Prólogo



Prólogo


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Algo tão pequeno como o bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo. - Teoria do Caos.

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Era um dia chuvoso. O pequeno garotinho de apenas 8 anos olhava, pela vidraça embaçada da janela, os pingos de chuvas caindo do céu e molhando o gramado estupidamente verde da sua casa.

- Ronald, querido! O jantar está pronto, vem! - era sua mãe, Molly, que chamava-o.

Molly e Ronald moravam sozinhos numa casa um tanto quanto luxuosa, no centro de Londres. Arthur, o pai de Ronald e marido de Molly, desde criança demonstrava sérios distúrbios de memória, que só vieram a agravar-se no futuro, resultando em sua remoção para uma clínica de doentes mentais. Desde então, Molly passou a receber a aposentadoria do marido e a trabalhar, para sustentar-se e cuidar de Ronald.

- Mãe, o papai vai na reunião de pais no colégio amanhã, buscar minhas notas? - perguntou Ronald, sem tirar os olhos da chuva que teimava em engrossar do lado de fora.
- Você sabe a resposta, querido. - respondeu Molly, docemente.
- O pai de todo mundo vai! Por que o meu pai não pode ir? - rebateu.
- Querido, não insiste. Você sabe o motivo. Além do mais, você nem vai mais continuar naquela escola. Agora, vem comer ou a sopa irá esfriar.

Ronald não se moveu. Sentia uma saudade excruciante do pai, daquele referencial que todo garoto tem. Olhou para a fotografia de Arthur que encontrava-se no porta-retrato em cima da cômoda. Devia ter sido tirada há pelo menos uns 10 anos. Mostrava um homem jovem, de rosto jovial e sorriso brilhante, vestindo jeans claro e camisa azul. Ao seu lado, uma bela jovem de cabelos crespos e castanhos, que ele reconheceu como sendo sua mãe.

Foi até a cômoda e tomou o porta-retrato nas mãos, pondo-se a olhar fixamente para foto. As lágrimas queimaram-lhe a face. Por um momento, tudo rodou. Não conseguia discernir os contornos da fotografia. Então, uma mão o trouxe de volta a realidade.

Sua mãe arrancara a fotografia de suas mãos e a pusera de volta no seu lugar, em cima da cômoda. Olhou para o filho e quase caiu para trás. Ele parecia estar em órbita. A íris parecia quase saltar-lhe à face.

- Ronald! Ronald! - ela segurou os braços do filho com força, o que fez com que ele 'acordasse' assustado.
- Mamãe! - e abraçou-a ternamente.
- Vem, vamos comer. - Molly o guiou até a cozinha.

A cozinha, assim como todo o imóvel, era toda forrada, pintada de um azul celestial. Na parede, réplicas de quadros de pintores famosos como Da Vinci ou Portinari davam um ar agradável ao local. Ronald sentou-se na cadeira de ferro posta a mesa de granito e começou a tomar a sopa, sem dar atenção à mais nada.

Molly mexia seu prato de sopa com a colher, mas seus pensamentos estavam longe. Em seu íntimo, temia que a história se repetisse. Temia que o filho tivesse herdado o dom do marido. E seus temores tinham fundamento de existir. De fato, logo ela descobriria que a história não só se repetiria, como também aconteceria em proporções bem maiores.


oOoOoOoOoOoOoOoO

N.A / Lari, Jasmine e Érica (Milena), obrigado meeesmo pelos comentários. São importantes demaaaaais pra mim. *--*
Minhas fics nunca dão certo aqui... é um fato. HAHISIHAHIS
Mas enfim, aí está o prólogo!
Comentem e eu posto mais ok?? beeijo e obrigado. ;**

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