A despedida da Rua dos Alfenei



Capitulo II.
A despedida da Rua dos Alfeneiros.
Era uma manhã bem calorosa, Harry estava se preparando para fazer a grama, os Dursley mandaram ele fazer isso de mês em mês, ele tinha que enfrentar o frio calor ou até chuva para fazer a "maldita" grama, mas tinha um lado bom, Harry podia sentir o vento em seus cabelos e ver a vizinhança, seus tios o prendera no quarto por todo o verão, concerteza estavam com medo dos avisos que os amigos bruxos de Harry lhe deram no final das aulas. Ele não podia falar com ninguém, só fazer a grama, Edwiges ficava na gaiola, "nada mudou" resmungou Harry pensando no que fazer 17 anos mudara sua vida.
-Tem coisas na vida que nunca mudam Potter.- escutou uma voz familiar.
Era Moody, encapuzado numa capa preta, e suando como um porco, pois estava quente.
-Moody?O que faz aqui?- perguntou Harry supreso.
-Bom, vim visitar a sua vizinha.- afirmou Moody.
-Ah, sim.
- E resolvi te ver, afinal hoje é o seu 17º aniversario.
Moody deu um sorriso gentil, o olho mágico dele estava virado para Harry, deu até um certo arrepio, mas uma parte de Harry já estava acostumado.
-Você recebeu a carta de Dumbledore?- murmurou Moody.
-Sim.
-E?
-Vou entrar pra Ordem, concerteza, mas por que a pergunta?
-Tenho boas noticias Harry.
-Sério?
-Você deve saber sobre a Nova Ministra?
-Liviane, muito bonita.
-Bom, ela já foi da Ordem, por 2 anos, mas já participou.
-Isso quer dizer?
-Que agora o Ministério é capaz da estar ao nosso lado, bom, ela não é que nem o tio, Liviane já sofreu muito por causa de Voldemort.
-Quem que não sofreu por ele, mas o por que veio até aqui só pra me dizer isso?
-Ela tem uma filha Harry.
-Eu sei, mas não conheço a filha dela, ela vai estudar em Hogwarts não é?
-Vai sim, e vim aqui por ordem da própria Liviane, pra lhe dizer uma coisa.
-O que?
-Ela pedi que você tome conta da filha dela.
-Eu?Por que?
-Bom, acho que a própria Senhorita Price te contara.
-Bom, eu não sei, nunca fui babá antes.
-Ah - Moody soltou uma risada abafada-pode crer, acho que ela é mais responsável que você Potter, ela é especial.
-Então por que devo cuidar dela?
-Ela ira te explicar.
-E quando vou vê-la?
-Provavelmente amanhã.
-Sério?
-Viremos te buscar Harry, eu e o Lupin.
-Isso é muito bom, estou cansado de ficar dentro daquele quarto, mas como vão convencer meus tios?
-Bom isso ainda não foi definido, arrume suas coisas e passaremos aqui amanhã de manhã.
-Estarei pronto.
-Até mais Potter.
Bam.
Ele desaparatou.
Harry terminou de cortar grama, e foi para o quarto e começou a arrumar as suas coisas, estava feliz, sairia dali, amanhã.

De novo, ele estava "travado" na redação de poção, não consegui escrever, estava feliz demais, para lembrar daquela matéria, principalmente daquele professor.
Nem percebeu, mas chegara mais um exemplar do Profeta Diário, ele desenrolou o jornal e viu a manchete principal.
Que foto linda, que garota, que sorriso, que cabelo, que olhar, era linda, muito linda, Harry leu a legenda: Catherine Price.
Ele ficou pensando, a mãe dela é bonita mais ela é muito mais.
Na foto, Cath estava com uma saia jeans, uma blusa azul, e jaqueta, com os cabelos soltos, e um lindo sorriso, seus olhos azuis como o do mar de um filme que Harry vira quando era criança, ele ficou ali, olhando a foto da linda garota, parado, pensando nela, por um instante. Ele pegou uma tesoura e recortou a foto, ficou deitado na cama, por um momento vendo a foto, dentro dele um sentimento estranho surgiu, ele não sabia o que era, mais desejava Catherine.
Ele comeu mais um prato de sopa, que sua tia deixara na porta, e dormiu, com a foto na escrivaninha.

Era manhã, ele se arrumou e ficou ali esperando.
-Potter!!- seu tio berrava-Desça aqui agora moleque!!
Ele desceu e viu, Lupin parado a porta, com um sorriso para ele, viu mais atrás Moody.
-Esses senhores-disse Tio Valter com um olhar de nojo-Disseram que você tem permissão para sair de casa. Por que?
Ele pensou num instante, qual era o plano dos dois, o que podia dizer?
-Bom, agora que tenho 17 anos, sou considerado maior de idade.
-Você tem 16 anos!
-Não pai, Harry tem 17- se intrometeu Duda.
-Não importa Dudazinho, ele tem 17 e pra ser maior tem que ter 18 ou 21-disse Tio Valter, Harry podia ver que a veia dele saltava na
testa.
-Não na comunidade Bruxa, senhor- Lupin disse com um tom de impaciência.
-Não diga esse tipo de coisa em minha casa!
-Coisa- Lupin estava ficando nervoso.
-Temos documentos para comprovar senhor Valter.- Moody se aproximou e Tia Petúnia soltou um gritinho-A senhora também é muito bonita- Harry quase riu, Moody não era muito de piadas.
Tio Valter, leu , releu e leu de novo, até, dizer.
-Então ele não precisa mais voltar.
-O que? - Harry disse com um ar de espanto.
-Se você já é maior de idade, pode muito bem se virar sozinho, se sair agora não voltara nunca mais.
-A decisão é sua Harry-Lupin disse.
-Eu vou.- Harry disse e viu que sua Tia ficou um pouco espantada com a decisão do garoto.- Sabe que eu prefereria ficar debaixo de uma ponte, do que ficar trancado num quarto.- ele disse olhando para a tia que deu uma afirmada com a cabeça.
-Então suba e pegue suas coisas e não esqueça daquele animal.
Ele subiu, chegou ao quarto e colocou na mala o resto do pouco que tinha, pegou Edwiges e se espantou ao ver sua tia a porta.
-Vejo ainda Lílian em você- ela disse com os olhos cheio de lagrimas- Nós brigávamos, mas quero que saiba, que eu tenho certeza que ela também cuidaria de Duda se fosse possível, sinto muito Harry, mas você sabe que nunca fez parte da família, sinto por não cuidar de você como meu coração queria- ela chorava-espero que você seja feliz.
Harry olhou a tia, e viu que ela não era má, correu até a porta e eles se abraçaram ela soltou um suspiro. Quando ele se afastou.
-Agradeço por tudo, que tentou ou fez pra mim, por mais que eu não tenha sido um ótimo sobrinho.
-Vamos sempre lembrar de você,só peço que me mande noticias, me sentira culpada se algo acontecesse com você, afinal, você é meu sobrinho.
Harry sorriu, e viu que sua tia afinal, não era uma má pessoa.
Pegou suas coisas e desceu.
Olhou bem para a casa, ia ser a ultima vez que a veria, olhou para Duda e os dois se cumprimentaram, com um aperto de mão bem confortador, Duda sorriu, ele olhou para o pai, e deu um abraço em Harry, Harry olhou para o tio, que estava com uma cara de espanto.
Lupin estava com a vassoura de Harry na mão, e fez um sinal que era preciso ir, Harry olhou para o ti e disse.
-Apesar de todas as nossas brigas, eu, eu, vou sentir sua falta- as palavras se escaparam da boca de Harry.
-Faça o que quiser a partir de agora, só não volte pra essa casa.- seu tio disse com frieza.
Eles se olharam, e Harry deu um sorriso, que não foi correspondido, olhou para Duda e Tia Petúnia, e saiu.
Foram para o jardim a frente da casa. Lupin enfeitiçou as malas e soltou Edwiges.

-Vamos Harry- disse Moody.
-Vamos.
Ele olhou para trás e viu pela ultima vez, a casa, a rua, nunca ira se esquecer da Rua dos Alfeneiros, nº4, onde cresceu, e viveu pelos últimos 16 anos, agora Harry tinha sua independência e poderia ter seu próprio canto. Nunca ira se esquecer deles, Dursley, que já foi sua família.
Ele deu um impulso e subiu, sentia os ventos em seus cabelos e agora estava livre.

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