Capítulo III



Capítulo III




Photobucket
Narrado por: Marlene McKinnon
Hoje: 4 de abril, segunda-feira
Fazendo: tentando não dormir
Ponto de táxi 6:30 a.m – Em pé e muito desconfortável


Já que tínhamos que fingir que não nos conhecíamos, não fomos para a escola junto com Lily ou com Emmeline. Eu e Dorcas estávamos sós no mesmo barco[?]. Lílian foi pegou carona com alguém que ela conheceu na casa e eu e Dorcas temos que vir de táxi.

Mas West já fez o favor de ligar reclamando das despesas do táxi, porque quem estava arcando era academia e eu e a Dorcas devíamos ir a pé e blábláblá.

Dó dele.

Pegamos o táxi e fomos para a sala, chegamos um pouco em cima da hora, mas conseguimos entrar na sala do West, na aula de física.

Eu e Dorcas entramos zoando o a aliteração no nome dele dizendo que podíamos chamá-lo de WW, ou Double W, ou Wx2 e outras coisas maldosas.

Não somos de ferro, né? Haha. Mas não iríamos fazer isso porque a coisa ia ficar feia para o nosso lado, fora que o West tem nos olhado com a maior cara de ‘um passo falso e vocês vão voltar para academia’.

Entramos na sala em silêncio e fomos sentar juntas. O West nos apresentou, mas continuávamos sentadas, porque ninguém merece essas apresentações no meio da sala. Pobres novatos. Ele falou que éramos intercambistas e ficaríamos um ano com eles e depois voltaríamos para o nosso país natal.

Estava sendo um esforço enorme fazer um sotaque forçado, realmente lamentável.

Ontem, eu e Dorcas ficamos treinando os sotaques da Rússia – e imitando o Antol Yelchin como Checov no StarTrek the final frontier *-* - para fazermos bonito.

Dorcas se saía muito bem, mas eu esquecia toda hora de como falar e ela sempre me dava olhares de advertência.

Ela tecnicamente era minha prima também da Rússia, nossos primeiros nomes eram os mesmos, mas mudamos os sobrenomes para Ania. Lílian era a única ‘real’ da história, tecnicamente falando. Só mudamos o sobrenome para o risco de nos depararmos com alguém conhecido, o que viria a ser um problema. E como os conhecidos tratam pelo primeiro nome, ninguém vai reparar.

Espero.

O West estava dando aula de física, e ele estava realmente vestido com uma aparência meio excêntrica. Emmeline chegou um pouco depois de nós, cansada (parecia que tinha corrido) e toda desarrumada. Ela parecia não ter dormido nem um minuto.

Eu tenho que me lembrar de perguntar para ela o que aconteceu. Não sei como, talvez celular, ou algo assim.

West a encarou, claramente desaprovando-a e mandou-a que pegasse os livros de atividades do armarinho no fundo da sala.

- Ok, ok – disse Emmeline, fingindo o melhor que ela conseguia. Ela distribuiu os livros para os alunos, um por vez e era acompanhada com o olhar. O West não havia a apresentado, mas todo mundo já tinha deduzido que era a estagiária nova.

- Você poderia digitar esses textos para mim, Srta. Vance? – e esse era o sinal. Agora ela iria fuçar no computador junto com Remus, que deveria estar se divertindo muito sozinho com todos os computadores para ele. Eu pude ver os olhos de Emmeline brilhar enquanto ela dizia, ‘sim, senhor’.




Incrível! Parecia que tinham passado três horas e ainda faltavam vinte minutos para aula acabar! Eu não agüento isso!

Olhei para Dorcas e ela parecia – incrivelmente – gostando da aula. Lílian estava bem ativa, batendo na mão de James toda vez que ele tentava pegar na sua bunda, porque ele sentava atrás dela.

E eu, quase dormindo. Foi aí que eu tive a idéia mais brilhante do ano!

Rasguei um pedaço de papel e comecei a escrever. Não sou de ferro, preciso saber das, novidades[?]. Mas, como Lílian apitou na minha cabeça, eu teria que fingir ao máximo que não a conhecia, trocar bilhetes com a Dorcas seria bom, mas seria uma conversa desfalcada, já não vamos poder comunicar com a Emmeline.


Como está o namoro?
Smack!
Ass:
M.M.M

Vai ser fuder (y)
Smack!
Ass:
L.E.L

A aula do West é tãaaaao legal
Ass:
M.M.M

Toou ligada!
Ass:
L.E.L

Emmeline é que é sortuda, curtindo a sala de computadores com o Remus. T_T
Ass:
D.M.B

O que seria esse B?
Marlene McKinnon Marlene
Lílian Evans Lílian
Dorcas Meadowes Bunda?
Smack!
Ass:
M.M.M

Dorcas Meadowes Bonita (y)
Ass:
D.M.B
Ps: D.M.B


Dorcas amassou o papelzinho quando viu que West a olhava ameaçadoramente enquanto falava algum a fórmula estranha. Eu pedi para ela passar de volta, mas o máximo que eu consegui foi uma bela borrachada na cabeça.

Os minutos finais decorreram vagarosamente, do mesmo jeito que aulas de física geralmente acontecem. Eu fiquei babando no meu caderno o tempo inteiro quando o sinal bateu, e eu levantei feliz da vida.

- Marlene, esse foi o primeiro horário – Dorcas advertiu e eu quase caí dura no chão. DROGA. Havia me esquecido completamente que foi o primeiro horário, eu realmente queria sair, mas matar aula não seria uma boa idéia.



Depois de alguns minutos da aula de literatura eu não agüentei, pedi para beber água e fui desbravar a escola, que por um acaso é enorme.

Eu fiquei procurando o bebedouro, mas não achei. Mas em alguns minutos achei a sala de informática, que era no primeiro piso.

Ouvi conversas lá dentro – claramente a voz de Emmeline e de Remus – mas pareciam estar sozinhos, eles deveriam fingir que não se conheciam e quando você conhece uma pessoa que trabalha no mesmo lugar que você não foge muito do casual.

Pelo menos no primeiro dia.

Mas tinha alguém na porta, bisbilhotando.

Era um garoto loiro, estava uniformizado, e estava com o ouvido preso à porta. Estranho.

Cheguei por trás do garoto e tossi, um tanto clichê, mas queria reparar no seu nervosismo ao explicar o que estava fazendo, por que só assim eu poderia saber um pouco do caráter dele.

- Oi? Er, quem é você? – ele pulou de susto, mas depois que viu que era só uma aluna relaxou um pouco.

- Intercambista russa – eu disse bem alto e com sotaque forçado, para ver se conseguia chamar a atenção de Emmeline. – E você? O que estava ouvindo atrás da porta?

Eu podia jurar que ele iria voar no meu pescoço. Ele ficou vermelho e eu a porta se abriu atrás dele. Era Remus.

- William Abrams, presumo. – Remus disse, lançando um olhar medonho para o garoto. –Esqueceu algo aqui?

- Não – o garoto disse com raiva, e saiu batendo pé.

Menino suspeito, eu hein.


- O que vocês estavam falando lá? – eu perguntei normalmente, livre do sotaque russo! Isso era realmente um alívio.

Eles se entreolharam por um minuto, um pouco confusos.

- Na verdade, estávamos falando o quão fácil é acessar o e-mail deles e falávamos das senhas idiotas e... – Emmeline começou e eu revirei os olhos.


- Droga. – murmurou Remus.

- Esse menino não vai ser problemas, eu vou ver o que consigo tirar dele, ok?

- Por favor, não use utensílios cortantes – Emme disse – Não queremos mais um serial killer por aí. Eu não acredito que você já teve uma palestra sobre torturas, isso é meio imoral.

- Que nada, eu prefiro chamar de pessoas difíceis – eu pisquei. – Agora vou voltar para sala, se eu encontrá-la.




Quando cheguei na sala a professora já estava de saída e me olhou feio. Eu me expliquei, falei que era intercambista e estava perdida – de fato, eu estava – e que custei a achar alguém lá embaixo para eu conseguir voltar para sala, já que alguns números eu só sabia em russo e a sala tinha o nome composto de números.

Ela concordou, falou que na secretaria tem uma mulher que entende um pouco de russo caso eu precise de alguma coisa e que espera que eu tenha uma boa estadia nos Estados Unidos.

Coitada, foi a desculpa mais ridícula que eu já inventei. Pelo menos ela não me pediu para contar em russo, iria ser realmente desastroso.

O que me lembra de ter que estudar algumas palavras em russo, se eu repetir a mesma palavra em russo na mesma frase ninguém ia perceber, porque russo é difícil e poucas pessoas realmente conseguem falar...

O que me lembra que nós devíamos falar que éramos intercambistas da Mongólia, aí que ninguém ia entender mesmo, é um idioma tão pouco falado.

Bateu o sinal do intervalo e eu agradeci a Deus por ele. A aula de história passou muito rápida porque, bem, eu estava dormindo.

Ou como a Dorcas prefere dizer ‘acostumando com o fuso horário’. E é por isso que eu a amo muito, haha.

James saiu puxando Lílian pela mão, seguido dos capangas amigos enquanto Sophie (a antiga namorada) ficava sentada na sua cadeira, fingindo que lia um livro.

Muitas garotas, ao ouvirem o sinal correram para a cadeira de Sophie para perguntar como o James trocou ‘de ruiva’ e por que ela deixou aquilo acontecer, quem terminou com quem e etc. Mal eles sabiam que Sophie continuava freqüentadora assídua da casa branca.

Alguns homens já foram para consolá-la e blábláblá, ela já ia dizer algo para responder o ‘está livre boneca?’ para um garoto moreno e alto mas logo que seus olhos encontraram os meus – que suplicavam para que ela continuasse calada – ela voltou a atenção ao livro.

Bem, a Sophie não seria lá um grande empecilho, pelo visto. Ela até que estava colaborando conosco... Ou pelo menos, era o que parecia.




Photobucket
Narrado por:
Emmeline Vance
Hoje: 4 de abril, segunda-feira
Fazendo: Revirando os e-mails dos alunos
Sala de computadores 10 e alguma coisa a.m


- Agora nós temos exatamente 14565 e-mails para ler. – revirei os olhos. Cara, isso era muita coisa. Fora o fato que estaríamos invadindo a privacidade de vários alunos. E fora que isso é só das pessoas dos segundos anos.

- Acho melhor nos pegarmos por hora só os das pessoas dos segundos anos mesmo – Remus disse, copiando tudo em outro computador para o pendrive dele e para o meu.

Nós tínhamos passado todos os e-mails para um computador só e ele estava copiando para examinarmos na república, depois daquele menino ele estava achando que continuar aqui era muito arriscado, fora que iríamos ter que tomar várias medidas de segurança para apagar totalmente do computador essa pasta, porque Remus disse que o professor de informática é mesmo um gênio.

Quando eu percebi, já tinha perdido o intervalo e o West devia estar uma fera por eu ter vindo no primeiro horário e estado até agora.

- Eu deixo tudo em seus ombros, Remus Lupin, não nos decepcione – eu disse saindo e ele revirou os olhos.

- Você acha que isso aqui é a coisa mais divertida do mundo – ele começou – a cada dez segundos eu encontro cinco cavalos de tróia. E o professor pediu para que eu tirasse os vírus todos. Não é possível, cada coisa que eu encontro aqui. Fora as pastar com pornografia, músicas, fotos e...

- Ok, Remus, tu é muito legal mas eu não quero ouvir, o inferno me aguarda – eu fiz uma careta e saí da sala.

Subi para a sala dos professores para ver se West estava lá e quando entrei encontrei-o, corrigindo algumas coisas e falando no celular.

Ele me encarou feio, mas aí eu mostrei o pendrive e ele aquietou. Ele acha que é fácil ficar encontrando senha desses meninos, cada senha mais ridícula que a outra. Eu poderia fazer uma com o top fáceis de descobrir.


Top senhas fáceis
10.
Teamo,Clarisse! – Ok, convenhamos, senhas com declarações para namorada são totalmente toscas, fala sério.
9.
Aminoácido – OI? Eu li isso mesmo?
8.
Soufilhodoembaixador – filho do embaixador, sua senha é lamentável.
7.
02/28 – ok, data de aniversário são as senhas mais FÁCEIS de decifrar.
6.
Hdsdhs – isso deveria fazer algum sentido?
5.
zero – triste. Muito triste.
4.
Euteodeioamanda – alguém com dor de cotovelo, parabéns.
3.
Alana – sim, o nome da pessoa é a própria pessoa.
2.
123 – acho que 30% das pessoas do mundo usam isso como senha! Incrível!
1.
Senha – E esse é o nosso primeiro lugar! Senha é realmente a senha mais estranha que eu vi nessa escola.


Senhas difíceis tem letras, números e sinais, sem contar letras maiúsculas e minúsculas. E nunca é a mesma senha para mais de uma conta em algum lugar, cada um deve ter uma senha.

Mas aí vocês tem que ver se tem uma Emmeline da vida perto de você, se não pode ficar tranqüilo que ninguém vai te hackear. Haha. Sem querer ser muito convencida.

Ok, eu sei que isso aqui é totalmente antiético mas e daí? Não vou mencionar quem são as pessoas porque a única pessoa que sabe é o meu pendrive, ou o Remus, porque ele tem memória de elefante. Então isso não é tãao antiético assim, fora que não tem ninguém nos meus pensamentos, lendo-os. Certo?

- Emmeline, vai corrigindo isso daqui, por favor? – West pediu, apontando para as folhas de exercícios. Ele acha que eu sou a secretária dele, não é possível.

- Eu nem sei física! – protestei, mas ele já estava levantando e pegando a pasta. Deixou três livros de física em cima da mesa e uma prova com o gabarito.

- Boa sorte – ele disse, saindo da sala e ligando o telefone de novo.


Constance Hawell 3:20 p.m - Finalmente, saindo!


Eu e Remus, na hora de sair, tomamos o cuidado de não irmos juntos. Eu fiquei um tempo – por causa das malditas provas – e Remus foi para o ponto de táxi, rápido. Se alguém tinha reparado na sala de informática deixaria de reparar, porque agora meu contato com Remus seria 1,0 numa escada de dez.




Isso dentro da escola, porque fora eu realmente precisava dele, para vasculhar aqueles e-mails cheios de vírus. Estou agonizando desde que eu coloquei os e-mails aqui, quero ver quando eu for dar uma limpa no meu pendrive o que eu vou achar.




Terminei meu trabalho árduo e tranquei as coisas no armário do West. Muitos professores me olharam desconfiados. A verdade é que ninguém confia/gosta dos estagiários. Quando um professor deixa o estagiário na sala e vai resolver alguma coisa, a turma vira um CAOS. Falo isso por experiência própria, eu já fui estagiária de professor de informática também, em uma missão.

Fui andando para república porque, por incrível que pareça, não estava assim tão quente. Chegando lá fui recebida por Alice, filha do dono da república que sorriu e me cumprimentou. Logo falou que hoje era o meu dia de lavar os pratos.

Droga.

Pelo menos eu não moro sozinha, porque quando se mora sozinha todo dia é o seu dia de lavar os pratos.

Eu já cheguei morta e fui lavar os pratos, Alice nem falou nada só falou ‘desculpe’ e foi embora. Remus ficou um tempo na cozinha, falando sobre os e-mails e que nenhum parecia muito suspeito. Se fosse algum interno ele era bem inteligente para deixar algum rastro no e-mail por ter falado com alguém.

Isso não me animou nem um pouco. Ainda era o segundo dia e eu me peguei pensando que se falhássemos seria o nosso fim.

Terminei de lavar os pratos e já estava falando em ir para cama quando Remus me lembrou que eu tinha que fazer o relatório e mandar para o West, para os ‘profissionais’ verem se tem algo suspeito.

Droga.

- Você não quer fazer para mim? – eu perguntei para o Remus e ele me encarou incrédulo.

- Claro que não. – ele resmungou e voltou sua atenção para o notebook.

- Mas eu trabalhei muito hoje, por favor – eu implorei, mesmo sabendo que essa tática não costuma funcionar com o Remus.

Ele me olhou, estreitando os olhos.

- Não, principalmente porque você invadiu o meu computador.

Epa.

Comecei a guardar as coisas bem vagarosamente para não ter que virar e encará-lo. Ele vai me matar, preciso pensar em algo rápido.

- Er... Sim? – respondi. – Desculpe, desculpe, juro que não faço de novo. E, droga, como você descobriu?

- Você no meu quarto – eu pude supor que ele estava revirando os olhos – Não temos serviço de quarto, aquilo não é um hotel – ele piscou. Fora que você não sabe desligar o computador direito e quando alguém erra a senha alguma vez aqui o meu computador registra.

- O que você estava fazendo nele? O que estava bisbilhotando?

Dei os ombros, tentando parecer o mais natural possível. Me virei e o encarei, nos olhos. Dizem que quando não se olha nos olhos você está inseguro, portanto está mentindo. Encarei-o com mais cara-de-pau possível e disse:

- Você tem o melhor sistema de segurança de todos, se eu não consigo hackear o melhor não tem graça. – o olhei por alguns segundos e voltei a guardar tudo na gaveta.

Acredite, por favor, acredite!

- Hunf. – ele resmungou. – Não faça mais isso. É um bom aviso porque aí vou mudar a senha. Se você quiser treinar eu faço alguma coisa no SEU computador. Não venha entrar no meu – e eu ouvi os barulhos das teclas de novo. Provavelmente mudando...

Terminei finalmente tudo e subi para o dormitório feminino.

Peguei o meu notebook – meu precioso – e fui para a varanda da república solar. Nome engraçado. Na varanda no dormitório das meninas, havia uma mesinha com algumas cadeiras e eu me sentei em uma e comecei a digitar o relatório, palavra por palavra com a maior preguiça do mundo.

A única coisa realmente ‘tcham’ no relatório foi o menino que estava bisbilhotando enquanto eu e Remus falávamos das senhas, mas não deve ser lá grandes coisas... Coloquei no relatório mesmo assim. Lá para oito da noite e tantas meu celular começou a tocar.

Lílian – chamando...

- Emmeline! Está fazendo o relatório? – ela berrou falou do outro lado do telefone. – Eu não quero fazer isso cara! Você acredita que eu acabei de chegar? James me levou para uma espécie de festa e ficou me apresentando para cada cidadão do lugar, como se eu fosse um troféu. E eu tive que sorrir o tempo inteiro. Será que vou ter que escrever isso no meu relatório?

- Devia ser uma das garotas do meu dormitório atendendo meu celular! – resmunguei – Para você aprender a ser mais discreta e perguntar antes quem é!

- Ah, para com isso. Eu sei que você não desgruda de tecnologia! Como se fosse possível seu celular ficar em algum canto fora do seu alcance. Totalmente insano e impensável. – como se eu fosse viciada em celular/tecnologia igual ela está falando!

- Sim Lil eu estou fazendo o relatório e sim, você tem que colocar tudo que fez hoje no relatório. Sem mais delongas, vá trabalhar. Beijos ruiva.

- Espera, espera... – e desliguei. Amo a Lílian com todo o meu amor, mas eu realmente não queria mais um empecilho entre mim e a cama.

Logo eu vi que devia ficar calada.

Dorcas – chamando...

- Alô? – ok, isso foi praticamente um resmungo.

- Emme, meu relatório está praticamente igual o da Marlene, e agora? – E agora? E eu com isso? Tenho cara de mãe?

- Porque não pergunta à Lílian, que está aí do seu lado? – disse revirando os olhos e escrevendo mais detalhes no relatório.

- Ela não quer responder e a Marlene está reclamando aqui do lado – ela disse e eu vou Marlene xingá-la. Obrigada por me fazer invejar você por não estar com as minhas amigas e sim estar presa num solzinho. (N/a: pegou? Pegou?)

- Ah... – pensei um pouco. O que elas tinham feito de diferente? – Ah, a Marlene encontrou aquele menino perto da sala de informática quando estava matando aula, fala isso para ela.

Quando falei percebi que Marlene ouvira e comemorava atrás. Ouvi até um ‘Te amo, Emme’. Também te amo sua sem memória. Não sei como você pode entrar para liderar o grupo e  ficar com os meios de conseguir informação.


Photobucket
Narrado por: Dorcas Meadowes
Hoje: 4 de abril, segunda-feira
Fazendo: Relatório
Dormitório feminino 10:30 p.m


Eu sabia que estava esquecendo alguma coisa. Eu realmente não lembrei do relatório e fiquei conversando com a galera da república quando a Dorcas me lembrou. Fora que o dela estava praticamente igual ao meu! Tudo bem que ela fez primeiro, mas não devia estar assim tão parecido...

Ai a Emme ligou e disse daquele menino! Eu havia me esquecido completamente dele! Ainda bem, se faltasse eu estava perdida.

Fiz o relatório, tomei um banho e fui dormir. Amanhã tinha mais escola e eu não queria nem pensar nisso.



O resto da semana passou e quando me dei conta já era sábado. E nenhum suspeito, nada dentro da escola, nada fora da escola, nenhuma ameaça, nenhuma carta bomba, n-a-d-a.

Comecei a ficar desesperada. Estávamos perdendo alguma coisa? O que será que passou despercebido? Será que o criminoso sabe que tem espiões infiltrados aqui e não quer agir?

Desesperador. Eu, Remus,Lily e Lene estávamos reunindo para discutir o que será que estávamos deixando para trás, mas é como se nada tivesse acontecido!

Exatamente agora eu estava numa espécie de telhado com um binóculo na mão e uma Marlene do meu lado.

- Você está vendo a Lily em algum lugar? - Lene me perguntou, estávamos em algum lugar onde fazem aquelas demonstrações com cavalo, daqueles corredores. Seja lá o que for, James quis vir aqui e todo mundo teve que seguir.

- Não... - respondi, procurando ela com o binóculo, eu nem acredito que um lugar tão chato consegue ficar tão cheio.

Acho que James convidou a turma inteira para cá, e deve ter vindo alguns penetras. Marlene disse que já encontrou a Stella – sua prima – aqui, e ela pediu para que ficássemos bem longe dela, porque ela poderia estragar o disfarce.

Além dos já potenciais a estragar o disfarce.

- Aquela ali não é a tal da Sophie? - Lene perguntou, indicando o lugar com a cabeça.

- Conversando com ... Sua prima - olhei para Lene desconfiada, essas duas não são amigas. Aí vem coisa...

- Vou lá ver o quê elas querem. - disse Lene. Já se levantando e pegando a bolsa.

- Não, fica aqui que eu vou - eu disse, largando o binóculo - Já venho.

Desci as escadas – morrendo de medo de cair – e fui até elas, que conversavam alguma coisa animadamente. Vai ver era algum papo inútil e fútil, mas conferir é bom, certo?

- Que bom Sophie! Suas botas da Prada são realmente lindas combinou muito com o vestido que sua mãe te fez sobre medida – Stella bajulou. Eu sentei do numa mesa logo ao lado delas,e fingi mexer no celular.

- Eu sei – Sophie piscou – E você não faz compras comigo há um tempo, sabe? Você devia sair comigo mais vezes. – e riu.

- Pode deixar, eu vou. Aliás, que história é essa de você deixar o James ficar com uma ruiva amiga da minha prima?

Olhei para os lados, para ver se mais alguém percebeu essa fala, mas Stella tinha falado baixo o suficiente para não atrair a atenção de alguém a sua volta. Estavam todos muito concentrados nas apostas.

- Sophie – eu chamei, antes que ela abrisse a boca para falar alguma coisa que não deveria. Ela pareceu assustada com minha presença.

Ela revirou os olhos e disse:

- O quê? Não posso falar com ninguém que EU confio não? – ela fala isso como se fosse a coisa mais óbvia do mundo! Claro que não!

- Você pode comprometer a missão assim – eu disse o mais calma possível. Na verdade eu sou calma. Mas é muito chato explicar quinhentas vezes para a mesma pessoa que ela não pode sair falando para as pessoas que tem espiãs na escola.

E sim, já deve ter passado de 500 as vezes que a Sophie quase contou para alguém o real motivo de James estar com uma pessoa nova.

Ela me encarou incrédula.

- Que missão afinal? Eu não vi vocês fazerem nenhum progresso até agora. A única coisa que eu vi até agora foi o meu James sendo agarrado por uma ruiva qualquer. – ela resmungou. Droga, essa alfinetada doeu muito.

E doeu mais ainda porque era verdade. Não tínhamos pistas de quem teria feito isso até agora, e não parecia estar na escola.

Revirei os olhos.

- Assassinos são espertos, não vamos pegá-lo tão fácil. O FBI ainda não o encontrou ainda. Quer dizer que realmente é difícil – eu disse, puxando-a e fazendo com que eu e ela ficássemos de costas para Stella, para ela não ouvir.

- Tá, tá. – ela se desvencilhou das minhas mãos e voltou para Stella.

- Vamos lá apostar em algum cavalo – ela disse, enquanto iam embora. Revirei os olhos, será possível que alguém vai ter que ficar na cola dela?

Fui e voltei para aquele telhado, passei por Lily e por Remus – ai, Remus *-* - e quase fiquei lá com um dos dois. Mas aí eu me lembrei da última ameaça que Lene me fez ‘Se você me deixar sozinha, você vai ver’ e realmente fiquei com medo.



Photobucket
Narrado por: Lílian Evans
Hoje: 9 de abril, sábado
Fazendo: Tentando convencer James a não torrar o dinheiro em um cavalo
Corrida de cavalos 11:40 a.m


- James, não torre o dinheiro do seu pai na corrida de cavalos. Porque você tem tanta fé nesse número seis, afinal? – resmunguei para ele, enquanto ele conversava animadamente com o vendedor de tickets e entregava trezentos dólares de aposta.

O vendedor de tickets me encarou incrédulo, como se eu tivesse ofendido alguma coisa sagrada. Bah, isso não é como pregar chiclete na cruz, queimar a bíblia, matar um gato no antigo Egito ou comer uma vaca na Índia.

Isso é um jogo de azar. Que te ilude a apostar o que você tem e o que você não tem para tentar a sorte grande.


- Não ligue para ela – James disse para o moço e pegou seu ticket. Beijou-o (o ticket) e colocou no bolso, me puxando pela cintura.

- Você sabe que isso é totalmente irracional, não sabe? – eu resmunguei, enquanto íamos comprar alguma coisa para beber ou comer, antes da corrida começar.

- Claro que não! – ele disse, animado – Isso que é diversão!

- Você precisa melhorar seus conceitos de diversão – eu disse, pedindo duas cocas. Não permitindo que o James bebesse cerveja. Durante essa semana eu aprendi que não é muito legal ficar no carro que ele dirige quando está bêbado.

 - Você precisa criar conceitos de diversão, já pensou nisso? – ele disse.

- Eu tenho ótimos conceitos de diversão.

- Ah, claro facilmente perceptível. – ele disse.

Nem me dei o trabalho. Nos sentamos numa arquibancada esperando que a corrida começasse. Estranhei o fato de ele não estar em um assento VIP ou coisa assim.

- Aqui é o único lugar que eu não sou o filho do presidente, eu sou James. E sento num lugar comum como todo mundo, porque na corrida de cavalos eu posso ignorar a arquibancada VIP.

- Não é seguro – eu disse, mas senti pena dele. Deve ser realmente chato ser bajulado o tempo todo por um bando de puxa-sacos. Ou ficar sempre protegido por seguranças.

- Claro que não é, tem uma espiã comigo! – ele disse felizinho.

- Pode apagar esse sorriso do rosto, porque eu só tenho treinamento básico de luta, nível dois. – eu revirei os olhos, dando uma boa golada na minha coca cola.

Até o fim da corrida foi tudo bem. James perdeu o dinheiro que apostou, e se defendeu dizendo ‘mas aquele sempre ganha!’. Umas dez pessoas foram lá reclamar o prêmio e o cara dos tickets deve estar dividindo tudo igualzinho na calculadora até agora.

E parece que da nossa sala não teve nenhum ganhador, nenhum ‘sortudo’ que apostou no cavalo certo ou qualquer coisa.

Olhei para o telhado e Marlene e Dorcas não estavam lá. Já deviam ter ido embora. Mas eu podia reconhecer uns seis agentes do FBI que estavam lá com roupas normais. West me fez decorar o rosto de todos eles para o caso de eu tentar atacar um por chegar perto demais ou qualquer coisa.

Foi aí que aconteceu.

Estávamos passando por um enorme arco, saindo das arquibancadas quando algo explodiu e ele vacilou, ameaçando cair.

Eu podia jurar que tudo aconteceu em câmera lenta.

Eu vi alguém de boné azul saindo correndo exatamente do lugar onde a bomba explodiu, usava roupas largas. Mas eu não reparei demais porque tinha que tirar James dali.

Muitas pessoas saíram correndo desesperadas para a saída, mas eu consegui empurrar James arquibancada abaixo, porque ele parecia realmente em choque. A explosão foi alta, mas não causou tantos estragos. 

Procurei a pessoa que eu vi correndo e não achei.

Três agentes do FBI apareceram do meu lado e disseram que levariam James para casa e quando eu já ia voltar para procurar a pessoa o arco caiu.

Um menino de uns oito anos ficou com o pé preso aonde o arco caiu, mas eu consegui ajuda para tirar o pé dele de lá enquanto Dorcas improvisava alguma coisa com tiragens de pano e gelo.

Emmeline estava na escola conversando com os professores, mas Remus estava lá, mesmo eu não conseguindo avistá-lo.

Chamei uma ambulância e fui atrás de Marlene, que segurava um menino de boné azul, exatamente como eu vi. Ele lutava para se desvencilhar dela, mas a Marlene já estava no avançado de luta, ele não iria tão cedo.

Depois de dez minutos tinham quatro carros de policia, mais dez agentes do FBI, três jornalistas e duas ambulâncias, fora os bombeiros.

Aconteceu tudo tão rápido que quando me dei conta eu ainda estava na arquibancada perto dos agentes do FBI e vendo Marlene trazer o garoto de boné.

Dorcas foi com o menino ferido para a ambulância que o levaria a um hospital. Os agentes falaram para não prestarmos depoimentos.

Fui para um canto com Marlene, onde ela interrogou um menino até ele começar a chorar, dizendo que a culpa não era dele. No fim, ele só estava no lugar errado e na hora errada.

Uma equipe do FBI tentava acalmar as pessoas e afastá-las dos possíveis lugares onde teriam digitais e outra estava pegando as imagens das câmeras. O que seria um problema, pois já estava no fim e todas as câmeras estavam desligadas, só algumas de segurança realmente mostravam o arco, mas estava tão cheio que eu não achei que seria possível distinguir alguma pessoa ali.





n/b: tenso, realmente muito tenso esse final de capítulo! AUSHAUS, mas eu adorei o capítulo, ficou super tchutchuco. Estranho aquele garoto bisbilhoteiro, sei não, sei não. Enfim é, eu sou beta de Miss Spies. Sou Vanessa, vulga nessão pra chel, mas só ela me chama assim, sei lá por que q. enfim amei o capítulo chel, espero que comentem bastante por que essa fic é fantástica.
Beijos, Vanessa :*

N/a: AÊ! Espero que tenham gostado! Eu resolvi reescrever só o terceiro, porque ele estava realmente feio. Eu usei a parte dos bilhetes, viram? Agora que o bicho começou a pegar[?]. Anyway, desculpem a demora! Espero que tenham gostado, ok? *-* Eu vou escrever logo, não vou ficar demorando no capítulo, ok?
PS: cara, eu vi semana passada que deletei o capítulo de personagens G_G. Eu ainda tenho as imagens, mas vou fazer uns novos, ok?
Beijão gente! Comentem, obrigada pelo apoio aqui! *-*

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.