O primeiro jogo de Quadribol d

O primeiro jogo de Quadribol d



A semana demorou a passar, e Lílian não estava falando com Tiago até metade da semana, quando a professora McGoonagall, obrigou Lily a fazer dupla com ele na aula de transfiguração.
- Professora eu não vou fazer dupla com o Potter. – disse Lily a professora, fingindo uma calma que não tinha.
- E eu posso saber o porquê Srta. Evans? – perguntou a professora Minerva, um tanto autoritária.
- Porque ele é um arrogante! – gritou Lily, mas logo se arrependendo do tom que tinha usado com a professora.
- Sinto muito Srta. Evans, mas problemas pessoais não estão inclusos em minha aula, e agora, por favor, sente-se com o Sr. Potter, antes que eu seja obrigada a colocar a Srta. em detenção, por falta de companheirismo. – falou a professora, se exaltando. E Lily foi sentar com Potter sem dizer mais nada, a idéia de ficar em detenção, logo ela que era monitora-chefe, tinha realmente a apavorado. As aulas daquela manhã foram longas e chatas. Mas felizmente eles teriam toda a tarde livre, e o dia estava realmente bonito.
Manu estava nos jardins junto com Gabriella, Pedro, Tiago e Sirius. Lily e Remo estavam fazendo suas rondas diárias de monitores.
- Esse final de semana tem quadribol. – dizia Tiago. – Não vai ser muito fácil ganhar da Corvinal. O time da Griffinória tá meio fora de ritmo. – completou.
- Ah, para com isso Tiago, é só você pegar o pomo direto e vocês ganham. – disse Emanuele para Tiago tentando animá-lo. Tiago apenas sorriu para Manu, sabia que um jogo de Quadribol nunca era tão simples assim, mas ficou feliz pela força que a amiga deu.
- E eu Manu? Eu não sirvo para nada no time, não? – perguntou Sirius fingindo estar ofendido. Manu apenas revirou os olhos.
- Vocês sabem onde tá o Remo? – perguntou Gabriella, desviando totalmente o assunto, e surpreendendo os outros três.
- POR QUÊ? – perguntaram Sirius, Manu e Tiago juntos.
- Que isso? Eu só fiz uma pergunta gente. – respondeu Gabriella calmamente para eles. Porém Emanuele não acreditou na resposta da amiga, e só lançou um olhar querendo dizer [i] “Mais tarde você vai ter que me contar tudo!” [/i]. E nesse momento chegaram Lily e Remo.
- Aluado que bom que você chegou, - começou Sirius num tom muito malicioso. – Se não alguém aqui, morreria de saudades.- terminou Sirius, Aluado era o apelido de Remo.
E nesse momento Gabriella corou.
- E quem seria essa pessoa? – perguntou Lily, que parecia estar mais curiosa que o próprio Remo.
- Eu, eu estava morrendo de saudades de você. – mas para surpresa dos outros, quem falou foi Manu, levantando-se e abraçando Remo. Os marotos apenas riram.
- Sentem aí. – disse Gabriella, que agora estava mais aliviada, Manu havia evitado que ela passasse vergonha, mas era óbvio que Sirius e Tiago contariam para Remo o que ela tinha dito, mas pelo menos ela não estaria por perto.
- Lily e Gaby venham comigo, AGORA! – mandou Emanuele e as outras duas a seguiram, até um lugar afastado dos meninos, onde eles não pudessem ouvir.
- O que aconteceu? – perguntou a ruiva para as outras duas.
- A pergunta não é essa Lily, a pergunta aqui é O QUE TÁ ACONTECENDO ENTRE A GABY E O REMO! – falou Manu virando-se para Gaby, Lily repetiu o gesto da amiga.
- É... Nada... Por que estaria acontecendo alguma coisa? – começou a se explicar Gabriella, mas não sendo nem um pouco convincente.
- Você mente muito mal Gaby. – debochou Lily.
- Ah, sei lá... Nós estamos mais próximos este ano. A gente tem estudado quase todos os dias juntos na biblioteca após as aulas, e temos conversado muito. Mas é SÓ isso. – disse Gaby, agora parecendo ser mais sincera.
- Huuum... Interessante. – disse Manu com um sorriso maroto no rosto. – Mas espero que esteja dizendo a verdade, ou vai nos obrigar a colocar veritaserum no seu suco de abóbora.
- Acho que você está convivendo demais com os marotos Manu. – dessa vez quem disse foi Lily, que por mais que quisesse saber a verdade, abominava a idéia de colocar veritaserum em quem quer que fosse.
Logo a noite chegou, e as meninas estavam sem os marotos no salão comunal, já que Sirius que era artilheiro, e Tiago, capitão e apanhador do time da Griffinória estavam treinando para o jogo de sábado.
Os dias que se seguiram não foram muito diferentes. Dias muito estressantes para Tiago, que tentava a todo custo deixar o time de Quadribol em ritmo para o jogo de sábado.
- Calma Pontas! Nós vamos ganhar... Sempre ganhamos – tentava Sirius sem sucesso acalmar Tiago.
- Sim, mas nosso goleiro saiu do time, e não sei se o Frank está preparado para este jogo. – respondeu Tiago seriamente.
- Ele não vai nem ter tempo de defender nada, você pegará o pomo antes, não se preocupe com isso. – quem disse agora foi o Remo.
- Nossa, olha o Reminho mostrando seu lado veado, elogiando o Pontas. – debochou Sirius, descontraindo todos.
- Cala a boca pulguento! – falou Tiago.

E finalmente, depois de mais dois demorados dias chegou o dia do jogo. Tiago já estava acordado, junto com Remo e Pedro. Fazia um lindo dia lá fora, o dia perfeito para um jogo de quadribol.
- SIRIUS ACOOORDA! – gritou Tiago para Sirius que ainda dormia.
- ÃN? SNAPE ONDE? – berrou Sirius de volta, fazendo Tiago, Remo e Pedro caírem na gargalhada.
- Então o Sr. Almofadinhas anda tendo sonhos com o Ranhoso? – debochou Tiago.
- ISSO LÁ É JEITO DE ACORDAR ALGUÉM SEU VEADO? – Sirius disse aos gritos, levantado, entrando no banheiro e batendo a porta.
- C-E-R-V-O e não demora muita porque nós temos um jogo para ganhar hoje. – retrucou Tiago, mas Sirius não o escutou, já tinha ligado o chuveiro para tomar banho.
Eles desceram ao salão principal para tomar café, o jogo seria as 10hrs. Pedro como sempre estava comendo desesperadamente, Remo lia o profeta diário, Sirius conversava com Manu e Gaby. Porém Tiago, era o que parecia mais nervoso, mexia sem parar nos seus rebeldes cabelos castanhos. Quase não comeu.
- Tiago, come alguma coisa. Você precisa se alimentar. – disse Gaby vendo o nervosismo do garoto.
- Estou sem fome Gaby. – respondeu simplesmente o garoto. - Almofadinhas, venha comigo, vamos para o campo. – acrescentou Tiago.
- Mas eu nem terminei meu café. – reclamou Sirius, mas ao ver a expressão no rosto de Tiago, achou melhor não discutir mais e o seguiu. Porém antes deles saírem pelo portão, Tiago deu volta.
- Aonde você vai? – perguntou Sirius ao ver que Tiago dava meia volta.
- Vou dar tchau para minha ruivinha. – falou Tiago sorrindo marotamente. E chegou ao local onde Lily ainda tomava café.
- Lily. – chamou Tiago. Lily virou-se e quando viu que era o Potter, voltou sua concentração para o café.
- Fala Potter. – disse com um tom meio cruel.
- Não vai me desejar boa sorte não, Lírio? – falou Tiago sorrindo para Lílian, que agora se levantara e encarava Tiago de pé, ao seu lado.
- Não Potter, eu não vou! MÁ SORTE PARA VOCÊ POTTER! – gritou Lily, despertando olhares de todos à volta, e sendo extremamente fria com Tiago, que sentiu uma enorme tristeza ao ouvir as palavras da menina. Tiago virou as costas para Lily e seguiu em direção da saída onde Sirius estava. Não falou mais nenhuma palavra sobre o que Lily disse para ninguém, na verdade ele não queria relembras as duras palavras da menina que ele amava tanto.
“Por que ela me odeia?” – era a pergunta que não saia da cabeça de Tiago Potter, e depois do dia em que aquela menina da Lufa-lufa o agarrara no corredor, as coisas haviam piorado bastante para os dois.

Dez horas em ponto, os quatorze jogadores, sete de cada lado, estavam em suas respectivas posições e prontos para dar inicio ao jogo.
- E os capitães apertam as mãos, e o jogo finalmente começa. – narrava Marcos Zacarias, um garoto do 7° ano, da Lufa-lufa.
- E A GRIFFINÓRIA MARCA 10 PONTOS! – continuava narrando Marcos.
Meia hora depois do inicio do jogo o placar estava parelho, Griffinória com 150 e Corvinal com 130 pontos. Tiago estava à procura do pomo, que parecia ter sumido.
- CORVINAL MARCA MAIS 10 PONTOS! – gritou Zacarias, quando de repente Tiago empinou sua vassoura, fazendo uma um ângulo de 90º graus no ar.
- E PARECE QUE O POTTER VIU ALGUMA COISA. – falou Zacarias, alertando assim Elias Strawgins, apanhador da Corvinal. Tiago realmente havia visto alguma coisa, um reflexo dourado que ele conhecia muito bem, era o pomo de ouro, que tinha o tamanho de uma noz com duas asinhas pratas. Tiago e Elias começaram então uma corrida em direção ao pomo, balaços voavam de todas as direções, mas Tiago era muito mais experiente e muito mais rápido que Elias.
- E TIAGO POTTER PEGA O POMO, CONCEDENDO ASSIM 150 PONTOS PARA GRIFFINÓRIA QUE GANHA O JOGO. – berrava Zacarias como se sua vida dependesse daquilo. Aplausos e gritos animavam o local. Só que no momento seguinte aconteceu algo inesperado. Felipe Smith, batedor da Corvinal, mandou um balaço em direção de Tiago, que ainda estava no ar, com o pomo na mão e sorria para sua platéia. O balaço atingiu a vassoura de Tiago, que se partiu ao meio, fazendo Tiago ter uma grande queda. Todos os aplausos e gritos de euforia cessaram imediatamente. Tiago estava caindo, despencando de uma grande altura, e não havia nada que se pudesse fazer para evitar isso.
Os marotos que estavam na platéia, Remo e Pedro, foram para o campo ver o que tinha acontecido com Tiago. Gabriella, Emanuele e Lílian fizeram o mesmo. Ao ver Tiago desmaiado no campo, inconsciente, Lily entrou em estado de choque, a primeira coisa que venho a sua cabeça foram as palavras que tinha dito para ele: “MÁ SORTE POTTER”.
Ela começou a chorar e a gritar por Tiago, que já estava sendo levado para ala hospitalar por Alvo Dumbledore e Minerva Mcgoonagall. Lily permaneceu por mais algum tempo ali, sentada no chão, onde minutos antes o corpo de Tiago estivera desacordado. Ela deixou as lágrimas escorrerem pelo seu rosto.
- Tiago... – balbuciava Lílian. Era a única coisa que ela conseguia dizer.
- Vem Lily, vamos sair daqui. – disse Gabriella, com uma calma que só ela conseguia ter.
- Ele vai... Ficar bem? – perguntou Lily suplicando para que a amiga dissesse que sim, mas essa não foi a resposta que ouviu.
- Não sei Lily, ninguém sabe. – respondeu Gaby, que agora chorava também.
Gabriella acompanhou Lily até o salão comunal e esperou ela tomar banho. Os outros já estavam na ala hospitalar. Lílian saiu do banho bem mais calma e a duas rumaram para a ala hospitalar.
O clima na ala hospital era tenso, Tiago continuava desacordado, mas a enfermeira já tinha garantido que ele estava fora de perigo. Porém a queda tinha sido muito grave e Tiago batera a cabeça ao cair.
- Oi gente. – disse Gaby para todos que estavam em torno do apanhador ferido.
- Olá. – responderam os outros.
- Como ele está? – perguntou Lily, seus olhos estavam inchados e vermelhos.
- Já esteve melhor ruiva, pode acreditar. – respondeu Sirius, que parecia estar bastante abalado com o acontecido.
Lily sentia uma coisa que nunca sentira antes, ela sentia uma enorme culpa pelo que havia dito para o Tiago antes do jogo, e ao mesmo tempo pena por ele estar naquele estado. A enfermeira comunicou aos que estavam presentes que somente um deles poderia passar a noite com Tiago, os outros deveriam voltar para seus dormitórios, pois teriam aula no outro dia.
- Eu fico com ele. – saltou Lílian.
- Não Lily, isso não tem cabimento, eu ou o Sirius ficamos aqui. – disse Remo como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
- Por favor, eu preciso ficar aqui com ele. – justificou-se Lily, as lágrimas voltavam ao seu rosto.
- Deixa ela ficar Aluado, o Pontas com certeza iria preferir que ela ficasse. – dessa vez quem disse foi Sirius.
- Tá bem. Boa noite então Lily. – Aluado falou enquanto dava um beijo na testa da menina.
- Se cuida Lily. – falou Gaby abraçando Lílian.
- Dorme bem. – disse Manu.
- Ok, eu vou ficar bem. – respondeu Lílian indo se sentar na poltrona ao lado de Tiago.
As horas passavam lentamente, e Lily não conseguia adormecer. Ela olhava para aquele menino que tanto desprezara, e o desespero de perdê-lo era maior que tudo. Lílian não entendia o que estava sentindo.
- Lily, é você? – uma voz muito fraca a chamara, despertando Lílian de seus pensamentos.
- Tiago! – respondeu ela num susto. Tiago após muito esforço conseguira sentar na cama e encarava Lílian.
- O que tá acontecendo? – perguntou ele.
- Não faz esforço Tiago, deita aí que eu te explico tudo. Lílian explicou para Tiago, tudo que havia acontecido desde o momento em que ele caíra, com a paciência de quem explica algo a uma criança.
- Eu só não entendi uma coisa. – Tiago fez uma breve pausa. – O que [b]você[/b] faz aqui? Eu pensei que se eu morresse não iria fazer nenhuma diferença para você.
- Não fala assim Tiago. – e nesse instante, que Lílian começaria a se explicar, foi interrompida por Tiago.
– Tiago? Eu pensei que fosse Potter, Evans. – falou Tiago sendo meio frio, e deixando Lily cada vez mais culpada.
- Tiago, o jeito que eu te tratei hoje, foi horrívei eu sei, você não sabe como eu me arrependi depois, e quando eu te vi cair... eu tive muito medo Tiago. Eu tive medo de te perder, de nunca mais poder me desculpar por todas as coisas horríveis que eu já te disse. Me desculpa, por favor? – falou Lily, sendo muito sincera. Tiago olhou para aqueles olhos cor de esmeralda, que ele tanto gostava, ele sentiu seu corpo tremer por dentro. Ele amava aquela garota e não poderia mais negar aquilo. Tiago queria dizer para ela que a desculpava e que eles poderiam ser amigos, mas a única coisa que ele conseguiu dizer foi:
- Eu te amo Lílian. – e ao dizer isso a olhou, e Lily sentiu algo diferente naquele instante.
- Tiago, para, por favor. Não confunde as coisas. – disse Lily.
- Você tá desculpada. – sorriu Tiago.
- Acho que nós podemos ser amigos agora. – falou Lílian. Tiago apenas assentiu com a cabeça, queria dizer alguma coisa mas não tinha força o suficiente para isso. Ser amigo de Lily, já era uma ótima posição, levando em consideração que um dia antes ela nem olhava para sua cara.
- Agora descanse você ainda está muito fraco. – falou Lily fechando os olhos, ela também precisaria descansar.

Lily visitava Tiago todos os dias depois das aulas, e explicava para ele tudo que os professores haviam explicado de manhã.
Tiago só pôde sair da ala hospitalar uma semana depois. A queda não deixou seqüelas graves, apenas alguns arranhões. Ele estava muito feliz por receber a visita da ruiva tão freqüentemente, mesmo sendo só como amiga. Estar perto dela ajudava na recuperação, era o que ele dizia para todos.

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