Introdução



Ginevra Molly Weasley e Harry James Potter.
Você provavelmente já ouviu falar em pelo menos um deles. Mas até hoje eles eram conhecidos como sendo um só. O casal de pombinhos, e nós, a família perfeita. Quem não sorria ao ver O Eleito (agora um homem de quase quarenta e cinco anos) e sua corajosa esposa abraçados aos dois filhos ruivos e a pequena menininha morena? Se fossemos cobrar ao Profeta Diário toda vez que falaram sobre nós na coluna de fofocas, estaríamos muito ricos, tenha certeza. Todos sempre acharam que a família exemplar duraria pra sempre, uma muralha forte e indestrutível.
Bem, eu até posso dizer que era assim... Até hoje.
Logo pela manhã, ao acordar, eu já ouvia a briga deles no andar de baixo.
O mais estranho nessas discussões, era que nos últimos meses eles não brigavam com aquela coisa novelística de alteração de vozes, choro e um pedido ameno de desculpas para finalizar. Eram conversas calmas – fervorosas, mas não deixam de ser calmas -, tanto que chegavam a ser frias, doía só de ouvir as vozes deles, e nunca acabavam com um pedido de perdão. Eu preferiria mil vezes que fossem brigas se quer saber.

- Então talvez seja melhor que a gente se separe – minha mãe falou com sua voz gélida. Eu ouvi bem?
-Tem razão – meu pai respondeu sem pensar duas vezes.

Um baque. Um estalo.
Albus abraçara-se a mim, James aparatara ao nosso lado e agora fazia o mesmo. Um sufoco, falta de ar em meus pulmões.

Afinal, o conto de fadas não acabou com um final feliz.

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