começou o Tiago.


- Eles só se empolgaram. – eu respondi sorrindo.


 


Eca! Ainda bem que chegamos antes de acontecer alguma coisa.


 


Vi o Tiago sorrir para mim com aquele sorriso “eu tenho trinta e dois dentes”.


 


- Vamos! – ele me disse pegando a minha mão e me puxando para dentro do quarto. – Posso saber que fará é essa? – ele perguntou sério quando vimos a bagunça que estava tudo.


- Culpa do Sirius. – comentou a Dora.


- Culpa do Aluado que revidou. – comentou o Sirius na defensiva.


- Eu preciso de um banho. – eu reclamei quando vi todas aquelas penas espalhadas pelo quarto.


 


Narrado por Tiago Potter


 


Eles são malucos!


 


- Agora que a Lily entrou no banho é melhor vocês arrumarem logo isso. Precisamos arrumar as camas antes que a casa inteira vá dormir.


- Não precisamos de cobertor nem nada Tiago, relaxa. Nós sempre ligamos o aquecedor no máximo e dormimos sem coberta. – comentou a Lene.


- Por que vocês não pegam a coberta? – perguntou o Aluado também sem entender.


- Muito trabalho para guardar. – respondeu a Dora dando de ombros.


- Mudando de assunto. Por que a mãe da Lily quer tanto que o veado tire a roupa? – perguntou o Sirius.


- Vamos dizer que a Lily acha o nosso amigo aqui muito sexy sem camisa. – comentou a Lene piscando para mim.


- É por que ela não me viu sem camisa. – comentou o Sirius.


- E nem vai ver. – comentei revoltado.


- Tem medo dela preferir a mim como todas as mulheres veadinho? – me perguntou o Sirius sorrindo malicioso.


- E lá vão eles para mais uma briga sem fundamento. – escutei o Aluado comentando enquanto eu e o Sirius corríamos pelo quarto.


 


Não demorou muito para a Lily sair do banho e as meninas irem se trocar.


 


Achei muito linda quando vi a Lily com aquele pijama de flanela, eu sei que o pijama não era sexy nem nada, e cobria tudo e mais um pouco por ser pijama de frio, mas ela me pareceu ainda mais inocente e delicada do que já é.


 


- Já disse que você é linda? – perguntei para ela quando ela passou do meu lado.


- Não comecem com a melação. – pediu o Sirius fazendo careta enquanto a Lily passava de branca para rosa e vermelho em milésimos de segundos.


 


Ficamos conversando enquanto as meninas se arrumavam, e olha que eles demoraram e quando saíram do banheiro as duas estavam com camisolas curtas de calor.


 


Vi a Lily levantar a sobrancelha espantada para as duas, mas não comentou nada.


 


- Vocês não vão se trocar? – perguntou a Dora depois de algum tempo.


 


Olhamos um para os outros sem entender e tiramos a camisa.


 


- Já estamos prontos para dormir. – comentou o Remus.


- Agora você já pode babar ruiva. Sei que sou gostoso. – comentou o Sirius.


- Menos Sirius. – reclamou a Lene.


 


Foi quando olhei para a Lily que encarava as minhas costas de um jeito que nunca tinha visto.


 


- O que deu nela? – perguntei para a Lene que estava do meu lado.


- Ela esta com a mesma cara de quando te viu sem camisa pela primeira vez. – comentou ela sem dar importância.


 


Ainda não entendi.


 


- Aconteceu alguma coisa? – perguntei para a Lily me sentando ao lado dela.


- Quer, por favor, colocar a camisa? – ela perguntou depois de alguns segundos encarando o meu peito.


- Mas eu durmo assim. - comentei.


- Não dormiu assim nas duas vezes que dormimos juntos. – ela comentou vermelha.


- Então você finalmente admite que já tinha rolado alguma coisa entre vocês. – comentou a Dora.


 


O que deu na Dora? Ela sabe que estamos fingindo ser namorados e que o máximo que aconteceu foi aquele beijo esquisito.


 


- Claro que aconteceu. Dormimos juntos no sofá e acordamos os dois com dor nas costas. – respondeu a Lily dando de ombros.


- Você sabe o que eu quis dizer. – comentou a Dora.


- E você já sabe a resposta. – respondeu a Lily mal-humorada.


- O que vamos fazer agora? – perguntou a Lene empolgada.


- Podemos jogar alguma coisa. – comentou o Remus.


- A Lily tem alguns jogos trouxas legais. – comentou a Dora empolgada.


- Podemos joga stop. – comentou a Lily.


 


O que diabos é isso?


 


- Tem que tirar a roupa? – perguntou o Sirius animado.


- Claro que não Sirius. – respondi mesmo não sabendo do que se tratava esse jogo.


- Então não tem graça. – ele respondeu emburrado.


- É um jogo para quem tem pensamento rápido. – comentou a Lily.


- Já ganhei! – respondeu o Sirius.


- Quer me deixar explicar? – perguntou a Lily. – Escolhemos alguns temas para as resposta, como cor, nome, fruta, marca de carro, essas coisas, ai sorteamos uma letra e todas as palavras terão que começar com aquela letra.


- Ainda não entendi. – comentou a Dora.


- Exemplo, sorteamos a letra A, então podemos escreve, Ana no nome, Azul na cor, Abacate na fruta e coisas assim.


- Parece legal. – comentou o Remus.


- Quem preencher tudo primeiro fala stop e todos têm que parar de escrever. Aí contamos os pontos.


- E quem perder tira a roupa. – comentou o Sirius empolgado.


- Quem perder pode pagar um mico. – comentou a Lene.


- Então vamos jogar! – disse a Dora empolgada.


- Por que não jogamos em dupla? Vai ficar mais legal. – comentou o Remus.


 


Eu gostei da idéia.


 


- Certo. Vou pegar papel e caneta para todo mundo. – disse a Lily já se levantando.


- Eu ajudo. – eu disse na mesma hora indo atrás dela.


Sai do quarto para ajudar a Lily, mas ela virou para mim bem irritada e respirou fundo:


 


- Coloca a camisa! – ela me disse irritada.


- Por que você se sente tão incomodada quando eu fico sem camisa? – perguntei na defensiva.


- O problema não sou eu. É alguém mais te ver assim. – ela respondeu irritada.


 


Isso me parece ciúme!


 


- As meninas já me viram assim. – comentei.


- Mas a Pet... – ela dizendo antes da minha “querida cunhada” nos interromper.


-Aberração eu já... – ela começou a falar, mas parou para me encarar.


- Quer tirar os olhos? – perguntou a Lily irritada para a Petúnia que ainda me encerrava.


- Olha só... Não pensei que você tivesse bom gosto. – ela comentou dando de ombros.


- Por que você não vai babar em cima daquele porco que chama de namorado e para de babar em cima do meu? – reclamou a Lily irritada entrando na minha frente.


- E quem disse que achei a sua aberração de estimação bonito? – ela perguntou fazendo uma careta.


- Caí fora Petúnia. – respondeu a Lily irritada.


 


Agora eu tenho certeza que a Lily esta com ciúmes.


 


- E você por que ainda não colocou a porcaria da camisa? – ela me perguntou irritada quando a irmã saiu de perto.


- Você fica ainda mais linda com ciúmes. – comentei antes de entra no quarto de novo para colocar a camisa.


 


Narrado por Lílian Evans


 


Ele quer me torturar assim. Só pode! É castigo!


 


- E quem disse que achei a sua aberração de estimação bonito? – ela perguntou fazendo uma careta.


 


Como a Petúnia é cara de pau. Esta babando em cima do MEU namorado e ainda diz que o acha feio.


 


- Caí fora Petúnia. – respondi muito irritada.


 


Olhei para o Tiago irritada. Por que ele não coloca logo a camisa? Não vê que isso vai me causar problemas? Principalmente se eu agarrar ele.


 


- E você por que ainda não colocou a porcaria da camisa? – perguntei me contendo entre a irritação com a Petúnia e a vontade de jogar ele na parede e beijá-lo.


- Você fica ainda mais linda com ciúmes. – ele me disse com aquele sorriso convencido antes de voltar para o quarto.


 


Eu não estava com ciúmes.


 


Isso é totalmente diferente.


 


- Vocês esta equivocado. – respondi antes de sair indo atrás de papel e caneta.


 


Não demorou muito e voltamos para o quarto e devo acrescentar que ele graças a Merlin colocou a camisa.


 


O que foi ótimo para a minha sanidade mental.


 


- Pegamos papel e lápis para todo mundo. – eu disse quando voltamos para o quarto.


- Como vamos separar as duplas? – perguntou o Remus.


- Eu vou ficar com a Lenezinha. – comentou o Sirius na mesma hora.


- Vamos ficar cada um com o seu amor. – comentou a Dora rindo.


 


Nos sentamos cada casal em um canto do quarto.


 


- E vamos fazer que temas? – perguntou o Sirius.


- Os clássicos primeiros. – respondi dando de ombros. – Nome, cor, fruta, animal... – respondi já anotando.


- O que mais vocês colocam? – perguntou o Tiago.


- Na verdade muita coisa, mas vocês não vão saber responder como, por exemplo, marca de carro, marca de cigarro, essas coisas. – respondi dando de ombros.


- Podemos colocar feitiço. – comentou o Sirius.


- Pode ser. – respondi já anotando. – E não podemos esquecer de colocar “Minha sogra é”. – respondi empolgada.


- O que é isso? – perguntou a Lene interessada.


- É bem simples, temos que colocar um adjetivo para a nossa querida sogra, como, amiga, chata, companheira, feia, bonita, coisas assim.


- Mas que droga! Não conheço a mãe do Remus. Não dá para brincar. – respondeu a Dora emburrada.


- Não precisa colocar a verdade Dora. É só um jogo, não é por que a mãe do Sirius é uma vaca que a Lene não pode colocar que ela e simpática. – respondi sorrindo.


- Obrigado por chamar a minha mãe de vaca. – respondeu o Sirius rindo.


- Disponha! – respondi rindo.


 


Jogamos por um longo tempo. Só fomos dormir depois que o Remus desistiu do jogo. A Dora já dormia no colo dele há muito tempo e eu também não estava em meu juízo perfeito, acho que o tico e o téco já não estavam funcionando direito naquela hora da noite.


 


Levando em conta o meu sono todo não parei para pensar como todos iriam dormir, ou quem iria dormir na cama comigo, quando fui pensar nisso vi que o Remus já estava abraçado com a Dora perto da escrivaninha, a Dora pelo que vi já deveria estar no quinto sono, só fui reparar em como as coisas estavam ficando quando a Lene me deu boa noite e se deitou do lado do Sirius no colchão que estava no pé da minha cama.


 


Olhei um pouco perdida para o Tiago que me encarava receoso.


 


- Aposto que você não tinha pensado nisso até agora. – ele disse sorrindo.


- Nem me passou pela cabeça. – comentei observando meus amigos abraçados.


- Pensei pelo lado positivo, já fizemos isso algumas vezes. – ele comentou dando de ombros.


- Não acho que seja a mesma coisa. – comentei na defensiva.


- Por que não? – ele me perguntou segurando um riso.


 


Onde ele viu a piada?


 


- Você sabe bem por que. – respondi o encarando.


- Eu não faço idéia. – ele respondeu me encarando de volta.


- Melhor irmos dormir! – eu disse emburrada.


 


É claro que ele sabe por que é diferente.


 


- Você tem que aprender a falar o que quiser comigo Lily. Vamos... Diz por que é diferente dormirmos na mesma cama agora.


- Por que nos beijamos hoje. – respondi revoltada.


- Poderíamos nos beijar mais vezes se esse é o problema. – ele respondeu com aquele sorriso “eu tenho trinta e dois dentes na boca.”


- O nosso próximo beijo vou ser eu que vou te dar e não o contrário. – reclamei.


- Estou esperando. – ele me disse se aproximando um pouco.


- Não vai ser hoje. – reclamei o empurrando revoltada.


- Sei que não. Só estou te perturbando. – ele respondeu dando de ombros. – Então... Podemos dormir? Você esta bocejando a cada dois minutos.


- Temos que arrumar uma solução para isso. – eu respondi pensativa.


 


Não é uma boa idéia dormirmos juntos. E se meu pai entra no quarto?


 


- Lily! Se quiser posso esperar você dormir depois eu venho dormir. – ele me disse com um leve sorriso não típico dele.


- Tiago, meu pai pode entrar no quarto. Não é uma boa idéia. – comentei mordendo os lábios.


- Então é esse o problema? Pensei que estava desconfortável.


- Não vou dizer que não estou, mas... – comecei.


 


Mas o que? Eu realmente quero dormir abraçada com você? Patético! Claro que não vou dizer isso!


 


- Já entendi. – ele respondeu sorrindo. – Mas não se preocupe com o seu pai. Primeiro que ele vai trabalhar amanhã e depois que os colchões estão atrapalhando um pouco para abrir a porta, então ele não vai entrar assim.


- Não sei não. – respondi olhando incerta para a porta.


- Confia em mim Lily. Seu pai não vai entrar aqui enquanto estivermos dormindo. Não se preocupe. – ele me pediu puxando levemente meu rosto para que eu o olhasse.


 


Espero realmente que ele esteja certo ou vou ter grandes problemas com o meu pai.


 


Narrador por Tiago Potter


 


Acordei com o sol entrando pela cortina que estava aberta.


 


Vi também que deixaram o aquecedor ligado ontem, já que todos estavam descobertos. Devo ter acordado muito cedo já que todos ainda estavam dormindo tranquilamente.


 


Comecei a velar o sono da Lily, que por sinal estava linda com um sorriso singelo no rosto, acho que o sonho estava realmente bom.


 


Peguei a minha varinha que eu tinha deixado do lado da cama e aproveitei para desfazer o feitiço que coloquei na porta ontem de noite. Prometi para a Lily que ninguém entraria no quarto e nada melhor do que um bom feitiço para garantir isso.


 


Assim que vi a Dora acordando levantei e fui tomar um banho. Já estou ate imaginando a briga que vai ser quando todo mundo acordar e quiser tomar banho ao mesmo tempo, vai ser pior que no nosso dormitório em dia de prova, afinal somos mais e as meninas demoram uma eternidade no banho. Queria saber o que elas tanto fazem embaixo do chuveiro para demorar.


 


Quando sai do banho todos estavam acordados exceto a Lily que ainda dormia.


 


- Como ela consegue? – perguntei indicando a Lily.


- Ela dorme feito uma pedra. – comentou a Lene. – Pelo menos na maior parte das vezes.


- Crianças! - chamou a mãe da Lily antes de entrar no quarto. - Já estão acordados? A mesa esta pronta para o café. Estou saindo com a Petúnia para ver algumas coisas do casamento. Deixei dinheiro em cima da mesa para caso precise.


- Não se preocupe tia. - respondeu a Lene.


- Juízo! - pediu a mãe da Lily antes de sair do quarto rindo.


 


Não demorou muito até todos nos estarmos prontos para tomar café.


 


O café foi bem legal, tínhamos a casa toda para nos e claro que aproveitamos, exceto a Lily que estava um pouco abatida.


 


- Esta tudo bem Lily? - perguntei pela quarta vez no dia.


- Esta tudo bem sim. - ela respondeu com um pequeno sorriso.


- Por que esse Coiote só se dá mal? - perguntou o Sirius revoltado.


- É a graça do desenho Sirius. Que graça teria se ele conseguisse pegar o papa-léguas? - perguntou o Remus.


- Esses trouxas não sabem o que e diversão. - comentou o Sirius revoltado.


- Acho que já acabamos com a cota de desenhos animados por hoje. - respondeu a Lily mudando de canal.


- O que os trouxas fazem para se divertir? - perguntou o Sirius depois de alguns minutos. 


- O mesmo que todo mundo. - respondeu a Lily dando de ombros.


- Podemos colocar uma musica e dançar um pouco. - sugeriu a Dora empolgada.


- Às onze da manhã? - perguntou a Lily espantada.


- Estamos de férias! - respondeu a Lene rindo.


- Só coloco uma musica se os meninos dançarem funk. - escutei a Lily falando e rindo.


 


Pelo tom de voz era para ser uma piada, mas como não sei o que é esse tal do funk...


 


- O que e isso? - perguntou o Sirius curioso.


- Algo que eu não vou querer dançar. - comentou o Remus. 


- Eu ia gostar de ver isso. - comentou a Lene rindo.


- Você sempre disse que odiou funk. - comentou a Dora com a Lene.


- Odeio, mas se o Sirius dançar para mim eu não iria odiar tanto assim. - respondeu a Lene maliciosa.


- Já estou começando a gostar desse tal de funk. - comentou o Sirius sorrindo malicioso para a namorada.


- O que afinal e funk? - perguntei.


- Isso. - disse a Lily mudando novamente de canal.


 


Que coisa mais sem noção! Ok! A Lily dançando isso para mim em quatro paredes deve ser bom, mas no meio de todo mundo? Isso não poderia ser considerado uma dança.


 


- Só danço se você dançar comigo Lene. - comentou o Sirius se empolgando.


- Sou inocente demais para isso Sirius. - comentei tampando o meu olho e o da Lily quando o Sirius começou a rebolar.


- Não acredito que estou vendo isso. - comentou a Dora rindo.


- Pelo menos a Lene rebola junto. - comentou Sirius rindo.


- Isso esta ficando indecente demais para mim. - disse a Lily desligando a TV.


- Agora que estava ficando bom. - reclamou a Lene.


- Vou colocar música de verdade. - comentou a Lily indo até o rádio.


 


Os outros aproveitaram algumas músicas que a Lily colocou para dançar enquanto ela só olhava tudo. Fiquei intrigado com aquilo e me sentei ao seu lado no sofá um pouco distante do pessoal:


 


- Você não esta bem hoje. – comentei ao me sentar.


- Vamos dizer que a noite foi longa. – ela comentou sem dar importância.


- Foi tão ruim assim dividir a cama comigo? – perguntei fazendo a minha melhor cara de coitado.


 


Não sei o que a Lily tem hoje, mas pretendo descobrir logo.


 


- Não foi por isso, acho que não me acostumei com o aquecedor ainda ou alguma coisa parecida. – ela mentiu.


 


Por que ela esta mentindo para mim? Sei que o problema não fui eu, dormimos a noite inteira abraçados e ela não reclamou e nem ficou constrangida com isso, mas por que ela esta mentindo?


 


- Sabia que você é uma péssima mentirosa? – perguntei sorrindo.


 


Ela me olhou espantada por alguns leves segundos, mas logo se recompôs.


 


- Não estou mentindo. – ela respondeu mentindo novamente.


- Sei quando você mente. – respondi.


- Claro... Isso como eu sei quando você mente. – ela me respondeu irônica.


- Você sabe quando eu minto ou não estaríamos aqui agora. – respondi piscando para ela.


- Tenho minhas dúvidas. – ela respondeu pensativa.


- Quer um teste? – perguntei rindo.


- Que tipo de teste? – ela me perguntou desconfiada.


- Posso te contar três histórias que aconteceram comigo e com os marotos, posso contar duas histórias falsos que até mesmo Mcgonacal acreditou e vai me dizer qual a história é verdadeira.


- Sou toda ouvidos. – ela me respondeu sorrindo.


- Podemos ir para a cozinha pelo menos? Como vai prestar atenção em mim com o Sirius rebolando desse jeito? – perguntei rindo e estendendo a mão para ajudá-la a se levantar.


- Posso fazer esse sacrifício de perder o mico do Sirius para provar que você esta errado. – ela me respondeu sorrindo.


 


Essa é a minha Lily que eu conheço.


 


- Não precisa ver o Sirius dançando. Posso dançar para você quando você quiser, mas me recuso a fazer isso com toda essa roupa. – brinquei.


- Seria uma honra. – ela respondeu sorrindo e se sentando em uma das cadeiras.


 


O dia passou rápido depois disso e com ele os pais da Lily e sua irmã.


 


- Amanhã temos que ir ver o seu vestido Lily. – comentou a mãe dela enquanto ajudávamos a arrumar a cozinha depois do jantar.


 


Vi a Lily fazendo uma careta, mas achei melhor não interferir.


 


- Claro mãe. – ela respondeu com uma voz rouca.


- Petúnia quer escolher o seu vestido pessoalmente. Ela esta muito empolgada para isso Lily. Então seja simpática. – pediu a mãe dela sorrindo.


- Petúnia esta empolgada? – perguntou a Lily desconfiada.


- Esta sim. Falamos sobre isso hoje. – respondeu a mãe da Lily.


- Não seria melhor ir alguém para ajudar? – comentei tentando deixar a Lily mais feliz. – Uma opinião de alguém que não esta tão envolvida com o casamento. Aposto que a Lene ou a Dora adorariam ir com vocês. – comentei.


- Até que não seria má idéia. O pai da Lily não quer ir junto, mas acho que você iria ajudar Tiago. – respondeu a mãe da Lily empolgada.


- Ajudar em que? – perguntei receoso.


- Precisamos de uma opinião masculina. – ela comentou empolgada.


 


Lily me olhou deprimida.


 


- Ótima idéia mãe. – ela respondeu ainda desanimada.


 


Assim que terminamos de arrumar a cozinha parei a Lily no corredor para conversar:


 


- Por que o desanimo? Pensei que iria ficar feliz com alguma companhia.


- É que Petúnia esta animada para isso. – ela me disse desanimada.


- Ainda não entendi qual o problema com isso. Talvez ela esteja querendo ser simpática. – comentei esperançoso.


 


Seria bom para a Lily se as duas se dessem bem.


 


- Tiago... – ela começou pensativa quando peguei na sua mão.


- Pode falar. – eu disse confiante acariciando a sua mão.


- Não quero que vá amanhã. – ela disse sem me olhar.


 


O que?


 


Não acredito que ela não me quer por perto.


 


- Mas... – comecei.


 


Ela me olhou estranhamente, parecendo sofrer com aquilo mais do que eu.


 


- É que... – ela começou insegura.


 


Ela não pode estar terminando o que nem começou. Ela esta se acostumando, nem fica mais tão estranha quando me aproximo. Ela estava reagindo tão bem com tudo isso.


 


O que deu na Lily?


 


- Não quero que me veja amanhã. – ela comentou mais uma vez.


- Eu entendi isso Lily. Só não entendi o que. – respondi incerto.


- Por causa da Petúnia. – ela me disse insegura.


 


O que a irmã dela tem haver com tudo isso?


 


- Mas sua irmã esta tentando ajudar. – eu comentei.


- Ela quer me humilhar Tiago, e não vou deixar ela fazer isso na sua frente. – ela comentou com os olhos úmidos.


 


Não acredito que a Lily ficou chateada por isso.


 


- Mas ela não vai fazer nada Lily. Vou estar com você. – eu disse a abraçando.


- Você não entende! – ela disse dengosa. – Ela vai me fazer ir para o casamento com o pior vestido que encontrar, vai me fazer parecer uma palhaça. Não quero que veja isso. – ela comentou ainda me abraçando forte.


- É impossível sua irmã conseguir te fazer ficar feia com alguma coisa Lily. Sem contar que sua mãe vai estar ajudando com tudo e eu vou estar ao seu lado. – comentei mexendo em seus cabelos.


- Mas... – ela ia começar a argumentar novamente.


- Vou estar ao seu lado mesmo que não queira. O dia vai ser agradável. Não vou deixar a Petúnia estragar o nosso dia. – respondi sorrindo confiante.


 


A Lily só esta nervosa. A irmã dela não arriscaria fazer isso com a Lily no casamento dela. Ela não é tão má assim, não é?


 


Ficamos todos conversando no quarto até resolvermos dormir.


 


A Lily ainda continuava estranha, mas acho que não era mais por causa da Petúnia, ela estava agora assim como estava pela manhã, abatida e desanimada.


 


Se deitou ao meu lado e lhe dei um beijo de boa noite no rosto, a abracei e deitamos de conchinha.


 


Não sei que horas eram quando escutei a porta do quarto se fechando.


 


Já pensei no pior, o pai da Lily tinha nos visto. Apesar que se ele nos visse com certeza ele iria fazer um escândalo.


 


Assim que comecei a raciocinar direito percebi que a Lily não estava na cama e a porta do banheiro estava aberta, sinal que ela não estava lá.


 


Relaxei. Ela só deve ter descido para beber água, ou coisa parecida.


Não sei quanto tempo demorei para pegar no sono, só sei que depois acordei novamente e a Lily ainda não estava na cama, olhei para o relógio que marcava três e quarenta da madrugada.


 


A Lily não tinha ido simplesmente tomar água. Ela já teria voltado.


 


Me levantei e coloquei o roupão que estava do lado da cama, como a Lily disse, não posso andar pela casa só de calça.


 


Desci as escadas tentando não fazer barulho para não acordar o resto da casa e foi com espanto que encontrei a Lily deitada no sofá.


 


- Lily? – chamei me aproximando para ter certeza que ela estava acordada.


- Oi. – ela respondeu com um leve sorriso.


- O que esta fazendo aqui? – perguntei me agachando ao seu lado.


- Só passando o tempo. – ela respondeu ainda tentando dar um sorriso descente.


- Por que não passa o tempo na sua cama? – perguntei me sentando onde ela estava com a cabeça, a forçando a deitar no meu colo.


- Não sou fã de aquecedor. – ela respondeu se acomodando mais no meu colo.


- Vou anotar para comprar mais cobertores para a nossa casa. – respondi sorrindo.


- Aquecedor não esquenta tanto quando cobertores. - ela me respondeu sorrindo.


- Talvez... - respondi na dúvida.


 Acho que nunca parei para pensar nisso.


 - Não esta empolgada para sair amanhã? - perguntei para puxar assunto.


Eu não poderia simplesmente sair perguntando o que ela tem, sei que ela não responderia.


- Você sabe que não estou empolgada. Amanhã o dia vai ser muito longo. - ela respondeu desanimada.


- Talvez até seja bom. - tentei animá-la.


 Ela me olhou levantando a sobrancelha. Já vi que não gostou do comentário.


 - Mas o que você esta fazendo aqui embaixo? - ela me perguntou depois de alguns minutos em silêncio onde eu mexia no seu cabelo.


- Acordei e você não estava na cama. - respondi dando de ombros.


- E já desceu para me ver? - ela perguntou desconfiada e risonha.


- Na verdade eu voltei a dormir, mas como eu acordei de novo e você ainda não tinha voltado eu resolvi vir ver se o lobo mal veio te pegar. - respondi rindo.


- Muito atencioso querer me salvar de um possível lobo mal. - ela me respondeu rindo.


- Mas você esta há algum tempo e não vi nada que a impedisse de estar na cama. - comentei.


- Não é nada de mais. - ela respondeu escondendo o rosto na minha barriga.


- Estava cansada de ficar deitada? - perguntei.


- Talvez. - ela respondeu rindo.


- Aposto que você ficou cansada de se agarrar em mim e quis me dar um tempo. - brinquei.


- Mas minha idéia não deu muito certo já que você veio me agarrar. - ela me respondeu rindo ainda mais.


 


Esperei ela parar de rir e novamente voltei o grande mistério. O que a minha ruivinha esta fazendo de madrugada no sofá? 


 


- Agora que já estraguei os seus planos podemos voltar para a cama. - comentei.


- Não quero voltar Tiago. - ela me respondeu manhosa.


- Se não me dizer por que saiu da cama no meio da noite eu não vou poder te ajudar. - respondi tentando fazer ela me olhar, mas como ela estava deitada o meu colo, isso ficou um pouco difícil.


- Só não estava muito bem. - ela respondeu dando de ombros.


- Vai Lily. Já te vi algumas vezes com a cara que você ficou o dia inteiro, mas nunca entendi o que estava acontecendo.


- Nada que você precise se preocupar mocinho. - ela me respondeu com um sorriso.


- Acho que você esta sorrindo muito para mim ultimamente, vou ficar mal acostumado. - comentei rindo. - Sério Lil, o que foi? - perguntei mais uma vez.


 


Foi quando reparei que ela não havia tirado o braço da barriga o tempo inteiro que estávamos conversando e me lembrei que o mesmo aconteceu o dia inteiro.


 


- Dor de estômago? Posso fazer um bom chá. Sabe... Vivemos com o Pedro e como ele vive comendo de mais e precisamos aprender algumas coisas para aliviar a dor de estômago. - comentei.


- Não é o estômago. - ela me respondeu desanimada.


- Vou te arrastar para a cama e te forçar a ficar deitada do meu lado se não me contar o que esta acontecendo. - brinquei.


- Isso seria uma tortura. - ela respondeu rindo.


 


Estou gostando dessa Lily animada e sem vergonha. Será que é só o sono?


 


- Então vou te torturar todas as noites. - respondi sorrindo.


- Não se preocupe Tiago. É só um pouco de cólica. - ela respondeu sem me olhar, mas puder ver seu rosto ficando vermelho.


- Você tem cólica? Pensei que não tivesse problema com isso. Tudo bem que você fica um pouco abatida quando esta nesses dias, mas ficar doente? - perguntei desanimado.


- Como sabe que estou naqueles dias? - ela me perguntou se levantando para me encarar e tive a confirmação que ela estava muito vermelha.


- Faz algum tempo que sei. Você fica bem abatida sabia? Não tem como não reparar, ai comecei a juntar o fato de que você só fica assim alguns dias no mês... Enfim... Isso não é motivo para ficar com vergonha. - eu disse sorrindo enquanto ela ficava ainda mais vermelha a cada palavra minha.


 


Ela voltou a se deitar e pelo visto fez voto de silêncio até que voltasse ao seu estado normal.


 


- Mas como posso te ajudar? - perguntei


- Já já passa. - ela me respondeu dando de ombros.


- Você esta assim o dia inteiro. Não vai passar assim.


- É só esquentar um pouco que melhora. - ela respondeu dando de ombros.


- Só isso? - perguntei animado.


 


Por que ela não falou antes?


 


- Esquentar sempre ajuda. - ela respondeu dando de ombros novamente.


- Então vamos para a cama que já vou dar um jeito nisso. - eu disse já a forçando  a se levantar.


- O que você vai aprontar? - ela perguntou desconfiada.


- Vem comigo. - eu disse a puxando pela mão.


 


A levei até o seu quarto e parei na porta.


 


- Vai deitando na cama que eu já venho. Vou dar um jeito. - respondi misterioso.


 


Adoro deixar a Lily curiosa.


 


- Mas o que você... - ela começou.


- Não me faça perguntas. - respondi lhe dando um beijo no rosto e a empurrando levemente para dentro do quarto.


 


Fui direto para o quarto dos pais dela e sem fazer barulho abri a porta e com um feitiço peguei três cobertores.


 


Voltei para o quarto da Lily e joguei os cobertores em cima dos dois casais deitados no chão, não preciso acrescentar que eles logo empurraram o cobertor para longe, não é?


 


Aproveitei e desliguei o aquecedor ou eu iria morrer desidratado já que peguei o cobertor mais quente para mim e para a Lily.


 


- Pegou cobertores? - ela me perguntou estranhando.


- Você não disse que cobertor esquenta mais que o aquecedor? - perguntei dando de ombros.


- Não acho que vai ser suficiente, ou o aquecedor teria resolvido. - ela comentou.


- Na verdade vai dar certo porque quem vai te esquentar vou ser eu. - respondei me deitando onde ela sempre deitava, ou seja, encostada na parede.


- Você pegou o meu lugar. - ela respondeu fingindo estar brava.


- A parede é gelada e não é bom você ficar perto dela. - respondei puxando o cobertor para nos cobrir.


- Você vai ficar com frio. - ela reclamou se deitando virada de frente para mim.


- Eu sou quente Lily, não se preocupe, sem contar que vou precisar de alguma coisa gelada para não morrer de calor aqui dentro. - respondi indicando o cobertor que já começava a esquentar.


- Não esta tão quente assim. - ela comentou revirando os olhos. 


- Vou te esquentar. - eu disse a puxando mais para perto.


- Não vai dar certo. - ela comentou ficando a milímetros de mim.


- Claro que vai ruiva. - respondi colocando a minha mão n barriga dela por dentro da blusa do pijama.


- Ei! - ela reclamou um pouco alto fazendo a Lene resmungar alguma coisa.


- Não vou fazer nada. Só estou com  mão n su barriga. Isso vai esquentar o local mais rápido. - me defendi.


- Seu tarado! - ela comentou rindo no meu ouvido.


- Só com você. - respondi rindo também.


- Tiago... - ela me chamou depois de alguns minutos.


- Sim. - respondi já um pouco sonolento.


- Minha mãe ou meu pai vai vir nos acordar hoje. Eles vão achar ruim de nos ver assim. - ela comentou apreensiva.


- Eu me preocupo com isso Lily. Só durma. - respondi lhe dando um beijo na testa.


 


esta aí metadinha do último cap da fic, espero que gostem... Posto o resto assim que terminar de escrever, desculpem a demroa!!


bjinhos

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